Foto: canva
Quando se fala em urologia, a primeira coisa que vem à cabeça é câncer de próstata, especialmente em novembro, quando é realizada a ampla campanha anual de prevenção contra a doença, o "Novembro Azul".
Historicamente, mulheres tendem a se cuidar mais do que homens. Dados do Programa Nacional de Saúde (PNS) apontam que a proporção de mulheres que foram ao médico (82,3%) em 2019 é superior ao percentual de homens que realizaram consulta (69,4%). Quando se trata de urologia, a negligência com a própria saúde é ainda maior, pois vem carregada de preconceitos e tabus.
Mas além do desafio de conscientizar e sensibilizar o público masculino para uma postura que busque bem-estar e prevenção ao câncer, a urologia enfrenta ainda o contratempo de não ser entendida de forma abrangente. É comum homens e mulheres acharem que a especialidade contempla somente cuidados relacionados à próstata e acabam não buscando um urologista para outros tratamentos importantes.
O urologista deve ser consultado para garantir acompanhamento adequado e preventivo de saúde também em relação ao sistema urinário, inclusive de mulheres, e ao órgão reprodutor masculino como um todo.
Protocolos de Ministério da Saúde orientam o encaminhamento da atenção básica para a atenção especializada em urologia em caso de hiperplasia prostática benigna, neoplasia de próstata, patologias escrotais benignas, incontinência urinária, disfunção sexual masculina, litíase renal, cistos e doença policística renal, doença renal crônica, infecção urinária crônica, condiloma acuminado e verrugas virais.
Impotência sexual, ejaculação precoce, infertilidade, pedra nos rins, dificuldade ou incontinência urinária, dilatação das veias do testículo (varicocele), entre outras enfermidades são tratadas pela urologia.
A partir de consulta clínica e exames direcionados, os profissionais podem diagnosticar e encaminhar os cuidados adequados a cada situação, que incluem desde medicamentos e tratamentos mais complexos a mudanças de hábitos alimentares e atividades físicas.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) orienta que homens com 50 anos ou mais, mesmo sem sintomas, procurem atendimento médico para avaliação geral e eventual diagnóstico de câncer de próstata. Indivíduos com casos de câncer de próstata na família e homens negros devem iniciar essa avaliação após os 45 anos. O exame de toque retal, a ultrassonografia, entre outros exames, ajudam a monitorar e prevenir a ocorrência da doença.
Para as outras enfermidades, a ida ao urologista deve ocorrer a qualquer idade e a frequência deve estar atrelada à apresentação de sintomas que merecem ser investigados. A SBU realiza anualmente a Campanha de Saúde do Adolescente Masculino, denominada VemProUro. A ideia é encorajar adolescentes a procurarem atendimento de rotina que esclareça sobre puberdade, alterações no corpo, doenças sexualmente transmissíveis e patologias urológicas gerais.
Alguns sintomas podem indicar a necessidade de se procurar um urologista. A maior parte deles está relacionada às doenças relacionadas aos protolocos do Ministério da Saúde.
Ardência, dor e vontade frequente de ir ao banheiro podem indicar um quadro de infecção urinária. Urina turva ou com sangue são sinais de disfunções no organismo, como infecção bacteriana no trato urinário, cálculo renal e doenças sexualmente transmissíveis.
Alterações na rotina miccional, como dificuldade, diminuição ou aumento de frequência, ajudam a entender sobre o funcionamento da próstata.
Falta de libido, dificuldade de ereção, dor durante a relação sexual são possíveis desdobramentos de doenças causadas pelo envelhecimento, sexualmente transmissíveis ou mesmo por depressão.
Alteração nos testículos precisa ser checada para avaliação acerca de tumores, que podem ser benignos ou malignos.
Dores lombares ou cólicas renais frequentes tendem a indicar quadros de pedra nos rins e cálculos renais.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)
