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Mercado Soja desaba com mudanças no clima do corn belt e recuo do petróleo! Mas, quem fez hedge está tranquilo

Publicado em 13/05/2021 Editoria: Breaking News Comente!


CORN -MILHO
A Bolsa de Chicago (CBOT) despencou nesta quinta-feira para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 34,75 e 40 pontos ao final do dia.

O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 7,19 com perda de 38,40 pontos, o julho/21 valeu US$ 6,74 com desvalorização de 40,00 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,83 com baixa de 38,40 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 5,58 com queda de 34,75 pontos.

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 5,02% para o maio/21, de 5,60% para o julho/21, de 6,12% para o setembro/21 e de 5,90% para o dezembro/21.

miho  
       
Chicago (CME)  
CONTRATO US$/bu VAR US$/MT
MAY 2021 719 -38,5 283,07
jul/21 674,75 -40 265,65
SEP 2021 583 -38,5 229,53
DEC 2021 558,25 -34,75 219,78
Última atualização: 16:04 (13/05) Preço $/MT sem premio 

 Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho tiveram cortes acentuados na quinta-feira, com os traders desconsiderando uma nova grande venda para a China anunciada esta manhã, focando em dados de oferta e demanda de baixa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e uma aceleração no progresso do plantio. 

“Isso levou a uma rodada de vendas técnicas e realização de lucros hoje, com os futuros caindo até 40 centavos de dólar e atingindo o limite de baixo para o contrato julho/21”, pontua o analista da Farm Futures, Ben Potter.

Nos mercados à vista asiáticos, os futuros de milho na bolsa chinesa de Dalian ganharam CNY21/t e  foram registrados em CNY 2.823/t (437,41/t) para maio, de acordo com informações da equipe do Grupo SAG-KK. O milho foi oferecido a US$ 350/t CIF Phu My e Cai Mep, no sul do Vietnã para carregamento em junho e a US$ 347/t CIF Hai Phong no norte do país para carregamento em agosto-setembro.

Na Ucrânia, apareceu a demanda por carregamento à vista e em junho, com traders dizendo que há interesse de compra do Egito, União Europeia, China e até Irã no mercado de milho. O Mar Negro surgiu como uma opção competitiva em meio aos problemas sul-americanos e ao pesado programa de exportação dos EUA, com custos de frete mais baixos e prazos de entrega mais curtos se mostrando tentadores. No entanto, houve uma falta de ofertas no mercado, com uma ideia a US$ 312/t FOB para junho - com o mercado da Ucrânia permanecendo competitivo mesmo após ganhos de quase US$ 40/t nas últimas semanas. 

Do lado da demanda, as ideias de compra de milho para o Egito foram avaliadas em US$ 315- $ 320/t CFR para carregamento em junho, equivalente a cerca de US$300/t FOB HIPP. Além disso, a demanda da União Europeia foi ouvida em cerca de US$ 302/t FOB, enquanto as ofertas de milho para a China foram indicativas  e também em torno de US$ 300/t FOB, mas nenhuma oferta para esse destino foi vista”. 

Além  disso, as ofertas de milho romeno aumentaram para € 260-265/t FOB CVB para carregamento  em junho. Em outros lugares, o plantio de milho na Rússia já estava 44,6% concluído em 1,3 milhão de ha, enquanto na mesma data em 2020 2,1 milhões de ha já haviam sido semeados.

miho  
       
  B3 (Bolsa)   US$/MT
mai/21 102,26 0,10% 320,97
jul/21 97,4 -0,50% 305,71
set/21 95 -0,52% 298,18
nov/21 95,1 -4,47% 298,49
Última atualização: 18:00 (13/05) Preço $/MT sem premio 

Os preços futuros do milho foram perdendo força ao longo da quinta-feira e encerraram o dia caindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,16% e 4,87%.                        

O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 102,16 com baixa de 0,16%, o julho/21 valeu R$ 97,89 com desvalorização de 4,87%, o setembro/21 foi negociado por R$ 95,50 com perda de 4,02% e o novembro/21 teve valor de R$ 95,50 com queda de 4,07%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze,  as condições de clima para o milho melhoram em todo o mundo de ontem para hoje, seja na China, leste europeu, Estados Unidos e no Brasil.

