CORN - MILHO
A Bolsa de Chicago (CBOT) registrou movimentações altistas durante toda a segunda-feira para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações contabilizaram flutuações positvas entre 0,75 e 1,5 pontos ao final do primeiro dia da semana.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,50 com valorização de 1,50 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,32 com ganhos de 0,50 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 4,85 com alta de 0,75 pontos e o novembro/21 teve valor de US4,68 com alta de 0,75 pontos.
miho | ||
Chicago (CME) | ||
CONTRATO | US$/bu | VAR |
MAY 2021 | 550,5 | 1,5 |
jul/21 | 532 | 0,5 |
SEP 2021 | 485 | 0,75 |
DEC 2021 | 468,75 | 0,75 |
Última atualização: 21:23 (22/03) |
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou, na última sexta-feira (19), mais uma venda de milho para a China de 800 mil toneladas. Essa é a quarta compra pelo quarto dia consecutivo e, no intervalo, as compras resultaram em 3,876 milhões de toneladas.
As novas compras da China aconteceram na mesma semana em que o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país divulgou um documento pedindo a especialistas em nutrição animal que desenvolvam receitas com menos farelo de soja e milho.
Recentemente, o país vem sofrendo com novos surtos de Peste Suína Africana e mais zoonoses, o que trouxe dúvidas sobre a força da demanda chinesa pelo cereal nos próximos meses.
"As recentes compras, de quase 4 milhões de toneladas, podem ter uma motivação mais política do que comercial, uma vez que do total já comprometido em nome da China nos EUA - 23,6 milhões de toneladas - somente 7,8 milhões de toneladas foram carregadas até agora, sugerindo que sua necessidade de milho não seria tão emergencial ou imediata", explicam os analistas da Agrinvest Commodities.
A estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) é de que a China importe 24 milhões de toneladas do grão nesta temporada. Do mesmo modo, a instituição projeta um aumento de 14% da produção chinesa de carne suína.
O mercado internacional de milho segue aquecido e com tendência de alta. As fortes compras chinesas nos Estados Unidos, de 3,8 milhões de toneladas confirmadas apenas na semana conforme detalhes acima, elevaram o total de vendas de milho norte-americano já atingiram 60,5 milhões de toneladas, faltando nove semanas até o final da temporada.
O nível de comercialização observado no mercado global faz prever a possibilidade de, não só ser atingido, como ultrapassada a meta estabelecida pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) de 66 milhões de toneladas de exportação daquele país.
No mercado brasileiro, a escassez de produto e os atrasos da soja, que reduzem a janela de plantio do milho Safrinha são fatores de alta para o produto, neste primeiro semestre de 2021. Os preços do mercado físico subiram 18,18% de fevereiro até agora, no Mato Grosso do Sul, importante produtor e fornecedor dos estados do Sul e de São Paulo. No mês de março os preços estão andando de lado, mas em níveis elevados.
Os preços futuros do milho até largaram o dia em alta, mas recuaram na Bolsa Brasileira (B3) nesta segunda-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,11% e 0,99% ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 92,35 com perda de 0,38%, o julho/21 valeu R$ 87,80 com baixa de 0,11%, o setembro/21 foi negociado por R$ 81,65 com queda de 0,40% e o novembro/21 teve valor de R$ 82,78 com desvalorização de 0,99%.
Em seu relatório AgroInfo para o mês de março de 2020, o Rabobank destacou os fatores que contribuem para a manutenção do suporte e consecutivas altas para os preços do cereal no início deste ano.
“Apesar de atingir a maior produção da história de milho na safra 2019/20, superando 102 milhões de toneladas, a demanda doméstica robusta somada às exportações ao longo de 2020 pressionaram os estoques brasileiros”, dizem os analistas.
