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Análise diaria mercado agricola milho soja açucar

Publicado em 09/12/2020 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO

Os preços internacionais do milho futuro também subiram nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 3,50 e 5,00 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,22 com valorização de 5,00 pontos, o março/21 valeu US$ 4,23 com ganho de 4,00 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,26 com alta de 3,50 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,27 com elevação de 3,50 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1,20% para o dezembro/20, de 0,95% para o março/2, de 0,71% para o maio/21 e de 0,71% para o julho/21.

milho
     
  B3 (Bolsa)  
jan/21 76,9 2,55%
mar/21 77,39 1,80%
mai/21 74,01 0,41%
jul/21 66,7 2,93%
Última atualização: 18:00 (09/12)
 

Segundo informações da Agência Reuters, os grãos nos EUA se firmaram na quarta-feira em uma recuperação de cobertura de vendas após as perdas da sessão anterior e com os investidores tomando posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na quinta-feira.

“Estamos vendo uma cobertura curta antes do relatório de amanhã. Devemos ver alguma força entrando no relatório à medida que buscamos pequenas mudanças nos estoques finais no mercado interno e global. Poderíamos ver algumas quedas de produção na Argentina e no Brasil também”, disse Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solutions.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de milho nesta quarta-feira (9). Foram mais 257,071 mil toneladas da safra 2020/21 compradas pelo México.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os futuros do milho subiram esta manhã, com os traders finalizando suas posições antes dos relatórios WASDE de amanhã e as chuvas na América do Sul estabilizando as previsões de oferta global de milho.

Enquanto isso, a demanda por combustível continua a cair conforme os governos regionais promulgam novamente as restrições de bloqueio para combater o aumento dos casos de pandemia COVID-19. “A demanda de gasolina continua a cair perto das mínimas de meados de junho, conforme a escola retorna ao ensino remoto e menos opções estão disponíveis para uma reunião pessoal segura conforme o tempo esfria”, relata Jacqueline Holland.

Na semana que terminou em 4 de dezembro, a demanda por gasolina caiu para 334,9 milhões de galões/dia, uma baixa em 24 semanas. A demanda por gasolina caiu 9% desde o início de novembro, já que os casos de COVID-19 continuam aumentando. As taxas de mistura de etanol também estão em forte queda, já que a indústria luta para se alinhar com a queda da demanda.

A consultoria Itaú BBA divulgou seu relatório Agro Mensal analisando o atual cenário e apontando perspectivas para diversos produtos agrícolas brasileiros como soja, milho, algodão, açúcar, café, laranja e proteínas animais.

Para as movimentações na Bolsa de Chicago (CBOT), o Itaú BBA espera para preços internacionais do milho firmes no curto prazo diante do cenário de balanço apertado nos Estados Unidos e de mais um ano de déficit global, o que deve trazer os níveis de estoques no mundo para 290 milhões de toneladas, o menor patamar desde a safra 2014/15.

“É válido ressaltar que esse número pode ser revisado para baixo diante das incertezas acerca da safra argentina, que está sendo plantada agora e que poderá ser afetada negativamente pelo La Niña, e também da safra brasileira”, aponta a publicação.

De acordo com a TF Agroeconômica, os mercados internacionais de milho estão de estáveis a mais fracos. “Nos mercados internacionais, as ofertas no Golfo dos EUA para janeiro subiram 3 c/bu para 140 c/bu sobre os futuros de março para embarque na primeira metade do mês e 128 c/bu para o segundo semestre. Enquanto na PNW, as ofertas mais próximas continuaram a ser para março, que foi mantida estável em 145 c/bu sobre o futuro de março, enquanto as ofertas para abril e maio laycans caíram 1 c/bu cada para 134 c/bu e 130 c/bu, respectivamente, sobre os futuros de maio”, comenta.

