CORN - MILHO
miho | ||
B3 (Bolsa) | ||
mai/21 | 74,25 | 0,79% |
jan/21 | 78 | 0,76% |
mar/21 | 78,43 | 1,08% |
jul/21 | 66,8 | -0,28% |
Última atualização: 17:45 (21/12) | ||
Por volta das 17h04 (horário de Brasília), o vencimento março/21 era cotado à US$ 4,43 com valorização de 3,50 pontos, o maio/21 valeu US$ 4,44 com elevação de 2,50 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 4,44 com alta de 2,00 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,26 com ganho de 1,25 pontos.
De acordo com o que afirmou a TF Agroeconômica, o mercado internacional de milho iniciou a semana muito calmo. “Os mercados na Ásia permaneceram quietos, com o mercado CFR entregue do Vietnã mostrando poucos preços para o primeiro trimestre de 2021, com a melhor oferta para março em US$ 254,20/t”, comenta.
“O mercado de milho ucraniano esteve quieto e com atividade lenta relatada conforme o mercado se aproxima do período de férias. As propostas foram ouvidas a partir de US$ 229-$230/t FOB HIPP para carregamento em fevereiro, enquanto as ofertas no Egito foram ouvidas em US$ 242 e $244/t CFR para janeiro, mas os níveis dos compradores estavam ainda muito mais baixos”, completa.
Paralelamente, a Comissão Europeia publicou seus dados de importação de milho para o ano de comercialização até o momento, com as importações de milho da UE aumentando para 7,9 milhões de toneladas, cerca de 24% abaixo do resultado do ano passado na mesma época.
“Ao longo da semana, outras 350.797 toneladas de milho foram importadas, com a maior parte ficando com a Espanha (128.873 toneladas) e o Reino Unido (62.596 toneladas). Alemanha (51.748 toneladas), Holanda (48.447 toneladas) e Itália (44.242 toneladas) foram os outros maiores compradores”, indica.
“Os mercados da América do Sul estavam quietos, com fontes do Brasil relatando uma negociação a 180 centavos de dólar sobre o contrato de março para carregamento na primeira metade de janeiro. A Argentina permaneceu quieta com os níveis de base se mantendo nos níveis recentes, com janeiro e fevereiro Up River sendo ofertados a 155 centavos em relação ao contrato de março”, conclui.
INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado) | |||||
VALOR R$ | VAR./DIA | VAR./MÊS | VALOR US$ | ||
22/12/2020 | 77,34 | 2,98% | -1,24% | 14,97 | |
21/12/2020 | 75,1 | 1,19% | -4,10% | 14,66 | |
18/12/2020 | 74,22 | 0,15% | -5,22% | 14,59 | |
17/12/2020 | 74,11 | -0,99% | -5,36% | 14,6 | |
16/12/2020 | 74,85 | 1,37% | -4,42% | 14,6 |
Os preços futuros do milho contabilizaram leves altas durante boa parte da terça-feira (22) na Bolsa Brasileira (B3). Por volta das 16h21 (horário de Brasília), as movimentações variavam entre alta de 0,91% a queda de 1,74%.
O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 79,35 com ganho de 1,74%, o março/21 valia R$ 79,40 com elevação de 1,38%, o maio/21 era negociado por R$ 75,07 com alta de 1,17% e o julho/21 tinha valor de R$ 68,01 com aumento de 0,91%.
Segundo o consultor da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a forte demanda pelo milho dos Estados Unidos, principalmente agora disputado pela China e pelo México, dá fôlego aos indicativos dos portos brasileiros. Apesar disso, não há pressão de vendas, já que indústrias de ração, setor de transportes e armazenamento já entraram ou vão iniciar período de férias coletivas.
Há praticamente um vazio no mercado físico do milho em São Paulo. Isto dificulta os indicadores encontrarem uma referência justa. De maneira esporádica, para suprir alguma necessidade urgente saem alguns negócios acima da referência. Em Campinas-SP, as ofertas giram entre R$ 73,00 e R$ 74,00/sc, CIF, 30d.