Já projetando o cenário para a safra 2020/21, a publicação aponta que, o atraso do plantio do milho safrinha e a produtividade abaixo do esperado para a safra verão devem impactar o programa de exportação em junho/21. “A baixa disponibilidade do grão deve limitar o início do programa de exportação brasileiro, o que deve favorecer as exportações de soja”.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas nas três semana de março.
Nestes 15 primeiros dias úteis do mês, o Brasil exportou 292.954 toneladas de milho não moído. Este volume representa aumento de apenas 66.571,1 toneladas com relação ao exportado até a segunda semana do mês (226.382,9) e é 61,97% de tudo o que foi registrado durante março de 2020 (472.669,7).
Com isso, a média diária de embarques ficou em 19.530,3 toneladas, patamar 9,10% menor do que as 21.485 do mês de março de 2020.Por outro lado, em termos financeiros, o atual mês contabilizou elevação de 17,10% ficando com US$ 4.783,60 por dia útil contra US$ 4.085,10 em março de 2020. Já o preço por tonelada obtido também registrou ganho de 28,82% no período, saindo dos US$ 190,10 no ano passado para US$ 244,90 neste mês de março.
miho | ||
B3 (Bolsa) | ||
mai/21 | 92 | -0,38% |
jul/21 | 87,8 | -0,11% |
set/21 | 81,65 | -0,40% |
nov/21 | 82,78 | -0,99% |
Última atualização: 18:00 (22/03) |
Na B3, os preços do milho terminaram fevereiro ao redor de R$ 88,00/saca e, em março, já ultrapassaram R$ 96,00 em alguns momentos, entrando num ritmo de avança/recua, mas mantendo-se acima dos noventa reais/saca para maio, mês que antecede a Safrinha. A tendência, portanto, é a de os preços do milho se manterem elevados, com alta rentabilidade, como mostramos no primeiro comentário. O grande problema é a janela de plantio, que poderá limitar a oferta e, muito provavelmente, fazer os preços subirem a patamares ainda mais elevados.
A produção total da produção do milho no Brasil deverá alcançar, nesta safra, o montante de 105 milhões de toneladas, (incluindo verão e safrinha), mas teremos uma quebra de 7 milhões de toneladas causado pela estiagem no momento de plantio, alerta o presidente da Abramilho, Cezario Ramalho. E o fornecimento do cereal deverá ficar ainda mais comprometido na safrinha, devido ao ataque severo da cigarrinha do milho. Já existem clientes no porto que não tem como ser atendidos no momento.
A segunda-feira (22) chega ao fim com os preços do milho mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Grupo SAG-KK, foram percebidas desvalorizações apenas em Itapetininga/SP (2,13% e preço de R$ 92,00), Brasília/DF (2,74% e preço de R$ 71,00) e Campinas/SP (3,09% e preço de R$ 94,00).
INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado) | ||||
VALOR R$ | VAR./DIA | VAR./MÊS | VALOR US$ | |
22/03/2021 | 93,27 | -0,62% | 9,20% | 16,92 |
19/03/2021 | 93,85 | 0,59% | 9,88% | 17,1 |
18/03/2021 | 93,3 | -0,15% | 9,24% | 16,78 |
17/03/2021 | 93,44 | 0,25% | 9,40% | 16,74 |
16/03/2021 | 93,21 | 1,13% | 9,13% | 16,61 |
Já as valorizações apareceram nas praças de Pato Branco/PR (0,62% e preço de R$ 81,20), Ubiratã/PR, Londrina/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (0,63% e preço de R$ 79,50), Eldorado/MS (0,66% e preço de R$ 76,00), Ponta Grossa/PR (1,19% e preço de R$ 85,00), Palma Sola/SC (1,23% e preço de R$ 82,00), São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS e Campo Grande/MS (2,56% e preço de R$ 80,00) e Luís Eduardo Magalhães/BA (3,08% e preço de R$ 67,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a colheita da soja teve uma semana de grandes avanços no Brasil, o que estimulou a negociação nos últimos dias. Isto chamou a atenção dos participantes do mercado do milho também. Outro ponto de atenção são as variações do dólar. No físico do milho, os negócios estão lentos com pouca variação de preços”.
