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Preços de soja, milho e açúcar estão amparados em fundamentos ou são efeito de fundos especulativos ?

Publicado em 06/05/2021 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO 

A Bolsa de Chicago (CBOT) foi ganhando força ao longo da quinta-feira e encerrou as atividades com os preços internacionais do milho futuro subindo. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 6,25 e 20,75 pontos ao final do dia.

O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 7,59 com alta de 6,25 pontos, o julho/21 valeu US$ 7,18 com ganho de 10,25 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 6,45 com elevação de 14,50 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 6,25 com valorização de 20,75 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,80% para o maio/21, de 1,41% para o julho/21, de 2,22% para o setembro/21 e de 3,48% para o dezembro/21. 

miho  
       
Chicago (CME)  
CONTRATO US$/bu VAR US$/MT
MAY 2021 759,5 6,25 299,02
jul/21 718,75 10,25 282,97
SEP 2021 645,5 14,5 254,13
DEC 2021 625,5 20,75 246,26
Última atualização: 16:03 (06/05) Preço $/MT sem premio 

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho da Chicago Board of Trade estenderam uma alta na quinta-feira acima das máximas de oito anos, uma vez que o tempo seco ameaçou os rendimentos da colheita no grande exportador Brasil e manteve o foco no declínio do fornecimento global.

A publicação destaca que, as perdas na safra de milho devido à seca no Brasil podem mudar a demanda de exportação para os Estados Unidos, que já está lutando com estoques apertados. “Ainda estamos muito secos no Brasil. Essa safra está recuando”, disse Brian Hoops, presidente da corretora norte-americana Midwest Market Solutions.

Tom Polansek, da Reuters Chicago, acrescenta ainda que, o aumento dos preços da soja e do milho da nova safra refletiu a batalha para incitar os agricultores dos Estados Unidos a aumentar as plantações para repor os estoques apertados.

Os corretores estão começando a ficar nervosos com a possibilidade de o clima frio retardar o surgimento do milho recém-plantado. “Há algumas preocupações de que a safra deste ano não seja um dos melhores começos de todos os tempos”, disse Hoops.

De acordo com a agência de alimentos das Nações Unidas, os preços mundiais dos alimentos aumentaram pelo 11º mês consecutivo em abril, para uma alta de quase sete anos.

“O sentimento é bastante otimista, não apenas no milho, mas em todo o complexo de grãos”, disse Phin Ziebell, economista de agronegócio do National Australia Bank.

Os preços seguiram firmes no mercado brasileiro no final de abril e começo de maio, mesmo com o câmbio mais fraco no período. Do lado dos fundamentos de mercado, as preocupações com o clima e possíveis impactos na produtividade média das lavouras de segunda safra seguem como principais fatores de sustentação das cotações. 

Com relação aos preços, na região de Campinas-SP, referência para o mercado de milho, a saca de 60 quilos está cotada em R$106,50, uma alta de 1,4% na comparação semanal e aumento de 9,2% em trinta dias. Para o curto e médio prazos (maio), a expectativa é de preços firmes no mercado interno, com as incertezas acerca da produção na segunda safra de milho e boia demanda interna pesando sobre as cotações.

miho  
       
  B3 (Bolsa)   US$/MT
mai/21 102,57 0,18% 323,77
jul/21 103,66 0,45% 327,21
set/21 100,6 0,29% 317,55
nov/21 101,3 0,39% 319,76
Última atualização: 18:00 (06/05) Preço $/MT sem premio 

Os preços futuros do milho operaram durante toda a quinta-feira em campo misto na Bolsa Brasileira (B3, mas encerraram o dia em campo positivo mais uma vez. As principais cotações registravam movimentações entre 0,18%  e 0,45% positivo ao final do dia.

O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 102,57 com elevação de 0,18%, o julho/21 valeu R$ 103,66 com elevação de 0,45%, o setembro/21 era negociado por R$ 100,6  com ganhos de 0,29% e o novembro/21 tinha valor de R$ 101,3 com valorização de 0,39%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, algumas chuvas inesperadas chegaram à regiões produtoras do Paraná por volta de 20 25 mm, o que não recupera muitas lavouras, mas já é suficiente para melhorar a situação de algumas áreas.

