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Soja fecha semana com pressão dos preços nos portos, poucos negócios e lineup nos 13,6 mi de Mt

Publicado em 12/02/2021 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO
Os preços internacionais do milho futuro tiveram um dia de poucas movimentações, mas oscilaram entre altas e baixas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 2,25 e 3,25 pontos ao final da sexta-feira.

O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,38 com perda de 2,25 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,26 com desvalorização de 3,25 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,25 com queda de 2,75 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,72 com baixa de 2,50 pontos.

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira de 0,55% para o março/21, de 2,41% para o maio/21, de 0,38% para o julho/21 e de 0,42% para o setembro/21.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam desvalorizações de 1.82% para o março/21, de 3.84% para o maio/21, de 2,05% para o julho/21 e de 1,26% para o setembro/21 na comparação com a última sexta-feira (05).

miho
     
Chicago (CME)
CONTRATO US$/bu VAR
mar/21 538,75 -2,25
MAY 2021 536,5 -3,25
jul/21 525 -2,75
SEP 2021 472,25 -2,5
Última atualização: 17:03 (12/02)

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os futuros do milho em Chicago se movimentaram pouco neste final de semana com o mercado já se preparando para o feriado norte-americano do Dia do Presidente que será comemorado nesta segunda-feira (15).

A Agência Reuters acrescenta que, os contratos futuros de milho diminuíram com a demanda de exportação da China diminuindo, já que o maior comprador de commodities do mundo iniciou um feriado de uma semana para o Ano Novo Lunar.

“As expectativas de safras abundantes na América do Sul, apesar das preocupações com a seca ao longo da estação de cultivo, aumentaram a pressão sobre o milho, embora a oferta restrita dos EUA tenha mantido as quedas sob controle”, pontua Mark Weinraub da Reuters Chicago.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estado Unidos) informou uma nova venda de 310,915 mil toneladas de milho nesta sexta-feira (12). Do total, foram 195,338 mil para a Costa Rica - sendo 135,644 mil da safra 2020/21 e 59,694 mil da 2021/22 - e mais 115,577 mil toneladas para a Guatemala. 

miho
     
  B3 (Bolsa)  
mar/21 85,76 0,00%
mai/21 84,25 0,06%
jul/21 78,12 0,41%
set/21 75,62 0,09%
Última atualização: 18:00 (12/02)

Os preços futuros do milho operaram em campo misto durante a maior parte da sexta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,20% e 0,92% ao final do dia.

O vencimento março/21 foi cotado à R$ 85,76 com desvalorização de 0,92%, o maio/21 valeu R$ 84,20 com perda de 0,43%, o julho/21 foi negociado por R$ 77,80 com baixa de 0,40% e o setembro/21 teve valor de R$ 75,55 com queda de 0,20%.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho brasileiro acumularam altas de 0,54% para o março/21, de 0,30% para o maio/21, de 0,26% para o julho/21 e de 0,94% para o setembro/21, na comparação com a última sexta-feira (05).

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 passou dos R$ 85,00 e não consegue ir muito a diante porque o mercado está no limite das máximas com as indústrias de ração já sem margens para o frango, ovo e suíno.

“Mesmo assim a cotação está muito boa, de R$ 70,00 para cima para o produtor e entre R$ 75,00 e R$ 80,00 nas indústrias assim fica todo mundo. Assim disso é bom só para o produtor, mas não para a indústria”, pontua Brandalizze.

O Estado do Rio Grande do Sul apresentou um dia com pouca movimentação nas negociações. No  final  da tarde de ontem houve relatos de negócios que foram fechados com uma grande compradora, do ramo de aves e que aqueceu um pouco o mercado na região noroeste.  Hoje, porém, a mesma  se manteve  fora das compras, e os preços foram reduzidos em cerca de R$ 1,00 se comparados ao dia anterior.

O estado de Santa Catarina tem as indústrias esperando os preços baixarem. A colheita avança no Estado de Santa Catarina e as indústrias tem se mantido fora das compras, especialmente após as sucessivas baixas de Chicago apesar de uma leve recuperação no dia de hoje. Conforme  temos  relatado,  os  primeiros  milhos  – especialmente  aqueles  oriundos  do  extremo  Oeste  – tem apresentado baixo padrão de qualidade, haja visto a  severa  seca  que  o  Estado  sofreu  nos  meses  de desenvolvimento e maturação das plantas.

