CORN- MILHO
Os preços internacionais do milho futuro começaram o último dia da semana em alta, perderam força no meio do dia, mas recuperaram a tendência altista na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,25 e 2,25 pontos ao final da sexta-feira.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 4,96 com valorização de 2,25 pontos, o maio/21 valeu US$ 4,97 com elevação de 2,00 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 4,94 com alta de 1,25 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,56 com ganho de 1,25 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,40% para o março/21, de 0,40% para o maio/21, de 0,20% para o julho/21 e de 0,22% para o setembro/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam elevações de 2,48% para o março/21, de 2,90% para o maio/21, de 2,92% para o julho/21 e de 2,24% para o setembro/21 na comparação com a última quinta-feira (31).
miho | ||
Chicago (CME) | ||
CONTRATO | US$/bu | VAR |
mar/21 | 496,25 | 2,25 |
MAY 2021 | 497,5 | 2 |
jul/21 | 494,75 | 1,25 |
SEP 2021 | 456,5 | 1,25 |
Última atualização: 17:02 (08/01) |
“Os futuros do milho continuam encontrando suporte durante os reveses intradiários. A agitação sobre a Argentina (que não está exportando mais milho até que a colheita da nova safra comece) abre as portas para o milho nos Estados Unidos por um curto período de tempo”, aponta Bob Linneman da Kluis Advisors.
O site internacional Successful Farming destaca ainda que o relatório de oferta/demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) poderá mudar o sentido das movimentações do milho em Chicago.
“O relatório do USDA na próxima semana fornecerá combustível suficiente para continuar alimentando as altas dos grãos? Pelos preços atuais, parece que os traders estão esperando alguns dados muito amigáveis. Se eles não conseguirem o que desejam, esteja preparado para testar o suporte negativo em um movimento rápido”.
Os preços futuros do milho operaram em alta durante toda a sexta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,26% e 0,54% ao final do dia.
O vencimento janeiro/21 foi cotado à R$ 83,22 com ganho de 0,26%, o março/21 valeu R$ 85,64 com valorização de 0,52%, o maio/21 foi negociado por R$ 81,10 com elevação de 0,43% e o julho/21 teve valor de R$ 75,00 com alta de 0,54%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam ganhos de 0,63% para o janeiro/21, de 2,56% para o março/21, de 1,95% para o maio/21 e de 4,17% para o julho/21 na comparação com a última quarta-feira (30).
miho | ||
B3 (Bolsa) | ||
jan/21 | 83,17 | -0,18% |
mar/21 | 85,34 | -0,35% |
mai/21 | 80,8 | -0,37% |
jul/21 | 75 | 0,54% |
Última atualização: 18:00 (08/01) |
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a demanda por milho tanto no Brasil, quanto no mercado internacional segue bastante aquecida, o que ajuda a sustentar as altas nas cotações do cereal.
Além disso, o otimismo do mercado mundial com a chegada das vacinas, a alta do dólar e a valorização do petróleo (que interfere no setor do etanol) também atuam para sustentar os preços.
A sexta-fera (08) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas na praça de Cascavel/PR (0,68% e preço de R$ 72,50).
Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (0,69% e preço de R$ 73,00), Eldorado/MS (0,71% e preço de R$ 71,10), Panambi/RS (1,34% e preço de R$ 77,04), Pato Branco/PR (1,36% e preço de R$ 74,70), Não-Me-Toque/RS (1,37% e preço de R$ 74,00), São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS e Campo Grande/MS (1,39% e preço de R$ 73,00).
INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado) | ||||
VALOR R$ | VAR./DIA | VAR./MÊS | VALOR US$ | |
08/01/2021 | 82,6 | -0,06% | 5,02% | 15,25 |
07/01/2021 | 82,65 | 0,41% | 5,09% | 15,34 |
06/01/2021 | 82,31 | 0,85% | 4,65% | 15,58 |
05/01/2021 | 81,62 | -0,21% | 3,78% | 15,51 |
04/01/2021 | 81,79 | 3,99% | 3,99% | 15,55 |
De acordo com o reporte diário da Radar Investimento, “o mercado do milho passou por algum estresse de abastecimento entre a virada de 2020 para 2021. No entanto, gradativamente surgem algumas ofertas de cereal fora do estado.O ritmo dos negócios é lento e o intervalos dos preços é grande”.
