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Soja fecha a R$165,00/sc 60kg em PNG e Déficit Global de açúcar chegará a 5 MM de MT em 2021

Publicado em 05/01/2021 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO
Os preços internacionais do milho futuro contabilizaram ganhos na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 4,75 e 8,25 pontos ao final do dia.

O vencimento março/21 foi cotado à US$ 4,91 com elevação de 8,00 pontos, o maio/21 valeu US$ 4,92 com valorização de 8,25 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 4,90 com alta de 8,25 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,52 com ganho de 4,75 pontos.

Esses índices representaram elevação, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 1,66% para o março/21, de 1,65% para o maio/21, de 1,66% para o julho/21 e de 1,12% para o setembro/21.

miho
     
Chicago (CME)
CONTRATO US$/bu VAR
mar/21 491,75 8
MAY 2021 492,5 8,25
jul/21 490,5 8,25
SEP 2021 452 4,75
Última atualização: 17:02 (05/01)
     

Segundo informações do site internacional Successful Farming, um dos fatores que ajudaram a elevar as cotações do milho na Bolsa de Chicago foi o acompanhamento do clima na América do Sul, com a falta de chuvas para as lavouras.

“O relatório mais recente de minha fonte sobre a safra da América do Sul mostra projeções diminuindo. O tamanho das safras argentinas de milho e soja caiu 1 milhão de toneladas, e o tamanho da safra brasileira de soja caiu 2 milhões de toneçldas . Para toda a América do Sul, a safra total de milho é agora 5 milhões de toneladas menor do que no ano passado”, diz Al Kluis da Kluis Advisors.

A Agência Reuters também destaca o papel do clima na América do Sul, mas ressalta ainda as expectativas para o próximo relatório de oferta/demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 12 de janeiro que irá oferecer estimativas atualizadas da produção agrícola dos Estados Unidos e da América do Sul e previsões de exportação.

“Parece que o relatório pode ser de amigável à otimista”, disse Brian Hoops, analista da Midwest Market Solutions.

De acordo com o que afirmou a TF Agroeconômica, o mercado internacional do milho começou o ano com bastante lentidão. “Nos mercados à vista, as ofertas de milho para o Vietnã saltaram para US$ 298,50/t devido aos temores de oferta e demanda de spot vindas dos produtores de ração. Os importadores de milho devem cobrir as posições para embarque em janeiro-fevereiro, apesar dos preços terem atingido um pico histórico, disseram fontes comerciais”, comenta. 

“Nos mercados do Mar Negro, as ofertas de milho foram ouvidas em € 200/t no FOB Constanta/Varna/Burgas para carregamento em fevereiro-março, com ofertas avaliadas em € 192-193/t.  Nas Américas, poucos lances ou ofertas foram vistos nas principais origens e a demanda em grande escala ainda não havia retornado após o período festivo”, completa. 

Na  Argentina,  os  lances  e  ofertas  firmes  eram  escassos,  nenhum  visto  pelo  segundo  dia  de  negociação consecutivo.

“Mas  enquanto  a  especulação  inicial  era  de  que  isso  se  devia  à  recente  proibição  das  exportações  até  março, nenhuma oferta foi vista mais abaixo na curva, com um trader simplesmente alegando que era muito cedo depois do feriado para que a atividade realmente se recuperasse”, indica. 

O Ministério da Agricultura da Argentina anunciou na última quarta-feira (30/12)  de 2020 a “suspensão temporária” das exportações de milho da safra 2019/2020 até o próximo dia “1º de março de 2021”. Nesse período é quando a safra nova começa a ser colhida no país e a temporada 2020/2021 deste grão começa oficialmente, observa a Consultoria TF Agroeconômica. 

A desculpa do governo Alberto Fernandez é que essas medidas estão sendo tomadas para “garantir o fornecimento doméstico” do grão durante os meses de janeiro e fevereiro, quando a oferta é sazonalmente escassa. “Alguns analistas, no entanto, estão se perguntando se este é um passo antes de um possível aumento do imposto de exportação”, questionam os especialistas de mercado da TF.

