Com a alta da gasolina, muitos optaram pelos transportes públicos. Veja quais são os prós e contras de um dos serviços mais utilizados no Brasil
Com a crescente desvalorização do real no mercado internacional e a alta global do preço do petróleo, 2022 não tem sido um ano fácil para os proprietários de veículos, que têm feito malabarismo para pagar o combustível.
Em alguns estados o litro chega a ultrapassar os R$8, inviabilizando o uso dos automóveis.
Desde o começo do ano o preço da gasolina tem aumentado significativamente e afetado o bolso dos consumidores. Devido a esta realidade, muitas pessoas optaram pelo uso dos transportes coletivos.
Trem, metrô, ônibus municipal, intermunicipal, BRT, bicicletas compartilhadas. Tudo tem se voltado como alternativa mais barata e acessível ao público.
Os transportes públicos no Brasil, praticados pela iniciativa pública e privada, é a primeira opção da maior parte da população, principalmente nas grandes metrópoles onde o trânsito costuma ser mais intenso.
E desde o início do ano, mesmo com a pandemia em curso, as pessoas optaram por voltar ao uso dos coletivos.
E o grande vilão foi a alta do petróleo, que chegou às bombas com aumentos estratosféricos. Em abril houve um pequeno recuo, mas ainda assim os preços praticados se tornaram inviáveis para o uso do carro no dia a dia.
Os anos se passaram e em 2020 tivemos que encarar a maior crise de saúde pública mundial, a COVID-19. Em regras gerais todos os mercados foram afetados, mas não estávamos preparados para como o mercado do petróleo ficaria.
Em 2021 o preço da gasolina subiu mais de 46% e em 2022 as marcas do litro chegaram a mais de R$8, tornando impraticável para boa parte da população manter o uso de automóveis individuais com regularidade.
E neste momento todos se voltaram para o uso dos transportes coletivos, sendo os transportes rodoviários os campeões de passageiros.
Mesmo com medo devido à pandemia, nota-se que grande parte das pessoas não tiveram opção e enfrentam os transportes coletivos lotados, tentando tomar o maior cuidado possível.
No Brasil, a cidade com maiores iniciativas de melhorias é Curitiba, que possui o melhor sistema de transporte público no país.
O projeto de mobilidade é todo estruturado em questões ambientais e de melhorias e organização urbana, priorizando o tráfego do menos ao mais favorecido.
O grande problema é que cerca de 90% da população mora nas cidades e mesmo em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, onde existem muitas opções, ainda assim o transporte não dá conta de atender com qualidade e rapidez, principalmente em horário de pico.
Focando no cerne da questão, para alguns fica difícil escolher entre gastar um preço alto com seu carro ou encarar o transporte público. Por isso, uma das saídas é analisar caso a caso.
Para muitos não há discussão por conta do preço impraticável, mas para aqueles que ainda precisam analisar, podemos pontuar alguns fatores.
O transporte coletivo oferece diversas opções, principalmente nas grandes cidades. É possível encontrar mais de uma opção de ônibus ou até mesmo alternar com outras vias, como metrô, BRT, monotrilho e etc...
Os transportes coletivos desafogam o trânsito intenso e em algumas cidades já é possível circular por faixas exclusivas para os ônibus, isso acelera o trajeto.
Outro ponto a se considerar é o bem para o meio ambiente, com menos veículos nas ruas, menor é a emissão de gases. Por dia, um carro popular emite de 130 a 250 gramas de dióxido de carbono, enquanto o Metrô chega a emitir 30 vezes menos.
As bicicletas coletivas, que neste caso além de não ter emissão, é uma boa prática de atividade física.
Também podemos atentar para o fato de que com menos veículos nas ruas o trânsito diminui consideravelmente, além de diminuirmos as probabilidades de acidentes.
Inflexibilidade de horários, tendo que ter atenção ao início e fim do horário de serviços.
Falta de segurança e manutenção nos pontos de ônibus, pois infelizmente ainda temos muitos casos de vandalismos e roubos.
Transporte lotado nos principais horários de entrada e saída de trabalho, o que torna o serviço além de cheio, lento.
No caso dos carros o que mais afeta é o conforto, mesmo nos horários de pico com trânsito intenso, alguns preferem o veículo aos transportes coletivos lotados. Ter um veículo permite uma liberdade que o transporte público não oferece.
Mas não podemos deixar de esquecer que os carros possuem obrigações que pesam no bolso.
Além da gasolina, há muitos outros gastos, como os pneus, troca de óleos e diversas manutenções preventivas que devem ser feitas para manter o bom funcionamento e economia do veículo.
Porém, mesmo com todos esses gastos, é plausível a preferência por uma opção que pode te oferecer um maior conforto no dia a dia. O transporte público pode ser muito cansativo, ainda mais em trajetos longos.
Mesmo que as passagens de ônibus e trem sejam mais econômicas se comparadas a um veículo próprio, a qualidade de vida e sua saúde também precisam pesar na balança.
Por este motivo, cada caso deve ser analisado com calma, comparando os prós e contras de cada tipo de transporte.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)