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Análise diaria mercado agricola milho soja açucar

Publicado em 23/11/2020 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO

O mercado internacional de milho registrou, no encerramento da última semana, boas compras da Coréia do Sul e preços que permaneceram de estáveis a mais fracos, segundo o que afirmou a TF Agroeconômica. “Na Ásia, a Nonghyup Feed Inc (NOFI) da Coreia do Sul comprou 200.000 t de milho de ração em uma licitação fechada na sexta-feira. A empresa comprou 66.000 t da Pan Ocean a US$ 243,20/t, 68.000 t da Bunge a US$ 241,99/t e 66.000 t da ADM a US$ 241,99/t CFR Coreia do Sul. As cargas devem ser entregues na Coreia  do Sul entre 30 de abril e 25 de maio”, comenta.

miho  
       
  B3 (Bolsa)    
jan/21 81,15 0,30%  
mar/21 80,88 0,07%  
mai/21 75,73 -0,21%  
jul/21 68,5 2,09%  
Última atualização: 17:56 (23/11)  
   

“O Comitê de Líderes de Alimentação (FLC) também encerrou uma licitação comprando  68.000 toneladas da Bunge a US$  241,99/t para a carga originada em todo o mundo e entregue à Coreia do Sul até 20 de maio”, completa.

Nos mercados de origem, as ofertas de milho ucranianas para carregamento de  dezembro  permaneceram estáveis na sexta-feira, com o menor carregamento ouvido para dezembro em US$ 235/t FOB HIPP contra US $ 233 /t FOB HIPP. “Enquanto isso, a menor oferta para janeiro foi de US$ 235,50 /t FOB HIPP, enquanto o bid foi de US$ 234 /t HIPP. As ofertas de novas safras para o carregamento de outubro a dezembro de 2021 permaneceram com um prêmio de 99 a 100 centavos sobre o contrato de dezembro de 2021, contra a maior oferta relatada com um prêmio de 85 centavos”, indica.

“Na Argentina, as expectativas de chuvas pesaram no mercado interno, com os agricultores  reportando estar interrompendo as vendas novas tanto para a safra antiga quanto para a nova. Para o embarque de março, as ofertas foram vistas em 118 c/bu sobre os futuros de maio com lances chegando a 108 c/bu, subindo 3 c/bu e 2 c/bu abaixo, respectivamente, de ontem”, conclui.

A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve um dia de ganhos para os preços futuros do milho nesta segunda-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 3,25 e 5,75 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,26 com alta de 3,25 pontos, o março/21 valeu US$ 4,33 com elevação de 5,00 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,36 com valorização de 5,75 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,36 com ganho de 5,50 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,71% para o dezembro/20, de 1,17% para o março/21, de 1,40% para o maio/21 e de 1,40% para o julho/21.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
23/11/2020 80,06 -0,19% -2,23% 14,72  
20/11/2020 80,21 0,24% -2,05% 14,93  
19/11/2020 80,02 -0,52% -2,28% 15,06  
18/11/2020 80,44 -0,59% -1,77% 15,05  
17/11/2020 80,92 0,47% -1,18% 15,16  
           

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os grãos estiveram em alta no comércio da madrugada em meio a preocupações contínuas com o clima seco na América do Sul. Vários estados do Brasil ainda enfrentam clima seco, incluindo Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, de acordo com o Commodity Weather Group.

O CWG disse ainda, que 10% das áreas de cultivo da Argentina estão "notavelmente secas", embora isso possa se expandir nas próximas duas semanas. Mesmo assim, alguns aguaceiros estão na previsão desta semana.

Os preços futuros do milho operaram em alta durante toda a segunda-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações entre 0,94% negativo e 2,09% por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 81,00 com elevação de 0,11%, o março/21 valia R$ 80,84 com ganho de 0,02%, o maio/21 era negociado por R$ 75,18 com perda de 0,94% e o julho/21 tinha valor de R$ 68,50 com valorização de 2,09%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze a B3 em alta segue a linha de acompanhar as elevações dos cambiais do dólar ante ao real, que acaba valorizando as posições em R$ 1,00 acima do que estava na semana passada.