Com exceção de alguns lotes, negociados entre produtores e pequenas granjas, o mercado do Paraná apresentou poucas negociações no dia de hoje. Tudo  parece  convergir  entre  uma  diferença  de  R$  80,00  na  pedida  dos produtores, cooperativas e cerealistas, e R$ 78,00 oferecido por compradores de indústrias.

Os  comentários  do  mercado  é  que  as  ofertas  têm aparecido,  porém,  com  certa  tranquilidade  por  parte dos  produtores,  e  estes,  capitalizados,  não  baixam  as pedidas.

No Mato Grosso do Sul, os produtores começaram a reduzir as pedidas, mas os preços permanecem acima do mercado. Um de nossos correspondentes, que atua como cerealista, comentou sobre a necessidade do Estado, de forma geral de abrir espaço para a  soja, e  de como isso tem sido a “pedra no sapato”, principalmente para o caso de cooperativas”, conclui. 

O mercado físico do milho esteve mais calmo e com o fluxo de negócios lento nos últimos dias desta semana. A collheita avança em boa parte das regiões produtoras, mas o produtor tem cadenciado as vendas. Em Campinas-SP, as referências giram entre R$81,00 e R$83,00/saca, CIf, com 30 dias de prazo. 

A sexta-feira (12) chega ao final com os preços do milho pouco modificados  no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.

Já as desvalorizações apareceram apenas em Luís Eduardo Magalhães/BA (1,52% e preço de R$ 65,00).

É possível que haja uma reversão de tendência para baixo no mercado do milho a curto prazo. Isso porque a mais recente estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgada essa semana, trouxe um aumento de dois milhões de toneladas nos estoques finais brasileiros para a atual temporada.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
12/02/2021 83,4 0,25% 0,07% 15,51
11/02/2021 83,19 0,04% -0,18% 15,43
10/02/2021 83,16 -0,28% -0,22% 15,46
09/02/2021 83,39 0,85% 0,06% 15,49
08/02/2021 82,69 -0,11% -0,78% 15,39

No entanto, o mercado de milho na B3 de São Paulo voltou a fechar em alta nesta quinta-feira (11.02).e  Sexta-feira ficou em campo misto O movimento acompanhou as razões da Bolsa de Chicago (CBOT) de aumento da demanda mundial, que se reflete na possibilidade de maior demanda de milho brasileiro e menor disponibilidade interna.

De acordo com os especialistas, porém, os fundamentos de longo prazo seguem ainda indicando viés de alta, pelos mesmos motivos já enunciados: 

a) pouca disponibilidade da safra atual, mesmo considerando a entrada da safra de verão nos estados do Sul (a prova é que os preços não caíram, apenas se mantiveram estáveis);

b) previsão de redução de área para esta safra, embora tenha havido aumento de produção devido à ocorrência de chuvas de última hora; 

c) aumento da demanda interna com o aumento das exportações de franco (36,7%) e de suínos (40%);

d) Todos os produtos concorrentes do milho (farelo de soja, farelo de milho e o próprio trigo) continuam com preços muito elevados e também com viés de alta para o primeiro semestre de 2021.

O único movimento contrário é o próprio nível do preço, que começa a ficar insustentável para os consumidores finais, principalmente de ovos e leite, que não podem repassar os ganhos cambiais das carnes.


SOYBEAN - SOJA

Os preços da soja dão continuidade ao movimento de alta e seguem subindo na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (12). Por volta de 7h55 (horário de Brasília), as cotações registravam ganhos de 3,75 a 7 pontos nos principais vencimentos, levando o março a US$ 13,74 e o agosto, US$ 13,15 por bushel.

 

SOJA - CME - CHICAGO
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)
mar/21 13,72 4,5 0,33
mai/21 13,7125 4,5 0,33
jul/21 13,5675 5,5 0,41
ago/21 13,14 4,5 0,34
Última atualização: 17:02 (12/02)  

Como explicam analistas e consultores, os fundamentos atuais ainda dão suporte às cotações, em especial os baixos estoques norte-americanos e a demanda ainda forte pela soja dos EUA. 