“À luz disso, é quase difícil digerir as notícias e avaliar o potencial efeito da medida. A Argentina deverá produzir cerca de 49 milhões de toneladas na safra 2020/2021 e é o terceiro maior produtor e exportador de milho no mundo, atrás, respeZctivamente dos Estados Unidos (368,49 milhões de toneladas) e do Brasil (110 milhões de toneladas), segundo projeções de dezembro do relatório de Oferta e Demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA)”, aponta a equipe de analistas de mercado da Consultoria.

Ainda, segundo o mesmo relatório do USDA, a exportação de milho da safra 2019/20 da Argentina deveria se situar em 34 milhões de toneladas. No entanto, de acordo com o Ministério da Agricultura local, tinham sido embarcados até dezembro 36,02 milhões de toneladas, como mostram o relatório oficial. Os embarques de milho-pipoca, por outro lado, estão isentos da proibição de embarque.

miho  
       
  B3 (Bolsa)    
jan/21 84,73 0,69%  
mar/21 86,36 0,23%  
mai/21 82,59 0,24%  
jul/21 74,42 1,92%  
Última atualização: 18:00 (05/01)  
   

Os preços futuros do milho tiveram mais um dia de valorizações na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,57% e 2,01% ao final da terça-feira.

O vencimento janeiro/21 foi cotado à R$ 84,15 com ganho de 1,57%, o março/21 valeu R$ 86,16 com elevação de 1,95%, o maio/21 foi negociado por R$ 82,39 com valorização de 2,01% e o julho/21 teve valor de R$ 74,40 com alta de 1,89%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o ambiente do milho é bastante positivo no mercado mundial. “O próprio petróleo em alta favorece o etanol de milho nos Estados Unidos e a demanda está muito alta. A China deve importar mais de 25 milhões de toneladas de milho neste ano e vai enxugar parte do mercado mundial”.

Olhando mais para as movimentações futuras no Brasil, o analista destaca que os contratos na B3 voltaram a superar a marca dos R$ 80,00 com os balizadores de exportação acima de R$ 76,00 e R$ 77,00 nos portos.

“Nós temos uma demanda gigantesca perto de 80 milhões de toneladas de consumo de milho em 2021 no mercado brasileiro. Vamos ter um crescimento grande no setor de etanol e também o setor de rações que vai continuar forte com as exportações de carnes. Para dar suporte ao mercado interno a B3 está subindo”, diz Brandalizze.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
05/01/2021 81,62 -0,21% 3,78% 15,51
04/01/2021 81,79 3,99% 3,99% 15,55
30/12/2020 78,65 0,25% 0,43% 15,17
29/12/2020 78,45 0,55% 0,18% 15,13
28/12/2020 78,02 0,54% -0,37% 14,89
         

O ano começa com o milho paraguaio se tornando mais competitivo do que o do Mato Grosso do Sul no Rio Grande do Sul, segundo o que informou a TF Agroeconômica. “Atualmente, vemos o milho comprador indicando R$ 76,00 interior e vendedor falando em R$ 80,00 interior.

Mesmo com as últimas altas do dólar, o milho paraguaio manteve o seu preço em dólares na Origem e se tornou fortemente competitivo nos dois principais estados consumidores do Sul do Brasil”, comenta. 

O mesmo panorama de competitividade vem ocorrendo também em Santa Catarina. “Os  compradores  de  Santa  Catarina  continuam oferecendo R$ 71,00 no Oeste do  estado e R$ 73,00 o Meio Oeste, contra vendedores ao redor de R$ 78,00. Os compradores estão abastecidos por um mês e meio e  aguardam  novos  rumos  do  mercado  para  se posicionar. Mas atentos ao mercado, que está subindo”, completa. 

No Paraná, os preços subiram três reais/saca neste primeiro dia do ano. “Os preços incorporaram as altas do dólar dos últimos dias e o medo do enxugamento do merado pela exportação e subitam  fortemente  nesta  segunda-feira,  primeiro  dia últim de 2021.

O  Milho  spot  subiu  três  reais/saca  para  R$  75,00  nos Campos Gerais,  comprador, com poucas ofertas.

O  Milho  futuro  subiu  ainda  mais,  cerca  de  sete reais/sacs  para  R$  80,00  em  Paranaguá  para fevereiro/março de 2021”, indica. 