“O milho continua sendo um produto exportável brasileiro apesar de não estar tendo negócios porque internamente não temos oferta e a demanda interna está pagando um pouco mais do os portos. Mas o Brasil é o segundo principal exportador mundial e a B3 segue essa linha, o porto está puxando R$ 1,00 as cotações e ela acaba também trabalhando positiva”, explica.

“Nossas previsões sempre foram de queda a curto prazo, mas, a médio e longo prazo começam a reverter para cima, diante dos problemas que ocorrem sobre a safra de verão no RS, Oeste de SC e do PR e que devem se agravar a partir de março, quando acabar o estoque curto da safra de verão nestes estados, que são grandes consumidores de milho. Para o primeiro semestre de 2021 os preços devem continuar muito firmes, no Brasil”, completa a TF.

 

FATORES DE ALTA

- Boa demanda externa: no seu relatório de novembro o USDA quase dobrou a sua estimativa de importação de milho pela China, passando de 7 para 13 milhões de toneladas para o ano comercial de 2020/21;

- Provável safra americana de milho menor: no mesmo relatório o USDA reduziu a sua estimativa da safra americana de milho de 2020/21 de 373,95 milhões de toneladas para 368,49 MT, queda de 10,54 milhões de toneladas, o que é bastante significativo;

- Provável quebra da safra de verão nos principais estados consumidores do Brasil. No seu levantamento de novembro a Conab estima uma redução de 2% na área plantada com milho no Brasil e reduziu em 0,3% a sua estimativa de produção em relação à estimativa de outubro, devido aos problemas climáticos em alguns dos principais estados produtores.

FATORES DE BAIXA

- Preços pararam de subir ao atingirem níveis semelhantes aos da importação, como mostram os gráficos do Cepea em Campinas e na B3 abaixo;

- Embora haja a continuação da forte demanda de exportação para 2021, o dólar deverá jogar contra, estando prevista queda dos atuais níveis de R$ 5,38 para R$ 4,10 dentro dos próximos 12 meses, justamente os de maior exportação de milho.

Continua a tentativa dos compradores gaúchos de se abastecer no Mato Grosso do Sul, com pouco sucesso, por  enquanto, apenas lotes esporádicos, mas que deverão aumentar  à medida que faltar matéria-prima, antes do início da colheita. As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica.

“O milho local fechou o dia em R$ 90,00 em Ibirubá, R$ 89,50 em Vacaria, R$ 89,00 em Ijuí e Santa Rosa, R$ 87,00 em Passo Fundo e R$ 86,0 em Carazinho. As demais localidades estão entre R$ R$ 84,00 e R$ 86,00. O preço de exportação não teve indicação novamente, mas os vendedores estão buscando wash-out, porque, mesmo pagando prêmios, os preços compensam”, comenta.

Em Santa Catarina, a safra atingida pela estiagem e os compradores estão tentando se abastecer fora do estado. 

“Os  preços  do  milho  local  continuam  a  R$  91,00/saca em Campos Novos  e  a  R$  89,00  em  Concórdia,  Joaçaba  e  Mafra.  A  seguir  os preços  de  R$  86,00  no  Alto  Vale  do  Itajaí,  que  subiram  um real/saca. Em Chapecó a semana fechou a R$ 84,00/saca.  Os preços para o produtor fecharam a R$ 78,00/saca no Alto Vale do Itajaí, R$ 76,50 em Campos Novos, R$ 76,00 Concórdia e Joaçaba, R$ 74,00 em Pinhalzinho, R$ 70,25 em Xanxerê”, indica.

No Paraná, houvde aumento de oferta. “Pedidas de R$ 80/saca no geral, mas o mercado comprador está devagar no começo dessa semana. Negócios apenas em volumes regionais, menores. Preços negociados a R$ 78 FOB no Sudoeste. Compradores indicando abaixo disso, por volta de R$ 76,00/saca como ideia para tentar negócio”, conclui a consultoria.