Na América do Sul, a atividade comercial argentina estagnou devido a um feriado, enquanto a China comprava rumores manteve as ofertas para julho no porto de Santos estável em 98 c/bu sobre os futuros de julho com ofertas chegando em 15 c/bu abaixo disso. “Na Ásia, o Comitê de Líderes alimentares (FLC), um importador de ração sul-coreano, garantiu privadamente 69.000 t de milho de Louis Dreyfus. O preço pago foi de US$ 235,95/t CFR Incheon, mais US$ 1,25/t para descarga no porto de Kunsan, e a carga deve ser entregue à Coreia do Sul até 30 de junho e originada em todo o mundo”, completa.

Na Ucrânia, os preços do milho no mercado interno finalmente diminuíram para um nível equivalente com os preços do FOB, mas o movimento até agora não ajudou a estimular a atividade comercial, já que os agricultores estão entrando no clima de férias. “As ofertas no mercado interno foram ouvidas a partir de US $ 217/t CPT, enquanto os melhores lances foram em torno de US$ 214 /t CPT. Isso equivale a cerca de US$ 227-$228/t FOB equivalente versus cerca de US $ 224 /t FOB. Enquanto isso, as ofertas de exportação também recuaram um pouco para atingir US$ 228 /t em uma base FOB HIPP para o carregamento de dezembro-janeiro como o mais baixo mostrado, enquanto as ideias do comprador foram pelo menos US $ 3 /t menor”, conclui. 

 

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
09/12/2020 73,61 0,26% -6,00% 14,2
08/12/2020 73,42 -0,57% -6,24% 14,31
07/12/2020 73,84 -1,14% -5,71% 14,53
04/12/2020 74,69 -1,03% -4,62% 14,56
03/12/2020 75,47 -1,27% -3,63% 14,69
         

A consultoria Itaú BBA apontou também que as cotações do cereal no Brasil cederam desde o início de novembro, com o Indicador Esalq/BM&Fbovespa caindo 9% no período.

O câmbio, a redução das margens das empresas de proteína animal, que reduz as possibilidades de pagar preços maiores, e o aumento da disponibilidade do produto com a proximidade da colheita em algumas praças foram os responsáveis por este movimento.

Apesar disso, o relatório destaca que a perspectiva é de preços firmes no curto prazo, apesar de ser esperada uma possível queda até o final do ano, com vendedores limpando os estoques para a chegada da safra de verão.

“Entretanto, as perdas estimadas para a safra no Rio Grande do Sul e Santa Catarina contribuem para consolidar a perspectiva de mercado bastante equilibrado no 1º semestre do próximo ano, o que tende a sustentar as cotações no mercado doméstico”, dizem os analistas.

Os preços futuros do milho tiveram um dia de grandes altas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,36% e 5% por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 74,99 com valorização de 5%, o março/21 valia R$ 77,46 com elevação de 1,89%, o maio/21 era negociado por R$ 74,71 com ganho de 1,36% e o julho/21 tinha valor de R$ 66,70 com alta de 2,93%.

Ao longo do dia, as cotações do cereal brasileiro atingiram seus limites de alta, subindo 5% nas movimentações e parando de ser comercializados. “A pressão negativa foi exagerada nos últimos dias, com a queda do milho no mercado físico, então agora apareceram fatores de correções técnicas”, explica Douglas Coelho, sócio da Radar Investimentos.

Para os próximos dias, Coelho acredita que dias de volatilidade ainda vem pela frente. “Deve haver mais oscilações grandes nos próximos dias até o mercado encontrar um ponto de equilíbrio”.

A quarta-feira (09) chega ao final do os preços do milho misturados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações nas praças de Ponta Grossa/PR, Itapetininga/SP, Porto Santos/SP e Campinas/SP.

Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Cascavel/PR, Rio do Sul/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Brasília/DF, Maracaju/MS e Campo Grande/MS.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho teve poucas alterações nos últimos dias. De maneira geral, os preços seguem pressionados na maioria das praças do Centro-Sul com os grandes compradores ausentes”.

Em Goiás, por exemplo, o preço médio do milho caiu 2,44% na última semana e fechou a sexta-feira (04) com valor de R$ 63,56. “O preço médio no estado recuou devido a baixa liquidez no mercado, devido o baixo interesse dos compradores, e o aumento do volume ofertado”, disse o Ifag.

