Salmonella e Estafilococo Dourados são as bactérias mais comuns nesta estação do ano.
Durante o Verão, os cuidados com a alimentação devem ser redobrados. Por isso, a Vigilância Sanitária de São José, preocupada com a segurança alimentar da comunidade, faz um alerta quanto aos alimentos sujeitos à contaminação e o aparecimento das doenças conhecidas como DTAs (Doenças Transmitidas por Alimentos).
“Salienta-se que nas estações anuais da primavera e verão há maior número de surtos de doenças transmitidas por alimentos, onde a Salmonella tem sido a bactéria patogênica que ocorre com maior frequência em alimentos como carne de aves, suína, bovina, peixe e em preparados com ovos crus”, alerta o Diretor da Vigilância Sanitária, Rodrigo de Oliveira.
Segundo Oliveira, os sintomas decorrentes da contaminação por esta bactéria são diarréia, vômito, febre alta e dor de cabeça.
Outro vírus bastante comum no verão é o Estafilococo Dourado, que está presente em ferimentos de mãos e unhas dos manipuladores de alimentos, sendo que a infecção é frequentemente causada por pequenos cortes na pele.
O alimento pode ser contaminado se estes manipuladores não tiverem cuidados higiênicos adequados. Neste caso os sintomas decorrentes desta contaminação são vômito, dor de cabeça e diarréia.
Alimentos mais sujeitos à contaminação por Salmonella e Estafilococo Dourado são produtos de origem animal sem a devida inspeção sanitária.
Também podem ser contaminados os alimentos expostos à temperatura ambiente por tempo maior que uma hora, pois as bactérias se multiplicam rapidamente nesta condição, contaminando o produto. Portanto, os alimentos poderão ser mantidos quentes, frios ou congelados, caso contrário pode gerar desenvolvimento de microorganismos patogênicos que podem causar danos à saúde.
Nas férias de verão é comum comer fora, em restaurantes e lanchonetes. Por conta do calor, o risco de ter uma intoxicação alimentar aumenta.
Nas próximas saídas verifique se o local apresenta alvará sanitário, e mesmo se tiver preste atenção na higiene do lugar e na qualidade dos alimentos oferecidos. Na praia, a atenção deve ser a mesma, os comerciantes de barracas ou ambulantes devem ser licenciados e seguir os padrões sanitários.
Alguns outros cuidados especiais devem ser tomados na praia. O isopor, por exemplo, deve estar bem lacrado e refrigerado com gelo em escama, que serve apenas para conservar a temperatura. Já o gelo para consumo é em cubo, feito de água potável. Sobre os descartáveis, é importante inutilizar a embalagem.
Outro alerta é evitar a compra de alimentos na beira da estrada, pelo desconhecimento de como o produto foi feito, sua origem e procedência. Quanto às bebidas, apenas consumir as que estiverem em suas embalagens originais e limpar bem a tampa da bebida com guardanapo, amenizando que a sujeira do isopor entre na lata.
Importante observar que todos os alimentos têm prazo de validade, que é outro critério muito importante na segurança alimentar. O recomendado é que o consumidor verifique a data de validade antes de comprar e lembrar que, após aberta a embalagem, o tempo de validade do produto diminuirá.
O diretor da Vigilância Sanitária salienta que bolos, coxinhas e empadas, que são servidos quentes, devem ser consumidos no mesmo dia e armazenados em local apropriado para que a alta temperatura seja conservada. Já o famoso espetinho deve ser feito em casa, conservado no isopor refrigerado e assado na hora para o cliente. O queijo coalho, quando não feito com leite pasteurizado, não deve ser comido cru ou mal assado, pois pode causar brucelose.
Em relação aos alimentos de origem animal, os peixes e os crustáceos são mais perecíveis que as carnes, por isso é necessário cuidados na aquisição dos produtos que devem estar no gelo ou num balcão de metal, para evitar o estado de decomposição dos alimentos. É interessante ainda que sejam comprados vivos e transportados com isopor, para que não sejam deteriorados com a mudança de temperatura.
Com a propagação do calor é indicado dar preferência ao consumo de frutas e verduras, mas antes de consumir é importante limpar bem o alimento.
E para uma correta higienização de vegetais, legumes e frutas, Oliveira recomenda lavar as folhas, uma a uma, em água potável corrente e depois colocá-las de molho numa mistura contendo água sanitária e água potável, por 15 minutos. Ressalva-se que com o calor, frutas, verduras e legumes duram menos, por isso é necessário estar atento a validade dos produtos nesses períodos.
A manipulação inadequada no preparo dos alimentos também são formas de provocar a contaminação. Segundo Oliveira, é importante destacar que pode haver a chamada contaminação cruzada – que é a mistura de alimentos cozidos com crus. Portanto, na manipulação dos alimentos deve-se ter cuidado para não misturar alimentos cozidos com crus.
Ao cortar um alimento cru, principalmente carne, devemos higienizar muito bem a faca utilizada e o local de corte, para depois cortar um alimento cozido, pois as bactérias do alimento cru podem ser transferidas para o alimento cozido e assim contaminá-lo.
Para se ter uma segurança alimentar, recomenda-se a escolha ideal do estabelecimento e do alimento. Verificar a existência de balcões refrigerados, suas condições e temperaturas para armazenamento dos alimentos também devem ser levados em conta.
Além disso, os alimentos devem apresentar-se em embalagens íntegras, contendo rótulos licenciados pelo órgão sanitário competente. Todos os alimentos expostos devem estar embalados ou protegidos, para evitar possíveis contaminações.
De acordo com o diretor da Vigilância Sanitária, os micro-organismos que causam as doenças podem ser encontrados na terra, água, animais, pessoas e por isso são facilmente transportados. Desse modo, a prevenção da doença é feita de forma simples e requer atenção dos consumidores.
“É importante que na hora de consumir ou adquirir um alimento, sejam observados todos estes critérios, pois o alimento deve ser fonte de saúde e não de doença”, frisa Oliveira.
› FONTE: Prefeitura de São José