"Os consumidores finais realmente estão precisando deste suprimento. Eles estão, diariamente, fechando negócios em que precisam de soja, milho, trigo, farelo, e não podem ficar sem", explica Don Roose, presidente da U.S. Commodities, ao site SuccessfulFarming.

E de fato, não só a demanda para exportações está forte nos EUA, como a interna também. O processamento de soja norte-americano tem se mostrado forte e crescendo nos últimos meses, o que também ajuda no suporte aos preços na CBOT. 

SOJA - PREMIO
CONTRATO VALOR
fev/21 45
mar/21 25
abr/21 22
mai/21 30
Última atualização: 12/02/2021

Ao mesmo tempo, o mercado acompanha também o clima na América do Sul para a conclusão da nova safra, o feriado na China - que começa nesta sexta - e as expectativas para o novo Outlook Forum do USDA que acontece na semana que vem e traz as primeiras impressões do departamento para a temporada 2021/22 nos EUA.Se as cotações recuaram no saldo da semana nos portos do Brasil - com uma pressão vinda também dos prêmios um pouco mais baixos e o dólar bastante volátil -, na Bolsa de Chicago os futuros da soja encerraram com altas. O vencimento março subiu 0,44% e foi a US$ 13,72 e o agosto a US$ 13,14 por bushel, com alta acumulada de 0,77%. 

Como explicam analistas e consultores, os fundamentos atuais ainda dão suporte às cotações, em especial os baixos estoques norte-americanos e a demanda ainda forte pela soja dos EUA. 

"Os consumidores finais realmente estão precisando deste suprimento. Eles estão, diariamente, fechando negócios em que precisam de soja, milho, trigo, farelo, e não podem ficar sem", explica Don Roose, presidente da U.S. Commodities, ao site SuccessfulFarming.

E de fato, não só a demanda para exportações está forte nos EUA, como a interna também. O processamento de soja norte-americano tem se mostrado forte e crescendo nos últimos meses, o que também ajuda no suporte aos preços na CBOT. 

Ao mesmo tempo, o mercado acompanha também o clima na América do Sul para a conclusão da nova safra, o feriado na China - que começa nesta sexta - e as expectativas para o novo Outlook Forum do USDA que acontece na semana que vem e traz as primeiras impressões do departamento para a temporada 2021/22 nos EUA. 

Nos mercados à vista, as compras chinesas permaneceram ausentes, devido ao feriado de Ano Novo, enquanto no Brasil o mercado foi pouco negociado com apenas um negócio ouvido no mercado de parciais a 32 c/bu  sobre o futuro de maio para embarque em maio.

Isso  equivalia  a  US$  514/t,  alta  de  US$  3,75/t  no dia,  mas  os  embarques  próximos  permaneceram inalterados  em  termos  de  embarques  a  24  c/bu para março e 23 c/bu para abril. Isso equivalia  a preços estáveis  de  US$  511,50/t e US$ 510,75/t FOB Paranaguá, com um prêmio de US$ 1,75/t para Santos.

           
Preço soja referência (chicago ):$/MT 520,66   12/fev
           
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 514,37   12/fev
           
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT 512,10   12/fev
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 165,00 por saca

Nesse cenário, o comprador  estatal  do  Egito,  GASC,  comprou  30.000 mt  de  soja  no  exterior  em  uma  licitação  internacional que fechou na quinta-feira, disseram fontes do mercado à Agricensus.

“A  GASC  reservou  uma  parcela  de  30.000  mt  de  soja e pagou  US$  1.072/mt  cfr  Egito  à  Cargill,  para  entrega entre 16 de março e 5 de abril e pagamento à vista. O  preço  caiu  1,7%  em  relação  ao  leilão  internacional anterior, que fechou em 3 de fevereiro”, indica. 

“A  GASC  também  fez  oferta para  a  Sunoil,  mas  não  fez nenhuma compra, pois as ofertas se mostraram pouco competitivas versus as expectativas de compra, com a empresa de negociação Belluno, com  sede  em  Dubai, tendo apresentado a oferta de preço mais competitiva em US$ 1.325,50/mt.  Em sua última licitação internacional, a GASC comprou 30.000  mt  de  soja  argentina  da  Posco  International  a US$ 1.090/mt para carregamento em março”, conclui. 