A consultoria SAFRAS & Mercado relatou que, o plantio da segunda safra de milho 2021 atinge 86,2% da área estimada de 14,125 milhões de hectares. No mesmo período do ano passado o cultivo atingia 90,3% da área de 13,27 milhões de hectares da safrinha 2020, enquanto a média de plantio para o período nos últimos cinco anos é de 96,1%. Na semana passada, o número era de 71,7%.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua semanal apontando que, impulsionados pela demanda aquecida e pela restrição da oferta no spot nacional, os preços do milho seguem em alta na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.
“Apesar do avanço da colheita das lavouras de verão, compradores relatam dificuldades em realizar negócios”. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos produtores, mesmo diante dos preços recordes, comercializam apenas pequenas quantidades – esses agentes relatam não ter problemas com armazenagens.
“Vendedores estão à espera de valores ainda maiores, fundamentados na baixa disponibilidade do cereal no spot, em incertezas quanto à oferta do milho da segunda safra e no dólar valorizado”.
Na semana passada, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), renovou o recorde diário real da série histórica do Cepea, ao fechar, na quarta-feira, 17, a R$ 93,44/sc de 60 kg (a série foi deflacionada pelo IGP-DI de fevereiro/21).
SOYBEAN - SOJA
Depois de testar os dois lados da tabela durante todo o dia, os futuros da soja encerraram o pregão em campo misto na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (22). Os primeiros contratos terminaram o dia com pequenos ganhos e os mais distantes, com ligeiras baixas. O maio fechou com US$ 14,17 e o setembro com US$ 12,66 por bushel.
SOJA - CME - CHICAGO | |||
CONTRATO | US$/bu | Variação (cts/US$) | Variação (%) |
mai/21 | 14,175 | 1,25 | 0,09 |
jul/21 | 14,04 | 1 | 0,07 |
ago/21 | 13,5525 | -0,75 | -0,06 |
set/21 | 12,665 | -3,25 | -0,26 |
Última atualização: 17:02 (22/03) |
Na análise da Agrinvest Commodities, quem tirou os futuros da soja das mínimas do dia foi o mercado do óleo, na CBOT, onde marcou limite de alta nesta primeira sessão da semana. Como explicaram os analistas de mercado, as cotações se aproximaram das máximas em mais de 8 anos, motivados, principalmente, pelos ajustados estoques mundiais do derivado.
"Os óleos vegetais continuam sendo os lídeeres das altas entre as commodities alimentícias, puxados pelos baixos estoques globais. Os estoques de óleo de palma na Malásia - 2º maior produtor mundial e exportador global - estão nas mínimas históricas; há a quebra de soja na Argentina e a queda de mais de 20% nas exportações de óleo de girassol pelos países do Leste Europeu", explica a Agrinvest.
Se a oferta preocupa, a demanda é intensa, ainda como complementa a consultoria. Em todo globo se registra um novo recorde no consumo de óleos vegetais para uso industrial e, na China, se registra uma necessidade maior de importação de óleos em função de um menor processamento neste momento.
"A Peste Suína Africana está pressionando as margens internas de processamento, reduzindo assim o interesse por novas compras de soja importada. Além disso, a Índia terá que recompor seus estoques internos de óleos, lembrando que este é o país maior consumidor e importador mundial de óleos comestíveis", conclui a Agrinvest.
SOJA - PREMIO - CBOT / PNG | |
CONTRATO | VALOR |
mar/21 | -25 |
abr/21 | -20 |
mai/21 | -10 |
jun/21 | 15 |
Última atualização: 22/03/2021 |
Assim, a pressão que veio sendo exercida pelo farelo de soja foi, ao menos em partes, compensada por esse movimento positivo dos óleos.
