Polícia Federal diz que Moro mente e publica nota
Publicado em 16/02/2022
Editoria: Política
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Reprodução: redes sociais
A Polícia Federal divulgou nesta terça-feira (15) uma nota em que ataca Sergio Moro e acusa o ex-ministro da Justiça de fazer “descabidos ataques” à corporação na entrevista que concedeu à Jovem Pan na última segunda (14).
Na nota, assinada pela própria “Polícia Federal”, a PF afirma que Moro “mente” ao dizer que “hoje não tem ninguém no Brasil sendo investigado e preso por grande corrupção”.
“A Polícia Federal efetuou mais de mil prisões, apenas por crimes de corrupção, nos últimos três anos. Neste mesmo período, a PF realizou 1.728 operações contra esse tipo de crime. Somente em 2020, foram deflagradas 654 ações —maior índice dos últimos quatro anos”, diz a nota.
O comunicado também afirma que Moro fez “ilações” ao citar os superintendentes afastados pela direção da PF e acusa o ex-ministro da Justiça, a quem a polícia já foi subordinada, de “desconhecer” a corporação. “(…) Negou conhecê-la quando teve a chance. Enquanto ministro da Justiça, não participou dos principais debates que envolviam assuntos de interesse da PF e de seus servidores.”
Leia abaixo a íntegra da nota da PF:
“Em entrevista na segunda-feira (14/02) à Jovem Pan, o ex-ministro Sergio Moro fez descabidos ataques à Polícia Federal. A bem da verdade, consideramos importante esclarecer:
Moro mente quando diz que ‘hoje não tem ninguém no Brasil sendo investigado e preso por grande corrupção’. A Polícia Federal efetuou mais de mil prisões, apenas por crimes de corrupção, nos últimos três anos.
Neste mesmo período, a PF realizou 1.728 operações contra esse tipo de crime. Somente em 2020, foram deflagradas 654 ações — maior índice dos últimos quatro anos.
Moro também faz ilações ao afirmar que ‘esse é o resultado de quantos superintendentes eles afastaram e que estavam fazendo o trabalho deles’.
O ex-ministro não aponta qual fato ou crime tenha conhecimento e que a PF estaria se omitindo a investigar. Tampouco qual inquérito policial em andamento tenha sido alvo de ingerência política ou da administração.
Vale ressaltar que a Polícia Federal vai muito além da repressão aos crimes de corrupção. Em 2021, bateu recorde de operações. No total, foram quase dez mil ações, aumento de 34% em relação ao ano anterior.
O ex-juiz confunde, de forma deliberada, as funções da PF. O papel da corporação não é produzir espetáculos. O dever da polícia é conduzir investigações, desconectadas de interesses político-partidários.
Moro desconhece a Polícia Federal e negou conhecê-la quando teve a chance. Enquanto ministro da Justiça, não participou dos principais debates que envolviam assuntos de interesse da PF e de seus servidores.
Com o intuito de preservar a imagem de umas das mais respeitadas e confiáveis instituições brasileiras, a Polícia Federal repudia a afirmação feita pelo pré-candidato Moro de que a corporação não tem autonomia.
Por fim, a PF — instituição de Estado — mantém-se firme no combate ao crime organizado, à corrupção e não deve ser usada como trampolim para projetos eleitorais.
A Polícia Federal”
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)
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