Os atrasos na colheita de soja do Brasil, maior produtor global da oleaginosa, estão fazendo com que compradores liderados pela China dependam da oferta dos Estados Unidos por um período maior do que o normal em 2021, segundo dados governamentais e operadores.

A demanda sustentada pela soja dos EUA está acelerando uma redução histórica nos estoques norte-americanos da oleaginosa e pode elevar ainda mais os preços da commodity em um momento de crescente inflação dos alimentos, à medida que países formam reservas de produtos básicos durante a pandemia.

Preocupações com a oferta apertada de soja no mundo, depois que a China ampliou suas compras de forma dramática nos últimos meses, geraram uma alta de 4,5% nos contratos futuros da oleaginosa negociados em Chicago, que atingiram uma máxima de seis anos e meio no mês passado.

O Brasil costuma colher a maior parte da safra de soja nos três primeiros meses do ano, que marcam o fim do domínio das exportações norte-americanas. Desta vez, porém, esse processo foi atrasado por causa de uma seca vista no ano passado, que desacelerou o plantio, e pelas chuvas registradas no período de colheita.

Os embarques de soja do país em janeiro foram 28 vezes menores do que em igual período do ano anterior, somando 49,5 mil toneladas --quantidade insuficiente para abastecer um único navio--, segundo dados comerciais brasileiros.

Por outro lado, os EUA, seu principal concorrente nos mercados globais, inspecionaram cerca de 8,9 milhões de toneladas de soja para embarques no mês, maior nível já registrado, de acordo com dados do Departamento de Agricultura norte-americano (USDA, na sigla em inglês).

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que representa empresas como Cargill e Bunge, confirmou que a escassez atual no Brasil pode dar margens para os competidores.

"A gente supõe que esteja acontecendo isso", disse o diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes, por telefone, acrescentando que a baixa disponibilidade de soja no Brasil está ampliando a janela de exportações dos EUA.

Em fevereiro, os embarques brasileiros de soja podem ficar em 6 milhões de toneladas, abaixo dos 8,5 milhões de toneladas inicialmente esperados, segundo a Anec.

O abastecimento do Brasil só deverá se normalizar em março, disse um grande trader à Reuters.

O operador disse, sob condição de anonimato, que está sondando fornecedores de grãos nos EUA e Argentina. Grande parte desse fardo recairá sobre os EUA, já que a colheita de soja argentina começa apenas em março.

Países importadores, com destaque para a China, têm ampliado as compras de grãos e oleaginosas durante a pandemia, para escapar de interrupções nos transportes ou de novos aumentos nos preços das commodities agrícolas.

A China adquire grãos e oleaginosas das Américas do Sul e do Norte para produzir ração para animais. O país asiático está atualmente reconstruindo seu rebanho de suínos, após um surto de peste suína africana matar milhões de porcos.

Os quase 5,6 milhões de toneladas nos portos norte-americanos que tiveram a China como destino no mês passado representaram os maiores embarques de soja em um mês de janeiro dos EUA para a principal importadora de alimentos do mundo.

Os embarques para México e Egito, outros grandes compradores da soja norte-americana, também foram os maiores já registrados para meses de janeiro, mostram os dados do USDA.

É esperado que os estoques de soja dos EUA encolham para os menores patamares em sete anos pouco antes de a colheita no Hemisfério Norte ganhar ritmo, em setembro.

Neste ponto, o país deverá contar com apenas 9,5 dias de oferta de soja, o nível mais apertado da história e uma queda acentuada em relação aos estoques suficientes para sete semanas mantidos em igual período do ano passado, de acordo com uma análise da Reuters com base em dados do USDA.

Apesar do atraso na colheita, o Brasil --que vende a maior parte de sua soja para a China-- deve colher uma safra recorde de 133 milhões de toneladas nos próximos meses.

Em uma indicação de que acredita que qualquer escassez causada pelo início lento da colheita no Brasil será compensada até 1º de setembro, nesta semana o USDA manteve inalterada sua projeção para as exportações brasileiras em 2020/21, enquanto a previsão para os embarques de soja dos EUA foi elevada em 550 mil toneladas.