Já no Mato Grosso do Sul, temos compradores entre R$ 69,00-72,00, mas vendedores todos acima de R$ 75,00. “Assim  como  nas outras  praças,  os  preços  do  milho subiram  forte  nesta  segunda-feira,  incorporando  as  altas  do dólar dos últimos dias e o medo do enxugamento das disponibilidades. Mesmo  os  preços  dos  compradores  subiram significativamente, como mostra  nossa tabela  ao lado, em  que  pese  que  os  vendedores  estejam  todos  a  R$ 75,00 ou mais”, conclui. 

Já em São Paulo, a necessidade em repor os estoques das granjas e indústrias consumidoras tem puxado as cotações no início de janeiro. Além disto, com os novos lockdowns na Europa, o dólar mostrou estresse. Com isso, as referências em Campinas-SP ganharam força e estão entre R$80,00-R$82,00/sc, CIF, 30d.

A terça-feira (05) chega ao final com os preços do milho elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS, Oeste da Bahia e Porto Paranaguá/PR.


SUGAR - AÇUCAR
 

March NY world sugar 11 (SBH21) on Tuesday closed up +0.36 (+2.28%), and March London white sugar 5 (SWH21) closed up +7.00 (+1.63%).

Sugar prices on Tuesday rallied sharply with NY sugar at a 3-1/2 year nearest-futures high and London sugar at a 10-3/4 month high. Sugar found support the outlook for tighter global supplies along with solid demand Asia.

Sugar prices rallied Tuesday after Alvean, the world&39;s largest sugar trader, said it expects the global sugar market to be in deficit by 5 MMT in 2020/21 and 6 MMT in 2021/22, providing the most "constructive" backdrop for sugar prices since 2016.

Sugar prices have underlying support solid sugar demand Asia. Sugar demand in Indonesia, the world&39;s top importer, is a bullish factor for sugar prices after Indonesia&39;s Trade Ministry last Wednesday said it would allow sugar refiners to import 1.93 MMT of raw sugar in the first half of 2021. Also, Indonesia&39;s Sugar Refivers Association recently said that it expects Indonesia&39;s sugar imports to climb +10% y/y to a record 3.3 MMT in 2021 due to higher demand the food and beverage industry. In addition, robust sugar demand in China, the world&39;s second-largest sugar importer, is positive for prices after China&39;s General Administrations of Customs reported on December 24 that China&39;s Nov sugar imports surged +114% y/y to 710 MT and Jan-Nov China sugar imports rose +37.3% y/y to 4.36 MMT.

Strength in crude oil prices on Tuesday benefited ethanol prices and supported sugar prices. Crude oil prices on Tuesday climbed by more than +4% to a 10-1/2 month nearest-futures high, which incentivizes Brazil&39;s sugar mills to divert more cane crushing toward ethanol production rather than sugar production, thus curbing sugar supplies.

The outlook for more sugar supplies India is bearish for sugar prices. The Indian Sugar Mills Association reported on December 24 that India&39;s sugar production Oct 1-Dec 15 jumped +61% y/y to 7.38 MMT. On November 19, the USDA&39;s Foreign Agricultural Service (FAS) estimated that India&39;s 2020/21 sugar production will climb +16.8 % y/y to 33.76 MMT and that India&39;s sugar exports will climb +3.5% to 6.0 MMT. Also, the Indian government on December 16 authorized spending 35 billion rupees ($475 million) to help subsidize Indian sugar producers to export as much as 6 MMT in the 2020/21 season.

Unica, on December 24, reported that Brazil&39;s Center-South sugar production in the first half of December rose +70.3% y/y to 85 MT. The percentage of cane used for sugar rose to 29.51% in 2020/21 15.35% in 2019/20.