Os compradores de milho do Rio Grande do Sul continuam fora de mercado, abastecidos pelo menos até meados de janeiro ou mais, de acordo com o que informou a TF Agroeconômica. “No momento, sua preocupação é acompanhar a safra (que está com grande quebra em algumas regiões do estado), para ver se recebem ou não os contratos fechados antecipadamente. Teoricamente o mercado de milho no Rio Grande do Sul manteve os R$ 75,00 no disponível em Ijuí e R$ 70,00 CIF Indústrias para janeiro”, comenta.
Os compradores de Santa Catarina continuam oferecendo R$ 71,00 no Oeste do estado e R$ 73,00 o Meio Oeste. Os compradores estão abastecidos por um mês e meio e aguardam novos rumos do mercado para se posicionar.
miho | |||
Chicago (CME) | |||
CONTRATO | US$/bu | VAR | |
mar/21 | 443,5 | 3,5 | |
MAY 2021 | 444,5 | 2,5 | |
jul/21 | 444,25 | 2 | |
SEP 2021 | 426,5 | 1,25 | |
Última atualização: 17:04 (22/12) |
As chuvas no oeste do estado não serviram para recuperar as lavouras, porque chegaram tarde.
No Paraná, com ritmo de final de ano, negócios apenas dos pequenos granjeiros da mão para a boca. “Os preços continuam se mantende elevados no estado, mas os negócios estão praticamente paralisados. Os grandes compradores estão abastecidos com milho local e os pequenos é que movimentamos preços. O Milho spot manteve os R$72,00 nos Campos Gerais comprador. Milho futuro também continuou elevado a R$ 73,00 Paranaguá para janeiro de 2021”, indica.
No Mato Grosso do Sul, o produtor retém o milho e o preço sobe mais 1-2 reais/saca. “O mercado de milho subiu mais 1-2 reais/saca no estado porque o produtor não aceita os preços atuais, querendo no mínimo R$ 70,00/saca para vender. Com isto, os preços voltaram a subir 1,56% em Dourados, 3,17% em Campo Grande, 1,59% em Maracaju, 3,28% em Chapadão do Sul e 1,61% em Sidrolândia”, conclui.
A terça-feira (22) chega ao fim com os preços do milho registrando estabilidade nas cotações no mercado físico brasileiro, com exceção de Cascavel/PR, que teve valorização de 0,78% e preço de R$ 65,00.
SUGAR - AÇUCAR
Mar NY world sugar 11 (SBH21) on Tuesday closed up +0.01 (+0.07%), and Mar London white sugar 5 (SWH21) closed up +0.30 (+0.07%).
Sugar prices on Tuesday closed slightly higher on positive carry-over Monday when the Indonesia Sugar Refiners Association said that it expects Indonesia, Southeast Asia&39;s largest economy, to boost its sugar exports next year by +10% y/y to 3.3 MMT due to higher demand the food and beverage industry.
INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS | |||||
VALOR R$ | VAR./DIA | VAR./MÊS | VALOR US$ | ||
22/12/2020 | 108,09 | 0,01% | -2,44% | 20,93 | |
21/12/2020 | 108,08 | 0,56% | -2,45% | 21,09 | |
18/12/2020 | 107,48 | -0,07% | -2,99% | 21,13 | |
17/12/2020 | 107,56 | 0,26% | -2,92% | 21,19 | |
16/12/2020 | 107,28 | -1,96% | -3,17% | 20,93 | |
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) . | |||||
media R$ | 107,70 | ||||
valor saco $ | 20,87 | ||||
valor ton $ | 417,43 | porto santos - FAS - icmusa 130 - 180 | |||
com 7% icms |
Gains in sugar on Tuesday were limited by weakness in crude oil prices. Crude prices fell by more than -1% Tuesday, which undercuts ethanol prices and gives incentive to Brazil&39;s sugar mills to divert more cane crushing toward sugar production rather than ethanol production, thus boosting sugar supplies.