No entanto, diante da forte demanda e da incerteza em torno dos problemas logísticos nos portos, ainda não está claro se isso vai aliviar a pressão altista sobre os preços, segundo analistas e operadores.

  soja US$ 5,37
       
  B3 (Bolsa)    
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR
mar/21 30,2 162,17 0,27%
   
Última atualização: 16:14 (12/02)  

Os mercados interno e internacional da soja estão em um momento de bastante sensibilidade, cautela e buscando uma melhor direção e um melhor ritmo de negócios, segundo explicam analistas e consultores. A semana, mais uma vez, foi marcada por forte volatilidade, termina com o início do feriado do Ano Novo Lunar na China, expectativa para o Agricultural Outlook Forum nos EUA na semana que vem, altas acumuladas em Chicago e baixas nos portos do país. 

O Brasil registrou mais uma semana de poucos novos negócios e foco total dos sojicultores no avanço da colheita. "Neste momento, o mercado segue sem pressão de venda e apenas acontecendo a entrega de contratos já programados", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

Os preços nos portos do país, todavia, acumularam perdas nesta semana. Em relação à ultima sexta-feira (5), a soja spot no porto de Paranaguá cedeu 1,20%, bem como a referência para março, e os últimos valores ficaram em, respectivamente, R$ 165,00 e R$ 164,00 por saca. Em Rio Grande, as baixas foram de 0,61% e 1,22%, para R$ 164,00 e R$ 162,00. 

O lineup da soja no Brasil já está em 13,6 milhões de toneladas, contabilizando navios nos portos e nomeados até o dia 11 de fevereiro, de acordo com informações apuradas pelo Notícias Agrícolas. Assim, a imagem da sequência, que mostra os navios carregados com soja em trânsito do Brasil para a China, já sinaliza um movimento um pouco mais intenso ao ser comparado à semana anterior. 

"Movimento um pouco mais intenso do que há uma semana. Dos 11 navios em movimento carregados com soja, oito têm destino a China. E cinco deles partiram do porto de Santos", diz Karen Braun, analista de commodities da Reuters Internacional. 

Também para o mercado nacional, a semana foi marcada por informações sobre o avanço da colheita, as condições de clima para os trabalhos de campo e para a qualidade das lavouras que ainda estão no campo e no que há de produto disponível para o cumprimento dos contratos que vencem agora. 

No final da tarde desta sexta (12), o Imea (Institituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) atualizou seus dados sobre a colheita da soja no estado, elevando o percentual a 22,26%, quase o dobro do número da semana anterior e ampliando, desta forma, o volume da oleaginosa disponível para este cumprimento de contratos. 

A ABIOVE (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) em informações reportadas pela Reuters afirmou que espera que os volumes de soja embarcados em fevereiro melhorem. 

"Vai escoar com tranquilidade, a capacidade nossa portuária é suficiente para atender tudo isso (previsão para o ano). As empresas têm toda a programação de escoamento, com contratação ferroviária, rodoviária e hidroviária", disse o economista-chefe da Abiove, Daniel Furlan Amaral à agência de notícias. 

No entanto, a qualidade da soja que vem dos estados que colhem primeiro exigem monitoramento e cautela. O excesso de chuvas em pontos do Paraná e de Mato Grosso preocuparam nos últimos dias e resultaram em problemas graves, apesar de pontuais. 

No Paraná, a consequência destas condições de clima tem resultado no abortamento de vagens.

"Um grande período de dias sem incidência direta de luz solar tem sido um dos grandes problemas agronômicos dessa safra", explica Claudeir Pires, CEO da Academia da Soja, que vem visitando lavouras nas principais regiões produtoras do país. 

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
12/02/2021 165,73 0,07% -1,53% 30,82
11/02/2021 165,62 -1,06% -1,59% 30,72
10/02/2021 167,39 -1,19% -0,54% 31,12
09/02/2021 169,4 0,29% 0,65% 31,47
08/02/2021 168,91 1,53% 0,36% 31,44

Praticamente não há mais soja no estado do Rio Grande do Sul. Nesse contexto, os preços ficaram em R$164,00 no porto,  R$163,00  para Cruz Alta, com Canoas, assim como Passo Fundo continuando a não cotar e, tanto Ijuí quanto Santa Rosa caindo também de forma considerável, com o primeiro indo R$163,00 cerca de 0,6% de perda e o segundo indo à R$165,00 com perdas de 1,9%. 