“O investir não quer risco, ele quer fazer lucro e está olhando para a parte de baixo. No Brasil, a chuva de ontem no Paraná não recupera as lavouras, mas deixa de perder mais”, diz.

Brandalizze destaca ainda que, neste momento, ainda ninguém quer vender. “Todo mundo segurando a oferta. O mercado fica em R$ 100,00 ou R$ 105,00 mas não tem muito espaço para subir já que o mercado de ovos e rações já estão estrangulados”.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$ US$/MT
13/05/2021 101,79 -0,59% 2,03% 19,21 319,49
12/05/2021 102,39 0,98% 2,64% 19,33 321,37
11/05/2021 101,4 0,17% 1,64% 19,41 318,27
10/05/2021 101,23 -0,32% 1,47% 19,35 317,73
07/05/2021 101,56 0,65% 1,80% 19,45 Preço $/MT sem premio 

A quinta-feira (13) chega ao final com os preços do milho recuando no mercado físico brasileiro. Não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “os negócios seguem escassos no Brasil, com indicações nominais e pouco volume na maioria das regiões produtoras”.

Enquanto isso, a estiagem segue presente nas lavouras em diversas regiões produtoras. A região de Pato Branco no Paraná, por exemplo, registrou um dos piores meses de abril dos últimos 40 anos no quesito de chuvas em uma estiagem que estendeu até o começo de maio. Essa situação causou impactos diretos no desenvolvimento das lavouras desta segunda safra de milho e de feijão.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Pato Branco/PR, Oradi Caldato, o milho pegou esta seca bem no momento de pendoamento e se algumas precipitações não tivessem acontecido na última semana muitas lavouras iriam ter perda total. A liderança acredita que essa chuva dos últimos dias salvou entre 40 e 50% do milho e que a produtividade esperada já está em apenas 50 sacas por hectare.

De todos os estados do Brasil com produção de milho safrinha, Mato Grosso vem se destacando neste momento pelas condições de safra mais satisfatórias, em comparação com outras regiões do país. Mas esse cenário poderá ser impactado por uma forte onda de seca nas próximas semanas, aponta uma análise da Geosys Brasil.

“A onda de frio da primeira semana de maio passou e não trouxe problemas às áreas de milho safrinha. Mas, a previsão aponta agora para a elevação gradativa da temperatura e a seca deve ganhar força. Se essa tendência de falta de chuva no Mato Grosso ocorrer, o índice de umidade do solo vai sofrer uma queda brusca e se aproximar do registrado em 2016, ano em que a seca provocou quebra de safra”, aponta Felippe Reis, analista de cultura da Geosys Brasil.
 


SOYBEAN - SOJA 

Os futuros da soja na Bolsa de Chicago recuam cerca de 50 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de quinta-feira (13) com foco no clima nos EUA e realização de lucros. Às 13h48 (horário de Brasília), o julho estava cotado a US$ 15,92 e o setembro a US$ 14,38 por bushel.

SOJA - CME - CHICAGO
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)
mai/21 16,1225 -48,25 -2,91
jul/21 15,84 -58,5 -3,56
ago/21 15,2225 -50,25 -3,2
set/21 14,3975 -46,5 -3,13
 
Última atualização: 16:00 (13/05)  

O mercado acompanha nesta tarde informações de melhora no clima para o plantio norte-americano, além de movimentação técnica depois do salto na véspera refletindo os baixos estoques nos EUA, inclusive para a nova temporada no relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

"Hoje, o mercado olha o USDA pelo retrovisor... Agora começa ganhar força a condição de clima e plantio americano", afirma o analista Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

Também há atenção no financeiro, com perdas expressivas no petróleo no dia e impactos em diversas outras commodities, com o agravamento da pandemia do coronavírus na Índia e reflexos da retomada das operações de um oleoduto de combustível dos Estados Unidos.

"Os preços também ficaram sob pressão, uma vez que o mercado de ações foi pressionado por preocupações com a inflação nos últimos dias", destacou a Reuters internacional.