On the negative side was last Wednesday&39;s action by the Indian government to authorize spending 35 billion rupees ($475 million) to help subsidize Indian sugar producers to export as much as 6 MMT in the 2020/21 season.
The outlook for more sugar supplies India is bearish for sugar prices. The Indian Sugar Mills Association reported on Thursday that India&39;s sugar production Oct 1-Dec 15 jumped +61% y/y to 7.38 MMT. On Nov 19, the USDA&39;s Foreign Agricultural Service (FAS) estimated that India&39;s 2020/21 sugar production will climb +16.8 % y/y to 33.76 MMT and that India&39;s sugar exports will climb +3.5% to 6.0 MMT.
Unica, on December 10, reported that Brazil&39;s Center-South sugar production in the second half of November rose +22.6 y/y to 427 MT. The percentage of cane used for sugar rose to 35.55% in 2020/21 23.85% in 2019/20.
Current supplies appear robust after data Dec 3 showed Brazil&39;s Nov sugar exports rose +60% y/y to 3.1 MMT. Also, the India Sugar Mills Association (ISMA) reported on Dec 2 that India Oct 1-Nov 30 sugar production surged +107% y/y to 4.29 MMT due to an early start for the crushing season.
Sugar prices had trended higher over the past two months to a 10-month nearest-futures high Nov 17 on concern that Brazil&39;s dry conditions may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. Maxar recently said that Brazil&39;s sugar-growing regions had received only 5%-25% of average rain in the past few months, leaving crops "extremely dry." Also, a La Nina weather pattern could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.
In a bullish factor, ISO on Nov 17 cut its global 2020/21 sugar production estimate and increased its global 2020/21 sugar deficit estimate. ISO projects that global 2020/21 sugar production will increase by +0.9% y/y to 171.1 MMT. ISO also said the global 2020/21 sugar market would fall into deficit by -3.5 MT a +1.86 MMT surplus in 2019/20.
Sugar prices are also seeing support the smaller sugar crop in Thailand, the world&39;s second-biggest sugar exporter, which has been decimated by drought. The Thailand Sugar Mills Corp said Oct 2 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production would fall -13% y/y to an 11-year low of 7.2 MMT as dry weather this year ravaged cane plantations.
A média semanal dos preços do açúcar cristal praticados no mercado spot de São Paulo voltou a cair na última semana, invertendo o cenário de alta que vinha sendo observado desde julho/20. Segundo pesquisadores do Cepea, mesmo com a oferta ainda restrita do cristal para o mercado doméstico, a baixa demanda fez com que algumas usinas paulistas fossem mais flexíveis, negociando a valores mais baixos. De fato, compradores têm se mostrado abastecidos desde o início deste mês, devido ao bom volume negociado em outubro e novembro. De 14 a 18 de dezembro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi de R$ 108,02/saca de 50 kg, queda de 1,85% em relação ao anterior (de 7 a 11 dezembro, que foi de R$ 110,05/saca de 50 kg).
SOYBAN -SOJA
Soja segue em alta em Chicago, mas analista alerta para fundamentos que podem pressionar as cotações. Realização de Fundos e consolidação de safra no Brasil afetam o curto prazo e área maior de soja nos EUA a médio prazo.
SOJA - CME - CHICAGO | |||
CONTRATO | US$/bu | Variação (cts/US$) | Variação (%) |
jan/21 | 12,4725 | 4 | 0,32 |
mar/21 | 12,5 | 2,5 | 0,2 |
mai/21 | 12,495 | 2,75 | 0,22 |
jul/21 | 12,4425 | 4 | 0,32 |
Última atualização: 17:01 (22/12) | |||
No final da manhã desta terça-feira (22) o mercado norte-americano da soja registrava ganhos na Bolsa de Chicago (CBOT) e também na Bolsa Brasileira (B3). Conforme análise do site Farm Futures, fortes fundamentos de oferta e demanda permanecem em vigor, o que pode definir o cenário para algumas sessões agitadas em meio a algumas negociações push-and-pull.