Ainda nesta segunda-feira, o mercado da soja observou os números dos embarques norte-americanos reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que vieram dentro das expectativas do mercado.
Os embarques foram de 489,405 mil toneladas na última semana, também dentro das projeções do mercado de 300 mil a 600 mil toneladas. Assim, o acumulado embarcado no ano comercial chega a 53,639,990 milhões de toneladas, volume que é 73% maior do que na temporada anterior neste mesmo período.
“Os preços internacionais [das commodities agrícolas] não só recuperaram o que foi perdido durante a pandemia, mas também atingiram um nível claramente superior ao que tinham antes da crise global de 2020”. A avaliação é de Juan Manuel Garzón, economista do IERAL (Fundação Mediterrânea), apontando a China como diferencial de demanda para os exportadores líquidos no início de 2021.
Preço soja referência (chicago ):$/MT | 511,66 | 22/mar | |||
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT | 508,21 | 22/mar | |||
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT | 513,29 | 22/mar | |||
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET. Preço Brasil MI = R$ 170,00 por saca |
A melhora dos preços, aponta ele, ficaram entre 20% e 30% na média segundo monitoramento dos organismos internacionais. Segundo Garzón, a aceleração das importações chinesas se somou aos fatores transversais na valorização das commodities: recuperação da economia e do comércio global, liquidez financeira e baixas taxas de juros.
“Embora pareça arriscado afirmar, dada a volatilidade que têm mostrado e as nuances que prevalecem nos mercados, os preços das commodities agrícolas parecem ter atingido seus limites máximos, pelo menos os mais relevantes: caso da soja”, afirma o economista.
soja | US$ | 5,52 | |
B3 (Bolsa) | |||
CONTRATO | US$/sc | R$/sc | VAR |
mai/21 | 31,35 | 173,05 | 0,48% |
Última atualização: 15:25 (22/03) |
De acordo com ele, o mercado futuro da Bolsa de Chicago já opera com um reajuste entre 10% e 15% para o segundo semestre do ano no preço da oleaginosa. “Observe que não se trata de um retorno ao nível pré-pandêmico, mas sim de uma situação intermediária”, destaca ele.
Reforçando a interpretação de que o ciclo de alta dos preços teria perdido muita força, Garzón destaca que as importações de soja da China “pararam de crescer nos últimos três meses, e se estabilizaram em 100 milhões de toneladas ano, o que indicaria que esse volume está sendo suficiente para que a gigante gere estoques com os quais se sinta relativamente confortável e também para suprir o fluxo de consumo esperado em seu mercado interno”.
INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ | ||||
VALOR R$ | VAR./DIA | VAR./MÊS | VALOR US$ | |
22/03/2021 | 168,32 | 0,09% | 0,52% | 30,53 |
19/03/2021 | 168,17 | -0,95% | 0,43% | 30,64 |
18/03/2021 | 169,79 | -0,77% | 1,40% | 30,54 |
17/03/2021 | 171,11 | 0,33% | 2,19% | 30,65 |
16/03/2021 | 170,54 | -0,18% | 1,85% | 30,39 |
Uma escalada descendente semelhante, segundo ele, é vista também nos futuros de milho. Novamente, não se trata de um retorno ao patamar de preços pré-pandemia, mas sim de uma situação intermediária. Os chamados fundos hedge (que compram e vendem contratos futuros) parecem ter atingido seu nível máximo de contratos adquiridos, e há várias semanas vêm desmontando lenta, mas continuamente, parte dessas posições.
No mercado CFR China, uma negociação de abril de soja brasileira foi ouvida na sexta-feira durante a noite a um preço abaixo de 150 c/bu sobre o futuro de maio. Os prêmios se firmaram na sexta-feira devido ao aumento dos custos de frete, apesar da demanda tranquila da China. A taxa de frete do Brasil para a China atingiu US$ 60/t, um aumento de US$ 3-5/t desde o meio da semana.