Apesar da queda, o mercado também busca saber a extensão dos reflexos com os problemas na ponte Hernando de Soto, em Memphis. Autoridades locais descobriram uma rachadura em uma parte importante da infraestrutura e isso pode deixar a ponte a ponte fechada por meses.

Mercado desaba com mudanças no clima do corn bealt e recuo do petroleo! Mas, quem fez hedge está tranquilo.

SOJA - PREMIO - CBOT / PNG
CONTRATO VALOR
abr/21 -35
mai/21 -10
jun/21 0
fev/22 25
Última atualização: 13/05/2021

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, 13, com preços em baixa acentuada. Após atingir nesta quarta o maior patamar em quase 12 anos, o mercado sucumbiu a um movimento de realização de lucros. Alguns fatores ajudaram a acentuar a correção.

O mercado acelerou as vendas diante de notícias que indicam que o tráfego de navios e barcaças no Rio Mississippi está sendo bloqueado pela guarda costeira norte-americana devido a um problema estrutural em uma ponte que  passa sobre o rio.

“O bloqueio traz problemas para o escoamento dos grãos produzidos no cinturão produtor norte-americano. Embora a maior parte das exportações norte-americanas de soja desta temporada já tenham acontecido, a falta de prazo para a liberação do tráfego faz o mercado especular sobre possíveis problemas futuros para o escoamento da nova safra norte-americana, além de uma possível menor demanda internacional por grãos norte-americanos, caso o bloqueio persista por vários dias/semanas”, explica o analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque.

“Eu classifico como um mercado em idiossincrasia, porque talvez os comprados estivessem numa posição bastante grande, e acabaram realizando lucros depois de um relatório mensal americano ontem”, disse Mário Mariano Moraes Júnior, diretor comercial Agrosoya/Novo Rumo Commodities.

 

No último pregão, o mercado repercutiu um relatório de oferta e demanda mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês) com baixos estoques para a oleaginosa nos EUA, inclusive para a nova temporada.

“Eu penso que o fundamento continua presente no mercado, com demanda, embarques e registros de exportação reduzidos nos últimos dias... Contudo, essas não seriam notícias suficientes, com pesos, para uma mudança de comportamento tão trágica de um dia para o outro. A soja quase bateu limite de baixa”, complementa Moraes Júnior.

O dia negativo no mercado também acompanhou um cenário fraco do financeiro, com perdas de mais de 4% no petróleo. Além disso, há a atenção para a melhora climática para a safra norte-americana. “A somatória da queda de hoje também tem uma grande decisão de quem vendeu sobre um período de clima mais adequado para a janela de plantio americana”, diz o analista.

Áreas dos EUA receberam chuvas nos últimos dias, segundo Moraes Júnior, e também não está mais tão frio como nas últimas semanas.

Preço soja referência (chicago ):$/MT 588,73   13/mai
           
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 559,54   13/mai
           
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT 533,58   13/mai
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 170 por saca  

No Brasil, as negociações ficaram paralisadas no dia. “A diferença de preço de ontem para o início deste dia, e ao decorrer desta quinta-feira, foi menor em torno de R$ 5 a R$ 7 e em alguns momentos chegou a até R$ 10”, explicou o analista. Porém, há a perspectiva de reconstrução de um cenário mais favorável de preço aos produtores nos próximos dias.

A forte baixa do petróleo, as preocupações com os índices inflacionários nos Estados Unidos, os fracos embarques semanais americanos e o desapontamento com o relatório de maio do USDA, completaram o quadro negativo para as cotações.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 58,50 centavos de dólar por libra-peso ou 3,56% a US$ 15,84 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 15,22 por bushel, com perda de 50,25 centavos ou 3,19%.

  soja US$ 5,31
       
  B3 (Bolsa)    
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR
jul/21 34,87 185,16 -3,67%
   
Última atualização: 15:21 (13/05)  

Nos subprodutos, a posição julho do farelo caiu US$ 27,40 ou 6,1% a US$ 421,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 65,78 centavos de dólar, perda de 0,62 centavo ou 0,93%.

Exportadores dos Estados Unidos venderam 94,3 mil toneladas de soja da safra 2020/21 na semana encerrada em 6 de maio, informou nesta quinta-feira, 13, o Departamento de Agricultura do país (USDA), em relatório semanal. O volume é 43% menor que o da semana anterior e 38% inferior à média das quatro semanas anteriores.

