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Soja aumenta puxado pelo alta de mais de 2% dos óleos na CBOT ! No Brasil preço alto, mas negócios pontuais!

Publicado em 13/05/2021 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO

A Bolsa de Chicago (CBOT) começou a quarta-feira subindo, mas fechou o dia com os preços internacionais do milho futuro despencando. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 2,00 e 18,25 pontos.

O vencimento maio/21 era cotado à US$ 7,57 com perda de 2,00 pontos, o julho/21 valia US$ 7,14 com queda de 7,50 pontos, o setembro/21 era negociado por US$ 6,21 com baixa de 13,50 pontos e o dezembro/21 tinha valor de US$ 5,93 com desvalorização de 18,25 pontos.

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,26% para o maio/21, de 1,11% para o julho/21, de 2,20% para o setembro/21 e de 2,95% para o dezembro/21. 

miho  
       
Chicago (CME)  
CONTRATO US$/bu VAR US$/MT
MAY 2021 757,5 -2 298,23
jul/21 714,75 -7,5 281,40
SEP 2021 621,5 -13,5 244,68
DEC 2021 593 -18,25 233,46
Última atualização: 16:03 (12/05) Preço $/MT sem premio 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram depois que os estoques finais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ficaram mais altos do que as estimativas dos analistas, o que desencadeou algumas vendas técnicas.

O relatório WASDE do USDA de hoje pressupõe que os agricultores atingirão os rendimentos da linha de tendência nesta temporada, para uma média de 179,5 bushels por acre e uma produção total de 15,0 bilhões de bushels. As exportações devem diminuir 325 milhões de bushels durante a campanha de comercialização de 2021/22. Os estoques finais devem subir 250 milhões de bushels ano a ano para 1,507 bilhão de bushels, o que foi notavelmente maior do que a estimativa média de comércio de 1,344 bilhão de bushels.

miho  
       
  B3 (Bolsa)   US$/MT
mai/21 102,39 0,07% 321,37
jul/21 102,6 -0,29% 322,03
set/21 99,66 0,16% 312,81
nov/21 99,65 -0,35% 312,77
Última atualização: 18:00 (12/05) Preço $/MT sem premio 

Os preços futuros do milho começaram o dia em alta, perderam força ao longo do dia e encerraram as atividades em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações entre 0,45% negativo e 0,29% positivo ao final da quarta-feira.

O vencimento maio/21 era cotado à R$ 102,32 com queda de 0,26%, o julho/21 valia R$ 102,90 com alta de 0,29%, o setembro/21 era negociado por R$ 99,50 com perda de 0,19% e o novembro/21 tinha valor de R$ 99,55 com baixa de 0,45%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as movimentações da Bolsa Brasileira refletiram o que aconteceu na Bolsa de Chicago, o reporte do USDA e o da Conab, todos desta quarta-feira.

“A Conab reduziu a safra brasileira de milho, mas não dentro do que era esperado. Para a segunda safra apontaram 79,8 milhões de toneladas (antes eram 82,6) e isso é uma redução muito pequena, nós esperamos uma safra de 75 ou menor poque houve muitos problemas”, pontua.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$ US$/MT
12/05/2021 102,39 0,98% 2,64% 19,33 321,37
11/05/2021 101,4 0,17% 1,64% 19,41 318,27
10/05/2021 101,23 -0,32% 1,47% 19,35 317,73
07/05/2021 101,56 0,65% 1,80% 19,45 318,77
06/05/2021 100,9 0,66% 1,14% 19,11 Preço $/MT sem premio 

A quarta-feira (12) chega ao final com os preços do milho novamente subindo no mercado físico brasileiro. Foram percebidas desvalorizações apenas na praça de Pato Branco/PR.

Já as valorizações apareceram em Ponta Grossa/PR, Cascavel/PR, Rio do Sul/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Itapetininga/SP.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “com negociações praticamente travadas no mercado interno, as referências em Campinas/SP tiveram poucas alterações nos últimos dias. O sentimento de cautela persiste entre compradores e vendedores, o que não estimula alguma dinâmica”.