O embarque de maio foi oferecido a 155 c/bu sobre o futuro de maio e o embarque de junho foi oferecido a 168 c/bu sobre o futuro de julho, praticamente estável no dia. O Indicador CFR China para o embarque de maio da opção mais barata foi avaliado em 146 c/bu sobre o futuro de maio, equivalente a $ 574,25/t, um aumento de $ 6,25/t em relação à avaliação anterior.
Na origem, os preços dos embarques do primeiro mês no mercado brasileiro de papel de Paranaguá caíram apesar do real mais firme em relação ao dólar. A remessa de junho foi negociada a 16 c/bu sobre o futuro de julho e a remessa de julho mudou de mãos a 30 c/bu sobre o futuro de julho, equivalente a $ 521,5/t e $ 526,5/t FOB. A remessa de maio foi avaliada em -14 c/bu em relação aos futuros de maio, equivalente a US$ 515,5/t. FOB.
A tão esperada reunião EUA-China no Alasca não ofereceu nenhuma clareza sobre o acordo comercial da primeira fase. O clima seco no Brasil gerou uma ligeira alta para os futuros, com previsão de que as partes norte e centro do país não choverão na próxima semana e meia.
SUGAR - AÇUCAR
May NY world sugar 11 (SBK21) on Monday closed down -0.23 (-1.46%), and May London white sugar 5 (SWK21) closed down -4.00 (-0.88%) at $449.40.
Sugar prices on Monday retreated and posted 1-1/2 month lows. Ample sugar supplies and demand concerns weighed on sugar prices. Increased sugar output India, the world&39;s second-biggest sugar exporter, is negative for sugar prices. India&39;s Sugar Mills Association reported last Wednesday that India&39;s Oct-Mar 15 sugar production rose +20% y/y to 25.87 MMT. The India Sugar Trade Association on Feb 11 forecast that 2020/21 India sugar production will increase +9% y/y to 29.9 MMT.
Sugar prices are being undercut by demand concerns as a third Covid wave in Europe could lead to longer lockdowns and tighter travel restrictions that reduce economic growth and commodity demand. Germany on Monday extended its lockdowns for a month through April 18 as it struggles to contain the pandemic.
Sugar prices have underlying support concern about the possibility of reduced sugar exports Brazil. Brazil reported Feb 22 that current shipping delays for its soybean exports might curb global sugar supplies because the queue of vessels waiting at Brazilian ports is so large that bottlenecks will likely continue until May when sugar is normally the biggest crop for export.
Sugar also has support falling production in Thailand, the world&39;s second-largest sugar exporter. The Thailand Office of the Cane & Sugar Board reported March 2 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production Dec 10-Feb 26 fell -15% y/y to 6.8 MMT.
Signs of smaller sugar exports India are another positive factor for sugar prices. The Indian Sugar Mills Association (ISMA) said last Wednesday that India&39;s sugar mills had contracted only 4.3 MMT of sugar exports this year, below the government&39;s export target of 6 MMT due to a shortage of shipping containers.
Signs of abundant global sugar production are negative for prices. Unica reported Mach 9 that Brazil&39;s Center-South sugar production Oct through Feb was up +44% y/y to 38.235 MMT. The percentage of cane used for sugar rose to 46.19% in 2020/21 34.46% in 2019/20. Also, researcher Datagro on March 10 projected that the global sugar market in 2021/22 would shift to a surplus of +1.1 MMT after a -2.6 MMT deficit in 2020/21.
Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (22) com queda expressiva na Bolsa de Nova York e moderada em Londres. As perdas acompanharam nova estimativa do Rabobank de um leve superávit global em 2021/22, além de preocupações com a demanda.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York recuou no dia 1,46%, cotado a US$ 15,53 c/lb, com máxima no dia de 15,86 c/lb e mínima de 15,51 c/lb. O tipo branco em Londres finalizou a sessão com desvalorização de 0,88%, a US$ 449,40 a tonelada.