Na semana, os principais compradores foram Indonésia (60,3 mil t), México (24,5 mil t), Venezuela (18 mil t), Japão (13,1 mil t) e Colômbia (12,5 mil t), que compensaram cancelamentos feitos principalmente por destinos não revelados (41,2 mil t).

Para a temporada 2021/22, foram vendidas 102,5 mil toneladas para México (98 mil t) e Japão (4,5 mil t). A soma das duas safras ficou levemente abaixo das estimativas de analistas, que esperavam vendas totais entre 200 mil e 650 mil toneladas. Os embarques do período somaram 285,2 mil toneladas. O volume representa alta de 8% ante a semana anterior, mas queda de 8% ante à média das quatro semanas anteriores.

Os principais destinos foram México (101,8 mil t), Indonésia (71,6 mil t), Japão (36 mil t), Peru (22,5 mil t) e Irlanda (10,6 mil t).

Uma negociação de soja no mercado internacional não confirmada foi ouvida para entrega em junho a menos 50 c/bu sobre os futuros de julhO. Além disso, rumores também foram ouvidos para as entregas de julho e agosto a menos 35 e 45 c/bu sobre os futuros de julho e agosto, respectivamente. 

No mercado FOB da Argentina, os prêmios para os embarques de junho permaneceram estáveis no dia em menos 66 c/bu sobre os futuros de julho, equivalendo a $ 581/t, enquanto o restante da curva futura subiu 3-6 c/bu. No CFR China, a margem negativa de esmagamento continuou a restringir as intenções de compra dos britadores chineses, mas a margem diminuiu a partir de agosto e agora se torna positiva em janeiro e março de 2022. 

Os futuros da soja na Bolsa de Dalian, lastreados por futuros da CBOT, atingiram seu nível mais alto nos contratos de junho e julho, com alta de 4% para CNY9.420/t ($ 1.462 mit) e CNY9.220/t ($ 1.431 mit). Enquanto isso, o custo do frete a granel seco de soja no Pacífico saltou em meio a um aumento nos embarques de carvão e o Agricensus  APM-6 CFR China para embarque em junho foi avaliado em $ 1,25/bu sobre o contrato de julho, equivalente a $ 630,50/t. 

O  dólar  firmou alta na quarta-feira e continua a alta no início desta semana, após dois dias operando volátil e fechando perto da estabilidade. O clima esquentou na CPI da covid em Brasília, mas a pressão no câmbio ontem veio principalmente do exterior, primeiro pela surpresa  com a inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que subiu bem mais que o esperado em abril, ajudando a fortalecer as taxas de retorno (yields) dos juros longos americanos  e o dólar no mercado internacional pelo temor de que o Federal Reserve precisará retirar os estímulos à economia mais cedo. 

O dia foi muito bom para o mercado de soja gaúcho, com um montante considerável de 60 mil toneladas sendo negociado, em especial nessa época de vacas magras, os negócios têm estado frios a semanas. As compras advém da própria volatilidade do mercado, enquanto anteriormente esse era o motivo do pouco movimento, agora é o motivo de estar movimentando, com a ideia de que é possível que os preços aumentem e o dólar perca o valor ainda mais o ideal é comprar.

Em Santa Catarina, 4.000 toneladas negociadas a preços extremamente altos. Mais um pico de mercado ocorreu hoje em Santa Catarina onde volumes foram vendidos até a R$185,00 pela saca, o montante  que  foi  negociado  R$5,00  mais  barato,  a  R$180,00  saiu  ainda  para  pagamento  a  curto  prazo,  sem  mais movimentos no mercado.

Além disso, os volumes estão andando a R$180,00 no Paraná. Nada de muito considerável aconteceu no mercado paranaense nesta quarta-feira, apenas um pequeno volume não especificado saiu a R$180,00 para retirar nos Campos Gerais e pagar no dia 30 de junho. Ademais, o que chamou a atenção foram os valores do dia que saltaram em até R$4,00, resultado de um aumento na demanda, no entanto não havia comprador para soja a valores tão altos.