Além disso, Brandalizze relata que os investidores da B3 estão cautelosos porque percebesse que o setor de rações não pode pagar mais do que já está pagando. Outros pontos levantados são que, não existem novos negócios para exportação e que daqui há alguns dias começara a colheita da safrinha.

“A safrinha vai quebrar e é possível que venha para 70 milhões de toneladas frente ao potencial de 90 milhões. Ou seja, hoje já podemos falar em perdas de 15 a 20 milhões de toneladas na safrinha, o que é uma perda gigantesca. Mesmo assim precisamos exportar milho se não vai ficar tudo aqui dentro, já que está muito mais alto no mercado brasileiro do que na exportação”, comenta o analista.

A quinta-feira (06) chega ao final com os preços do milho contabilizando mais ganhos do que perdas no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Grupo SAG-KK foram percebidas desvalorizações apenas em Amambaí/MS (1,05% e preço de R$ 94,00).

Já as valorizações apareceram no Oeste da Bahia (0,60% e preço de R$ 83,50), Panambi/RS (1,13% e preço de R$ 91,02), Alto Garças/MT (1,16% e preço de R$ 87,00), Luís Eduardo Magalhães/BA (2,44% e preço de R$ 84,00) e Brasília/DF (3,66% e preço de R$ 85,00).

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$ US$/MT
06/05/2021 100,9 0,66% 1,14% 19,11 318,50
05/05/2021 100,24 0,45% 0,48% 18,68 316,41
04/05/2021 99,79 -0,05% 0,03% 18,37 314,99
03/05/2021 99,84 0,08% 0,08% 18,41 315,15
30/04/2021 99,76 -0,02% 6,46% 18,36 Preço $/MT sem premio 

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “no mercado físico paulista houve poucos negócios do milho”. Enquanto isso, “o recuo do dólar e o comunicado do COPOM sobre as taxas de juros trouxeram cautela nos futuros. A leitura de que o Banco Central deve subir na mesma proporção a taxa de juros na próxima reunião, pode deixar o dólar mais ancorado”.

Para a SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho deve seguir com preços em patamares firmes, em meio ao cenário de oferta limitada.

“O mercado brasileiro de milho teve mais um dia de preços firmes. O fluxo de ofertas segue muito complicado e o mercado tenta avançar nas negociações da safrinha”, diz o analista Paulo Molinari.


SOYBEAN - SOJA

Como não poderia ser diferente, os preços da soja terminaram o pregão desta quinta-feira (26) em alta na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa subiram entre 23,50 e 28 pontos nos principais vencimentos, com o julho sendo cotado a US$ 15,69 e o setembro a US$ 14,43 por bushel. Ambas as posições já acumulam ganhos expressivos nestes primeiros dias de maio de, respectivamente, 2,95% e 4,49%. 

SOJA - CME - CHICAGO
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)
mai/21 16,055 23,5 1,49
jul/21 15,695 27,25 1,77
ago/21 15,1575 24,25 1,63
set/21 14,435 28 1,98
       
Última atualização: 16:00 (06/05)  

Os ganhos têm se dado, como explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, com uma série de fatores alinhados, entre eles as questões climáticas. Dos EUA ao Brasil, os problemas sofridos, principalmente pelo milho, seguem catalisando os ganhos para os preços dos grãos. 

A segunda safra brasileira do cereal continua sofrendo com a falta de chuvas nos principais estados produtores e as previsões climáticas seguem indicando a manutenção do tempo seco no Brasil Central, onde se concentra a produção da safrinha. 

Do mesmo modo, os traders acompanham o clima frio que volta a preocupar nos Estados Unidos. Os mapas de previsões para os próximos 6 a 10 e 8 a 14 dias atualizados diariamente pelo NOAA, o serviço oficial de clima norte-americano, seguem mostrando temperaturas abaixo da média para o leste do país, pegando estados-chave na produção de grãos, como Illinois, Indiana, Ohio, partes do Missouri, Iowa, Arkansas, e a germinação acaba sendo colocada em xeque. 

No mapa apresentado e analisdo, mostram as condições para o período de 12 a 16 de maio e as áreas de frio intenso, inclusive com riscos de geadas.