Sugar prices have underlying support dry conditions in Brazil that may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. A La Nina weather pattern could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
05/01/2021 108,29 1,38% 0,65% 20,58  
04/01/2021 106,82 -0,72% -0,72% 20,3  
30/12/2020 107,59 -0,96% -2,89% 20,75  
29/12/2020 108,63 -0,15% -1,95% 20,95  
28/12/2020 108,79 1,13% -1,81% 20,76  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 108,02      
  valor saco $ 20,54      
  valor ton $ 410,74  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms    
           

A produção de açúcar deve ser menor na safra 2021/22, considerando-se que o Centro-Sul brasileiro atingiu recorde em 2020 e que condições climáticas atípicas, como a estiagem entre setembro e outubro de 2020, podem prejudicar o volume de cana e a concentração de ATR (Açúcar Total Recuperável). Quanto ao mix de produção, pesquisadores do Cepea indicam que os preços favoráveis do açúcar no mercado interno e a recuperação dos valores internacionais devem estimular a manutenção do mix mais açucareiro. Além disso, boa parte das exportações já está fixada para a próxima safra, o que compromete a flexibilidade para inverter o mix. Em relação ao consumo de açúcar, as mudanças ocorridas no Brasil e no mundo em 2020, especialmente devido à pandemia de coronavírus, podem se estender para 2021.


SOYBEAN - SOJA
 

O mercado da soja fechou mais um pregão com forte alta na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (5). No entanto, após ganhos de mais de 50 pontos ao longo da sessão, as cotações foram amenizando o avanço e terminaram o dia com ganhos de 29,50 a 34 pontos nas posições mais negociadas, levando o janeiro a US$ 13,50 e o março a US$ 13,47 por bushel. Nas máximas do dia, ambos os contratos alcançaram US$ 13,73. 

Na análise da Agrinvest, a produção sul-americana pode registrar uma perda de até 14 milhões de toneladas nesta temporada, pressionando ainda mais os estoques já muito apertados dos Estados Unidos. Segue chegando a um nível ainda mais crítico, portanto, a relação entre oferta e demanda no quadro mundial da oleaginosa. 

SOJA - CME - CHICAGO
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)
jan/21 13,5 33,5 2,54
mar/21 13,47 34 2,59
mai/21 13,4625 35 2,67
jul/21 13,355 31,75 2,44
Última atualização: 17:00 (05/01)  

O mercado segue refletindo seus fundamentos e também a movimentação do dólar no exterior. 

A moeda americana recua expressivamente frente a seus pares, principalmente frente à divisa chinesa. "A China trabalha com seu menor patamar cambial frente ao dólar desde 2014 e isso dá maior apetite à soja importada, garantindo o rally em Chicago", explicam os analistas da Agrinvest Commodities. 

Quanto ao clima na América do Sul, os principais destaques se dão para a Argentina. A maior parte da região produtora continua sofrendo com o tempo seco e também com temperaturas muito elevadas, cenário que continuam prejudicando o desenvolvimento das lavouras de soja e milho no país. 

Na análise da Agrinvest, a produção sul-americana pode registrar uma perda de até 14 milhões de toneladas nesta temporada, pressionando ainda mais os estoques já muito apertados dos Estados Unidos.

Segue chegando a um nível ainda mais crítico, portanto, a relação entre oferta e demanda no quadro mundial da oleaginosa.

SOJA - PREMIO
CONTRATO VALOR
jan/21 60
mar/21 50
abr/21 52
mai/21 65
Última atualização: 05/01/2021
   

Os estoques norte-americanos, afinal, já estão muito baixos, com apenas pouco mais de 4 milhões de toneladas, e acabam ficando ainda mais pressionados frente a uma safra sul-americana menor e uma demanda que ainda é bastante latente e com força de crescimento. 

Ao lado dos fundamentos, ainda como explica Brandalizze, o ambiente financeiro favorável às commodities nesta terça-feira também contribui para a continuidade da escalada dos preços da soja em Chicago.  

No Brasil, os preços também subiram e registraram fortes valorizações na maior parte das regiões produtoras e nos portos. No interior, foram registradas altas de até 3,57%, levando a saca a R$ 145,00 em São Gabriel do Oeste e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. 

Já nos portos, o produto disponível em Paranaguá fechou o dia com R$ 161,00 e alta de 1,90%, enquanto a referência fevereiro/21 foi a R$ 162,00, subindo  2,53%. Em Rio Grande, altas de 1,59% e 3,33%, para indicativos fechando em R$ 160,00 e R$ 155,00 por saca. No terminal de Santos/SP, a alta foi de expressivos 5,10% para R$ 165,00 na referência junho/2021. 