A Agrifatto Consultoria destaca as movimentações distintas entre as cotações futuras da B3 e do mercado físico brasileiro. Enquanto a bolsa mantém suas altas de ontem, as praças de comercialização seguem com negociações travadas. “Os compradores ainda estão forçando os valores ofertados para baixo e os vendedores, de olho na valorização da B3, mantêm a pedida acima dos R$ 73,00/sc”.

 

miho    
         
Chicago (CME)    
CONTRATO US$/bu VAR    
DEC 2020 422 5    
mar/21 423,75 4    
MAY 2021 426,5 3,5    
jul/21 427,5 3,5    
Última atualização: 17:02 (09/12)  
         

As nossas expectativas apontam para preços internacionais do milho firmes no curto prazo diante do cenário de balanço apertado nos Estados Unidos e de mais um ano de déficit global, o que deve trazer os níveis de estoques no mundo para 290 milhões de toneladas, o menor patamar desde a safra 2014/15. É válido ressaltar que esse número pode ser revisado para baixo diante das incertezas acerca da safra argentina, que está sendo plantada agora e que poderá ser afetada negativamente pelo La Niña, e também da safra brasileira.

No último relatório do Agro Mensal, foi citado que o combustível adicional para as cotações internacionais do milho pode vir do aumento das importações chinesas de tal produto. Além das adversidades enfrentadas na safra atual, a elevação da demanda para a produção de ração diante da recomposição do rebanho suíno pode levar à um aumento das compras daquele país. As contratações de milho para a safra 20/21 somente dos Estados Unidos já somam 11 milhões de toneladas. No total da safra 19/20 as importações somaram 7,5 milhões de toneladas.

Apesar de ainda ser muito cedo, outro fator que pode ajudar a sustentar as cotações internacionais é o quadro mais favorável ao plantio de soja nos Estados Unidos na  próxima safra em detrimento do milho diante dos preços mais atrativos da oleaginosa. Se isso implicar em uma redução de área, o balanço local poderá ficar ainda mais apertado na safra 21/22.

No Brasil, o cenário ainda aponta para preços firmes no curto prazo apesar de ser esperado uma possível queda até o fim do ano com vendedores limpando os estoques para a chegada da safra de verão. Entretanto, as perdas estimadas para a safra no RS e SC contribuem para consolidar a perspectiva de mercado bastante equilibrado no 1º semestre do próximo ano, o que tende a sustentar as cotações no mercado doméstico.

As vendas do milho de verão da safra 2019/20 no Centro-Sul do Brasil avançaram 1,2 ponto percentual ao longo do mês de novembro, abaixo da média de 1,8 ponto para o período. O comprometimento chegou a 98,4% da safra, sobre 91% do mesmo período do ano passado e também acima da média de cinco anos de 94,8%.

Já a comercialização antecipada da safra 2020/21 do cereal no Centro-Sul saltou 2,1 pontos percentuais, com 23,3% do cereal compromissado pelos produtores, ante 11% do mesmo período de 2019 e da média de 6%.

O comprometimento da safra de inverno 2020 no Centro-Sul do país avançou para 90,6%, sobre 87,5% no último mês, e também acima dos 89% do igual momento de 2019 e da média histórica de 84,8%. A safra 2021 do cereal de inverno atingiu comercialização de 41% pelos produtores, contra 38,7% no mês anterior, 29% em 2019 e 19,4% da média de cinco anos.


SUGAR - AÇUCAR

Mar NY world sugar 11 (SBH21) on Wednesday closed up +0.58 (+4.03%), and Mar London white sugar 5 (SWH21) closed up +12.50 (+3.15%).