Para a SAFRAS & Mercado, “o mercado brasileiro de milho iniciou 2021 mantendo o cenário de firmeza nas cotações, com avanços nos valores do cereal em todas as regiões do país. A oferta ajustada à demanda, com aspectos externos e internos dando suporte, determinou novos aumentos nos preços”.
Os analistas da SAFRAS destacam que as altas nas cotações na Bolsa de Chicago e no dólar ante ao real sustentaram a firmeza nos preços dos portos do Brasil, o que também garantiu elevações no interior com o vendedor retraído em suas ofertas.
“Há uma grande preocupação agora com o início da alta de fretes com a chegada da safra de soja. Isso deve ser mais um elemento para possíveis valorizações do cereal”.
SUGAR - AÇUCAR
March NY world sugar 11 (SBH21) on Friday settled unchanged, and March London white sugar 5 (SWH21) closed up +1.90 (+0.44%).
Sugar prices on Friday settled mixed. Sugar prices on Friday initially moved higher on news of smaller sugar output Thailand, the world&39;s second-largest sugar exporter. Data on Friday the Thai Sugar Millers Corp showed that Thailand&39;s cane output in the first month of the 2020/21 crushing season through January 6 was 11.96 MT, down -45.6% the same time last year. However, weakness in the Brazilian real against the dollar on Friday weighed on sugar prices after the real fell to a 1-1/2 month low against the dollar, which prompted sugar prices to fall back and give up most of their gains. A weaker real encourages export selling by Brazil&39;s sugar producers.
Sugar prices have rallied sharply over the past three weeks, with NY sugar posting a 3-1/2 year high Thursday and London sugar posting a 10-3/4 month high on Wednesday. Sugar prices continue to climb on the outlook for tighter global supplies along with solid demand Asia. Alvean, the world&39;s largest sugar trader, said on Tuesday that it expects the global sugar market to be in deficit by 5 MMT in 2020/21 and 6 MMT in 2021/22, providing the most "constructive" backdrop for sugar prices since 2016.
Sugar prices have underlying support solid sugar demand Asia. Sugar demand in Indonesia, the world&39;s top importer, is a bullish factor for sugar prices after Indonesia&39;s Trade Ministry last Wednesday said it would allow sugar refiners to import 1.93 MMT of raw sugar in the first half of 2021. Also, Indonesia&39;s Sugar Refivers Association recently said that it expects Indonesia&39;s sugar imports to climb +10% y/y to a record 3.3 MMT in 2021 due to higher demand the food and beverage industry. In addition, robust sugar demand in China, the world&39;s second-largest sugar importer, is positive for prices after China&39;s General Administrations of Customs reported on December 24 that China&39;s Nov sugar imports surged +114% y/y to 710 MT and Jan-Nov China sugar imports rose +37.3% y/y to 4.36 MMT.
Strength in crude oil prices benefits ethanol prices and is bullish for sugar prices. Crude oil prices on Friday climbed more than 2% to a new 10-1/2 month nearest-futures high, which encourages Brazil&39;s sugar mills to divert more cane crushing toward ethanol production rather than sugar production, thus curbing sugar supplies.
The outlook for more sugar supplies India is bearish for sugar prices. The Indian Sugar Mills Association reported on December 24 that India&39;s sugar production Oct 1-Dec 15 jumped +61% y/y to 7.38 MMT. On November 19, the USDA&39;s Foreign Agricultural Service (FAS) estimated that India&39;s 2020/21 sugar production would climb +16.8 % y/y to 33.76 MMT, and India&39;s sugar exports will climb +3.5% to 6.0 MMT. Also, the Indian government on December 16 authorized spending 35 billion rupees ($475 million) to help subsidize Indian sugar producers to export as much as 6 MMT in the 2020/21 season.
Unica, on December 24, reported that Brazil&39;s Center-South sugar production in the first half of December rose +70.3% y/y to 85 MT. The percentage of cane used for sugar rose to 29.51% in 2020/21 15.35% in 2019/20.
Sugar prices have underlying support dry conditions in Brazil that may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. A La Nina weather pattern could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.