A segunda-feira (23) chega ao final com os preços do milho levemente mais baixos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações nas praças de Londrina/PR (1,45% e preço de R$ 70,00) e Luís Eduardo Magalhães/BA (1,54% e preço de R$ 66,00).

Já as desvalorizações apareceram apenas em Panambi/RS (1,19% e preço de R$ 80,04), Castro/PR (1,32% e preço de R$ 75,00), Dourados/MS (1,33% e preço de R$ 74,00), São Gabriel do Oeste/MS (1,41% e preço de R$ 70,00) e Oeste da Bahia (3,68% e preço de R$ 65,50).

       
miho  
       
Chicago (CME)  
CONTRATO US$/bu VAR  
DEC 2020 426,5 3,25  
mar/21 433,25 5  
MAY 2021 436,5 5,75  
jul/21 436,25 5,5  
Última atualização: 17:03 (23/11)  
       

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “de maneira gradativa, no mercado físico do milho tem tido alterações. Os compradores estão mais recuados com o menor volume de confinamento e alojamento de aves. O vendedor está mais disposto a negociar, mas ainda calmo”.

Ainda nesta segunda-feira, a Conab divulgou sua nota semanal apontando que as chuvas na semana passada aliviaram muitos produtores de milho, especialmente os do Sudeste e de parte do Centro-Oeste, tendo em vista que favoreceram o desenvolvimento das lavouras da safra de verão 2020/21.

“Já no Sul do país, as precipitações ainda são pontuais e agricultores, preocupados, seguem à espera de maiores volumes. Nesse cenário, os preços de comercialização do milho continuam registrando movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, as recentes chuvas deixaram agentes mais otimistas quanto à produção da safra de verão e, por isso, houve um ligeiro aumento na oferta e consequente quedas nos valores”.

A publicação destaca ainda que, por outro lado, temerosos, produtores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina seguem limitando a oferta – levando, inclusive, consumidores a buscarem o milho em Mato Grosso do Sul. Esse contexto sustenta as cotações do milho nestes estados do Sul.

Enquanto isso, a agência SAFRAS & Mercado divulgou que 89,8% da área estimada de 3,855 milhões de hectares para a safra verão de 2020/21 já foram semeadas no Brasil. No mesmo período do ano passado o plantio estava concluído em 92,3% da área estimada de 4,057 milhões de hectares. Já a média de plantio dos últimos cinco anos atingia 89% no período.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da terceira semana de novembro.

Somente nesses 14 dias úteis do mês, o Brasil exportou 3.495.873 toneladas de milho não moído. Este volume representa um acréscimo de 1.224.796,9 com relação à semana anterior e já é 67,79% de tudo o que foi embarcado durante o mês de outubro inteiro (5.156.818 toneladas).

Com isso, a média diária de embarques ficou em 249.705,2 toneladas, patamar 3,15% menor do que a média do mês passado (257.840,9 toneladas). Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 21,50% maior do que as 205.514,2 do mês de novembro de 2019.

Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 636.898 no período, contra US$ 697.921,9 de todo novembro do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabilizou acréscimo de 30,37% ficando com US$ 45.492,7 por dia útil contra US$ 34.896,1 em novembro do ano passado.

O preço por tonelada obtido registrou elevação de 7,29% no período, saindo dos US$ 169,80 do ano passado para US$ 182,20 neste mês de novembro.

Na última semana, a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) elevou novamente sua estimativa de exportação de milho no mês de novembro, desta vez para 5,44 milhões de toneladas ante as 4,8 milhões de toneladas da última estimativa e das 4,15 milhões esperadas anteriormente.

Para chegar neste volume, a país ainda terá que embarcar mais 1.944.127 toneladas nos próximos 6 dias úteis do mês. Caso mantenha a média diária de exportação o volume final ficaria 445,8 mil toneladas abaixo do esperado.

