Nikki Haley desiste de disputar indicação republicana, removendo último obstáculo significativo para Trump assegurar sua candidatura. Ela anunciou sua decisão em um breve discurso em Charleston, no estado da Carolina do Sul. “Eu disse que queria que os americanos tivessem suas vozes ouvidas. Eu fiz isso. Não me arrependo de nada.”
Ela também admitiu que Donald Trump será o candidato republicano, acrescentando: “Eu lhe desejo o melhor”. No entanto, Haley não ofereceu um endosso total a uma candidatura do ex-presidente. “Nunca siga apenas a multidão. Sempre decida por si mesmo”, disse Haley, citando um ditado da ex-premiê britânica Margaret Thatcher.
Com a desistência dela, o ex-presidente Donald Trump se livrou do último obstáculo para assegurar a indicação para disputar a presidência americana. Antes disso, a popularidade de Trump entre os republicanos já havia resultado na desistência de outros pré-candidatos, como o governador da Flórida Ron DeSantis, que falharam em se colocar como uma alternativa ao ex-presidente.
A forma como as primárias tem caminhado também vem apontando para uma repetição do duelo Trump contra o atual presidente Biden nas eleições de novembro, como ocorreu em 2020. Assim como Trump, Biden também praticamente assegurou a candidatura pelos democratas. No momento, Biden já garantiu 1.470 dos 1.968 delegados necessários, enquanto Trump conta com 995 de 1.215.
Dessa forma, outra campanha entre Trump, de 77 anos, e Biden, de 81, será o primeiro confronto presidencial repetido nos EUA desde 1956.
A desistência de Haley ocorreu depois de Trump dominar a chamada “Super terça”, data crucial das primárias dos EUA, tanto no Partido Republicano quanto no Democrata.
Atualmente respondendo a diversos processos, o ex-chefe de Estado (2017-2021) celebrou a “noite fantástica”: “Eles a chamam de “Super terça” por uma razão”, comentou à multidão em júbilo reunida diante de sua mansão-clube em Mar-a-Lago, na Flórida.
A desistência de Haley e o domínio na “Super terça” não foram as únicas notícias que deram impulso para a campanha de Trump. Na última segunda-feira, os juízes da Suprema Corte decidiram, de forma unânime, que Trump está autorizado a concorrer à Presidência dos EUA.
Os magistrados julgavam um recurso da defesa de Trump a uma decisão prévia da Justiça do estado do Colorado, que havia proibido o ex-presidente de concorrer no estado, com o argumento de que ele apoiou uma insurreição – a invasão ao Capitólio em janeiro de 2021.
Fonte: DeutscheWelle
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› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)