Big Picture Sugar Market Factors: World sugar production in 2020/21 (Apr/Mar) is expected to climb +0.9% y/y to 171.1 MMT after falling -8.4% in 2019/20 to 169.6 MMT (ISO). The world sugar deficit in 2020/21 is expected to widen to a -3.5 MMT deficit a +1.86 MMT surplus in 2019/20 (ISO). Sugar production by Brazil, the world&39;s largest sugar producer, in 2020/21 (Apr/Mar) will climb by +32% y/y to 39.3 MMT 29.8 MMT in 2019/20, as millers divert 46.4% of cane juice to produce sugar (up 34.9% in 2019/20) due to the weak outlook for ethanol demand and prices (Conab). Sugar production by India, the world&39;s second-largest sugar producer, in 2019/20 will fall -15% y/y to a 3-year low of 28 MT due to drought and a delayed monsoon season (India&39;s National Federation of Cooperative Sugar Factories Ltd).
INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS | |||||
VALOR R$ | VAR./DIA | VAR./MÊS | VALOR US$ | ||
08/01/2021 | 106,05 | -0,32% | -1,43% | 19,58 | |
07/01/2021 | 106,39 | -0,89% | -1,12% | 19,75 | |
06/01/2021 | 107,35 | -0,87% | -0,22% | 20,32 | |
05/01/2021 | 108,29 | 1,38% | 0,65% | 20,58 | |
04/01/2021 | 106,82 | -0,72% | -0,72% | 20,3 | |
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) . | |||||
media R$ | 106,98 | ||||
valor saco $ | 19,74 | ||||
valor ton $ | 394,76 | porto santos - FAS - icmusa 130 - 180 | |||
com 7% icms |
Usinas brasileiras já fixaram preços de açúcar da safra 2021/22 em um volume de 17,25 milhões de toneladas, ou um patamar histórico de 69% de uma exportação projetada em 25 milhões de toneladas, estimou nesta sexta-feira a Archer Consulting em nota.
Em meio a preços crescentes, o percentual de fixações antecipadas da safra é recorde para esta época, disse a consultoria, que começou a monitorar este indicador na safra 2012/13.
No mesmo período, para a safra anterior (2020/21), o percentual de fixação havia atingido 29%.
O valor médio da fixação é de 1,589 reais por tonelada (FOB Santos, equivalentes a 0,6920 real por libra-peso, ambas já incluindo o prêmio de polarização).
Os preços do açúcar na bolsa de Nova York, utilizados nas fixações, atingiram na quinta-feira os maiores níveis em três anos e meio, acima de 16 centavos de dólar por libra-peso.
A Archer Consulting também disse que as usinas brasileiras tinham fixado preços de açúcar para 23% da safra 2022/23, que será colhida no ano que vem, segundo estimativa preliminar.
SOYBEAN - SOJA
O mercado da soja voltou a subir com mais intensidade nesta tarde desta sexta-feira (8) na Bolsa de Chicago. Por volta de 14h (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam entre 16,50 e 22,50 pontos, com o janeiro e o março sendo cotados a US$ 13,77 por bushel. Além dos fundamentos já conhecidos, novas notícias vindas do front da demanda contribuem para o avanço dos preços depois da correção da sessão anterior.
SOJA - CME - CHICAGO | |||
CONTRATO | US$/bu | Variação (cts/US$) | Variação (%) |
jan/21 | 13,7575 | 15,25 | 1,12 |
mar/21 | 13,7475 | 19,5 | 1,44 |
mai/21 | 13,7125 | 17,5 | 1,29 |
jul/21 | 13,58 | 16,25 | 1,21 |
Última atualização: 17:00 (08/01) |
O clima é, neste momento, um dos fatores mais relevantes para o andamento do mercado da soja na Bolsa de Chicago. Nesta primeira semana útil de 2021, os futuros da oleaginosa subiram mais de 3% e a escalada foi bastante motivada pelas adversidades que têm sido registradas na América do Sul, em especial na Argentina, neste momento.
Em seu último reporte, a Bolsa de Cereales da Argentina aumentou o índice de lavouras de soja em condições ruins ou péssimas de 7% para 17% em uma semana. Na safra anterior, nesta mesma época, o índice era de apenas 2%.
O campo continua refletindo as chuvas ainda limitadas, mal distribuídas e de baixos volumes, além das altas temperaturas. De acordo com especialistas da bolsa, os níveis críticos de umidade em importantes regiões produtoras de soja do país têm promovido uma degradação progressiva das lavouras argentinas da oleaginosa.
No balanço é possível observar ainda que, na última semana, o índice da região produtora que vinha em condições regulares ou de seca passou de 29% para expressivos 49%. Na temporada 2019/20, eram apenas 5% nessa mesma época.