Sugar prices on Wednesday rallied sharply to a 1-1/2 week high as expectations of smaller Brazil sugar production sparked short-covering. The consensus is for the Brazil Center-South sugarcane crush the second-half of November to fall -11% y/y to 9.65 MMT. Unica will release the crush data on Friday.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
09/12/2020 111,02 0,16% 0,21% 21,42  
08/12/2020 110,84 -0,05% 0,05% 21,61  
07/12/2020 110,89 0,55% 0,09% 21,82  
04/12/2020 110,28 1,12% -0,46% 21,51  
03/12/2020 109,06 1,06% -1,56% 21,23  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 110,42      
  valor saco $ 21,36      
  valor ton $ 427,15  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms    

Sugar prices on Monday posted 1-month lows on signs of robust supplies. Last Thursday&39;s news showed that Brazil&39;s Nov sugar exports rose +60% y/y to 3.1 MMT. Also, last Wednesday, the India Sugar Mills Association (ISMA) reported that India Oct 1-Nov 30 sugar production surged +107% y/y to 4.29 MMT due to an early start for the crushing season.

Another bearish factor for sugar is the outlook for more sugar supplies India. Meir Commodities India Pvt on Nov 26 projected that India would export 1.5-2.0 MMT of sugar in 2020/21 without any government subsidy since neighboring countries can be expected to purchase Indian sugar rather than Brazilian sugar because of cheaper freight costs. On Nov 19, the USDA&39;s Foreign Agricultural Service (FAS) estimated that India&39;s 2020/21 sugar production will climb +16.8 % y/y to 33.76 MMT and that India&39;s sugar exports will climb +3.5% to 6.0 MMT.

Sugar mills in India have held back exports as they await news on government subsidies. The World Trade Organization (WTO) is expected to rule on the legality of India&39;s subsidies to its sugar exporters sometime this month after Brazil and Australia raised objections to the WTO about the subsidies. The ruling by the WTO has been delayed July due to the Covid pandemic.

Ample sugar production in Brazil is also negative for prices after Unica reported Nov 25 that Brazil&39;s Center-South sugar production in the first half of November rose +57 y/y to 1.242 MMT, above expectations of 1.120 MMT. The percentage of cane used for sugar rose to 41.74% in 2020/21 28.42% in 2019/20.

Sugar prices had trended higher over the past two months to a 9-1/2 month high Nov 17 on concern that Brazil&39;s dry conditions may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. Maxar recently said that Brazil&39;s sugar-growing regions had received only 5%-25% of average rain in the past few months, leaving crops "extremely dry." Also, a La

Nina weather pattern could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.

In a bullish factor, ISO on Nov 17 cut its global 2020/21 sugar production estimate and increased its global 2020/21 sugar deficit estimate. ISO projects that global 2020/21 sugar production will increase by +0.9% y/y to 171.1 MMT. ISO also said the global 2020/21 sugar market would fall into deficit by -3.5 MT a +1.86 MMT surplus in 2019/20.

In another bullish factor, France&39;s Agricultural Ministry on Nov 16 cut its 2020 French sugar-beet production estimate to a 19-year low of 27.2 MMT an Oct estimate of 30.5 MMT due to drought. France is the largest sugar producer in the European Union.

Sugar prices are also seeing support the smaller sugar crop in Thailand, the world&39;s second-biggest sugar exporter, which has been decimated by drought. The Thailand Sugar Mills Corp said Oct 2 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production would fall -13% y/y to an 11-year low of 7.2 MMT as dry weather this year ravaged cane plantations.


SOYBEAN - SOJA 

 

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltam a subir nesta quarta-feira (9) depois de perdas consecutivas. O contrato janeiro tinha US$ 11,52 e o março, US$ 11,57 por bushel, com as altas variando entre 4 e 7 pontos nas posições mais negociadas. 

SOJA - CME - CHICAGO
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)
jan/21 11,585 12,75 1,11
mar/21 11,635 12 1,04
mai/21 11,645 11,5 1
jul/21 11,63 11 0,95
Última atualização: 17:00 (09/12)  

O mercado corrige as últimas perdas e ajusta suas posições à espera dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chegam nesta quinta, 10 de dezembro, em seu novo boletim mensal de oferta e demanda. 

Como explica o consultor Steve Cachia, da Cerealpar e TradeHelp, "o dia amanheceu com um maior apetite ao risco, mas a direção ainda é incerta. E em relação a soja e commodities agrícolas, muito depende dos números do USDA e, portanto, o dia pode ser técnico hoje". 