De janeiro a outubro, os principais destinos das 25.162.261 toneladas de milho brasileiro foram Japão (13%), Irã (12%), Vietnã (8,7%), Espanha (8,4%) Egito (8,1%), Taiwan (7,8%) e Coréia do Sul (6,7%). Já nas origens, o cereal brasileiro exportado veio, em sua maioria, do Mato Grosso (63,7%), seguido de Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Maranhão.


SUGAR - AÇUCAR

Mar NY world sugar 11 (SBH21) on Monday closed down -0.06 (-0.39%), and Mar London white sugar 5 (SWH21) closed down -1.80 (-0.44%).

Sugar prices on Monday gave up an early advance and closed lower. Sugar prices on Monday initially opened higher on continued dry conditions in Brazil.

However, sugar gave up its gains and turned lower on weakness in the Brazilian real, which fell -0.91% to a 1-week low against the dollar on Monday. The weaker real encourages export selling by Brazil&39;s sugar producers.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$    
23/11/2020 108,68 0,56% 8,02% 19,99    
20/11/2020 108,07 0,25% 7,41% 20,12    
19/11/2020 107,8 0,08% 7,15% 20,29    
18/11/2020 107,71 1,27% 7,06% 20,15    
17/11/2020 106,36 0,78% 5,72% 19,93    
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .        
  media R$ 107,72        
  valor saco $ 19,84        
  valor ton $ 396,77  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180  
                          com 7% icms    
             

Sugar prices have trended higher over the past six weeks up to a 9-month high last Tuesday on concern that Brazil&39;s dry conditions may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. Maxar recently said that Brazil&39;s sugar-growing regions had received only 5%-25% of average rain in the past few months, leaving crops "extremely dry." Also, a La Nina weather pattern could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.

Sugar prices held most of their gains last week after Hurricane Iota slammed into Central America last Monday, bringing heavy rains and damage to sugar crops and infrastructure in Nicaragua, Honduras, and Guatemala.

A negative for sugar prices was last Thursday&39;s forecast the USDA&39;s Foreign Agricultural Service (FAS) that India&39;s 2020/21 sugar production will climb +16.8 % y/y to 33.76 MMT and that India&39;s sugar exports will climb +3.5% to 6.0 MMT.

In a bullish factor, the ISO last Tuesday cut its global 2020/21 sugar production estimate and increased its global 2020/21 sugar deficit estimate. ISO projects that global 2020/21 sugar production will increase by +0.9% y/y to 171.1 MMT. ISO also said the global 2020/21 sugar market would fall into deficit by -3.5 MT a +1.86 MMT surplus in 2019/20.

In another bullish factor, France&39;s Agricultural Ministry last Monday cut its 2020 French sugar-beet production estimate to a 19-year low of 27.2 MMT an Oct estimate of 30.5 MMT due to drought. France is the largest sugar producer in the European Union.

Sugar mills in India have held back exports as they await news on government subsidies. The World Trade Organization (WTO) is expected to rule on the

legality of India&39;s subsidies to its sugar exporters sometime this month after Brazil and Australia raised objections to the WTO about the subsidies. The ruling by the WTO has been delayed July due to the Covid pandemic.

Sugar prices are also seeing support the smaller sugar crop in Thailand, the world&39;s second-biggest sugar exporter, which has been decimated by drought. The Thailand Sugar Mills Corp said Oct 2 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production would fall -13% y/y to an 11-year low of 7.2 MMT as dry weather this year ravaged cane plantations.

Data on Oct 11 Unica was bearish for sugar as it showed Brazil&39;s Center-South sugar production in the second half of October rose +14.4 y/y to 1.7373 MMT, with the percentage of cane used for sugar climbing to 43.63% in 2020/21 32.02% in 2019/20.

Fund buying in London sugar has supported the recent rally in prices. Last Friday&39;s Commitment of Traders (COT) data showed funds increased their net-long positions of London white sugar by 3,445 positions in the week ended Nov 17 to an 8-month high of 27,030. The large long position, however, could also provide fuel for long liquidation pressure.

