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Uma dúzia de vítimas do financista pedófilo, o falecido Jeffrey Epstein, processou o FBI, alegando que a agência não investigou adequadamente o notório criminoso sexual. Eles afirmam que o FBI se baseou em relatórios sobre as atividades de Epstein por duas décadas, permitindo que as vítimas fossem "traficadas, abusadas, estupradas, torturadas e ameaçadas".
O processo foi apresentado em um tribunal federal de Nova York na quarta-feira por 12 mulheres, todas referidas no documento como Jane Does, anônimas.
"Por mais de duas décadas, o FBI permitiu que Jeffrey Epstein fizesse tráfico sexual e abuso sexual de crianças e mulheres jovens, deixando de fazer o trabalho que o povo americano esperava dele", alega a denúncia. "Como resultado dos contínuos fracassos do FBI, Jane Does 1-12 traz este processo para chegar ao fundo – de uma vez por todas – do papel do FBI na rede criminosa de tráfico sexual de Epstein."
De acordo com o processo, o FBI começou a receber dicas, relatórios e queixas sobre o suposto tráfico e abuso de menores de Epstein em 1996, mas não conseguiu abrir um caso ou compartilhar essas informações com outras agências de aplicação da lei. O FBI acabou abrindo um caso em 2006, dois anos antes de Epstein se declarar culpado de uma acusação de prostituição infantil na Flórida.
Um polêmico acordo de delação premiada fez com que Epstein se registrasse como criminoso sexual e cumprisse 13 meses em liberdade supervisionada em vez de uma possível sentença de prisão perpétua. Apesar de ele ter sido condenado por um crime e se esquivar de uma ladainha de outras acusações de tráfico sexual, o FBI continuou a ignorar dicas que fluíram na década seguinte, afirma o processo.
Epstein acabou por ser detido em 2019 e acusado de tráfico de dezenas de menores. Ele morreu aguardando julgamento em uma cela da prisão de Manhattan um mês depois, com sua morte oficialmente considerada suicídio. A namorada e "senhora" de Epstein, Ghislaine Maxwell, foi condenada a 20 anos atrás das grades por tráfico sexual infantil em 2022.
De acordo com depoimentos de vítimas, Epstein e Maxwell recrutaram meninas para realizar atos sexuais em si mesmas e em seus associados ricos e poderosos, e instruíram essas meninas a recrutar mais vítimas. Entre os homens poderosos acusados de abusar das meninas estava o príncipe britânico Andrew, que resolveu fora do tribunal com uma acusadora em 2022.
Os demandantes por trás do último processo estão pedindo um valor não especificado em indenização e danos ao governo dos EUA.
O FBI já foi acusado de negligência na condução do caso Epstein. Em uma audiência do Comitê Judiciário do Senado em dezembro, o diretor da agência, Christopher Wray, foi questionado por que o FBI não fez mais para deter o notório pedófilo. Wray prometeu conduzir uma investigação interna para "descobrir se há mais informações que podemos fornecer".
Fonte: Russia Today
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Geopolítica e Exopolítica por Ana Lucia Ratuczne. Todas as quintas-feiras.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)