Por volta das 11h59, na CBOT, o vencimento Janeiro/21 tinha alta de 0,50 pontos, valendo US$ 12,43/bushel, o Março/21 avançava 0,25 pontos, com preço de 12,47/bushel, o contrato Julho/21 subia 1,00 ponto, com valor de US$ 12,41/bushel, e o Agosto/21 também se valorizava em 1,00 ponto, cotado em US$ 12,09/bushel. No encerramento do dia houve ainda uma leve alta frente aos valores negociados por volta das 11h59.
A China deve importar mais de 100 milhões de toneladas de soja em 2020, um recorde, disse um executivo da estatal de trading de grãos Cofco nesta terça-feira, com a busca do país pela recomposição de seu rebanho suíno aumentando a demanda pela proteína.
O país deve processar 92,6 milhões de toneladas de soja neste ano, disse o vice-diretor geral do departamento de hedge e trading da unidade de óleos e oleaginosas da Cofco, Zhou Jishuai, durante uma conferência em Guangzhou.
Depois de ter sido dizimado pela peste suína africana, o rebanho de suínos da China se recuperou para mais de 90% dos níveis normais até o final de novembro, segundo o ministério da agricultura chinês, embora alguns analistas estejam céticos quanto à extensão dessa recuperação.
Zhou afirmou que a demanda por farelo de soja seguirá forte neste trimestre e no primeiro trimestre do próximo ano.
A demanda por óleo de soja também deve avançar mais de 6% neste ano, graças ao maior uso do óleo em biodiesel e para alimentação de animais.
“Em uma perspectiva macro, o índice do dólar dos EUA recuperou da baixa recente, tendo caído desde março de 2020, para atingir o nível mais baixo desde o início de 2018 em meio a um forte programa de flexibilização quantitativa nos EUA, com o saldo de ativos do Federal Reserve atingindo mais de US$ 7,24 trilhões”, comenta a consultoria. No pregão chinês anterior, os futuros do farelo de soja na Dalian Commodity Exchange subiram para seu nível mais alto em seis semanas, após futuros da CBOT margens de esmagamento da soja na China mais elevadas. As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica.
Apesar do pacote de estímulo financeiro otimista dos EUA, os preços do petróleo bruto ainda estavam profundamente negativos, com o preço à vista do benchmark global Brent caindo mais de 4% no dia para cerca de $ 50,15/bbl, puxando os custos de frete ligeiramente para baixo. “Isso afetou levemente os prêmios com base no CFR China nesta segunda-feira, enquanto as atividades gerais estavam calmas, uma vez que os traders se reuniram na Conferência Internacional de Óleo e Sementes Oleaginosas da China na primeira metade desta semana”, completa.
“Alguns compradores buscavam ofertas para embarques de soja brasileira em fevereiro e março, mas raramente se ouvia ofertas firmes. O indicador CFR China para o embarque de fevereiro da opção mais barata foi ajustado 3 c/bu para baixo para 179 c/bu sobre o março futuro, equivalente a $ 521/t, alta de $ 5,5/t sobre o futuro mais alto. No porto chinês de Dallian a soja avançou para US$ 819,19 contra US$ 806,30 do dia anterior; o farelo de soja avançou para US$ 484,21”, conclui a consultoria neste início da semana.
SOJA - PREMIO | ||
CONTRATO | VALOR | |
dez/20 | 130 | |
mar/21 | 55 | |
abr/21 | 55 | |
mai/21 | 60 | |
Última atualização: 22/12/2020 | ||
As negociações salariais entre trabalhadores portuários e produtores de farelo de soja na Argentina seguiam estagnadas nesta terça-feira, 13º dia de uma greve no setor, em movimento que tem prejudicado as exportações agrícolas de um dos principais fornecedores de alimentos do mundo.
A Argentina é a maior exportadora global de farelo de soja. Trabalhadores da indústria de oleaginosas e fiscais de grãos estão exigindo reajustes salariais grandes o suficiente para compensar a elevada inflação e o risco de trabalhar durante a pandemia de Covid-19.
