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Análise diaria mercado agricola milho soja açucar

Publicado em 04/12/2020 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO 

A Bolsa de Chicago (CBOT) também recuou nesta sexta-feira para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 5,50 e 6,00 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,17 com perda de 5,50 pontos, o março/21 valeu US$ 4,20 com desvalorização de 6,00 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,23 com baixa de 5,50 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,24 com queda de 5,50 pontos.

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 1,18% para o dezembro/20, de 1,41% para o março/2, de 1,17% para o maio/21 e de 1,17% para o julho/21.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam desvalorizações de 1,88% para o dezembro/20, de 3% para o março/21, de 2,98% para o maio/21 e de 2,97% para o julho/21 na comparação com a última sexta-feira (27).

miho
     
  B3 (Bolsa)  
jan/21 69,8 0,14%
mar/21 70,5 -0,17%
mai/21 68,7 -0,58%
jul/21 66,5 1,19%
Última atualização: 18:00 (04/12)
 

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho caíram com as previsões de chuvas benéficas no norte e centro do Brasil, embora as preocupações com as condições de seca na Argentina e no extremo sul do Brasil tenham sustentado os mercados.

A publicação destaca ainda que, os futuros do milho abrandaram na sexta-feira com a liquidação de longo prazo.

“Rumores surgiram nas últimas semanas sobre a demanda de exportação chinesa de milho dos EUA, mas as únicas vendas recentes de milho confirmadas pelo sistema de relatórios diários do USDA foram para o México ou destinos desconhecidos”, acrescenta Julie Ingwersen da Reuters Chicago.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de 182,020 mil toneladas de milho para o México nesta sexta-feira (4). 

De acordo com a TF Agroeconômica, o preço do milho voltou a subir em todas as praças do mercado internacional. “O dia começou com relatos de que duas das maiores associações de ração da Coreia do  Sul haviam se aventurado no mercado privadamente durante a noite, com a MFG tomando 68.000 t da Cofco a US$ 239,90/t, e a KFA garantindo outros 64.000 t da Pan Ocean pelo mesmo preço”, indica.

No Vietnã, a atividade permaneceu quieta, mas as indicações foram ouvidas em US$ 222,20/t para agosto e setembro carregando para chegada aos portos do sul do país, com marçooferecido a US$ 253,40/t no norte. “As exportações de milho dos EUA chamaram a atenção, enquanto as vendas líquidas permaneceram robustas, apesar de uma queda de 18% nos volumes”, comenta.

“Durante a semana até 26 de novembro, 1,37 milhão de toneladas foram reservados pelo México recolhendo quase metade desse volume, enquanto destinos desconhecidos contribuíram com outros 351.000 toneladas. As exportações também aumentaram, tendo uma média de 780.000 toneladas por semana desde o início do ano de comercialização, de repente aumentou para 1 milhão de toneladas, com a China reservando quase metade e o México contribuindo em torno de um terço”, completa.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
03/12/2020 75,47 -1,27% -3,63% 14,69  
02/12/2020 76,44 -0,95% -2,39% 14,57  
01/12/2020 77,17 -1,46% -1,46% 14,74  
30/11/2020 78,31 -1,21% -4,37% 14,63  
27/11/2020 79,27 -0,05% -3,20% 14,88  
           

Os mercados da Argentina e do Brasil estavam calmos e relativamente estáveis, enquanto a Bolsa de Cereais de Buenos Aires atualizou o progresso do plantio de milho, com o plantio agora completo em 35% dos 6,3 milhões de hectares projetados. “Isso foi de 3,1 pontos na semana anterior, mas ainda marcou o melhor ritmo de plantio por várias semanas depois que as chuvas atingiram algumas áreas-chave. No entanto, permanece cerca de 13,7 pontos atrás do ritmo do ano passado”, conclui. 