O banco multinacional Rabobank divulgou nesta segunda-feira que vê um leve superávit de 1,5 milhão de t na safra 2021/22 (outubro-setembro) acompanhando a recuperação da produção em importantes origens produtoras. Apesar disso, há a previsão de um déficit para 2020/21.
A safra 2021/22 de açúcar no Centro-Sul do Brasil é estimada com uma moagem de cana-de-açúcar de 575 milhões de t e um mix de 47% para o açúcar.
"Olhando ao redor das regiões, as perspectivas para a nova safra no Centro-Sul do Brasil permanecem uma preocupação, já que as chuvas de fevereiro foram significativamente abaixo da média em muitas regiões de cana", disse o banco, apesar do cenário global positivo na nova temporada.
Na última semana, a trading inglesa Czarnikow também destacou ao mercado a possibilidade de um superávit global de 3 milhões de toneladas de açúcar na safra 2021/22, mas condicionada com a produção em importantes origens produtoras do mundo.
Do lado da demanda, também seguem as preocupações dos investidores. "Os preços do açúcar estão sendo afetados por preocupações com a demanda, já que uma terceira onda da Covid na Europa pode levar a bloqueios mais longos e restrições de viagens mais rígidas que reduzem o crescimento econômico e a demanda por commodities", disse a consultoria Barchart.
Além disso, a desvalorização do dólar ante o real no dia também contribuiu para pressionar as cotações do açúcar.
A sexta-feira (19) foi de queda nos preços do açúcar no mercado físico brasileiro.
O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou com queda de 1,58%, a R$ 106,01 a saca de 50 kg na sexta-feira (19).
Em São Paulo, a saca de 50 kg do açúcar cristal fechou cotada a R$ 106,01, com queda de 1,58%. No Norte e Nordeste do Brasil, o tipo ficou estável, a R$ 113,05 a saca, segundo dados da Datagro.
O açúcar VHP, em, Santos (SP), tinha o preço FOB cotado a US$ 17,15 c/lb, com recuo de 0,78%.
INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS | |||||
VALOR R$ | VAR./DIA | VAR./MÊS | VALOR US$ | ||
22/03/2021 | 106,67 | 0,62% | -2,37% | 19,35 | |
19/03/2021 | 106,01 | -1,58% | -2,97% | 19,32 | |
18/03/2021 | 107,71 | -0,56% | -1,42% | 19,38 | |
17/03/2021 | 108,32 | 1,21% | -0,86% | 19,4 | |
16/03/2021 | 107,02 | 1,98% | -2,05% | 19,07 | |
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) . | |||||
media R$ | 107,15 | ||||
valor saco $ | 19,41 | ||||
valor ton $ | 388,21 | porto santos - FAS - icmusa 130 - 180 | |||
com 7% icms |
O mercado futuro de açúcar em NY encerrou a semana cotado a 15.77 centavos de dólar por libra-peso para o vencimento maio/2021, uma queda de quase 8 dólares por tonelada na semana e um encolhimento de aproximadamente 63 reais por tonelada na média de preços convertidos em reais dos fechamentos dos contratos que correspondem à safra 21/22 (de maio/21 até março/22). Para a safra seguinte, o mercado praticamente encerrou a semana inalterado em centavos de dólar por libra-peso, mas 26 reais por tonelada mais fraco.
O mercado de energia derreteu na semana, não apenas por ter anteriormente se elevado artificialmente nutrido pelos fundos especulativos, mas pelo contraponto à realidade do consumo de combustíveis no mundo em função do lockdown que avança em países da Europa na terceira onda do covid-19. Na semana, a gasolina despencou 9.4% fazendo com que a Petrobras também reduzisse o preço do combustível na refinaria, nesta sexta-feira. O petróleo WTI e Brent também encolheram 7% na média. Não foi uma semana especialmente favorável para as soft commodities: café, açúcar, algodão e cacau, todas fecharam a semana no vermelho. Os grãos também cairiam em menor intensidade. O tal novo ciclo de commodities vai demorar um pouco mais para ressurgir.