Intensifica-se a preocupação entre as usinas acerca de uma possível redução na produção de cana para o próximo ano consoante ao déficit hídrico que atinge boa parte das regiões canavieiras do Centro-Sul. Ainda que admita-se que muita água pode rolar por debaixo da ponte, ou muita chuva ainda pode cair sobre os canaviais até março, já se fala em uma perda de pelo menos 5% na produção de cana para a safra 2021/2022.

Esse número, se confirmado, pode ser extremamente danoso para a disponibilidade de açúcar de exportação no próximo ano e, evidentemente, terá seus reflexos de maneira vigorosa nos preços da commodity negociada no mercado futuro de açúcar em NY.

É muito difícil qualquer previsão com um mínimo de acerto a essa altura porque – como dissemos – vai depender da compensação desse déficit hídrico, dos tratos culturais e da quantidade de sacarose, entre outros fatores. Esta foi uma safra de extraordinária produtividade, mas consensualmente acredita-se que a próxima experimentará uma redução substancial na quantidade de açúcar produzido por tonelada de cana, trazendo a média do Centro-Sul mais perto dos históricos 138kg por tonelada de cana moída.

Segundo os dados da UNICA, o Centro-Sul produziu até 1º de novembro, 564,9 milhões de toneladas de cana, com um mix de 46.69% de açúcar e uma ATR média 144,89kg por tonelada, resultando em uma produção total de 36,4 milhões de toneladas de açúcar.

A produção de açúcar acumulada até o início de novembro nas últimas doze safras representou em média 89.7% da produção total daquele ano safra, mas nos últimos cinco anos essa média subiu para 91.4%. Tudo leva a crer que vamos encerrar o ano (que vivenciou uma aceleração na produção) ao redor de 38.5 milhões de toneladas de açúcar.

Voltando ao ano que vem e assumindo como factível essa propalada redução de 5% na produção de cana no Centro-Sul, com as usinas continuando a priorizar a produção de açúcar devido aos preços remuneradores observados durante toda essa safra corrente e, por fim, admitindo uma ATR média de 138kg por tonelada, a estimativa da produção de açúcar para a safra 2021/22 é de 34.5 milhões de toneladas, ou seja, o Brasil poderá produzir 4 milhões de toneladas de açúcar a menos no ano que vem !!!

O cenário acima está longe de ser fantasioso. Está, ao contrário, muito bem plantado no terreno da exequibilidade. E pode ter consequências na equação da oferta e demanda mundial de açúcar para o próximo ano. Tanto mais vigorosa poderá ser a reação dos preços do açúcar em NY quanto mais rapidamente a economia global se recuperar dos efeitos da pandemia caso uma vacina seja disponibilizada.

Isso não desdiz o que temos dito neste espaço há meses. Fixação de preços de açúcar de exportação nos níveis que temos visto são atraentes, pagam os custos de produção com larga margem e distribuem gordos dividendos aos acionistas. Várias empresas do setor têm divulgado balanços demonstrando um alto percentual de açúcar de exportação fixado para a safra 2021/22. Muitas já avançaram inclusive com fixação para a 22/23 e algumas – supreendentemente – estenderam proteções até para a longínqua safra 23/24.

Uma subida pujante nos preços pode machucar os hedges de venda via chamada de margem e estimular coberturas das posições em futuros de maneira caótica. Temos sugerido a compra de calls (opções de compra) out-of-the-money (opções fora-do-dinheiro) com preço de exercício em torno dos 16 centavos de dólar por libra-peso para atenuar as chamadas de margem e eventual participação na alta do mercado, agregando valor ao hedge inicial. O ideal é ter a sua própria conta de futuros, pois operações de balcão podem ter um custo adicional de pelo menos R$ 30 por tonelada fixada.  

Temos um longo caminho até a expiração do contrato futuro de NY para março/21 e resta-nos apenas deduzir qual será o jogo do spread março/maio, há tempos em execução, a ser desempenhado pelos principais participantes do mercado (especuladores, fundos, tradings, refinarias, entre outros). Nós temos nossas pressuposições já externadas em comentários passados.