Os preços futuros do milho operaram em queda durante toda a sexta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,03% e 1,56% por volta das 17h14 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 69,68 com baixa de 0,03%, o março/21 valia R$ 70,53 com perda de 0,13%, o maio/21 era negociado por R$ 68,74 com desvalorização de 0,52% e o julho/21 tinha valor de R$ 65,72 com queda de 1,56%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, este movimento é normal para a primeira semana de dezembro, quando as indústrias de ração começam a entrar em férias coletivas e manutenção de equipamentos para se prepararem para retomar as atividades na segunda semana de janeiro.

“O período tem queda forte na demanda por ração do setor granjeiro, que já consumiu muito anteriormente para se preparar para os abates do final de ano. Então houve essa queda forte nas cotações onde estava muito valorizado”, explica.

Os preços do milho no Brasil acumularam perdas durante toda essa semana. Na sexta-feira passada, 27 de novembro, a saca do cereal fechou o dia valendo R$ 79,27 de acordo com o Indicador ESALQ/BM&FBOVESPA do Cepea e caiu 4,79% até o fechamento da quinta-feira (03) que foi no valor de R$ 75,47.

Em diversas praças do mercado físico este recuo também foi detectado. Em Cascavel/PR a queda foi de 3,62%, Palma Sola/SC perdeu 5,41%, Sorriso/MT recuou 5,08%, Jataí/GO baixou 1,52%, Brasília se desvalorizou 2,94% e Luís Eduardo Magalhães/BA retrocedeu 6,06%, por exemplo.

Até mesmo as cotações futuros na Bolsa Brasileira (B3) registraram recuo durante todos os pregões desta semana. O vencimento janeiro/21 caiu 7,61% saindo de R$ 78,60 e indo para R$ 72,62, enquanto o março/21 perdeu 6,68%, o maio/21 baixou 4,95% e o julho/21 retrocedeu 2,61%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, este movimento é normal para a primeira semana de dezembro, quando as indústrias de ração começam a entrar em férias coletivas e manutenção de equipamentos para se prepararem para retomar as atividades na segunda semana de janeiro.

“O período tem queda forte na demanda por ração do setor granjeiro, que já consumiu muito anteriormente para se preparar para os abates do final de ano. Então houve essa queda forte nas cotações onde estava muito valorizado”, explica.

Essa pressão de demanda deve seguir desta maneira durante o resto de dezembro e janeiro do próximo ano, mas as quedas nos preços do cereal não devem se aprofundar ainda mais. O analista enxerga que o limite para baixas está perto com os preços internos chegando aos dos portos.

“O milho está entre R$ 72,00 e R$ 75,00 nas indústrias e gira entre R$ 68,00 e R$ 70,00 nos portos e isso faz o mercado se alinhar nesses níveis. Mesmo com a colheita da safra verão em janeiro, o espaço de baixa é pequeno, de cerca de R$ 5,00 a saca, caso o contrário, o mercado deixa de vender internamente e se volta novamente à exportação”, pontua Brandalizze.

miho
     
Chicago (CME)
CONTRATO US$/bu VAR
DEC 2020 417 -5,5
mar/21 420,5 -6
MAY 2021 423,25 -5,5
jul/21 424 -5,5
Última atualização: 17:01 (04/12)
     

Diante desse cenário, Vlamir destaca que o produtor brasileiro precisa seguir acompanhando o desenvolvimento das lavouras da safra verão e que, talvez, não seja uma boa opção buscar novas vendas ainda em dezembro.

“Pode até ser que os preços de janeiro vão estar mais baixos do que os atuais de dezembro, mas novas vendas ainda este mês vão entrar neste ano fiscal e o produtor vai acabar pagando mais impostos do que essa diferença de preços em janeiro. Então ele vai vender por menos, mas, ainda assim, terá uma melhor condição financeira”, diz.