SOJA - PREMIO - CBOT / PNG
CONTRATO VALOR
abr/21 -5
mai/21 10
jun/21 5
fev/22 25
Última atualização: 06/05/2021

Na sequência, as imagens analisadas mostram as condições esperadas para o intervalo de 14 a 20 de maio. E é importante ressaltar que este mês é bastante importante para o semeio da soja nos Estados Unidos e que, apesar das temperaturas baixas, o ritmo dos trabalhos de campo tem sido recorde. 

Sobre as chuvas, as condições para o primeiro intervalo - de 6 a 10 dias - mostram volumes dentros da normalidade (nas áreas em cinza) em parte do Corn Belt. Na sequência - 8 a 14 dias - já trazem condições um pouco melhores, com as áreas em verde mostrando precipitações ligeiramente acima da média. 

Ao lado do clima, a Agrinvest ainda pontuou como fator de alta para os preços a volta da China do feriado nacional com margens melhores de esmagamento, o que poderia promover uma demanda mais frequente no mercado internacional. 

Paralelo aos fundamentos, o mercado ainda continua observando não só nos grãos, mas em quase todas as commodities agrícolas, com um fluxo monetário intenso fluindo no mercado financeiro e estes sendo ainda ativos atrativos para os investidores. Os fundos seguem carregando elevadas posições compradas nos grãos, com destaque para o milho e também chamam a atenção do mercado. 

"Entramos em uma bolha especulativa/emocional. Os altistas ainda dominam o mercado e, apesar de ser cedo ainda na temporada americana, o objetivo continua sendo de fazer novas máximas hístoricas", acredita Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da TradeHelp.

Por outro lado, ainda como explica o executivo, há também um "mercado que começa a ficar superlotado com aqueles que subiram tarde neste bonde altista", referindo-se ao intenso e elevado posicionamento dos fundos investidores nas commodities. 

"É um momento de grande risco neste curto prazo, com volatilidade elevada possível para qualquer lado. Do lado fundamental, no momento vale o ditado que a melhor cura para preços altos e preços mais altos&39;, porque a demanda para soja americana precisa continuar sendo racionada nos EUA, e não estamos ouvindo notícias de cancelamentos ou e vendas quase zeradas", completa. 

Complementando o quadro, há ainda as condições ruins de baixo nível das águas do Rio Paraná comprometendo as exportações argentinas. A informação não ajudou a puxar somente o preço do grão, mas também do farelo e do óleo, os quais terminaram o dia com altas de mais de 1% na Bolsa de Chicago. 

           
Preço soja referência (chicago ):$/MT 593,59   06/mai
           
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 563,48   06/mai
           
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT 555,56   06/mai
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 176 por saca  

Exportadores dos Estados Unidos venderam 165,3 mil toneladas de soja da safra 2020/21 na semana encerrada em 29 de abril, informou nesta quinta-feira, 6, o Departamento de Agricultura do país (USDA), em relatório semanal. O volume é 44% menor que o da semana anterior, mas é 86% superior à média das quatro semanas anteriores. Na semana, os principais compradores foram destinos não revelados (135,5 mil t), Japão (55,6 mil t), Malásia (17,6 mil t), Indonésia (11,5 mil t) e Colômbia (1,7 mil t), que compensaram cancelamentos feitos principalmente por México (53,4 mil t).

Para a temporada 2021/22, foram vendidas 192,9 mil toneladas para destinos não revelados (192 mil t) e Japão (900 t). A soma das duas safras ficou dentro do intervalo de estimativas, que esperavam vendas totais entre 100 mil e 800 mil toneladas. Os embarques do período somaram 264,1 mil toneladas. O volume representa queda de 22% ante a semana anterior e de 20% ante à média das quatro.

De acordo com informações obtidas pela equipe do Grupo SAG-KK, a demanda forte mantém os preços da soja em alta no mercado internacional. O mercado esteve ativo nos últimos dias, com os agricultores sendo ouvidos vendendo grandes volumes de grãos, principalmente para entrega em 2021, para gerar fluxos de caixa apoiados pelos preços elevados da CBOT. Os prêmios no mercado de papel de Paranaguá caíram com os embarques de junho avaliados em menos 25 c/bu em relação ao futuro de julho, 10 c/bu mais baixo no dia, equivalente a $572,10/t.