Enquanto isso, os traders seguem cautelosos e monitorando o clima na América do Sul e o comportamento da demanda, principalmente a chinesa. 

Às vésperas do novo boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e se recuperando das últimas perdas, o mercado da soja na Bolsa de Chicago fechou o dia com boas altas, as quais variaram entre 8,75 e 12,75 pontos nos principais contratos. Dessa forma, o janeiro encerra o dia com US$ 11,58 e o março, US$ 11,63 por bushel. 

  soja US$ 5,17  
         
  B3 (Bolsa)      
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR  
nov/20 25,74 133,0758 1,34%  
     
Última atualização: 16:21 (09/12)  
         

"As questões fundamentais estão bem latentes. O clima relativamente seco na América do Sul, a questão da demanda, e todo esse pacote e mais a espera pelo relatório de amanhã fez com aqueles que estavam vendidos fizessem coberturas", explicou Ginaldo de Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro. 

O reporte de dezembro do USDA, tradicionalmente, não é um boletim de grandes mudanças. Todavia, como 2020 tem sido um ano atípico, os traders estão ansiosos pelos novos números dos estoques finais norte-americanos dadas as vendas antecipadas muito agressivas nesta temporada. São 86% do total estimado para as exportações de 2020/21 já comprometidos.

"O USDA vai colocar esses estoques em um nível tão baixo que não ficaríamos surpresos se, em maio, junho, os EUA já estariam comprando soja na América do Sul", acredita Sousa. E com essa confirmação, o mercado deve continuar subindo, testando ganhos de 20 a 30 pontos pelo menos. "E se o USDA mantiver tudo como está, o mercado pode sim cair", complementa. 

Enquanto isso, a demanda chinesa já começa a se voltar, novamente, para a soja do Brasil. O produto americano já começa a ficar mais caro e a estreitar as margens das indústrias da China, atraindo os importadores para o mercado nacional. 

"É o timing da China se voltar para cá e esquecer os EUA", explica o diretor da Labhoro. "Os chineses, com toda essa briga que houve recentemente com os EUA, podem dar um stop em futuros negócios temporariamente, porque o Biden pode assumir e resolver isso de maneira mais tranquila", complementa. 

Assim, as cotações no mercado brasileiro, apesar de uma recente pressão em função do dólar, sustentam patamares importantes e muito elevados, bem como os prêmios, ainda positivos.  

SOJA - PREMIO  
CONTRATO VALOR  
dez/20 250  
mar/21 75  
abr/21 65  
mai/21 70  
Última atualização: 09/12/2020  

De acordo com a TF Agroeconômica, o preço do óleo de soja fechou em baixa na China, Índia e Europa. “No porto chinês de Dallian a soja recuou para US$ 840,34 contra US$ 845,78 do dia anterior; o farelo de soja avançou para US$ 489,99, como os US$ 474,72 do dia anterior e o óleo de soja recuou para US$ 1.194,05 como os US$ 1.194,16 do dia anterior”, comenta. 

“Em Rotterdam, o principal porto não-China de demanda de soja e subprodutos, o preço do primeiro mês cotado da soja-grão recuou para US$ 510,30/t contra os US$ 516,40/t do dia anterior; o pellets de soja recuou para US$ 500,00 contra os US$ 507,00 do dia anterior, afloat”, completa.

Os preços dos óleos vegetais, para o primeiro mês, terminaram o dia cotados a: “óleo de canola recuou para US$ 1.064,99/t contra US$ 1.092,63/t do dia anterior; o óleo de linhaça foi cotado em US$ 1.102,50/t contra os US$ 1.105,00/t do dia anterior; o óleo de soja recuou para US$ 1.019,00/t contra $ 1.029,50/t do dia anterior; o óleo de girassol recuou para US$ 1.150,00 contra os US$ 1.160,00 do dia anterior e o óleo de palma recuou para US$ 910,00 contra os US$ 935,00/t do dia anterior”, indica.