Para esta safra verão que começará a ser colhida em janeiro, o analista estima que, mesmo com as chuvas dos últimos dias, muitas perdas já são irreversíveis, reduzindo o tamanho da primeira safra brasileira das 27/28 milhões de toneladas estimadas para algo em torno de 22 milhões. “O Rio Grande do Sul já perdeu 25% da safra indo de 6 milhões de toneladas para 4,5 milhões. Santa Catarina também perdeu algo parecido e dificilmente passará das 2,3 milhões de toneladas quando o esperado eram mais de 3 milhões”, exemplifica.

O mês de novembro foi encerrado com o Brasil exportando 4.896.436,40 toneladas de milho não moído, um patamar superior à novembro de 2019 e que deixa este como o melhor novembro da história para exportação do cereal.

Apesar disso, o ímpeto exportador recuou na reta final do mês e não foi possível chegar nas 5,44 milhões de toneladas estimadas pela Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais).

“O dólar em queda e os valores de porto entre R$ 70,00 e R$ 72,00 que estavam em novembro não atraíram novos negócios. Foi embarcado somente o que já estava contratado e vendas de última hora não aconteceram. Muitos navios que saíram do país não estavam totalmente cheios devido a essa situação”, comenta Brandalizze.

O analista acredita que o país deve exportar mais 3,4 milhões de toneladas durante o mês de dezembro para encerrar o ano de 2020 com um total de 33 milhões de toneladas, abaixo das estimativas iniciais de 34,5 milhões.

Em relação aos compradores de milho do Rio  Grande do Sul, que já compraram muitos lotes no mercado local, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul , ficaram bem tomados de matéria-prima e de caixa e, por isso, estão fora de mercado. De acordo com a TF Agroeconômica, essa parada não é anormal.

“Além disto, os preços estão caindo e, num mercado em queda, os compradores não se manifestam. Caindo porque o dólar está em queda e o milho importado está barato e caindo  porque choveu em alguns estados produtores, afastando o risco de quebra que havia até algumas semanas atrás. Então, se você não precisa comprar milho agora (porque tem estoques), a atitude correta é ficar fora de mercado”, comenta.

O milho do Mato Grosso do Sul reduziu mais um real/saca posto Oeste de Santa Catarina nesta quinta-feira. “No dia anterior os negócios feitos no MS com destino a Santa Catarina tinham ficado entre R$ 74,00 e R$ 75,00/saca. Hoje ficaram entre R$ 73,00 e R$ 74,00/saca, CIF mais ICMS. Os preços na origem também recuaram e isto permitiu compras com preços um real a menos. Isto também está fazendo os preços dos vendedores locais cederem mais um pouco, para mais perto de R$ 80,00, embora ainda estejam muito altos, se comparados com os preços do milho mato-grossense e paraguaio, como se pode ver na tabela ao lado”, completa.

No Paraná, boas chuvas recuperam as lavouras e pressionam os preços. “Nesta semana houve boas chuvas em todo o estado, de Oeste a Leste, de Norte a Sul, melhorando a umidade dos solos e recuperando as lavouras, que já estavam sentindo estresse hídrico. Com relação aos preços, continuam inalterados: nos Campos Gerais vendedor a R$ 75,00, mas pouquíssimas ofertas, com compradores a R$ 70,00”, conclui.


SUGAR - AÇUCAR
 

Mar NY world sugar 11 (SBH21) on Friday closed down -0.27 (-1.84%), and Mar London white sugar 5 (SWH21) closed down -6.30 (-1.56%).

Sugar prices on Friday settled lower and held just above Wednesday&39;s 4-week lows. A surge in Brazil sugar exports weighed on prices Friday after Thursday&39;s news that Brazil&39;s Nov sugar exports rose +60% y/y to 3.1 MMT. Sugar prices have been on the defensive this week and posted 4-week lows Wednesday after the India Sugar Mills Association (ISMA) reported that India Oct 1-Nov 30 sugar production surged +107% y/y to 4.29 MMT due to an early start for the crushing season.