O  mercado  de  soja  interno  continua  caindo  embora passando por uma pequena alta  na exportação. Isso se deve ao fato de que não há mais soja o suficiente para se  comercializar  e,  tanto  o  óleo,  quanto  farelo,  cuja  a demanda  está  mais  alta,  estão  completamente compromissados  - o óleo com o biodisel e o farelo girando entre mercado interno e internacional.

No estado do Paraná, o preço em Paranaguá caiu 3,6% e a colheita deve ir até abril. Valores do dia para soja sofreram quedas consideráveis, com Paranaguá caindo 3,6% e indo parar em R$160,00.

Outras  regiões  também  caíram,  com  Ponta  Grossa tendo uma perda de 1,8% e indo à R$157,00 e Cascavel perdendo R$1,00 e indo à R$157,00  também.

Além disso, o mercado não viu melhora em Minas Gerais. A dinâmica anterior continua, com os agricultores,  que já estão preocupados com os problemas e atrasos da colheita,  permanecendo  totalmente  focados  em  evitar perdas  e  garantir  que  haja  respostas  para  os compromissos previamente firmados. A  semana  com  período  de  chuvas,  favorável  ao desenvolvimento  da  cultura,  e  de  sol,  favorável  à colheita, foi de intensa atividade com a cultura.


SUGAR - AÇUCAR

March NY world sugar 11 (SBH21) on Friday closed down -0.17 (-1.03%), and March London white sugar 5 (SWH21) closed down -0.40 (-0.09%) at $469.60.

Sugar prices on Friday closed moderately lower, with London sugar falling to a 1-week low. Sugar prices declined after Citigroup on Friday said that it sees sugar prices falling current levels to 14-15 cents per pound on the outlook for a global sugar surplus. Citigroup is forecasting a global 2021/22 sugar surplus of +5.0 MMT compared with a -2.0 MMT deficit in 2020/21.

Sugar prices were already on the defensive Thursday&39;s news of higher sugar production India, the world&39;s second-biggest sugar exporter. The India Sugar Trade Association Thursday forecast that 2020/21 India sugar production will increase +9% y/y to 29.9 MMT. Last Tuesday, the Indian Sugar Mills Association (ISMA) reported that India Oct-Jan sugar production was already up +25% y/y to 17.68 MMT.

Ample sugar supply Brazil is a negative factor for sugar. Unica reported Wednesday that Brazil&39;s Center-South sugar production through January was up +44% y/y to 38.195 MMT. The percentage of cane used for sugar rose to 46.21% in 2020/21 34.48% in 2019/20.

Smaller sugar supplies Thailand, the world&39;s second-largest sugar exporter, are positive for sugar prices after the Thailand Office of the Cane &

Sugar Board reported last Friday that Thailand&39;s 2020/21 sugar production during Dec 10-Feb 4 fell -25% y/y to 4.7 MMT.

Sugar prices have underlying support solid sugar demand Asia. Sugar demand in Indonesia, the world&39;s top importer, is a bullish factor for sugar prices after Indonesia&39;s Trade Ministry on December 30 said it would allow sugar refiners to import 1.93 MMT of raw sugar in the first half of 2021. Also, Indonesia&39;s Sugar Refivers Association recently said that it expects Indonesia&39;s sugar imports to climb +10% y/y to a record 3.3 MMT in 2021 due to higher demand the food and beverage industry. In addition, robust sugar demand in China, the world&39;s second-largest sugar importer, is positive for prices after China&39;s General Administrations of Customs reported last Monday that China&39;s 2020 total sugar imports rose +55.5% y/y to 5.27 MMT.

Sugar prices have underlying support dry conditions in Brazil that may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Maxar on Jan 27 said that "below-average precipitation is expected in the long term" in the Center South. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. The U.S. Climate Prediction Center said on Jan 14 that a La Nina weather pattern would likely last at least until March and possibly beyond, which could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.

A bearish factor for sugar is the outlook for a global sugar surplus next year. Tropical Research Services (TRS) projects a global 2021/22 sugar surplus of 5.2 MMT on the prospects for sugar production to recover in Thailand and India. TRS predicts that Thailand&39;s 2021/22 sugar production may rebound to 10 MMT 6.9 MMT in 2020/21 and that India&39;s 2021/22 sugar production my climb to a record 35.6 MMT 31 MMT in 2020/21.