SOJA - PREMIO | |
CONTRATO | VALOR |
jan/21 | 60 |
mar/21 | 50 |
abr/21 | 52 |
mai/21 | 65 |
Última atualização: 08/01/2021 |
Diante destas condições, "os números reforçam as expectativas de que a bolsa revise sua projeção de produção, atualmente ainda mantida em 46,5 milhoes de toneladas", explicam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities. Em seu último boletim mensal de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ainda projetou a colheita da Argentina em 50 milhões de toneladas.
E nos próximos dias, o país ainda deve receber chuvas limitadas, insuficientes para reverter a situação. Os mapas abaixo, do Commodity Weather Group (CWG), mostram as previsões para os períodos de 1 a 5 dias; 6 a 10 e 11 a 15 dias. Nas três condições, a Argentina receberá volumes abaixo do normal para a época, o que pode agravar ainda mais a situação, principalmente entre 18 e 22 de janeiro.
Assim, aproximadamente um terço das áreas produtoras de soja e milho argentinas deverão continuar sob stress climático pelo próximos 10 dias. "E isso se expande para metade da área total do país entre 23 de janeiro e 6 de fevereiro", complementa o instituto internacional.
O mesmo pode ser observado para o Brasil. A diferença é para o intervalo de 13 a 17 de janeiro, onde as chuvas deverão se mostrar dentro da normalidade (segundo mapa na figura acima) em quase todo país. "Chuvas esparsas no Centro-Oeste e Centro Sul do Brasil devem chegar nas próximas duas semanas, e os padrões de tempo mais seco deverão se concentrar no extremo Sul entre segunda e terça-feiras, e no Centro do país nos próximos 6 a 10 dias. Cerca de 15 a 20% da área de milho e soja continua seca", explicam os meteorologistas do CWG.
Preço soja referência (chicago ):$/MT | 527,55 | 08/jan | ||||
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT | 509,26 | 08/jan | ||||
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT | 510,46 | 08/jan | ||||
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET. Preço Brasil MI = R$ 166,00 por saca |
Na análise de Paulo Sentelhas, CTO da Agrymet e professor Esalq/USP, apesar do retorno efetivo das chuvas em boa parte do país a partir de novembro, a região central do Mato Grosso do Sul, sudoeste do Mato Grosso e centro-sul do Rio Grande do Sul ainda apresentavam nesta quinta-feira (7) condições críticas para o solo.
De acordo com o levantamento, as regiões apresentam menos de 40% da disponibilidade máxima da água no solo. "Quando se tem o volume abaixo disso já começa limitar o crescimento da cultura", explica o especialista.
O cenário é preocupante, mas as previsões, no entanto, até o momento se mostram positivas para o trimestre. "Essa chuva prevista para janeiro é muito importante porque vai pegar justamente a fase mais crítica da cultura. Essa precipitação é fundamental para um cenário mais positivo para a soja", diz o especialista.
Todas estas condições, portanto, intensificam ainda mais a preocupação do mercado com o tamanho da nova safra da América do Sul. Os estoques norte-americanos são justos, devem ser revisados para baixo nos próximos meses - com exportações recordes e demanda ainda intensa pela oleaginosa norte-americana - e o consumo é crescente. A China se destaca como a maior importadora mundial da commodity, mas a demanda por soja tem perspectiva de força de ordem global.
"Temos todos estes problemas na Argentina, irregularidades climáticas no Brasil, e a demanda chinesa muito forte. E a demanda mundial por alimentos, com esses auxílios dados às populações em função da pandemia, aumentou muito", explica Camilo Motter, economista e analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais. "Estamos vivendo uma inflação generalizada de alguns produtos e entre eles, o de alimentos. E não acredito que os preços voltem à normalidade tão cedo", complementa.
Na última segunda-feira (4), o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest, falou ao Notícias Agrícolas afirmando que "o mercado não está preparado para uma previsão de quebra de safra de 14 a 15 milhões de toneladas", explica. O Brasil sai de seu potencial de 135 para algo abaixo de 128 milhões de toneladas; a Argentina de 53 para 46 milhões e mais as perdas esperadas para o Paraguai e o Uruguai.
soja | US$ | 5,42 | 10 | |
B3 (Bolsa) | ||||
CONTRATO | US$/sc | R$/sc | VAR | |
nov/20 | 30,42 | 164,8764 | 2,08% | |
Última atualização: 16:21 (08/01) |
Assim, Aráujo acredita que, por esse e mais os demais fundamentos, os preços dos grãos negociados na Bolsa de Chicago teriam força, inclusive, para superar os recordes de 2012. Nesta sexta-feira (8), os futuros da soja já se aproximaram um pouco mais dos US$ 14,00 por bushel. A sessão na CBOT fechou com altas de 13,75 a 19,50 pontos nos principais contratos, com o março sendo cotado a US$ 13,74, após alcançar a máxima do dia nos US$ 13,86.