           
INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
03/12/2020 109,06 1,06% -1,56% 21,23  
02/12/2020 107,92 -1,27% -2,59% 20,58  
01/12/2020 109,31 -1,34% -1,34% 20,88  
30/11/2020 110,79 0,82% 10,12% 20,7  
27/11/2020 109,89 0,28% 9,22% 20,62  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 109,39      
  valor saco $ 21,32      
  valor ton $ 426,49  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms  
           

Ample sugar production in Brazil is also negative for prices after Unica reported last Wednesday that Brazil&39;s Center-South sugar production in the first half of November rose +57 y/y to 1.242 MMT, above expectations of 1.120 MMT. The percentage of cane used for sugar rose to 41.74% in 2020/21 28.42% in 2019/20.

Another bearish factor for sugar is the outlook for more sugar supplies India. Meir Commodities India Pvt last Tuesday projected that India would export 1.5-2.0 MMT of sugar in 2020/21 without any government subsidy since neighboring countries can be expected to purchase Indian sugar rather than Brazilian sugar because of cheaper freight costs. On Nov 19, the USDA&39;s Foreign Agricultural Service (FAS) estimated that India&39;s 2020/21 sugar production will climb +16.8 % y/y to 33.76 MMT and that India&39;s sugar exports will climb +3.5% to 6.0 MMT.

Sugar mills in India have held back exports as they await news on government subsidies. The World Trade Organization (WTO) is expected to rule on the legality of India&39;s subsidies to its sugar exporters sometime this month after Brazil and Australia raised objections to the WTO about the subsidies. The ruling by the WTO has been delayed July due to the Covid pandemic.

Sugar prices had trended higher over the past seven weeks up to a 9-1/4 month high Nov 17 on concern that Brazil&39;s dry conditions may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. Maxar recently said that Brazil&39;s sugar-growing regions had received only 5%-25% of average rain in the past few months, leaving crops "extremely dry." Also, a La Nina weather pattern could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.

In a bullish factor, ISO on Nov 17 cut its global 2020/21 sugar production estimate and increased its global 2020/21 sugar deficit estimate. ISO projects that global 2020/21 sugar production will increase by +0.9% y/y to 171.1 MMT. ISO also said the global 2020/21 sugar market would fall into deficit by -3.5 MT a +1.86 MMT surplus in 2019/20.

In another bullish factor, France&39;s Agricultural Ministry on Nov 16 cut its 2020 French sugar-beet production estimate to a 19-year low of 27.2 MMT an Oct estimate of 30.5 MMT due to drought. France is the largest sugar producer in the European Union.

Sugar prices are also seeing support the smaller sugar crop in Thailand, the world&39;s second-biggest sugar exporter, which has been decimated by drought. The Thailand Sugar Mills Corp said Oct 2 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production would fall -13% y/y to an 11-year low of 7.2 MMT as dry weather this year ravaged cane plantations.

Big Picture Sugar Market Factors: World sugar production in 2020/21 (Apr/Mar) is expected to climb +0.9% y/y to 171.1 MMT after falling -8.4% in 2019/20 to 169.6 MMT (ISO). The world sugar deficit in 2020/21 is expected to widen to a -3.5 MMT deficit a +1.86 MMT surplus in 2019/20 (ISO). Sugar production by Brazil, the world&39;s largest sugar producer, in 2020/21 (Apr/Mar) will climb by +32% y/y to 39.3 MMT 29.8 MMT in 2019/20, as millers divert 46.4% of cane juice to produce sugar (up 34.9% in 2019/20) due to the weak outlook for ethanol demand and prices (Conab). Sugar production by India, the world&39;s second-largest sugar producer, in 2019/20 will fall -15% y/y to a 3-year low of 28 MT due to drought and a delayed monsoon season (India&39;s National Federation of Cooperative Sugar Factories Ltd).

A BP Bunge Bioenergia, joint venture brasileira de açúcar e etanol controlada pelas gigantes de commodities, aproveitou o que chamou de "condição rara do mercado" para avançar na fixação de preço das vendas do adoçante nas próximas duas safras.

