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Djalma Moura: O Iceman do Brasil

Publicado em 20/12/2020 Editoria: Esporte Comente!


Polo Norte    instagram: @djalma.iceman

Polo Norte instagram: @djalma.iceman

Conhecido como iceman, o atleta Djalma Moura, 64 anos, casado, natural de Recife e radicado em Florianópolis é ultramaratonista e foi o primeiro brasileiro  acima de 60 anos a encarar um dos maiores desafios do mundo e completá-la: a World Marathon Challenge.

A World Marathon Challenge  é um desafio logístico e físico onde os atletas correm sete maratonas, em sete continentes, durante sete dias. A prova normalmente começa na Antártica e segue pela África (cidade do Cabo), Austrália (Perth), Asia (Dubai), Europa (Madrid), América do Sul (Fortaleza) e América do Norte (Miami).

Completar uma corrida de longa distância requer além de disciplina e aptidão física, muita resistência mental. Além de treinos regulares, Djalma também pratica funcional e musculação.

“Procuro gerenciar bem o meu dia, pois além do trabalho profissional tenho atividades de estudo e treinos de planilha pela manhã ou noite”, diz.

Com um currículo fantástico, já participou de mais de 43 provas, entre elas maratonas e ultramaratonas.

Tudo começou sem compromisso. Desde criança adorava estar na rua praticando atividades ao ar livre como soltar pipa, lançar pião, subir em árvores e jogar futebol. Na juventude as caminhadas foram se intensificando e naturalmente evoluiu para corridas.

Então decidiu encarar a São Silvestre, aos 48 anos de idade. Este desafio despertou definitivamente o hábito da corrida. Aos 50 anos fez a 1ª maratona em Florianópolis e aos 62 anos fez a sua 1ª ultramaratona, consistindo em 7 maratonas, em 7 continentes, durante 7 dias consecutivos, no ano de 2019.

Djalma foi o segundo brasileiro a encarar esta prova tão difícil e o primeiro brasileiro com mais de 60 anos que finalizou. Encontrou nos diversos cenários, nas dificuldades, na experiência de vida e a prova em si como um fator motivador para testar sua força e seus limites.

A preparação para a prova durou 6 meses. Além do treinador, Djalma também contou com outros profissionais como médicos, fisioterapeuta e nutricionista. Por já ter uma alimentação diária saudável, o atleta faz suplementação somente em momentos de maior desgaste físico. Também é necessário o apoio da família.  “É importante que a família entenda o seu sonho”, diz.

Djalma relata que foram sete grandes momentos. Cada prova é especial e diferenciada. A maior dificuldade é não poder descansar de forma adequada.

Entre as dificuldades naturais de condições climáticas extremas, existem outros riscos que poderão fazer com que o atleta deixe a prova como: dores, embolia, doença da descompressão, lesão, inchaço, cansaço, desidratação ou até mesmo congelamento de partes do corpo.

Djalma Moura é um desses corredores que ultrapassam seus limites. Em 2017, participou da Antarctic Ice Marathon. Prova em que se tornou o atleta mais rápido do mundo (61+) , em 15 anos de existência dessa maratona.

Nos seus desafios extremos leva sempre a bandeira do Brasil e a bandeira da doação de órgãos.

Este ano (2020) também se desafiou novamente.  Correu 1.000 km no movimento nacional kmsPelaDoacao/DoandoVidas em prol da conscientização e importância da Doação de Órgãos, no mês do “setembro verde”, em Florianópolis/SC.

Djalma incentiva as pessoas a praticar esporte. E pode ser qualquer um, desde que você realmente goste.

Para as pessoas que tem medo em fazer algo realmente diferente e desafiador diz: “O medo é bom e preste atenção naquilo que ele quer te dizer, mas não permita que o mesmo o paralise”.

Quer saber mais sobre ele? Acompanhe em suas redes sociais através do instagram: @djalma.iceman.

 

 Por: Márcia Eufrásio

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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