Somente nesta semana, as altas acumuladas são de 4,65% no contrato março, e de 3,59% no julho/21, que subiu de US$ 13,11 para US$ 13,58 por bushel entre segunda (4) e sexta-feira.
Uma venda de 204 mil toneladas de soja da safra 2020/21 dos EUA para a China foi informada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira (8). Este foi o segundo anúncio da semana, uma vez que nesta quinta foram informadas duas vendas para destinos não revelados de 213,350 mil toneladas da safra atual e 130 mil da 2021/22.
No mercado internacional de subprodutos da soja o óleo fechou em baixa na China, Índia e Europa, de acordo com o que afirmou a TF Agroeconômica. “No porto chinês de Dallian a soja recuou para US$ 887,74 contra US$ 887,85 do dia anterior; o farelo de soja avançou para US$ 541,69, como os US$ 537,01 do dia anterior e o óleo de soja recuou para US$ 1.363,50 como os US$ 1.364,66 do dia anterior”, comenta.
“Em Rotterdam, o principal porto não-China de demanda de soja e subprodutos, o preço do primeiro mês cotado da soja-grão recuou para US$ 565,00/t contra os US$ 570,70/t do dia anterior; o pellets de soja recuou para US$ 569,00 contra os US$ 574,00 do dia anterior, afloat”, completa.
“Os preços dos óleos vegetais, para o primeiro mês, terminaram o dia cotados a: óleo de canola recuou para US$ 1.134,97/t contra US$ 1.141,64/t do dia anterior; o óleo de linhaça foi cotado em US$ 1.115,00/t contra os US$ 1.120,00/t do dia anterior; o óleo de soja recuou para US$ 1.153,37/t contra $ 1.159,95/t do dia anterior; o óleo de girassol recuou para US$ 1.310,00 contra os US$ 1.325,00 do dia anterior e o óleo de palma recuou para US$ 1.110,00 contra os US$ 1.130,00/t do dia anterior”, indica.
Na Índia, maior importador de óleos vegetais do Mundo, o óleo de soja recuou para US$ 1.285,00 como os US$1.295,00/t do dia anterior, em Nova Delhi.
A China voltou a mostrar interesse na soja do Brasil, que não tem mais matéria no momento. Na frente CFR China, tanto as indústrias estatais quanto as privadas verificaram os preços dos embarques do primeiro trimestre do Brasil.
“Depois de abocanhar 5-6 carregamentos de grãos da nova safra dos EUA esta semana, o estoquista estatal mudou sua atenção para os grãos brasileiros na quinta-feira, na licitação para embarques de janeiro/fevereiro, mas encontrando muito poucas ofertas firmes disponíveis no mercado para esta data. Também houve interesse de compra para embarques do Brasil entre março e junho, dos quais março foi oferecido a 142-145 c/bu sobre o março futuro contra ofertas posicionadas 8-10 c/bu abaixo da oferta”, completa.
O indicador CFR China para remessa de fevereiro da opção mais barata foi avaliado em 152 c/bu sobre o março futuro, equivalente a $ 550,75/t, queda de $ 5,25/t no dia. “Nos portos dos EUA, as barcaças na Louisiana foram vistas 2-3 c/bu mais firmes, à medida que os exportadores tentam recuperar parte da redução no valor dos futuros, com fevereiro marcado a 81 c/bu em relação aos futuros de março e as cargas praticamente inalteradas em 102 c/bu”, indica.
“Isso estreitou a margem de elevação para 21 c/bu, abaixo das margens de 70 c/bu vistas no início do ano e para um valor que reflete melhor os custos de 5-8 c/bu. No Brasil, nenhum negócio foi conhecido em base FOB, seja no mercado parcial de Paranaguá ou em Santos, mas os lances e ofertas indicaram pouca mudança. Para fevereiro, as ofertas foram marcadas a 75 c/bu contra lances de 69 c/bu sobre o março futuro FOB Paranaguá, enquanto em Santos as ofertas para meados de fevereiro foram vistas em 80 c/bu e para a última metade de fevereiro em 80 c/bu mais Futuros de março”, conclui.
INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ | ||||
VALOR R$ | VAR./DIA | VAR./MÊS | VALOR US$ | |
08/01/2021 | 165,61 | 1,07% | 7,61% | 30,58 |
07/01/2021 | 163,85 | -0,60% | 6,47% | 30,42 |
06/01/2021 | 164,84 | 1,28% | 7,11% | 31,2 |
05/01/2021 | 162,75 | 5,20% | 5,75% | 30,92 |
04/01/2021 | 154,7 | 0,52% | 0,52% | 29,4 |
De acordo com a TF Agroeconômica, começou uma disputa muito positiva sobre a soja ainda disponível no Rio Grande do Sul. Com a elevação dos preços, pelas Tradings, as indústrias reagiram e elevaram também as suas ofertas no interior.
O preço para maio equivaleria aproximadamente a R$ 155,00 no interior, pago ao agricultor, que, por sua vez, teria embutido uma lucratividade líquida ao redor de 82,35% depois de pagas todas as despesas”, completa.
No Paraná, o mercado recuou e devolve os dois reais que tinha ganho no dia anterior. “Soja spot elevou em mais R$ 5,00 para R$ 150,00 o preço no balcão. No mercado de lotes, os preços recuaram dois reais/saca para R$ 160,00 Ponta Grossa, pagamento final de janeiro de 2021, mas mantiveram R$ 162,00 Paranaguá pagamento final de janeiro de 2021. No mercado à vista foi negociado hoje lote a R$ 166,00 Paranaguá”, indica.
Informações divulgadas pelo Insper Agro Global mostram que as exportações do agronegócio brasileiro em 2020 tiveram o segundo maior desempenho da série histórica. Os números se baseiam em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados nesta semana.
As exportações de 2020 alcançaram US$ 100,8 bilhões, com um crescimento de 4% em relação à 2019. “Com isso o setor demonstra a resiliência durante a pandemia e o papel de maior protagonismo na segurança alimentar global”, aponta o instituto.
O bom desempenho do agronegócio brasileiro é explicado por fatores como o impacto da desvalorização do Real, a resiliência da cadeia logística e de suprimentos, a maior demanda chinesa em função da crise de Peste Suína Africana (PSA) e o surpreendente aumento de demanda por commodities na maioria dos países emergentes e em desenvolvimento.
A soja foi o principal produto exportado pelo país. A commoditie atingiu embarques de US$ 35 bilhões em 2020. O Insper acredita que este desempenho se deve à recuperação do rebanho suíno na China após a PSA devastar mais de 40% e também à mudança no modelo de produção de suínos naquele país, com a substituição forçada da produção de “fundo de quintal” por fazendas com produção fechada e controlada. “Esta mudança levará a um aumento da demanda por soja e milho importados nos próximos anos” projeta.
Já no mercado de carnes, os impactos imediatos da PSA na demanda asiática por proteína animal e as novas habilitações de plantas produtivas para a exportação obtidas pelo MAPA contribuíram para o bom desempenho da proteína, principalmente em bovinos e suínos.
A exportação sucroenergética também surpreendeu e apresentou um forte crescimento de 61% em relação à 2019, superando US$ 10 bilhões em 2020. “Contribuiu para esse crescimento uma safra de cana-de-açúcar mais ‘açucareira’, estimulada pela maior demanda asiática após a quebra da safra da Tailândia”, diz o relatório.
Já em relação aos destinos das exportações, a China e Hong Kong foram os maiores responsáveis pelo crescimento dos embarques. O crescimento em 2020 foi de 9% em relação à 2019, atingindo US$ 36 bilhões em valor exportado, representando 36% do total. Também merece destaque pelo forte crescimento das exportações brasileiras, em relação a 2019, o Sudeste Asiático (+30%), o Sul da Ásia (+30%) e a África Subsaariana (+16%). Para a União Europeia, segundo maior destino, houve ligeira redução em relação à 2019. A maior redução foi para o Japão e a Coréia do Sul que recuaram 11%. Os países asiáticos como um todo compraram 13% mais. As exportações para os países desenvolvidos caíram 4%.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)