O recém-nascido chegou em casa e agora começam as fases de descobertas para toda a família. Um dos acontecimentos mais comuns e esperados dos bebês que acabaram de nascer, é a temida cólica, alguns sofrem pouco, outros já não. O fato é que, há diversos fatores que resultam nesses desconfortos por parte dos bebês, entre eles: imaturidade fisiológica, a motilina que é um hormônio intestinal que pode estar em grande concentração, entre outros. Para isso, é sempre importante que o bebê seja acompanhando por um pediatra para identificação da causa e resolução do problema.
As cólicas nos bebês com cólicas até são comuns, mas extremamente desconfortáveis, e sinaliza várias situações, como ingestão de ar na hora de mamar ou tomar o leite na mamadeira, consumo de alimentos que produzem muitos gases ou intolerância a algum alimento ou componente, por exemplo. Também acontece por que o estômago dos pequenos muitas vezes, não está maduro para digerir o leite materno. A repetição das cólicas intestinais, seguidos de vômitos pode resultar na associação da criança de que o momento de alimentar ou amamentação, seja um momento de estresse para toda a família, causando refluxos.
Existe a chamada “regra dos 3”, a junção de desconforto, choro, irritabilidade por mais de três horas, em três dias da semana.
Por mais que as famílias se preparem para a chegada dos bebês, buscando informações na internet, esclarecendo dúvidas com especialistas, realizando cursos para melhor suporte ao bebê nos primeiros meses de vida, nem tudo é ensinado. Em alguns casos, as crianças podem estar com disquesia e não cólica. Para melhor entendimento, a pediatra neonatologista, Dra. Patrícia Terrivel esclarece sobre esse distúrbio.
- A cólica e a disquesia pode ser definida como um distúrbio funcional da região intestinal do recém-nascido, isso é normal.
- A cólica do lactante é esperada que suma a partir do quarto mês de vida.
- Oferecer chás com o intuito de aliviar não é recomendado antes dos seis meses de vida.
- O bebê pode estar com desconfortos intestinais por ainda não saber controlar a musculatura para a evacuação.
- A disquesia pode levar até 30 minutos, e nesse momento a família deve manter a calma, acolher o bebê, e isso, vai refletir para que ele relaxe o corpo e consequentemente evacue.
- Massagear a região abdominal estimula a evacuação e alívio da disquesia.
- O choro do bebê é natural, afinal ele ainda não fala e não sabe dizer ao certo o que está sentindo. A força que ele faz para chorar pressiona a região abdominal e essa força resulta no trabalho dos músculos corretos para a evacuação.
“A disquesia não acomete somente crianças que são amamentadas por leite materno, isso pode acontecer também com aquelas que recebem fórmula. O que deve ser observado sempre é que com o tempo isso diminua, significando que o desenvolvimento da criança está acontecendo. Normalmente as famílias já sabem quando o bebê está querendo fazer cocô por ele ficar vermelho, franzir a região da face. Mas, o bebê com disquesia, não consegue ainda relaxar a musculatura para que a evacuação aconteça. Porém, o alivio acontece assim que ele evacua diferentemente da cólica que traz um incomodo mais longo”, afirma Dra. Patrícia Terrivel, pediatra neonatologista.
Sobre a Profissional:
A Dra. Patrícia Terrível, conhecida como Patty Terrível, é uma pediatra pró-amamentação, neonatologista, formada pela universidade de Santo Amaro, Residência médica no Hospital Municipal Carmino Caricchio. Trabalha também com transporte aeromédico. Patrícia possui cursos complementares em manejo clínico de aleitamento materno, monitoria de reanimação neonatal, monitoria no método Canguru e é idealizadora do projeto Corrente de Amor pelo SUS.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)