Uma negociação foi ouvida para maio de 2022 a 15 c/bu sobre o futuro de maio, sem volumes divulgados. No mercado FOB da Argentina, os prêmios caíram fortemente, já que as ofertas de junho foram ouvidas em menos 35 c/bu sobre os futuros de julho, 25 c/bu mais baixo no dia.

  soja US$ 5,28
       
  B3 (Bolsa)    
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR
jul/21 34,59 182,64 1,68%
   
Última atualização: 15:21 (06/05)  

Os futuros da CBOT da soja foram negociados em ampla gama na quarta-feira e estavam ligeiramente mais altos até o momento da publicação, apoiados por futuros de óleo de soja mais firmes. Os rígidos fundamentos do mercado continuam a apoiar os preços, enquanto a realização de lucros e a quadratura da posição, especialmente no contrato do primeiro mês, estavam puxando em ambas as direções. O contrato de julho estava sendo negociado 0,2% maior no fechamento dos EUA, a $ 15,40/bu, enquanto a posição de setembro foi 1% maior, a $ 14,13/bu.

O dólar voltou a cair nesta quinta-feira e encerrrou o dia com baixa de 1,62% e valendo R$ 5,28, o que acaba contendo o avanço das cotações da soja no mercado brasileiro.  Ainda assim, os ganhos fortes em Chicago fazem sua parte e ajudam na manutenção de patamares elevados. Os negócios, todavia, são escassos. 

"Os produtores não sinalizam interesse de venda e novas vendas estão postergando para vender até onde vai, especialmente pelas recuperações recentes. Estamos agora com o maior nível histórico nominal já observado no Brasil, com níveis entre R$ 170,00 e R$ 175,00 de preços médios mensais e com tendência altista. Então, claramente, o produtor tende a postergar", diz Lucilio Alves, pesquisador do Cepea, em entrevista ao Notícias Agrícolas. 

Nos portos, os indicativos variam de R$ 181,00 a R$ 184,00 por saca nas posições de embarque de maio a agosto, como explica Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. Para indústrias, as referências têm oscilado entre R$ 177,00 e R$ 180,00, porém, com pouca pressão de venda. 

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
06/05/2021 178,51 -1,03% -0,67% 33,8
05/05/2021 180,37 -0,12% 0,36% 33,61
04/05/2021 180,59 1,96% 0,48% 33,24
03/05/2021 177,12 -1,45% -1,45% 32,67
30/04/2021 179,72 1,28% 3,70% 33,07

O mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul teve 6.000 toneladas negociadas e quedas de preços.Com a soja brasileira sendo exportada de forma recorde e muito da mercadoria girando os valores caem um pouco, essa queda atingiu também a região do Rio Grande do Sul que teve quedas de até 0,82% dos valores ou R$1,50 por saca. Apesar disso, não foi um dia totalmente parado e um pouco de tudo foi vendido, a soja, no entanto contou com apenas 6.000 toneladas negociadas a valores altos.

No entanto, em Santa Catarina não foram reportados negócios. Outro dia parado em SC, os valores para soja deram uma leve reduzida e em um melhor momento estiveram a R$180,50, mas sempre variando até R$179,00, nenhum negócio foi feito com falta de interesse de ambos os lados e montante total de soja relativamente reduzido na região, o foco está ainda no milho que está extremamente caro, mas com valores muito mais constantes.

Quedas consideráveis nos preços foram vistas no Paraná, mas nada de negócios. O Paraná foi a região que mais perdeu em valores das estudadas por nós, isso se deve especialmente pelas variações de Chicago e do dólar que acabam culminando em pouco interesse na mercadoria, até R$4,00 por saca foram perdidos nesta quarta-feira, o que em absoluto afastou os vendedores do mercado.

Saindo da região Sul, o Mato Grosso viu seu mercado dar uma animada. Finalmente algum movimento foi visto no mercado de soja sul mato-grossense e embora os preços tenham caído a insegurança pesou dessa vez para o lado de fazer algumas vendas, afinal com os problemas climáticos dos EUA e as variações estranhas da bolsa de Chicago e do dólar nunca se sabe quando tudo retornara ao alinhamento, por conta disso 10.000 toneladas foram negociadas na região no dia de hoje, quantia interessante considerando os estoques do Estado.