A negative factor for sugar is Tuesday&39;s projection Czarnikow Group that Thailand 2021/22 sugar production will surge +59% y/y to a 3-year high of 11 MMT, rebounding sharply the 10-year low of 6.9 MMT in 2020/21.

The outlook for more sugar supplies India is bearish for sugar prices. The Indian government, on December 16, authorized spending 35 billion rupees ($475 million) to help subsidize Indian sugar producers to export as much as 6 MMT in the 2020/21 season.

Big Picture Sugar Market Factors: World sugar production in 2020/21 (Apr/Mar) is expected to climb +0.9% y/y to 171.1 MMT after falling -8.4% in 2019/20 to 169.6 MMT (ISO). The world sugar deficit in 2020/21 is expected to widen to a -3.5 MMT deficit a +1.86 MMT surplus in 2019/20 (ISO). Sugar production by Brazil, the world&39;s largest sugar producer, in 2020/21 (Apr/Mar) will climb by +32% y/y to 39.3 MMT 29.8 MMT in 2019/20, as millers divert 46.4% of cane juice to produce sugar (up 34.9% in 2019/20) due to the weak outlook for ethanol demand and prices (Conab). Sugar production by India, the world&39;s second-largest sugar producer, in 2020/21 will climb +13% y/y to 31 MMT due to a good monsoon season (India&39;s Sugar Mills Association).

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
11/02/2021 105,69 -0,08% -2,68% 19,6  
10/02/2021 105,77 -0,11% -2,61% 19,66  
09/02/2021 105,89 -0,14% -2,50% 19,68  
08/02/2021 106,04 -0,86% -2,36% 19,74  
05/02/2021 106,96 -0,58% -1,51% 19,86  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 106,07      
  valor saco $ 19,75      
  valor ton $ 395,05  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms    

As cotações futuras do açúcar iniciaram esta sexta-feira (12) com perdas na Bolsa de Nova York e ganhos em Londres. Por volta das 09h38 (horário de Brasília), o açúcar bruto na Bolsa de Nova York caia 0,85%, cotado a US$ 16,41 c/lb. Já o açúcar branco em Londres registrava alta de 0,17%, cotado a US$ 470,80 a tonelada.A India Sugar Trade Association prevê que a produção de açúcar do país em 2020/21 aumentará 9% no comparativo anual para 29,9 milhões de toneladas. Porém, as exportações do país na temporada devem recuar.

Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (12) com queda na Bolsa de Nova York e em Londres. As negociações seguiram marcadas pelas expectativas com a Índia, segunda maior produtora da commodity, e reporte do Citigroup.

O principal vencimento do açúcar em Nova York caiu 1,03% no dia, cotado a US$ 16,38 c/lb, com US$ 16,30 de máxima e mínima de US$ 16,59 c/lb. Em Londres, a sessão finalizou o dia com perda de 0,09%, a US$ 469,60 a tonelada.

Apesar de queda, o acumulado semanal foi de alta de 0,61% no terminal norte-americano do açúcar bruto acompanhando os temores com a oferta e ganhos dos preços do petróleo. Já a baixa nesta sexta-feira acompanhou divulgação da Índia e do Citigtoup.

O banco anunciou nesta sexta-feira que vê os preços do açúcar em Nova York caindo dos níveis atuais praticados para um patamar entre 14 e 15 centavos de dólar por libra-peso acompanhando a perspectiva de um superávit global de açúcar.

"O Citigroup está prevendo um excedente global de açúcar em 2021/22 de 5milhões de toneladas em comparação com um déficit de 2 milhões de t em 2020/21", disse a consultoria Barchart em nota de mercado.

Sobre a Índia, a All India Sugar Trade Association reportou ontem (11) que a produção de açúcar do país em 2020/21 aumentará 9% no comparativo anual para 29,9 milhões de t, apesar de expectativa de queda nas exportações do país.

Além disso, a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) apontou que a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil saltou mais de 40% no acumulado desta safra até janeiro, totalizando 38,2 milhões de t. No financeiro, o dia foi marcado por ganhos no petróleo, apesar de desvalorização do real ante o dólar.

O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou com queda de 0,08%, a R$ 105,69 a saca de 50 kg na quarta-feira (10).