A demanda acentuada de açúcar brasileiro que elevou em 57% a exportação do produto no espaço de doze meses pode abrandar nos meses seguintes. O Brasil está ocupando espaços de consumo não preenchidos pela redução de disponibilidade de açúcar tailandês. O consumo global, embora ainda não tenhamos os dados que refletem o enxugamento provocado pela pandemia, já eram preocupantes antes dela. Um consumo que crescia 0.46% ao ano antes da pandemia, certamente será impactado quando os números forem conhecidos. Só a Índia, por exemplo, devido ao lockdown do covid-19 viu desaparecer o consumo intenso que normalmente ocorre todos os anos no mês de maio (maior incidência de festas de casamento naquele país) e durante o Ramadã (o país conta com mais de 170 milhões de muçulmanos). Juntas, o cancelamento das duas celebrações pode ter representado um encolhimento no consumo de 1.5 milhão de toneladas de açúcar.

De hoje até meados de fevereiro os fundos tem duas alternativas: podem rolar sua imponente posição comprada para o vencimento seguinte, o que implicaria em formidável pressão sobre o vencimento março/21 ou podem, simplesmente, liquidar a posição vendendo-a. E aqui, acredito, pode haver uma fagulha de vulnerabilidade. Se os fundos venderem os 257,286 contratos quem estará do outro lado comprando?  Esse cenário piora se a situação da pandemia continuar assustando a economia global.  


SOYBEAN - SOJA 
 

O mercado da soja na Bolsa de Chicago começa a semana registrando altas superiores a 1% mais uma vez nesta segunda-feira (23). Os contratos mais negociados, por volta de 7h30 (horário de Brasília), subiam entre 11 e 14,50 pontos nos principais, com o janeiro/21 sendo cotado a US$ 11,95, bem como o março/21. 

SOJA - CME - CHICAGO  
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)  
jan/21 11,915 10,5 0,89  
mar/21 11,925 11,25 0,95  
mai/21 11,91 11,5 0,97  
jul/21 11,8625 12,5 1,06  
Última atualização: 17:00 (23/11)    
         

Segue a tradução dos fundamentos pelos traders, com foco especialmente na demanda intensa pela oleaginosa americana, e no clima adverso nos EUA. As condições climáticas ainda são bastante ruins em partes do Brasil, da Argentina e do Paraguai e há uma grande preocupação com as ameaças sobre a oferta 2020/21 sul-americana. 

No entanto, "com o alguns objetivos altistas já alcançados e o feriado do Dia de Ação de Graças na quinta-feira (26) é possível vermos alguma pressão dos movimentos de garantia de lucros durante a semana, ainda mais sendo um final de semana extremamente lucrativo para o milho e a soja", explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da TradeHelp. 

Ainda assim, Cachia acredita que "as polêmicas sobre o La Niña e a produtividade devem continuar. É cedo ainda na temporada, mas uma coisa é certa, o clima é irregular e já descartamos o potencial de uma safra cheia a região", complementa Cachia.

Durante a semana passada, o mercado fez ma nova trajetória positiva acompanhando dois principais fatores: a oferta limitada e a demanda muito latente no mercado global. Além dos baixos estoques nas principais origens, as novas safras - que agora se desenvolvem na América do Sul - continuam ameaçadas pelo clima adverso, e já estão bastante comprometidas. A comercialização antecipada aconteceu, principalmente, no Brasil, onde devemos chegar a janeiro com quase 70% da safra 2020/21 já vendida. 

"Os estoques mundiais divulgados pelo USDA de 20 milhões de toneladas no Brasil, 27 milhões na Argentina e 27 milhões na China, e que somam 74,0 milhões inexistem. Então, se descontar esse total do estoque mundial divulgado pelo mesmo USDA de 88 milhões, sobrariam apenas 14,0 milhões como um estoque mundial realista, e suficiente para apenas 14 dias do consumo", explica o especialista no complexo soja e diretor do SIMConsult, Liones Severo, 

O consumo diário mundial de soja, como relata Severo, cresceu em 2020 para mais de 1 milhão de toneladas da oleaginosa. Na China, maior consumidor da commodity, seu esmagamento semanal passa a ser de mais de 2 milhões de toneladas. Enquanto isso, se registram problemas nas atuais temporadas de Brasil, Argentina e Paraguai, que juntos somam, aproximadamente, 56% da oferta global de soja.