O quadro de restrição de oferta e demanda ainda muito forte, apesar dos soluços pontuais, continua sustentando os preços em patamares bastante elevados e que se estende tanto para o farelo, quanto para o óleo, tanto nos mercado internacional, quanto interno. No entanto, como explica o pesquisador Lucílio Alves, do Cepea, as altas para o mercado brasileiro não acontecem na mesma proporção do registrado no mercado norte-americano. 

"Vimos para o farelo, por aqui também temos altas superiores a 40%, mas o óleo de soja está de 100% a 110% mais alto no Brasil, mas não 150% como no mercado americano. E para a soja grão, enquanto lá aumentou 86% em um ano, aqui temos uma valorização ao redor de 70%, um pouco mais, a depender da região", diz Alves. "E isso porque temos prêmios negativos", complementa.

E parte disso, ainda segundo o pesquisador, se dá pela demanda forte pela soja brasileira. Além do recorde mensal registrado em abril, as exportações no primeiro quadrimestre de 2021 também foram recordes para o período - 33,6 milhões de toneladas - e maiores do que no mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 31,6 milhões.

 E para as altas do óleo de soja brasileiro mais contidas do que as do americano, parte se dá também pela exportação do derivado brasileiro que não é tão forte quanto a dos EUA, além de uma demanda interna também mais contida agora em função da redução da mistura do biodiesel - de 13% para 10% - já que este é um setor do complexo soja que vinha demandando muito óleo. 

Mais do que isso, Alves afirmou também que caso esta redução continue, o esmagamento poderia vir a ser menor no país, podendo impactar também nas cotações do farelo de soja. E este mercado ainda conta com as influências do mercado argentino, já que o país é o maior processador e exportador mundial de farelo de soja. 

Assim, neste momento as atenções estão muito voltadas para as condições e o desenvolvimento da nova safra americana, que não tem espaço para qualquer perdas ou problemas mais severos, ou os preços poderiam continuar testando patamares ainda mais elevados para refletir relações ainda mais baixas de estoques e consumo, as quais já são muito apertadas. 

"O mercado ainda está firme, vemos preços FOB Paranaguá ainda na casa de US$ 33,00 a US$ 34,00 até agosto setembro. E para o primeiro trimestre de 2022 de US$ 30,00, nesse nível já sinaliza uma queda de 10%, em dólares, mas vai se ajustando ao longo do tempo. E neste ambiente, conta também o câmbio, como estará o dólar para o ano que vem", diz o pesquisador. 

E mesmo com as altas dos custos de produção, principalmente nos últimos seis meses, a rentabilidade do produtor seguirá positiva e registrando margens ainda muito interessantes. 

Neste momento, novos negócios continuam se mostrando bem limitados no mercado brasileiro. 

"Os produtores não sinalizam interesse de venda e novas vendas estão postergando para vender até onde vai, especialmente pelas recuperações recentes. Estamos agora com o maior nível histórico nominal já observado no Brasil, com níveis entre R$ 170,00 e R$ 175,00 de preços médios mensais e com tendência altista. Então, claramente, o produtor tende a postergar", diz. 


SUGAR - AÇUCAR

July NY world sugar 11 (SBN21) on Thursday closed up +0.02 (+0.11%), and Aug London white sugar 5 (SWQ21) closed up +2.10 (+0.46%) at $462.90.

Sugar prices Thursday closed slightly higher.  Sugar prices are seeing support the dry conditions in Brazil, which will curb sugar yields.  Maxar on Thursday said that Brazil&39;s Center-South, the country&39;s largest sugar-growing region, is expected to see dry weather through May 9 with limited rains over the next ten days.  Last Thursday, Czarnikow said rain in Brazil&39;s Center-South region October thru March was 36% below average, the biggest drought in more than a decade.