A companhia, que acaba de completar um ano de operação conjunta e opera 11 usinas em cinco Estados brasileiros, já fixou 60% de suas vendas de açúcar da temporada do ano que vem e 40% de suas vendas de 2022, disse o CEO Geovane Consul em uma entrevista na sexta-feira.

"Aproveitamos uma situação de alta dos preços do açúcar em Nova York ao mesmo tempo em que a moeda local estava caindo fortemente, o que é bastante raro", disse Consul à Reuters, acrescentando que os preços médios para 2021 estão 10% acima do ano anterior, enquanto os preços para 2022 são 8% superiores aos de 2021.

Os preços do açúcar bruto na ICE atingiram uma máxima de nove meses de 15,66 centavos por libra no mês passado e foram negociados perto de 15 centavos durante a maior parte de outubro e novembro, quando a moeda brasileira estava perto de mínimas históricas em relação ao dólar, uma combinação que impulsionou os ganhos em moeda local para as usinas brasileiras.

O aumento do preço do açúcar foi causado principalmente por reduções de produção em regiões como Tailândia e Europa, combinadas com a formação de uma grande posição comprada de fundos.

"Paramos de fazer hedge agora com a valorização do real. Há também a perspectiva de possíveis problemas de safra no Brasil por conta do clima, então decidimos interromper a fixação do preço", acrescentou.

Consul e o presidente do conselho da BP Bunge, Mario Lindenhayn, manifestaram preocupação com os efeitos de uma prolongada seca nas principais regiões produtoras, mas observaram que a cana é uma cultura resiliente e pode se recuperar, o que faz a empresa adotar cautela nas projeções, algo que deve ficar mais claro somente em fevereiro.

O Brasil exportou quase 22 milhões de toneladas de açúcar bruto de janeiro a outubro, contra 13 milhões de toneladas na mesma época do ano anterior, segundo dados oficiais.

A China comprou 3,7 milhões de toneladas no período em comparação com 1,27 milhão de toneladas um ano antes, um fator que a BP Bunge vê como positivo para os preços do açúcar no futuro, à medida que o país asiático reconstrói seus estoques.

"A China voltou com força ao mercado de açúcar... Estamos em dezembro e tem line-up (programação de navios) no porto...", disse Consul, observando que é uma situação rara, uma vez que os embarques começam a diminuir a partir de agosto --em outubro deste ano, o país registrou um recorde histórico mensal de exportações.

Por meio de um "hub" de gestão logística da chamada cadeia CTT (corte, transbordo e transporte), que conta com conceitos de Indústria 4.0 (big data, inteligência artificial, machine learning, IoT, robótica), a empresa também tem aumentado a produtividade de suas operações, elevando o uso das colheitadeiras para 15 ou 16 horas de corte/dia, ante tradicionais 9 a 10 horas diárias.

Com a atual performance, a média de colheita de cana, que no setor gira em torno das 400 a 500 toneladas/dia, chegou ao recorde de 1.100 toneladas/dia na unidade Tropical, no município de Edéia (GO), e média de 900 toneladas/dia entre as 11 usinas da empresa.

Na safra atual, a empresa ainda tem três unidades rodando, com duas usinas paulistas (Moema e Guariropa) próximas de finalizar as operações na safra, quando a empresa maximizou a destinação de cana para açúcar para mais de 45% na média do grupo.

Para o primeiro ano de operação conjunta, a empresa estimou possibilidade de ganhos de sinergias de 1,5 bilhão de reais, e segundo os executivos parte está sendo capturada na temporada 2020/21.


SOYBEAN - SOJA
 

Por volta de 8h20 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 1 e 1,50 ponto, levando o janeiro a US$ 11,69 e o março a US$ 11,71 por bushel., mas perdeu força ao longo do dia e fechou em queda de -0,45% para Jan/21 e Mar/21 , apesar que estas perdas recentes da soja em Chicago são exageradas e podem ser revertidas com a confirmação de safras menores na América do Sul.