“Na Índia, maior importador de óleos vegetais do Mundo, o óleo de soja recuou para US$ 1.122,00 como os US$1.135,00/t do dia anterior, em Nova Delhi, como mostra o gráfico ao lado”, diz.

             
Preço soja referência (chicago ):$/MT 517,54   09/dez  
             
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 501,13   09/dez  
             
Preço Brasil - MI - Paranaguá: $/MT 499,68   09/dez  
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 155 por saca  

Em relação à China, sua participação na exportação de soja do Brasil caiu em outubro. “Os interesses de compra para setembro e outubro de 2021 continuaram com as ofertas para envio de outubro do Golfo em 230 c/bu sobre os futuros de novembro na CFR China versus nenhuma oferta. Margens de esmagamento apertadas na China desviaram trituradores para considerar o bloqueio de embarques para a frente no próximo ano, em vez de cobrir os embarques do primeiro mês”, conclui. 

A comercialização da safra de soja 2020/21 do Brasil atingiu 56,3% da produção esperada até o dia 4 de dezembro, com projeção de 75,95 milhões de toneladas vendidas, segundo a Consultoria DATAGRO. O avanço mensal foi de 2,9 pontos percentuais, mas o nível segue recorde para o período, ficando muito acima do marco anterior de 2016 de 45,5%, além do ano anterior (38,3%) e da média de cinco anos que é de 34% para o período.

“A alta dos preços ocorrida em novembro, e que também repercutiu parcialmente nos preços futuros, fez com que os produtores avançassem um pouco mais na comercialização da safra 2020/21. Mas a exemplo do mês passado, em proporção bem modesta, em função do nível já fortemente elevado de vendas para o período”, pontua Flávio Roberto de França Junior, coordenador da DATAGRO Grãos.

Os negócios com a oleaginosa da safra 2019/20 também seguem recordes para o período, mas com avanço mensal de apenas 0,6 ponto percentual, abaixo do padrão de 1,6 ponto, com 99,3% de comprometimento pelos produtores brasileiros, ou seja, 126,53 milhões de t, superando os 95,8% do mesmo momento de 2019 e do recorde anterior de 96,7% de 2018. Além disso, as vendas da soja brasileira neste ano ficaram muito acima dos 94,6% da média de cinco anos. 

Os preços caíram mais 1,33% em Rio Grande para R$ 148,00, 2,07% em Ijuí e Cruz Alta para R$ 142,00, 1,38% em Canoas para R$ 143,00 e se mantiveram inalterados em Santa Rosa a R$ 146,00. EmPasso Fundo caiu para R$ 138,00 contra a última cotação de R$ 148,00, na sexta-feira. O mercado futuro também recuou 3 reais/saca ou 2,15% para R$ 136,50/saca para maio de 2021.

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
09/12/2020 155,45 4,31% -3,91% 29,99
08/12/2020 149,02 -3,50% -7,88% 29,06
07/12/2020 154,42 1,26% -4,54% 30,39
04/12/2020 152,5 -3,35% -5,73% 29,74
03/12/2020 157,78 0,22% -2,47% 30,72
         

No Paraná, o mercado continua travado com preços baixos e pouca disponibilidade. Os preços de balcão continuaram a R$ 130,00 balcão. No mercado de lotes R$ 140,00 Ponta Grossa entrega e pagamento em dezembro. Da safra velha em Paranaguá cotação de R$ 150,00 apenas nominal. Soja futurana origem foi cotada para entrega em março e pagamento em 15 de abril em Ponta Grossa aR$ 132,50, Guarapuava a R$ 130,60, Pato Branco a R$ 130,00, Campo Mourão a R$ 129,40, Maringá a R$ 129,00 e Cascavel a R$ 128,00.

O mercado mineiro de soja continua com poucas ofertas e preços em queda em Minas Gerais. Os preços recuaram mais um real/saca nas principais praças do estado. Na região de Perdizes/Araxá houve vendas de 2.400 toneladas de soja, porque o produtor sentiu a queda e correu para garantir o preço antes de novas baixas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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