A China comprou duas cargas nos EUA e três no Brasil, onde houve uma “pequena explosão comercial” na sexta-feira, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. Pelo menos quatro grandes trituradores privados buscaram embarques de soja brasileira nesta sexta-feira, nenhum dos quais confirmou nenhuma compra.

“As ofertas de soja brasileira foram em grande parte estáticas no dia, com março em torno de 155 c/bu sobre os futuros de março e maio em 145-147 c/bu sobre os futuros de maio. Para a origem PNW, o embarque de janeiro foi oferecido estável em torno de 210 c/bu sobre os futuros de janeiro na CFR china base. Os mercados de barcaças CIF para janeiro foram mais firmes em oferta mais apertada e reduzindo ligeiramente a margem de elevação para esse embarque para 38 c/bu”, comenta a consultoria.

  soja US$ 5,43  
         
  B3 (Bolsa)      
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR  
nov/20 26,21 142,3203 0,00%  
     
Última atualização: 13:00 (23/11)  
         

As cargas FOB foram pouco discutidas e marcadas em 115 c/bu para janeiro com base em ofertas de CFR, o que equivale a US$ 476,50/t. “No Brasil, houve uma pequena  explosão de atividade comercial que apontou  para  uma  base  ligeiramente  mais  firme  para  fevereiro, embora o restante das principais datas de embarque exportado parecesse inalterado. Fevereiro negociado a 106 c/bu e março a 65 c/bu sobre os futuros de março, com abril ouvido mudando de mãos em 57 c/bu sobre os futuros de maio”, completa.

No porto chinês de Dallian a soja recuou para US$ 802,04 contra US$ 810,32 do dia anterior; o farelo de soja avançou para US$ 482,72, como os US$ 478,04 do dia anterior e o óleo de soja avançou para US$ 1.219,06 como os US$ 1.209,32 do dia anterior.

O mercado da soja alcançou os US$ 12,00 por bushel nesta segunda-feira (23) na Bolsa de Chicago, mas não se sustentou no patamar e vai terminando o pregão com US$ 11,92 no janeiro e US$ 11,93 por bushel no contrato março/21. Os ganhos entre as posições mais negociadas ficaram entre 10,25 e 12 pontos, mas ao longo do dia foram ainda mais intensas com o mercado traduzindo os fundamentos bastante fortes deste momento. 

"Essa foi a terceira tentativa, e isso quer dizer que o mercado precisa de uma força maior e, neste momento, essa força é clima (na América do Sul)", como explica o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa, em entrevista ao Notícias Agrícolas. "Com um agravamento do clima, ele não vai respeitar os US$ 12,00 por bushel", completa. 

SOJA - PREMIO  
CONTRATO VALOR  
nov/20 250  
fev/21 105  
mar/21 65  
mai/21 60  
Última atualização: 23/11/2020  
     

As condições climáticas no Brasil e na Argentina permanecem desfavoráveis para o desenvolvimento do plantio e das lavouras já semeadas em ambos os países. E por isso, os produtores argentinos já começam, inclusive, a paralisar novamente a semeadura da oleaginosa diante da falta de chuvas regulares no país. 

Segundo Olívio Bahia, meteorologista do Inmet (Insituto Nacional de Meteorologia), além do Rio Grande do Sul, toda a parte oeste do Brasil tem alerta para temperaturas mais elevadas e baixa umidade do ar. Já há áreas produtoras da oleaginosa registrando atividades de replantio e, em alguns pontos do país, os trabalhos de campo pouco evoluem. 

Na Argentina, as chuvas também se mostram mal distribuídas, de baixos volumes e má distribuição. O plantio, como explica o consultor argentino Pablo Adreani, pode ser feito até o final de dezembro, porém, são necessárias condições climáticas mais favoráveis. Assim, ainda não é uma situação irreversível, mas que exige monitoramento. 