SOJA - CME - CHICAGO
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)
jan/21 11,63 -5,25 -0,45
mar/21 11,65 -5,25 -0,45
mai/21 11,6375 -4,5 -0,39
jul/21 11,6075 -4,25 -0,36
Última atualização: 17:00 (03/12)  
       

"Vai ser uma briga interessante nos próximos dias e acredito, particularmente, que há uma grande probabilidade de termos um rally até o Natal, especialmente agora que a liberação das vacinas injetou um maior apetite ao risco e especulação aos investidores", explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da TradeHelp. 

O novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA será reportado na próxima quinta-feira, 10 de dezembro, e o mercado já espera, ao menos, uma correção para cima das exportações norte-americanas. 

Os mapas atualizados sinalizam uma redução das chuvas para o Rio Grande do Sul e, principalmente para a Argentina nos próximos 10 dias, tanto no modelo europeu, como americano, "e isso é um fator fundamental muito importante", diz Sousa. "Começamos a ver uma mudança para o Rio Grande do Sul que, neste momento, está bem umidade, mais tranquilo. Mas os mapas indicam alguma mudança". 

O cenário de clima sul-americano, portanto, segue determinante para o andamento da commodity em Chicago, uma vez que o mercado não tem espaço, ainda como explica o analista, para uma quebra da safra 2020/21. Os Estados Unidos têm estoques já muito ajustados de soja e mais de 80% do total projetado para ser exportado comprometido com mais nove meses de ano comercial pela frente. 

"Acho que ainda não vimos o fundo do poço e nem o mercado fazendo as máximas. Aquele nível de US$ 12,00 que o mercado tentou romper por cinco vezes ainda vai dar trabalho. Se o clima ajudar, os fundos vão continuar comprando e ninguém terá coragem de enfrentar os fundos com o clima adverso. Então, acho que a tendência de alta está mantida", diz o diretor da Labhoro. 

  soja US$ 5,13  
         
  B3 (Bolsa)      
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR  
nov/20 25,85 132,6105 1,10%  
     
Última atualização: 16:14 (04/12)  
         

Toda essa preocupação com a oferta se dá diante de uma demanda muito forte que segue presente no mercado, como sempre, liderada pela China. "A China vai voltar a comprar do Brasil e esse ano já supera as 100 milhões de toneladas. A recomposição da suinocultura foi muito mais rápido do que se imaginava", afirma o analista. "A estrutura da China voltou com força total".

Em sua análise, Sousa cita ainda o apoio às altas da soja em Chicago vindo também do dólar em queda não só frente ao real, mas também externamente. A moeda americana fechou com perda de 1,94% e valendo R$ 5,14.

O Grupo Syngenta anunciou na Argentina um acordo de grandes proporções com a Sinograin – empresa responsável pela exploração da reserva de grãos e óleo da China. A iniciativa Agri Value Chain visa melhorar as condições das operações de barter, exportar diretamente os grãos e seus derivados para o mercado chinês e promover a cooperação de toda a cadeia agroindustrial.

Por outro lado, o acordo trará um plano de investimentos da Syngenta que permitirá à empresa fazer melhorias na infraestrutura de suas duas plantas de processamento de sementes e de seus centros de pesquisa, localizados no sul da província de Santa Fé. Antonio Aracre, diretor-geral da Syngenta na América do Sul, destacou que estão “abertas as portas para o mercado [chinês] que é o que mais cresce e o que mais demanda”.

Aracre destacou a Agri Value Chain como um projeto estratégico fundamental para a integração na cadeia de valor. “Começaremos a conectar os produtores argentinos com os importadores chineses. Aos produtores vamos repassar todas as vantagens competitivas do câmbio, enquanto ao Estado garantiremos um timing extremamente eficiente na liquidação do câmbio”, disse o executivo no anúncio oficial, que contou com a presença do presidente argentino Alberto Fernandez.