A Biosev, uma das maiores empresas de açúcar e etanol do país, teve lucro líquido de 485,3 milhões de reais em nove meses da safra 2020/21, ante prejuízo de 429,2 milhões no mesmo período do ano anterior, com uma produção recorde de açúcar e bons preços da commodity, que sinalizam resultados operacionais ainda melhores na próxima temporada que se inicia em abril, disseram executivos.

No terceiro trimestre da safra, o lucro líquido foi de 329,8 milhões de reais, ante ganhos de 22,7 milhões no mesmo período da temporada passada, à medida que a empresa colhe resultados de investimentos, ganhos de eficiência e vendas de produtos com melhores margens que vão além das cotações do açúcar.

A produtividade dos canaviais da Biosev, com unidades em operação em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais atingiu 85,7 toneladas de cana por hectare no acumulado da safra, recorde histórico com alta de 2,9% ante mesmo período do ciclo anterior. A empresa ainda registrou aumento de 9% no Açúcar Total Recuperável (ATR Produto), para 142,4 kg por tonelada de cana.

"Os resultados confirmam mais uma vez essa virada do negócio, que começou na Biosev há três anos, com foco grande na melhoria operacional agrícola e industrial, mesmo em um ano desafiador, com clima seco em São Paulo", disse o presidente da Biosev, Juan José Blanchard, à Reuters.

Os recentes resultados operacionais da Biosev chamaram a atenção da Raízen, que anunciou nesta semana acordo para incorporar a companhia controlada pela Louis Dreyfus, por 3,6 bilhões de reais mais ações.

A moagem de cana da Biosev atingiu 25,785 milhões de toneladas em nove meses da safra 2020/21, queda de 0,5% na comparação com mesmo período do ciclo anterior.

Com maior direcionamento da cana para o açúcar, para aproveitar a maior rentabilidade do adoçante frente ao etanol, a produção da Biosev somou recorde 1,88 milhão de toneladas em nove meses da safra 2020/21, alta de 63,3% na comparação com mesmo período do ciclo anterior. Já a fabricação de etanol atingiu 1 bilhão de litros, queda de 22% na mesma comparação.

O diretor financeiro da Biosev, Leonardo Oliveira D’Elia, disse que a companhia, que vai usar os recursos recebidos da Raízen para pagar parte da dívida de 7,7 bilhões de reais (base final de janeiro), segue em negociações com credores para reestruturar o endividamento, que foi causa de vários prejuízos trimestrais da empresa anteriormente.

"Ainda não tem nada diferente, os credores estão muito próximos... A quantidade de dívida em moeda estrangeira continua relevante com um pedaço que conseguimos &39;hedgear&39;, e a gente espera nos próximos meses finalizar esse processo com os credores", afirmou ele.

Os executivos evitaram comentar sobre o negócio com a Raízen. "A gente está otimista que tudo vai dar certo, mas os prazos estão fora do nosso controle", disse Blanchard.

Segundo o CEO, o clima melhorou para canaviais do centro-sul do Brasil, cujo desenvolvimento foi afetado ao longo da maior parte de 2020 devido ao tempo seco. Mas ele comentou que a nova safra está mais atrasada, e que moagem pode começar mais tarde.

"O clima melhorou a partir da metade de dezembro, o clima melhorou muito, mas ainda os canaviais, especialmente no centro-sul estão um pouco atrasados. Existe a possibilidade de esperar um pouco para o começo da safra", afirmou ele, lembrando que a Biosev tem exposição maior do que o mercado em Mato Grosso do Sul, Estado menos afetado pela estiagem.

A Biosev já travou a maior parte do açúcar que espera vender na próxima temporada, tendo "hedgeado" 85,1% da produção até 31 de dezembro, ao preço de 67,43 centavos de reais por libra-peso, 9% acima da temporada 2020/21, disse o diretor comercial da empresa, Gabriel Carvalho.

"Então esperamos uma receita maior por tonelada de cana no próximo ano. Os preços do petróleo continuam firmes, e isso tem mantido os preços do etanol bastante firmes. Se não mudarem, a gente provavelmente vai ter um ótimo ano em 2021", afirmou ele, adicionando que a companhia ainda não fez fixações para 2022/23.

 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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