Conhecido como iceman, o atleta Djalma Moura, 64 anos, casado, natural de Recife e radicado em Florianópolis é ultramaratonista e foi o primeiro brasileiro acima de 60 anos a encarar um dos maiores desafios do mundo e completá-la: a World Marathon Challenge.
A World Marathon Challenge é um desafio logístico e físico onde os atletas correm sete maratonas, em sete continentes, durante sete dias. A prova normalmente começa na Antártica e segue pela África (cidade do Cabo), Austrália (Perth), Asia (Dubai), Europa (Madrid), América do Sul (Fortaleza) e América do Norte (Miami).
Completar uma corrida de longa distância requer além de disciplina e aptidão física, muita resistência mental. Além de treinos regulares, Djalma também pratica funcional e musculação.
“Procuro gerenciar bem o meu dia, pois além do trabalho profissional tenho atividades de estudo e treinos de planilha pela manhã ou noite”, diz.
Com um currículo fantástico, já participou de mais de 43 provas, entre elas maratonas e ultramaratonas.
Tudo começou sem compromisso. Desde criança adorava estar na rua praticando atividades ao ar livre como soltar pipa, lançar pião, subir em árvores e jogar futebol. Na juventude as caminhadas foram se intensificando e naturalmente evoluiu para corridas.
Então decidiu encarar a São Silvestre, aos 48 anos de idade. Este desafio despertou definitivamente o hábito da corrida. Aos 50 anos fez a 1ª maratona em Florianópolis e aos 62 anos fez a sua 1ª ultramaratona, consistindo em 7 maratonas, em 7 continentes, durante 7 dias consecutivos, no ano de 2019.
Djalma foi o segundo brasileiro a encarar esta prova tão difícil e o primeiro brasileiro com mais de 60 anos que finalizou. Encontrou nos diversos cenários, nas dificuldades, na experiência de vida e a prova em si como um fator motivador para testar sua força e seus limites.
A preparação para a prova durou 6 meses. Além do treinador, Djalma também contou com outros profissionais como médicos, fisioterapeuta e nutricionista. Por já ter uma alimentação diária saudável, o atleta faz suplementação somente em momentos de maior desgaste físico. Também é necessário o apoio da família. “É importante que a família entenda o seu sonho”, diz.
Djalma relata que foram sete grandes momentos. Cada prova é especial e diferenciada. A maior dificuldade é não poder descansar de forma adequada.
Entre as dificuldades naturais de condições climáticas extremas, existem outros riscos que poderão fazer com que o atleta deixe a prova como: dores, embolia, doença da descompressão, lesão, inchaço, cansaço, desidratação ou até mesmo congelamento de partes do corpo.
Djalma Moura é um desses corredores que ultrapassam seus limites. Em 2017, participou da Antarctic Ice Marathon. Prova em que se tornou o atleta mais rápido do mundo (61+) , em 15 anos de existência dessa maratona.
Nos seus desafios extremos leva sempre a bandeira do Brasil e a bandeira da doação de órgãos.
Este ano (2020) também se desafiou novamente. Correu 1.000 km no movimento nacional kmsPelaDoacao/DoandoVidas em prol da conscientização e importância da Doação de Órgãos, no mês do “setembro verde”, em Florianópolis/SC.
Djalma incentiva as pessoas a praticar esporte. E pode ser qualquer um, desde que você realmente goste.
Para as pessoas que tem medo em fazer algo realmente diferente e desafiador diz: “O medo é bom e preste atenção naquilo que ele quer te dizer, mas não permita que o mesmo o paralise”.
Quer saber mais sobre ele? Acompanhe em suas redes sociais através do instagram: @djalma.iceman.
Por: Márcia Eufrásio
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)