As negociações têm sido tensas, com ambos os lados acusando o outro de intransigência.
"Ontem à tarde houve um princípio de reaproximação, mas à noite outra reunião foi cancelada e não sabemos o motivo", disse à Reuters um membro do Sindicato de Trabalhadores e Empregados do Setor de Oleaginosas, Daniel Succi.
Desde a semana passada, nenhum caminhão carregado com soja entrou nos terminais de Rosario, principal centro de grãos do país, de onde partem cerca de 80% das exportações agrícolas da Argentina. A CIARA, câmara de empresas processadoras de soja, disse que mais de 100 navios não puderam ser carregados durante a greve.
"Ontem houve o início de uma aproximação nas negociações, mas as demandas dos sindicatos seguem exageradas. Eles querem reajustes salariais que seriam maiores do que a taxa de inflação", disse uma fonte da CIARA, que pediu para não ser identificada em função da sensibilidade das negociações.
Preço soja referência (chicago ):$/MT | 506,05 | 22/dez | ||||
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT | 487,50 | 22/dez | ||||
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT | 503,88 | 22/dez | ||||
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET. Preço Brasil MI = R$ 156,00 por saca |
No Brasil, o contrato Março/21 para a soja na B3 registrava ganho de 0,55% por volta das 12h07 (horário de Brasília), valendo US$ 27,54/saca., encerrando o dia no campo posiitivo, mas com uma valorização de 0,22% ou US$27,45/saca.
A produção de soja do Brasil deve atingir 127 milhões de toneladas na safra 2020/21, estimou nesta terça-feira a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), com um corte de 2 milhões de toneladas em sua perspectiva motivado por queda na produtividade após episódios de seca em diversas regiões.
Se confirmado, o volume ainda representaria um recorde considerando a série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), superando também as 124,8 milhões de toneladas da temporada anterior.
Mas ficaria bem abaixo do potencial e das quase 132 milhões de toneladas apuradas em uma pesquisa da Reuters no começo do mês. No início da safra, a Aprosoja Brasil chegou a prever 134,5 milhões de toneladas para a produção.
O atraso no plantio e a ausência de chuvas regulares nos últimos meses foram comprometendo parte dos rendimentos das lavouras, disse à Reuters o presidente da entidade, Bartolomeu Braz Pereira.
"Não temos nada definido... se não melhorar a chuva, atingindo todas as áreas, possivelmente podemos ter mais cortes na expectativa de produção", alertou. "É uma safra que ainda está indecisa".
Ele disse que as precipitações retornaram, permitindo a semeadura das áreas, mas elas ainda foram isoladas e abaixo da intensidade ideal. "Não foram o que a gente chama de chuvas gerais", explicou.
Estados como Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e a região do Triângulo Mineiro foram algumas das áreas mais afetadas pela seca, assim como o Sul do Brasil, destacou Pereira.
Somente o Matopiba --composto por Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia--, que normalmente planta a oleaginosa mais tarde, registrou menos atraso no início da safra, sem grandes problemas climáticos, segundo Pereira.
Neste contexto, o índice de replantio estimado pela Aprosoja é de 3% das lavouras, o que representa um número "muito alto" para uma área de 38 milhões de hectares, bem acima do registrado em anos anteriores, disse o presidente da Aprosoja.
Ele ainda disse que o início da colheita está previsto para o fim de janeiro, com intensificação entre fevereiro e março. Na temporada anterior, os trabalhos começaram por volta do dia 15 de janeiro.
O desempenho das lavouras do Sul, onde estão os dois maiores produtores de soja do país depois de Mato Grosso (Paraná e Rio Grande do Sul), também não deve ser dos melhores da história. Mas, de acordo com entidades ligadas aos agricultores, há indicações ainda de uma safra volumosa.