A SAFRAS & Mercado relata que o mercado brasileiro de milho segue com preços firmes. O analista Fernando Henrique Iglesias, destaca que as dificuldades de abastecimento permanecem presentes no mercado. “O clima segue como um elemento determinante neste momento, com os modelos apontando para volume pluviométrico bastante irregular até a virada de mês, ou seja, a quebra da safrinha tende a ser ainda maior em diversos estados”, comenta.

Ainda nesta quarta-feira (12), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para o mês de maio e trouxe dados sobre as três safras de milho além de projeções sobre oferta e demanda brasileiras.

Para a segunda safra, o destaque são as operações de semeadura envolvendo a segunda safra de milho nesta temporada que foram duramente afetadas pelo atraso na colheita da soja, que provocou, de forma inédita, o plantio de aproximadamente 35% da área total fora do período recomendado pela área técnica.

Agora, será o clima quem vai determinar o tamanho da safra brasileira. A entidade reduziu sua perspectiva de produção da safrinha para 79,799 milhões de toneladas, mesmo assim aumentando em 6,6% a resultado da safra passada, com um aumento de 8,8% no plantio com 14,968 milhões de hectares.

Na soma das três safras brasileiras, a entidade estima produção total de 106 milhões de toneladas, aumento de 3,7% em ralação ao ciclo 19/20, mas redução na comparação com as estimativas de abril (109 milhões) e março (108,1 milhões).

 

SOYBEAN - SOJA

As altas entre os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago, nesta quarta-feira (12), variaram entre 14 e 27,75 pontos nos principais vencimentos, com o contrato julho/21, o mais negociado agora, cotado a US$ 16,42 por bushel. O mercado segue refletindo estoques muito apertados da safra velha nos EUA e dando espaço para uma continuidade dos ganhos na CBOT, mesmo com sua manutenção no boletim mensal de oferta e demanda divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

SOJA - CME - CHICAGO
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)
mai/21 16,605 23 1,4
jul/21 16,425 27,75 1,72
ago/21 15,725 19 1,22
set/21 14,8625 14,25 0,97
 
Última atualização: 16:00 (12/05)  

O número veio ainda nos 3,27 milhões de toneladas, mostrando que a relação estoque x consumo deverá seguir bem baixa, inclusive para a próxima temporada. Com 2021/22 sendo iniciada com estoques baixos, a projeção do departamento americano é de estoque final também baixo, inicialmente projetado em 3,81 milhões de toneladas. 

Diante deste quadro, os preços altos da soja na Bolsa de Chicago e essa tendência altista ainda mantida exercem o papel de continuar estimulando um aumento de área no país, de forma a trazer um equilíbrio mais substancial ao quadro de oferta e demanda global da oleaginosa. 

SOJA - PREMIO - CBOT / PNG
CONTRATO VALOR
abr/21 -35
mai/21 -10
jun/21 0
fev/22 25
Última atualização: 12/05/2021

E nesta semana essa questão da disputa por área nos EUA entre soja e milho tem estimulado de forma bastante intensa o viés positivo das cotações das duas commodities. Para o milho, o estímulo veio forte da demanda, com compras grandes e consecutivas por parte da China e outros importantes compradores, como o México, por exemplo. 

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim mensal de oferta e demanda de maio nesta quarta-feira (12) sem grandes mudanças para a safra 2020/21 de soja dos EUA e com os primeiros números e estimativas para a safra 2021/22 dos EUA e do mundo.

Estoques baixos fazem a soja subir ainda mais após os nº do USDA.

           
Preço soja referência (chicago ):$/MT 606,45   12/mai
           
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 574,29   12/mai
           
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT 558,69   12/mai
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 178 por saca  

No Brasil o preço da saca de soja negociada em Paranaguá/PR avançou para os R$ 179, influenciada pela valorização da oleaginosa em Chicago, segundo levantamento da Agrufatto.