O diretor-geral da Syngenta na América do Sul ressaltou ainda que a agricultura argentina tem uma vantagem competitiva única. “Estamos investindo mais de US$ 25 milhões para aumentar nossa capacidade. As commodities são produzidas de forma eficiente, de uma forma que em poucos lugares ocorre. O que fizemos com a soja tem a ver com milho, para produzir carne e gerar empregos”.

De acordo com ele, “haverá uma nova revolução do emprego ligada às ciências do conhecimento, biotecnologia, mundo digital e agricultura de precisão. Imagino muitos outros drones voando pelos campos e fornecendo informações para tratar ervas daninhas e doenças. Estamos comprometidos com as novas gerações. Estados comprometidos com a sustentabilidade, mas é um conceito holístico. Não pode estar atrelado a menos trabalho”.

SOJA - PREMIO  
CONTRATO VALOR  
dez/20 250  
mar/21 75  
abr/21 65  
mai/21 70  
Última atualização: 04/12/2020  

No mercado CIF China, a atividade voltou a ser leve nesta sexte-feira devido às margens fracas, com os preços dos trituradores analisando os embarques de soja brasileira no terceiro trimestre de 2021.

“Os trituradores procuraram julho a 172 c/bu sobre os futuros de julho versus ofertas indicadas a 180 c/bu sobre os mesmos futuros. Para os embarques do mês anterior, os prêmios foram em grande parte inalterados com o embarque de janeiro do Golfo a 215 c/bu  sobre os futuros de janeiro e o mesmo envio para PNW indicado em 190 c/bu sobre os futuros de janeiro”, comenta.

O indicador CIF China para embarque de janeiro da origem mais barata foi avaliado em 210 c/bu em relação aos futuros de janeiro, o que equivale a US$ 506,75/t, um aumento de US$ 3,75 em relação à avaliação anterior. “Nos EUA, os prêmios das barcaças também permaneceram inalterados em meio a pouca atividade, deixando os preços fixos para subir com os futuros. As barcaças de janeiro ficaram em US$ 457,50/t e as cargas a US$ 469,25/t, deixando aumento de 32 c/bu ($9/t)”, completa.

“O movimento do dólar teria tido  impacto na liquidez no Brasil  no mercado de papel,  com muito pouco negociado e ofertas e contra-ofertas amplas para os próximos meses, não mostrando nenhum movimento real de qualquer maneira. Para o jornal de julho, as negociações de CFR tiveram grande impacto com o FOB Paranaguá marcando 4 c/bu mais alto em 118 c/cu sobre os futuros de julho. Isso deixou os preços fixos para pegar a maioria dos ganhos futuros com o embarque de fevereiro avaliado em US $ 470,75/t e março em um inverso de US$ 14/t. Os embarques de Santos em uma base FOB ficaram em US $ 3,75 /t mais alto”, conclui.

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
03/12/2020 157,78 0,22% -2,47% 30,72  
02/12/2020 157,44 -2,01% -2,68% 30,02  
01/12/2020 160,67 -0,68% -0,68% 30,7  
30/11/2020 161,77 -0,33% -1,08% 30,22  
27/11/2020 162,31 0,66% -0,75% 30,46  
           

O Brasil vai fechando mais uma semana com poucos novos negócios sendo efetivados no mercado da soja. Os preços se acomodaram nos últimos dias, acumulam perdas de até 20% no últimos 30 dias em algumas praças, e afastam aina mais os já distantes vendedores do mercado. Parte desta pressão vem do câmbio, mas também com os compradores se retirando do mercado com a chegada do final do ano. 

"A maioria das indústrias já está parada e os produtores já venderam bastante. Temos apenas negócios escassos e agora não há novos fechamentos", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. 

