Durante a estadia, público acolhido pode ter acesso também a testagem de doenças infecciosas
A Prefeitura de São José, por meio da Secretaria de Assistência Social, assegurou, em meados de maio, no pico das temperaturas baixas nesse outono, um abrigo emergencial no Centro Multiuso. O objetivo foi proteger as pessoas em situação de rua do frio intenso alertado pela Defesa Civil.
O serviço ficou disponível dos dias 16 a 20 de maio, das 19h às 7h, fornecendo alimentação e utensílios de higiene pessoal dos acolhidos. A Rede de Intersetorial de Assistência Social (RAIS) auxiliou na divulgação do abrigo. Além dos serviços básicos ofertados, a Secretaria de Saúde realizou 80 exames de HIV, Sífilis e Hepatites em 20 pacientes. Do total, uma pessoa de 27 anos testou reagente para Sífilis.
Ainda no balanço do serviço, duas pessoas foram encaminhadas para a casa de acolhimento no mesmo dia em que procuraram o abrigo emergencial. Três retornaram para as cidades de origem; duas foram conduzidas para a rede de saúde e uma pessoa foi direcionada a uma comunidade terapêutica.
ACOLHIMENTO NO MUNICÍPIO
O município de São José possui casas de acolhimento e de passagem para as pessoas em situação de rua. São ofertadas 85 vagas, sendo duas casas de passagem, com 25 vagas cada uma, localizadas nos bairros do Kobrasol e Praia Comprida; uma Casa de Acolhimento com 25 vagas, em Campinas, com a oferta de 10 vagas para mulheres em situação de rua acompanhadas dos filhos.
As casas atuam como espaço de moradia excepcional provisória e oferecem serviços de pernoite, alimentação, higiene e atendimento psicossocial, para ambos os sexos com ou sem deficiência. Os encaminhamentos são realizados através do Centro POP, Abordagem Social e Alta Complexidade.
As estruturas contam com uma equipe composta por um psicólogo e um assistente social; um coordenador por casa e um educador para cada 10 usuários. Em breve, serão lançados dois editais para a oferta de pernoite, sendo um deles com 30 vagas destinadas aos indivíduos em situação de rua e outro com 10 vagas destinadas a acolher famílias.
CENÁRIO NACIONAL
A Secretaria Nacional de Proteção Global, que faz parte do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, promove as políticas públicas nacionais às pessoas em situação de rua. Nela, há o Projeto "Moradia Primeiro", no qual pessoa que se encontra há mais de cinco anos em situação de rua com histórico de vícios tem o direito de uma moradia segura, individual, dispersa no território do município e integrada à comunidade. As pessoas inscritas recebem o acompanhamento de profissionais para o tratamento e permanência na moradia.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)