A produção de soja do Brasil deve totalizar 135,4 milhões de toneladas na safra 2020/2021, segundo o levantamento da CONAB divulgado nesta quarta-feira, 12. Isso representa queda de 0,07% em relação à estimativa de abril, mas aumento de 8,5% frente as 124,8 milhões colhidas na temporada anterior – volume recorde. Vejam que o novo volume projetado está muito próximo das 132 milhões estimados pelo Grupo SAG-KK em relatórios anteiros.

A área plantada de soja no período 2020/21 apresentou crescimento de 4,2% em comparação à safra anterior, atingindo 38,5 milhões de hectares. Segundo a Conab, apesar dos problemas com o clima, vivenciadas pelas lavouras tanto no plantio quanto na colheita, a produtividade alcançada registrou incremento de 4,1% em relação à temporada passada.

O avanço da oleaginosa no país se deve, segundo a entidade, à “alta dos preços internacionais, à forte demanda exportadora e ao aumento da demanda interna”.

  soja US$ 5,31
       
  B3 (Bolsa)    
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR
jul/21 36,2 192,22 1,54%
   
Última atualização: 15:21 (12/05)  

A demanda interna total (esmagamentos, sementes e perdas) está estimada em 50,44 milhões de toneladas.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de soja para abril foram estimadas em 17,38 milhões de toneladas. Esse número é 17,02% maior que o exportado em abril de 2020. Com isso, as exportações brasileiras em 2021, de soja, somam aproximadamente 33,59 milhões de toneladas, esse número é 5% superior ao exportado de janeiro a abril de 2020. Em 2021 é esperado uma exportação próxima de 85,6 milhões de toneladas.

Os estoques de passagem de soja em grãos, da safra 2020/21, devem ser um pouco mais elevados que os estoques da safra 2019/20, e não haverá falta de produto para abastecer o mercado interno.

Até o levantamento de abril, os estados de Mato Grosso, Paraná e Amapá não iriam bater recorde. Com a revisão de maio, a configuração muda. Os produtores mato-grossenses voltam a ter perspectiva de recorde, enquanto os do Tocantins e de Santa Catarina passam a ficar abaixo da marca histórica.

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
12/05/2021 182,97 2,06% 1,81% 34,55
11/05/2021 179,28 1,16% -0,24% 34,32
10/05/2021 177,23 -0,16% -1,39% 33,88
07/05/2021 177,51 -0,56% -1,23% 33,99
06/05/2021 178,51 -1,03% -0,67% 33,8

No caso do Tocantins, a Conab aponta que fatores como o veranico, que atingiu a lavoura durante as fases críticas (floração e enchimento de grãos) e o excesso de chuvas durante o início do processo de colheita, retardando o acesso dos maquinários às áreas cultivadas, explicam o baixo desempenho.

“Durante a reta final da colheita, os produtores começaram a contabilizar os reais prejuízos oriundos da instabilidade climática no estado. De acordo com os últimos relatos, a quebra de qualidade dos grãos colhidos resultou num decréscimo de aproximadamente 4,3% na produtividade, se comparado à safra anterior. Mesmo com o aumento de 3,5% da área semeada nesta safra, a produção foi reduzida em torno de 1% em comparação à safra anterior”, pontua a entidade.

O dia esteve bastante agitado no mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul com 30.000 toneladas negociadas, de acordo com informações obtidas com os correspondentes do Grupo SAG-KK. Devido às tensões políticas dos EUA e as constantes quedas do dólar as compras voltaram a acontecer a volumes consideráveis. Isso provocou um bom aumento nos preços que para a região chegam a máximas de 1,44% ou R$2,50 por saca. Os futuros também continuam a valorizar e com isso os prêmios tornam-se cada vez mais baixos, os futuros para final de julho estão a R$185,50 e para o final de agosto a R$186,50.

