Palhoça(SC), Florianópolis (SC) e Ribeirão das Neves (MG) são exemplos de cidades que adotaram a tecnologia para ganhar em eficiência energética, sustentabilidade e bem-estar social
O uso de LED na iluminação pública permite aos municípios aliar tecnologia, economia, sustentabilidade e mais segurança em um único projeto. A substituição das antigas lâmpadas de vapor metálico tóxico pode garantir economia de até 50% com os gastos de energia elétrica, manter ruas e praças mais seguras e ainda contribuir com o meio ambiente.
No Brasil, muitos municípios apostam nessa tecnologia e estão modernizando seus sistemas. E um bom exemplo disso vem de Santa Catarina, com as cidades de Palhoça, Florianópolis, Indaial e São Francisco. Atualmente, Palhoça está com 100% do seu parque de iluminação pública em LED, modernização feita pela QLuz, concessionária responsável pela execução dos serviços no município desde maio de 2020. Enquanto que na capital catarinense, dos 61.261 pontos de iluminação pública, quase 11 mil lâmpadas antigas foram substituídas por LED, num trabalho realizado pela Quantum Engenharia.
Já em Indaial e São Francisco, que também encararam essa corrida, pontos estratégicos das cidades receberam nova iluminação em LED. Com isso, em Indaial, dos 8.248 pontos de iluminação, 1.892 já foram modernizados. E em São Francisco, que está no início desta atualização de sistema, 964 pontos já estão em LED. Os projetos das duas cidades são assinados pela SQE Luz, concessionária formada pelas empresas QUANTUM e ENGIE.
Outro estado que também está investindo na modernização é Minas Gerais. Ruas de Ribeirão das Neves, por exemplo, já contam com sistema de iluminação pública mais eficiente. Com projetos assinados pelo Consórcio IP Minas, formado pelas empresas Quantum e Fortnort Desenvolvimento Ambiental e Urbano, ao todo já foram trocadas mais de 18.300 mil lâmpadas por luminárias com lâmpadas de LED, trazendo benefícios aos municípios, à população e ao meio ambiente.
As vantagens do uso de LED na iluminação pública não se limitam às econômicas. A tecnologia também traz benefícios ambientais, por ser livre de metais pesados; ser composta por materiais recicláveis; e ter vida útil prolongada, diminuindo a necessidade de descarte. O trabalho de implantação segue protocolos rígidos conforme as normas ambientais vigentes, com o descarte enviado a empresas especializadas, que emitem certificado de descontaminação.
“Isoladamente, a lâmpada tradicional tem uma concentração relativamente baixa de compostos tóxicos, porém, em grandes volumes, pode causar danos sérios à população e ao meio ambiente”, alerta o engenheiro Derek Voigt Derek, mestre em engenharia de produção com foco em gestão de operações e logística reversa pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Outro ponto positivo para o LED é no que diz respeito ao conforto visual e à maior nitidez para os usuários. A tecnologia promove um facho de luz mais direcionado e apresenta maior índice de reprodução de cores, de até 90% para o LED e pouco mais de 20% para a de vapor de sódio.
Apesar disso, o Brasil ainda tem um longo percurso a seguir. Conforme dados da Associação Brasileira das Concessionárias de Iluminação Pública (ABCIP), o país tem cerca de 16 milhões pontos de iluminação pública, e a maior parte ainda conta com lâmpadas poluentes e de baixa eficiência.
Cinco benefícios do LED para a iluminação pública
1. Gera economia aos cofres públicos
Estima-se que as lâmpadas LED são 80% mais econômicas do que as incandescentes e 30% mais econômicas do que as fluorescentes. Isso acontece por diversos motivos. Um deles é porque o consumo de energia proporcionado por meio da tecnologia LED passa a ser menor, o que ajuda a evitar o desperdício.
2. Menos manutenção
A tecnologia LED é conhecida por ser bastante resistente e com uma taxa de falha muito baixa, devido à própria estrutura que apresenta: suas cúpulas são produzidas com mecanismos que evitam danos à pintura e impedem que as peças se soltem.
3. Tem maior durabilidade e vida útil
A LED tem durabilidade mínima de 60 mil horas – o que pode durar pelo menos 5 anos, dependendo da frequência de utilização diária. As lâmpadas incandescentes, por exemplo, duram 1 mil horas em média, período pela qual produzem pouca luminosidade e geram muito calor. Já as fluorescentes têm uma capacidade luminosa até cinco vezes maior, durando de 10 mil a 15 mil horas.
4. Mais segurança à população
As lâmpadas LED possuem um brilho menor e mais uniforme que as lâmpadas convencionais, que emitem radiação ultravioleta e podem causar uma sensação de cansaço visual aos motoristas e aos pedestres. Além disso, possui também um fluxo luminoso mais amplificado e potente e uma luminosidade mais clara, oferecendo mais segurança à população.
5. É sustentável
As lâmpadas LED não são nocivas ao meio ambiente. Cerca de 98% dos materiais que as compõem são recicláveis e, por isso, podem ser descartados sem causar danos à natureza – ao contrário das lâmpadas tradicionais, que possuem mercúrio em sua composição, um dos metais mais tóxicos do planeta, tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)