US$/MT
405,29
Preço $/MT sem premio 

São Paulo, which makes up 68% of Brazil&39;s total cane production, has seen the driest weather in 20 years in five of the six months through March, and yield losses could be as high as 20% in some areas, according to Somar.  Also, Wilmar International on April 19 said that because of prolonged dryness, Brazil&39;s 2021/22 cane crop "may barely reach" 530 MMT, down -12% y/y and the lowest in a decade.

A rally in the Brazilian real on Thursday is also supportive of sugar prices.  The real (^USDBRL) rose +1.30% to a 3-1/2 month high against the dollar.  The stronger real discourages export selling by Brazil&39;s sugar producers.

Last Tuesday&39;s data Unica was bullish for sugar prices since it showed 2021/22 Center-South sugar production (Apr/Nov) was down -35.75% y/y in the first half of April to 624 MT.  The percentage of cane used for sugar fell to 38.55% in 2021/22 40.15% in 2020/21.

A bearish factor for sugar is increased sugar production in India.  The Indian Sugar Mills Association reported Monday that India&39;s sugar output during Oct 1-Apr 30 rose +16% y/y to 29.92 MMT 25.81 MMT a year earlier due to a bumper crop and increased cane crushing.  The India Sugar Trade Association on Feb 11 forecast that 2020/21 India sugar production will increase +9% y/y to 29.9 MMT.

US$/MT
462,90
Preço $/MT sem premio 

Sugar has support falling production in Thailand, the world&39;s second-largest sugar exporter.  The Thailand Office of the Cane & Sugar Board reported March 17 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production Dec 10-Mar 15 fell -8.2% y/y to 7.5 MMT.

O mercado do açúcar fechou com leves ganhos nas bolsas de Nova York e Londres nesta quinta-feira (06). A sessão seguiu marcada por preocupações diante da oferta em meio impacto climático no Centro-Sul, mas correções limitaram os ganhos.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,11%, cotado US$ 17,55 c/lb, com máxima de 17,89 c/lb e mínima de 17,34 c/lb. O tipo branco em Londres registrou alta de 0,46%, negociado a US$ 462,90 a tonelada.

"Os preços do açúcar estão obtendo suporte com as condições de seca no Brasil, o que reduzirá a produção de açúcar", disse em nota a Barchart.

Algumas áreas de produtora de cana no Brasil enfrentam a pior seca em 40 anos, segundo análises recentes da Somar Meteorologia. Além disso, a previsão do tempo para as áreas de lavouras do Centro-Sul do Brasil não mostram muita mudança.

A Maxar reportou no dia que o Centro-Sul do Brasil, a maior região produtora de açúcar do país, deve ver um clima seco até 9 de maio, com chuvas limitadas nos próximos dez dias.

Do lado da demanda, também há atenção do mercado para um comerciante chinês pouco conhecido que comprou açúcar na Bolsa de Nova York em um movimento surpresa, segundo informações da agência Bloomberg.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
06/05/2021 113,75 -0,65% 0,77% 21,54  
05/05/2021 114,49 0,89% 1,43% 21,34  
04/05/2021 113,48 -0,02% 0,53% 20,89  
03/05/2021 113,5 0,55% 0,55% 20,93  
30/04/2021 112,88 1,57% 8,38% 20,77  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 113,62      
  valor saco $ 21,52      
  valor ton $ 430,38  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms    
           
US$/MT
430,87
433,67
429,85
429,92
Preço $/MT sem premio 

Apesar das preocupações com a safra do Brasil e seu impacto na oferta global da commodity na nova temporada, os ganhos foram reduzidos ao longo desta tarde em movimentos técnicos depois que o principal vencimento do mercado se aproximou dos US$ 18 c/lb.

O mercado também acompanha o financeiro, com queda dos preços do petróleo acompanhando as preocupações com aumento das infecções por Covid-19 na Índia e em outros países. Como suporte, o dólar se desvaloriza sobre o real durante o dia.

"O real mais forte desestimula as vendas para exportação dos produtores de açúcar do Brasil", complementou o Barchart.

Mercado interno

Os preços do açúcar voltaram a disparar no mercado físico nesta reta final da semana. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,89%, cotado a R$ 114,49 a saca de 50 kg.

Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, negociado a R$ 117,28 a saca, segundo dados da Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 18,99 c/lb, alta de 2,30% sobre o dia anterior.

 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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