No mercado de etanol, aquilo que ninguém esperava. As usinas que “não acreditam em duendes com pote de ouro”, como me disse um trader de etanol, aproveitaram os preços altamente remuneradores do hidratado e zeraram seus estoques próximos a R$ 3.5500/3.6000 por litro com impostos (naquele momento equivalia a vender açúcar a 14.50 centavos de dólar por libra-peso, um desconto de 100/120 pontos contra NY).
O comprador de etanol sumiu e o mercado nominal deve estar com um desconto equivalente a 250/300 pontos contra o açúcar. O que provocou a queda vertiginosa dos preços foi a expectativa de demanda enfraquecida pelas restrições de mobilidade impostas por conta da pandemia. Todo mundo em casa, bares, restaurantes, praias fechadas e o enxugamento das disponibilidades de lazer. Sem vacina, não tem como a economia decolar. E o consumo de combustíveis aponta para baixo.
Só para ressaltar que temos falado sobre isso aqui à exaustão. Debatendo como os preços podiam negociar acima de 17-18 centavos de dólar por libra-peso, como de fato negociaram, tendo em vista a situação de calamidade de vive a economia mundial. E a brasileira também. Aqui, por exemplo, só no mundo paralelo onde habita Paulo Guedes é que vemos “sinais de recuperação por toda a parte”, como declarou o ministro na semana passada.
No mundo real, estamos como aquele menino do filme Sexto Sentido “eu vejo pessoas mortas”. E o Brasil caminha para 300.000 mortes pela pandemia. Recuperação aonde?
No açúcar, a curva futura em reais por tonelada contribui para intensificar aquele sentimento de arrependimento por ter fixado açúcar antes. Como se fosse possível para alguém prever a trajetória de preços. Leiam Taleb sobre isso. Ninguém quebra com lucro no bolso. E não adianta olhar pra trás e resmungar que se tivesse esperado mais tempo poderia ter fixado o açúcar melhor. Esse é o grande dilema do hedge e o grande medo do gestor de risco quando tem que dar satisfações aos comitês.
Todo mundo é esperto depois que o evento ocorre. Mas, naquela hora em que uma decisão precisa ser tomada para garantir o EBITDA da empresa, o tomador de decisão é um profissional solitário. Se acertou, não fez mais do que a obrigação. Se errou (e errar aqui é no contexto de o mercado ter ido contra ele, apesar de a operação ter dado resultado positivo) o mundo cai na sua cabeça. Isso é assim desde que o mundo é mundo.
Um atento leitor e conhecido executivo do mercado chamou à minha atenção de um fato realmente pertinente, após tomar conhecimento do volume significativo de açúcares fixados para a exportação nessa safra que se inicia. Se 85% do açúcar a ser exportado na safra 21/22 está fixado na média a R$ 1,640 por tonelada FOB, “a suposição de um mix máximo de açúcar pode ser uma falácia”, disse ele. “A curva de preços para o etanol hidratado, esperada por grande parcela dos analistas, está acima desse valor, o que pode fomentar o aparecimento de operações de washout [acordo entre as partes para o rompimento de contrato] ao longo da safra”.
Evidente que a exequibilidade de tal estratégia depende de outros fatores: se a usina travou o hedge em reais por tonelada na conta da trading, a operação é inviável, pois a diferença que a usina teria a pagar para a trading, em reais por tonelada, para cancelar o contrato, não compensaria o valor adicional que embolsaria com a venda do hidratado. No entanto, para operações em que as partes trocam futuros para a fixação de contratos por meio de EFP, existe essa possibilidade. Com o hidratado agora caindo, a operação perde um pouco o apelo.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)