A seleção brasileira feminina de handebol derrotou a Sérvia neste domingo, por 22 a 20, em Belgrado, e conquistou o título do Mundial feminino da categoria pela primeira vez na história.
Diante de 19.500 torcedores na Arena Belgrado, o Brasil dominou durante os quase 60 minutos da decisão do Mundial.
Com Alexandra, Fernanda e Ana Paula, no ataque, e da goleira Babi, o time comandado pelo dinamarquês Morten Soubak se tornou o segundo de um país não europeu a vencer o torneio.
Antes do Brasil, a Coreia do Sul era o único time de fora da Europa a conquistar o Mundial. Em 1995, as asiáticas venceram a edição do torneio disputado na Áustria e na Hungria.
Na Sérvia, a seleção brasileira conquistou invicta a medalha de ouro. Na primeira fase, o time integrou o Grupo B, em que venceu Argélia, China, Sérvia, Japão e a Dinamarca. Nas oitavas, a equipe passou pela Holanda. Nas quartas, pela Hungria, após duas prorrogações.
Na semifinal, reencontrou a Dinamarca, tricampeã olímpica, e obteve nova vitória antes de enfrentar de novo a Sérvia na final. Na decisão, conseguiu resistir à pressão na Arena Belgrado e garantiu o título. Duda Amorim ainda foi eleita a melhor jogadora do Mundial e a goleira Babi entrou no time das melhores do campeonato.
O jogo
A seleção brasileira teve uma amostra da pressão que a torcida da Sérvia faria quando entrou em quadra e foi bastante vaiada. Os espectadores continuaram fazendo barulho quando o jogo começou.
A Sérvia manteve o jogo equilibrado por causa da atuação da pivô Dragana Cvijic, que encontrou muitos espaços na defesa nacional, e da goleira Jovana Risovic.
As donas da casa conseguiram comandar o marcador durante parte da primeira etapa aproveitando-se da queda do aproveitamento ofensivo da seleção. Nos minutos finais do primeiro tempo, no entanto, o ataque do Brasil voltou a levar vantagem sobre a defesa adversária e garantiu o placar de 13 a 11 quando as equipes foram para o intervalo.
A seleção conseguiu aumentar sua vantagem no início da etapa final de partida graças a uma defesa forte, que chegou a render seguidas exclusões por dois minutos de jogadoras, mas depois diminuiu seu ritmo ofensivo. As sérvias aproveitaram a oportunidade e encostaram novamente no marcador.
A seleção entrou nos dez minutos finais de partida com dois gols de frente no placar, mas a Sérvia alcançou o empate a cinco minutos do estouro do cronômetro. Não foi o suficiente para virar o jogo. O Brasil, por fim, abriu dois gols de vantagem.
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