No intervalo de 3 de novembro a 3 de dezembro, o dólar comercial perdeu mais de 10%, passando de R$ 5,75 para R$ 5,13. As baixas recentes se deram, principalmente, com melhores notícias sobre a economia do Brasil. No terceiro trimestre do ano, dados dos PIB (Produto Interno Bruto) trouxeram um crescimento recorde de 7,7%, de acordo com o IBGE.

Nos primeiros quatro dias de dezembro, de acordo com a agência de notícias Reuters, o real já apresenta uma valorização de 3,6%, enquanto o dólar se mantém próximo de sua mínima em quatro meses. Assim, este passa a ser, em meses, o melhor desempenho da moeda brasileira desde 3 de novembro. 

"Vemos uma janela de oportunidade para aumento de otimismo em relação aos ativos brasileiros nos próximos meses", disseram analistas do Barclays em nota, ainda segundo a Reuters. 

A volatilidade para o dólar, todavia, deve se estender para o próximo ano, focado não só nas questões internas, mas também no andamento da retomada da economia global no pós pandemia. 

Dessa forma, algumas praças como Sorriso, em Mato Grosso, acumulam uma perda de 20%, com sua referência para a soja disponível passando de R$ 175,00, em 3 de novembro, para R$ 140,00 por saca. Já em Tangará da Serra, a perda foi mais tímida - de 1,75% - com o valor caindo de R$ 160,00 para R$ 158,00. 

               
Preço soja referência (chicago ):$/MT 519,19   04/dez    
               
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 512,61   04/dez    
               
Preço Brasil - MI - Paranaguá: $/MT 503,57   04/dez    
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 155 por saca    
               

No Mato Grosso do Sul, em São Gabriel do Oeste, a perda foi de 11,76%, com o preço passando de R$ 170,00 para R$ 150,00 por saca; em Jataí, Goiás, perda de 7,05% no mesmo intervalo de R$ 156,00 para R$ 145,00; e em Castro, no Paraná, a saca da oleaginosa foi de R$ 160,00 para R$ 147,00, com uma baixa acumulada de 8,13%. 

Ainda como explica Brandalizze, as indústrias estão bem abastecidas, fecharam bem o ano - apesar das margens um pouco mais ajustadas dada a pouca oferta e os preços do grão bastante elevados, em patamares recordes - e devem começar 2021 "com o pé no acelerador". E assim, o setor deverá, portanto, dominar a demanda no começo do próximo ano. 

Depois do dia 10 de janeiro, as atividades serão reestabelecidas e a procura pela matéria-prima será intensa, puxada, principalmente pelo setor de rações. "O Brasil deverá seguir como grande exportador de proteínas, e teremos também a demanda do setor do óleo", diz o consultor. 

Para o ano que vem, além das projeções de exportações maiores de carnes pelo país, há a previsão ainda do B13, ou seja, a mistura de 13% de biodiesel - onde a principal matéria-prima é o óleo de soja - no óleo diesel. E por isso, Brandalizze não aposta em uma disputa entre exportações e demanda interna no começo de 2021, mas sim um destaque do consumo interno. 

"Além disso, o mercado interno ainda paga melhor do que a exportação e a China está bem comprada também para os próximos meses", complementa Brandalizze. 

Da safra nova, são mais de 165 milhões de toneladas já comercializadas pelos produtores brasileiros e, frente a um desenvolvimento ainda bastante incerto diante das adversidades climáticas, o sojicultor segue evitando novos negócios. "O atraso que se deu, principalmente no começo do plantio, assustou todo mundo e agora as vendas novas são escassas", diz o consultor. 

Também sentindo alguma pressão do dólar - mesmo sendo sustentada pelos altos níveis em Chicago e pelos prêmios positivos - os atuais patamares de preços nos portos para a soja da safra nova nos portos do país variando entre R$ 137,00 e R$ 141,00 por saca também não atraem os vendedores. 

"Esse é um mercado típico de final de ano, de dezembro, é calmaria", conclui Vlamir Brandalizze.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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