Em Santa Catarina, 600 toneladas negociadas para junho. Os valores também aumentaram consideravelmente em cerca de R$3,00 por saca chegando hoje a R$183,00, preço no qual cerca de 600 toneladas foram negociadas, ademais, a demanda permanece meio baixa, os interesses estão mais no milho que devido os preços altos também não tem sido negociados em boa quantidade.

Nenhuma mudança e nenhum negócio foram vistos no estado do Paraná. Diferente  de  outros  estados, o Paraná permaneceu sem movimentos no dia de hoje, com o relatório Deral para chegar, os compradores e vendedores permaneceram mais conservadores em relação a suas posições, com os preços dependendo principalmente da demanda interna nada considerável aconteceu. 

Já o Mato Grosso do Sul foi visto um ótimo dia para os negócios, 40.000 toneladas negociadas. A dúvida por cima do dólar rendeu boas respostas no mercado de soja do Mato Grosso do Sul, com a demanda aumentando drasticamente e por conta disso puxando os preços que se valorizaram em mais de 3% em algumas regiões, isso equivale a R$5,00 por saca, uma diferença muito bem vinda para negócios que estiveram parados a algumas semanas, apenas no dia de hoje o rendimento já foi maior do que o da semana passada por inteiro. 


SUGAR - AÇUCAR

July NY world sugar 11 (SBN21) on Wednesday closed down -0.26 (-1.44%), and Aug London white sugar 5 (SWQ21) closed down -8.70 (-1.81%) at $471.80.

Sugar prices on Wednesday posted moderate losses on some long liquidation pressure after this week&39;s rally.  On Tuesday, NY sugar climbed to a 2-1/2 month high and London sugar rose to a 2-week high.  Excessive dryness in Brazil is underpinning sugar prices on concern the dry conditions will curb sugar yields.  Maxar said last Thursday that Brazil&39;s Center-South, the country&39;s largest sugar-growing region, is expected to see a limited chance for rain over the next ten days.  On Apr 29, Czarnikow said rain in Brazil&39;s Center-South region October through March was 36% below average, the biggest drought in more than a decade.

Sao Paulo, which makes up 68% of Brazil&39;s total cane production, has seen the driest weather in 20 years in five of the six months through March, and yield losses could be as high as 20% in some areas, according to Somar.  Also, Wilmar International on April 19 said that because of prolonged dryness, Brazil&39;s 2021/22 cane crop "may barely reach" 530 MMT, down -12% y/y and the lowest in a decade.

US$/MT
411,99
Preço $/MT sem premio 

An increase in Brazil ethanol anhydrous prices last Friday to a record 2.9261 BRL/liter is supportive of sugar prices.  The higher ethanol prices may prompt Brazil&39;s sugar mills to divert more cane crushing toward ethanol production rather than sugar productions, thus curbing sugar supplies.

In a bullish factor for sugar prices, Unica reported Wednesday that 2021/22 Center-South sugar production (Apr/Nov) was down -25.5% y/y in the second half of April to 1.515 MMT.  The percentage of cane used for sugar fell to 44.54% in 2021/22 45.76% in 2020/21.

Sugar has support falling production in Thailand, the world&39;s second-largest sugar exporter.  The Thailand Office of the Cane & Sugar Board reported March 17 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production Dec 10-Mar 15 fell -8.2% y/y to 7.5 MMT.

US$/MT
471,80
Preço $/MT sem premio 

A bearish factor for sugar is increased sugar production in India.  The Indian Sugar Mills Association reported last Monday that India&39;s sugar output during Oct 1-Apr 30 rose +16% y/y to 29.92 MMT 25.81 MMT a year earlier due to a bumper crop and increased cane crushing.  The India Sugar Trade Association on Feb 11 forecast that 2020/21 India sugar production will increase +9% y/y to 29.9 MMT.