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
13/05/2021 178,27 -2,57% -0,81% 33,64
12/05/2021 182,97 2,06% 1,81% 34,55
11/05/2021 179,28 1,16% -0,24% 34,32
10/05/2021 177,23 -0,16% -1,39% 33,88
07/05/2021 177,51 -0,56% -1,23% 33,99

Como de costume, o Mato Grosso do Sul teve outro dia rentável, com 20.000 toneladas negociadas. As ofertas para soja permaneceram estacionadas em relação às das indicações anteriores, no entanto possivelmente se tratou de uma escolha de rentabilidade x demanda, com a demanda firme os valores até poderiam aumentar, mas com essas pedidas firmes e os preços já bastante altos não haveria o por que, o melhor é vender o máximo no menor tempo, apenas entre ontem e hoje já foram negociados quase o dobro do montante total da semana passada, isso sem contabilizar volumes verdadeiramente pequenos que possam ter saído. 

Os estoques dos principais grãos mundiais vão seguir apertados na temporada de 2020/2021, anunciado ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). De acordo com a avaliação de analistas de mercado ouvidos pelo Agrolink, os dados divulgados no relatório confirmaram as especulações e vão seguir dando sustentação aos preços.

“Se por um lado cairia o processamento total de oleaginosas nos Estados Unidos, como um resultado da queda nas exportações, a menor oferta total de soja faria com que os estoques no final da safra ficassem próximos aos mínimos históricos, o que sustenta os preços”, posicionou-se a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), na Argentina. 

O USDA informou ainda que o milho norte-americano teria aumento de oferta na próxima safra, enquanto o uso total seria ligeiramente reduzido, de forma que os estoques finais registrariam um ligeiro aumento. “Os números da agência confirmam que a situação permaneceria difícil durante a próxima temporada, o que teria limitado as quedas [nos preços],” disse a BCR.

A agência de notícias mundial Reuters acrescenta que a forte demanda doméstica manterá os estoques de milho e soja dos EUA perto das mínimas de sete anos já nesta nova safra 2021/22 que está sendo plantada atualmente. “É possível afirmar que o mercado está subvalorizado nos últimos meses”, disse Joe Vaclavik, presidente da Standard Grain.

Ele destaca o aumento da demanda do setor de ração, o que levará os estoques de trigo a uma mínima de sete anos em junho de 2022. Os produtores de proteína animal lutam para encontrar fontes mais barata para a alimentação dos animais, reduzindo exportações de milho, soja e trigo em relação à safra anterior.

 

SUGAR - AÇUCAR

July NY world sugar 11 (SBN21) on Thursday closed down -0.73 (-4.09%), and Aug London white sugar 5 (SWQ21) closed down -16.30 (-3.45%) AT $455.50.

Sugar prices on Thursday sank to 1-week lows.  A slump of more than -3% in crude oil prices on Thursday undercut ethanol prices and prompted long liquidation pressure in sugar futures.  Lower ethanol prices may persuade Brazil&39;s sugar mills to divert more cane crushing toward sugar production rather than ethanol production, thus boosting sugar supplies.

On Tuesday, NY sugar climbed to a 2-1/2 month high, and London sugar rose to a 2-week high on concern excessive dryness in Brazil will curb sugar yields.  Maxar said last Thursday that Brazil&39;s Center-South, the country&39;s largest sugar-growing region, is expected to see a limited chance for rain over the next ten days.  On Apr 29, Czarnikow said rain in Brazil&39;s Center-South region October through March was 36% below average, the biggest drought in more than a decade.

US$/MT
395,13
Preço $/MT sem premio 

São Paulo, which makes up 68% of Brazil&39;s total cane production, has seen the driest weather in 20 years in five of the six months through March, and yield losses could be as high as 20% in some areas, according to Somar.  Also, Wilmar International on April 19 said that because of prolonged dryness, Brazil&39;s 2021/22 cane crop "may barely reach" 530 MMT, down -12% y/y and the lowest in a decade.

An increase in Brazil ethanol anhydrous prices last Friday to a record 2.9261 BRL/liter is supportive of sugar prices.  The higher ethanol prices may prompt Brazil&39;s sugar mills to divert more cane crushing toward ethanol production rather than sugar productions, thus curbing sugar supplies.