           
Preço soja referência (chicago ):$/MT 518,09   05/jan
           
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 515,68   05/jan
           
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT 522,81   05/jan
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 165,00 por saca

Além das altas de Chicago, o dólar alto - apesar do fechamento negativo de hoje - também segue contribuindo com a formação dos preços no Brasil, bem como os prêmios positivos para a soja brasileira. 

Ainda assim, os negócios são limitados e pontuais no mercado nacional. "Este mês de janeiro deverá ser ainda truncado de negócios, ninguém vai querer vender quase nada", acredita o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. 

Mais do que isso, como explica o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, "o mercado está muito promissor no médio e longo prazos", o que deverá estimular uma retomada das vendas mais intensas mais a frente. 

De acordo com a TF Agroeconômica, duas tentativas de venda de soja brasileira para a China não tiveram contra-oferta nesta segunda-feira. “Os mercados à vista relataram apenas atividade física moderada em meio à oscilação dos futuros da soja. Os prêmios na base CFR China recuaram 3-5 c/bu ao longo da curva desde as últimas avaliações em 2020 com o embarque de grãos brasileiros oferecido a 160 c/bu sobre o março futuro e o embarque em março oferecido a 144 c /bu sobre o março futuro”, comenta. 

“O marcador CFR China avançou para refletir a opção mais barata de embarque em fevereiro, que foi avaliado em 155 c/bu em relação ao março futuro. Isso equivale a $ 537,25/t, uma queda de $ 8,75/t em relação à avaliação anterior. Na origem, os prêmios dos EUA em uma base FOB permaneceram praticamente inalterados depois que os futuros foram corrigidos para baixo”, completa. 

  soja US$ 5,26
       
  B3 (Bolsa)    
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR
nov/20 29,9 157,274 2,82%
   
Última atualização: 16:25 (05/01)
       

No Brasil, os prêmios no mercado de papel de Paranaguá caíram 1-2 c /bu no dia, com remessa de fevereiro avaliada em 64 c/bu sobre o março futuro, equivalente a $ 503,75/t, queda de $ 3,75/t em relação à avaliação anterior. “Em Santos, um carregamento na segunda metade de fevereiro de uma carga panamax completa foi oferecido a 95 c/bu em relação ao março futuro contra nenhum interesse.

Uma oferta de embarque na segunda metade de março também foi indicada em 70 c/bu sobre o março futuro contra nenhuma contra-oferta", conclui a TF Agroeconômica, acompanhando as informações do mercado da soja depois do feriado de ano novo que acabou paralisando as negociações da oleaginosa. 

A safra de soja 2020/21 no Mato Grosso está com atraso entre 15 e 20 dias devido as dificuldades para o plantio das lavouras com o atraso no início das chuvas. Além disso, as precipitações seguiram irregulares no estado durante o desenvolvimento das lavouras.

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
05/01/2021 162,75 5,20% 5,75% 30,92
04/01/2021 154,7 0,52% 0,52% 29,4
30/12/2020 153,9 1,89% -4,86% 29,68
29/12/2020 151,05 0,71% -6,63% 29,14
28/12/2020 149,98 -0,62% -7,29% 28,63
         

Segundo o presidente da Aprosoja MT, Fernando Cadore, essa situação de veranico pode acarretar em diminuição da produtividade, mesmo que até este momento não seja possível mensurar essas perdas.

Outro impacto deste atraso será sentido na colheita e na janela de cultivo da segunda safra de milho. A retirada da soja deverá acontecer entre meados de fevereiro e o começo de março e empurrar grande parte das lavouras de milho para fora do período ideal de plantio.

Mesmo assim, Cadore destaca que os produtores mato-grossenses irão plantar 100% das áreas planejadas devido aos preços de mercado altamente remuneradores para o milho e por sementes e insumos já estarem todos comprados.

Por fim, a liderança se solidariza com os produtores paulistas que estão lutando contra o aumento na cobrança do ICMS que irá impactar diretamente o agronegócio de São Paulo e refletir em produtos mais caros para os consumidores, inclusive os da cesta básica.

 

 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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