As cotações futuras do açúcar encerraram esta quarta-feira (12) com perdas de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres, após avançar mais de 3% na véspera. O mercado sentiu pressão com realização de lucros e não sustentou os US$ 18 c/lb no terminal norte-americano.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York registrou no dia desvalorização de 1,44%, cotado a US$ 17,84 c/lb, com máxima de 18,25 c/lb e mínima de 17,78 c/lb. Já o tipo branco em Londres registrou perdas de 1,81%, negociado a US$ 471,80 a tonelada.

Após valorização expressiva, com máximas de mais de dois meses na última sessão diante de preocupações envolvendo a safra brasileira 2021/22 de cana-de-açúcar, o mercado já iniciou a sessão desta quarta com perdas em realização de lucros, mas chegou a ter leves ganhos pela tarde.

"Os preços do açúcar estão moderadamente mais baixos à medida que consolidam a alta desta semana", destacou em nota a Barchart.

Apesar da queda, segue a atenção do mercado ao Brasil e, principalmente, os impactos da safra do maior produtor de cana na oferta global da commodity em um momento em que a demanda dá sinais mais claros de recuperação ainda em meio à pandemia da Covid-19.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe sua atualização quinzenal nesta quarta com queda na moagem de cana-de-açúcar no comparativo anual, além de queda na produção de açúcar e etanol. Mas, com vendas mais altas do biocombustível em abril.

O Rabobank informou no dia que espera que os contratos julho e outubro sejam negociados entre 15,5-18,5 c/lb acompanhando os preços crescentes do etanol no mercado brasileiro, que tendem a fazer com que as usinas desviem a cana para o biocombustível.

"Como a maior parte do açúcar (brasileiro) já está comprometido (à venda), os preços do etanol precisarão subir mais para obter uma fatia maior da cana", disse o banco. As informações foram reportadas pela agência de notícias Reuters.

Do lado do financeiro, o dólar registrava leve valorização sobre o real durante a tarde desta quarta, o que tende a encorajar as exportações da commodity pelo Brasil e também contribui para o recuo nos preços internacionais.

O mercado do açúcar voltou ao lado negativo na última terça-feira nas negociações internas. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, perdeu 0,78%, cotado a R$ 114,44 a saca de 50 kg.

Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, negociado a R$ 119,34 a saca, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 19,09 c/lb com alta de 3,44%.

Atualização da safra de cana-de-açúcar 2021/22 – 2ª quinzena de abril

Moagem quinzenal: A moagem de cana-de-açúcar na segunda quinzena de abril atingiu 29,59 milhões de toneladas, apresentando retração de 22,51% em relação a quantidade registrada em igual período da última safra quando foram processadas 38,19 milhões de toneladas.

Produção quinzenal de açúcar e etanol: Na quinzena, a produção de açúcar em abril totalizou 1,5 milhão de toneladas (-25,49%) e a de etanol foi de 1,28 bilhão de litros (-19,92%).

Usinas em operação: Na segunda quinzena de abril, 205 unidades estavam em operação, sendo 199 processadoras de cana-de-açúcar, cinco exclusivas de etanol de milho e uma usina flex. Na mesma data da safra 2020/21, 217 unidades já haviam iniciado o processamento de cana-de-açúcar. Para a primeira quinzena de maio, outras 30 unidades devem iniciar a moagem no Centro-Sul.

Moagem acumulada: No acumulado de abril deste ano, a moagem totalizou 45,26 milhões de toneladas ante 60,70 milhões de toneladas registradas no mesmo mês de 2020 – queda de 25,44%.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
12/05/2021 115,23 0,69% 2,08% 21,76  
11/05/2021 114,44 -0,78% 1,38% 21,91  
10/05/2021 115,34 0,98% 2,18% 22,05  
07/05/2021 114,22 0,41% 1,19% 21,87  
06/05/2021 113,75 -0,65% 0,77% 21,54  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 114,60      
  valor saco $ 21,58      
  valor ton $ 431,62  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms    
US$/MT
434,01
431,04
434,43
430,21
Preço $/MT sem premio 

Análise sobre a moagem: Para o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, “a menor moagem reflete o atraso no início da safra 2021/22 devido à expectativa de quebra na produtividade agrícola da lavoura a ser colhida neste ciclo”.

