O preâmbulo da Constituição dos Estados Unidos da América começa dizendo que “Nós, o povo dos Estados Unidos, a fim de formar uma União mais perfeita, estabelecer a justiça, assegurar a tranquilidade interna, prover a defesa comum, promover o bem-estar geral, e garantir para nós e para os nossos descendentes os benefícios da Liberdade, promulgamos e estabelecemos esta Constituição para os Estados Unidos da América”.
Ou seja, o povo literalmente tomou as rédeas da situação e invadiu o Congresso Americano, conhecido como Capitólio – o altar da democracia - durante a sessão que certificaria Joe Biden como presidente.
Entretanto, essa invasão é um ataque sem precedentes à democracia e contraria o preâmbulo da Constituição dos Estados Unidos da América, que assegura a tranquilidade interna, a união e a liberdade. Esse quebra-quebra, além de gerar desordem, caos, resultou em pessoas feridas e na morte de uma mulher que foi baleada no peito.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou um vídeo em que reconhece que deixará o cargo em 20 de janeiro e condenou a violência durante a invasão de apoiadores ao Capitólio, chamando de “ataque odioso” e pediu “cura e reconciliação” aos EUA.
De fato, Biden - que não terá mais tempo para ameaçar o Brasil-, estará ocupado cuidando das rachaduras do governo americano diante dessas invasões, já que a democracia dos EUA ficou abalada.
Todo e qualquer ato violento merece ser repugnado. Porém, não é possível deixar de associar tal evento (possivelmente com pessoas infiltradas de grupos como os “antifas”) ao comportamento deplorável da grande mídia, que fez (e vem fazendo) “vista grossa” à sucessão de fatos que colocam sob suspeita a eleição dos EUA, tais como votos de cidadãos americanos que já se encontram no “além”.
Curioso que essa mesma imprensa, que distorce os fatos e “brinca” com a inteligência dos cidadãos, atue com “2 pesos e 2 medidas”.
Ora, será que a invasão do capitólio foi menos grave do que o “quebra-quebra” promovido nos Estados Unidos há meses atrás? Quando a violência é para defender as suas convicções, parece que a grande mídia resolveu tratar tais movimentos como “democráticos”. Francamente...
De toda a forma, a invasão ao Capitólio serviu como um presságio ao povo brasileiro nas eleições de 2022, pois precisamos derrubar a decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal que decidiu, por unanimidade, declarar inconstitucional o dispositivo da Minirreforma Eleitoral que previa a obrigatoriedade da impressão do registro do voto.
A impressão do voto é um registro, um comprovante que serviria para confrontar em caso de eventual indício de fraude, no entanto, os votos continuariam sendo através da urna eletrônica.
Alexandre Garcia ponderou que "Não pode haver desconfiança de fraude em eleição. A urna eletrônica é confiável, mas precisa ser 100% confiável, não pode ficar nada para trás. Fraude é o maior evento contra a democracia naquele momento crucial do voto", situação que poderia ser resolvida com a impressão do comprovante do voto, mas, novamente, o Supremo Tribunal Federal “votou contra o povo”.
O art. 1º, parágrafo único da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 prevê que “todo o poder emana do povo [...]”, ungidos desse poder, temos que lutar para que o nosso voto, que é a verdadeira expressão da democracia seja preservado e legitimado nas eleições, pois “a democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo”, (Abraham Lincoln, ex-presidente dos EUA).
Nicoli Moré Menegotto
(escritora)
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)