Gesto simples de amor e solidariedade que salva vidas. Uma única doação de sangue, que é insubstituível e essencial para o corpo, pode salvar até quatro pessoas. Para reforçar a importância dessa ação, o Ministério da Saúde celebra, nesta quinta-feira (25), o Dia Nacional do Doador de Sangue.
A data foi instituída em 1964 e o mês de novembro escolhido por preceder um período de estoques baixos, a proximidade das férias, de datas comemorativas de fim de ano, carnaval e outros períodos de feriados prolongados.
Esse ano, a data vem marcada pelos desafios adicionais que os hemocentros do Brasil enfrentaram durante a pandemia. A doação de sangue não traz riscos adicionais quanto à Covid-19 e a perda de hemácias (células do sangue) não compromete a imunidade. Mesmo quem já vacinou contra a Covid-19 pode doar sangue normalmente. Basta esperar um período que varia de acordo com o imunizante aplicado. Aqueles que tomaram a Coronavac precisam esperar 48 horas antes de doar. Já os que foram vacinados com Astrazeneca, Pfizer ou Janssen podem fazer a doação depois de 7 dias.
Além disso, os hemocentros estão preparados e seguem rigorosamente todos os protocolos de segurança para prevenir os candidatos à doação e os profissionais de saúde, com atendimentos, inclusive, com hora marcada. Em 2020, em relação a 2019, houve queda de 10% no número de coletas de sangue por conta da pandemia. Mesmo assim, não houve registros de desabastecimentos, apesar de alguns estoques terem entrado em estado de alerta.
O sangue doado é utilizado no tratamento de pessoas com doenças hematológicas variadas, como doença falciforme e talassemia, além de doenças crônicas, como câncer, pessoas que se submetem a cirurgias eletivas de grande porte, transplantes e para situações de urgências, emergências e calamidades. Além disso, durante a semana do Dia Nacional do Doador de Sangue, os serviços de hemoterapia de todo o país também estão mobilizados em campanhas locais para o fortalecimento da doação de sangue nos estados e municípios. O objetivo é agradecer e fidelizar os doadores regulares pelo ato solidário, além de sensibilizar que novas pessoas procurem um dos 107 hemocentros espalhados pelo país para doar sangue, mantendo todos os estoques em níveis seguros ao longo de todo o ano e não apenas em datas específicas.
Atualmente, no Brasil, cerca de 1,4% da população, ou 14 pessoas a cada mil habitantes, doam sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que pelo menos 1% da população seja doadora de sangue, o Ministério da Saúde trabalha constantemente para promover a conscientização das pessoas e aumentar esse índice. Quanto mais pessoas doando melhor e maiores as chances de manter os estoques de sangue sempre em níveis seguros.
QUEM PODE DOAR?
Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml. É pouco para você e muito para quem precisa! Você passará por uma entrevista que tem o objetivo de dar maior segurança ao processo. Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.
Agora que você entende a importância deste ato de solidariedade, faça a sua parte. Vá ao hemocentro mais próximo e doe sangue regularmente. Vidas dependem de você e você, ou algum familiar ou conhecido, também pode depender da doação de sangue em algum momento.
Texto: Gustavo Frasão
Ministério da Saúde
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)