Influência do clima: O executivo acrescenta que a falta de chuvas no período de abril de 2020 a março de 2021, foi positiva para a colheita de cana, de modo que a safra 2020/21 foi recorde na fabricação de produtos. “Todavia, essa estiagem observada agora se manifesta de forma negativa para a oferta de cana na safra iniciada no mês de abril de 2021. O estado de São Paulo foi o mais prejudicado e deverá apresentar a maior redução da oferta de cana. Os dados de abril trazem a luz esse fato, as empresas tiveram que rever seu planejamento da safra e atrasar o início da moagem na busca da recuperação da produtividade e da melhor concentração de sacarose”, completa.

Rendimento dos canaviais: Em relação a produtividade agrícola, informações preliminares levantadas pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) para uma amostra comum de 58 unidades evidenciam que no primeiro mês do atual ciclo foram colhidas 79,8 toneladas por hectare, o que representa uma queda de 10,7% na produtividade observada no mesmo período na safra 2020/21 (89,4 toneladas por hectare). “Essas informações devem ser tomadas com cautela, pois se baseiam em uma amostra bastante reduzida. De todo modo, elas já retratam a tendência de retração no rendimento da lavoura neste ano”, explicou Rodrigues.

Evolução do ATR: A qualidade da matéria-prima colhida em abril, mensurada em quilos de açúcar total recuperável (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar processada, apresentou retração de 1,65% na comparação com o mesmo período do último ciclo agrícola, registrando 116,69 kg de ATR por tonelada colhida.

Produção acumulada de açúcar e etanol: Alinhada à diminuição na moagem e na qualidade da matéria-prima, a produção de açúcar em abril totalizou 2,15 milhões de toneladas (-28,51%) e a de etanol ficou em 2,07 bilhões de litros (-20,13%). Do volume total de etanol produzido, o hidratado representou 1,57 bilhão de litros (-20,54%) enquanto a produção de etanol anidro alcançou 448 mil litros (-27,26%).

Etanol de milho: A despeito da menor produção de etanol de cana-de-açúcar, a produção do biocombustível a partir do milho mantém trajetória ascendente. Na segunda quinzena de abril, foram fabricados 117 milhões de litros de etanol de milho ante 112,06 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2020/21, avanço de 4,41%. No mês, a produção acumulada atingiu 228,43 milhões de litros, crescimento de 15,16% na comparação com a safra passada.

Vendas de etanol: Na segunda quinzena de abril deste ano, as unidades produtoras do Centro-Sul comercializaram 1,16 bilhão de litros de etanol, registrando avanço de 15,08% em relação ao mesmo período da safra 2020/21. No mês de abril, o avanço foi de 18,41%, totalizando 2,15 bilhões de litros vendidos.

Vendas domésticas de etanol: No mercado interno, o volume de etanol hidratado comercializado em abril foi de 1,44 bilhão de litros (+16,27%). As vendas domésticas de etanol anidro, por sua vez, totalizaram 638,24 milhões de litros no mês, alcançando aumento de 27,86% na comparação com abril de 2020.

Venda de etanol para outros fins: A despeito desse avanço, a comercialização de etanol destinado a outras finalidades retraiu 35,83% na segunda quinzena de abril, totalizando 35,3 milhões de litros. No mês, as vendas alcançaram 72,01 milhões de litros (-34,18%). “No ano passado a pandemia prejudicou muito o consumo de combustíveis no País. Além disso, nesse momento o etanol continua bastante atrativo ao consumidor. Esses dois elementos explicam o crescimento das vendas registrado em abril deste ano”, concluiu o executivo da Unica.

 

 

 

 

 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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