"Temos expectativa de ter uma boa safra --não vou dizer uma safra excepcional-- porque ainda plantamos dentro do zoneamento. Se tivermos uma normalidade de clima... então podemos sim ter uma boa safra", disse o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Paulo Pires, ressaltando que as chuvas em dezembro têm sido mais abundantes que em novembro.
Ele disse ainda que o Estado até teve um aumento de área adicional, após algumas lavouras de milho perdidas pela seca terem sido convertidas em soja.
"O Rio Grande do Sul precisa de uma safra boa, durante todo o episódio de bons preços, o Rio Grande do Sul não teve uma safra cheia, soja quebrou (em 2019/20), trigo e milho quebraram. Resta esperança de ser uma safra normal de soja."
O gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, afirmou que o clima não têm sido o ideal, mas que as chuvas recentes atingiram a maior parte do Estado, após um período de tempo seco.
"Tem mais ou menos 5% das lavouras que estão em situação ruim, com &39;stand&39; baixo, com irregularidades no crescimento e até com deficiência de potencial produtivo. Temos no Paraná 20 milhões de toneladas, 5% daria algo em torno de 1 milhão de toneladas de perdas... na pior das hipóteses... Mas não dá pra dizer que vai perder tudo nesses 5%", explicou Turra.
Ele também ressaltou que em termos de preço ainda será uma safra positiva para o Brasil, com valores próximos a 130 reais por saca. "Isso é um preço que, mesmo com 5% de quebra, ainda vai dar margem boa para o produtor", avaliou.
INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ | ||||
VALOR R$ | VAR./DIA | VAR./MÊS | VALOR US$ | |
22/12/2020 | 150,93 | -0,03% | -6,70% | 29,22 |
21/12/2020 | 150,98 | -0,11% | -6,67% | 29,47 |
18/12/2020 | 151,15 | 0,11% | -6,56% | 29,71 |
17/12/2020 | 150,99 | 0,43% | -6,66% | 29,75 |
16/12/2020 | 150,35 | -1,58% | -7,06% | 29,33 |
O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Rural Clima, afirmou que mesmo diante deste cenário ainda é possível ter uma "baita safra" de soja, perto de 130 milhões de toneladas.
"(Com o) fato de a La Niña estar perdendo forças, a tendência é que o verão venha a ser mais chuvoso no Sul do Brasil e em especial sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Se isso se confirmar, poderemos sim ter uma safra cheia", disse.
O meteorologista da Somar Celso Oliveira afirmou que a atual condição climática é mais chuvosa no Sudeste e Centro-Oeste do país. Parte dessas precipitações também alcançam o Matopiba, o que traz um "alívio" aos produtores.
"Por enquanto, não há uma expectativa de ausência prolongada de chuvas... Podemos começar a ver problema no Rio Grande do Sul somente em janeiro, durante o enchimento de grão, mas por enquanto as coisas caminham bem", disse Oliveira.
A produção de soja do Brasil em 2020/21 deverá atingir 127,57 milhões de toneladas, estimou nesta terça-feira a consultoria Pátria Agronegócios, promovendo corte de 1,2% em relação à sua previsão anterior.
Apesar do corte, que totaliza 1,6 milhão de toneladas e foi puxado pela queda dos rendimentos em importantes Estados após uma seca prolongada, a cifra projetada pela Pátria ainda aponta para alta de 2,2% na comparação anual.
"Os cortes são um resultado de produtividades em declínio no Mato Grosso, sudoeste de Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e na região Sul do Brasil", afirmou a consultoria em comunicado.
A Pátria estimou a área plantada com a oleaginosa no país em 38,44 milhões de hectares, alta de 4% em relação ao ano passado e inalterada frente à previsão anterior da empresa.
Já a produtividade deve atingir 3.319 kg por hectare, queda de 1,8% na comparação anual e de 1,2% ante o relatório anterior.
A estimativa da Pátria para a safra fica próxima da divulgada também nesta terça-feira pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), que apontou para expectativas de 127 milhões de hectares --corte de 2 milhões de toneladas em relação à previsão passada, mas ainda assim um recorde.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)