In a bullish factor for sugar prices, Unica reported Wednesday that 2021/22 Center-South sugar production (Apr/Nov) was down -25.5% y/y in the second half of April to 1.515 MMT.  The percentage of cane used for sugar fell to 44.54% in 2021/22 45.76% in 2020/21.

Sugar has support falling production in Thailand, the world&39;s second-largest sugar exporter.  The Thailand Office of the Cane & Sugar Board reported March 17 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production Dec 10-Mar 15 fell -8.2% y/y to 7.5 MMT.

US$/MT
455,50
Preço $/MT sem premio 

A bearish factor for sugar is increased sugar production in India.  The Indian Sugar Mills Association reported last Monday that India&39;s sugar output during Oct 1-Apr 30 rose +16% y/y to 29.92 MMT 25.81 MMT a year earlier due to a bumper crop and increased cane crushing.  The India Sugar Trade Association on Feb 11 forecast that 2020/21 India sugar production will increase +9% y/y to 29.9 MMT.

As cotações futuras do açúcar despencaram na sessão desta quinta-feira (13) nas bolsas de Nova York e Londres. O dia seguiu marcado por correções técnicas ante os ganhos recentes, mas, principalmente, com o mercado analisando as consequências do recuo expressivo do petróleo.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York registrou no dia desvalorização de 4,09%, cotado a US$ 17,11 c/lb, com máxima de 17,80 c/lb e mínima de 17,01 c/lb. Já o tipo branco em Londres caiu 3,45%, negociado a US$ 455,50 a tonelada.

Depois de alta expressiva nos últimos dias, com máximas de mais de dois meses em Nova York, o açúcar fechou a sessão desta quinta-feira retomando os patamares do início do mês. O contrato julho, que chegou no início da semana acima dos US$ 18 c/lb, quase não sustentou os US$ 17 c/lb.

Além de movimento corretivo ante os ganhos recentes, o mercado do adoçante no dia esteve bastante atento para os recuos do petróleo, com o agravamento da pandemia do coronavírus na Índia e a retomada das operações de um oleoduto nos EUA, inclusive com impacto em outras commodities.

"Os preços mais baixos do etanol podem fazem com que as usinas de açúcar do Brasil desviem a moagem da cana para a produção do adoçante em vez da produção de etanol, aumentando assim o fornecimento", disse em nota a consultoria Barchart.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
13/05/2021 114,92 -0,27% 1,81% 21,69  
12/05/2021 115,23 0,69% 2,08% 21,76  
11/05/2021 114,44 -0,78% 1,38% 21,91  
10/05/2021 115,34 0,98% 2,18% 22,05  
07/05/2021 114,22 0,41% 1,19% 21,87  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 114,83      
  valor saco $ 21,63      
  valor ton $ 432,50  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms    
US$/MT
432,84
434,01
431,04
434,43
Preço $/MT sem premio 

Apesar das quedas, segue a atenção dos operadores para a safra de cana do Brasil e, principalmente, os impactos dela na oferta global da commodity diante da situação climática adversa no maior produtor mundial em um momento em que a demanda dá sinais de recuperação.

"Os negociadores disseram que embora os fundos possam continuar liquidando as posições compradas no curto prazo, um colapso de preços em grande escala é improvável, com o mercado ainda sustentado por preocupações com a safra de cana do Brasil e os preços crescentes do etanol no país", destacou a Reuters.

Ontem, por exemplo, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe sua atualização quinzenal com queda na moagem de cana-de-açúcar no comparativo anual, além de reflexos na produção deaçúcar e etanol. Mas, com vendas mais altas do biocombustível em abril.

A valorização do dólar sobre o real nesta tarde também contribuiu para as perdas do açúcar no dia, já que tende a encorajar as exportações da commodity.

A reta final da semana volta a ser marcada por valorização dos preços internos do açúcar. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, perdeu saltou 0,69%, cotado a R$ 115,23 a saca de 50 kg na véspera.

Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, negociado a R$ 119,34 a saca, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 18,82 c/lb com queda de 1,42%.

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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