Para Adreani, a seca no Brasil e na Argentina são os principais e grande fatores para o mercado altista na Bolsa de Chicago. Há grande preocupação com a nova oferta da América do Sul na medida em que a safra dos EUA está bastante vendida e a demanda global segue crescente, principalmente por parte da China. 

Dados da Alfândega da China compilados pela Reuters Internacional dão conta de que as importações de soja em outubro foram de 8,69 milhões de toneladas, volume 41% maior se comparado ao mesmo mês de 2019. Em todo ano, as compras da nação asiática chegam a 83,214 milhões de toneladas e superam o ano passado em 18%. 

"Para a soja, este volume é 8% maior do que o recorde registrado em 2017", explica Karen Braun, especialista em commodities agrícolas da Reuters Internacional. 

               
  Preço soja referência (chicago ):$/MT 529,66   23/nov  
               
  Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 500,18   23/nov  
               
  Preço Brasil - MI - Paranaguá: $/MT 552,49   23/nov  
  PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 180 por saca  
               

De acordo com analistas internacionais, além dos fundamentos ligados ao mercado da oleaginosa na China, as importações chinesas maiores também estão ligadas à importante e pujante recuperação da economia do país no pós pandemia. 

Todavia, a recomposição dos estoques nacionais e dos plantéis chineses de suínos têm demandado muita matéria-prima para a produção de alimentação animal, o que elevou o esmagamento na China a alcançar os 2 milhões de toneladas por semana. 

Mais do que isso, as mudanças nos hábitos alimentares não só dos chineses, mas de uma série de povos depois da pandemia do novo coronavírus também ajuda a movimentar este mercado. 

"A China está recompondo os rebanhos, em janeiro a integração já fica a 80%, como antes da Peste Suína Africana, e a pandemia provocou o banimento dos mercados de aves vivas e animas exóticos, isso é um percentual bastante elevado de consumo que está sendo transferido para outras proteínas animais e essa é a grande demanda", explica Liones Severo, diretor do SIMConsult. 

E essa &39;grande demanda&39; não tem exigido compras maiores somente de soja, mas também de milho pela China, que importou em outubro 1,140 milhão de toneladas, 1,151% a mais do que no mesmo mês do ano anterior. Em todo acumulado do ano são 7,820 milhões, 97% a mais do que no mesmo intervalo de 2019. 

Do mesmo modo, as importações de trigo da nação asiática, no acumulado do ano, superam em 164% o total de 2019; 13% no caso da cevada e 449% para o sorgo, do qual já foram importadas 4,020 milhões de toneladas em todo ano de 2020. 

Aproveitando o momento, a equipe de analistas de mercado da TF Consultoria Agroeconômica elencou os fatores que podem fazer a soja subir ou descer nos próximos meses, confira:

 

FATORES DE ALTA

Provável redução da safra brasileira: a seca impedirá que sejam atingidas as metas para 2021 de 133 MT, devendo situar-se em 130 MT, quebra de 3,0 MT até o momento, mas este fator já foi absorvido pelo mercado, sendo uma das razões por Chicago estar tão alto;

Provável redução da safra americana, que passou da estimativa de 116,15 MT do USDA em outubro, para 113,5 MT do mesmo USDA em novembro, quebra de 2,65 milhões de toneladas. Este fator também já foi absorvido pelo mercado, tendo contribuído para a alta das cotações;

Aumento da demanda chinesa por farelo de soja, devido à recuperação do seu rebanho suíno, manterá a demanda alta e, com ela os prêmios sobre o grão. Este fator é o mais variável de todos, podendo oscilar mais para cima ou mais para baixo, de acordo com a origem das compras chinesas;

Os prêmios FOB Brasil (Paranaguá), para maio de 2021, passaram de 30 cents/bushel em 22/8/2020 para 75 cents em setembro, 85 cents em 20/10 e se acomodaram em 78 cents nesta sexta-feira, mostrando o aumento do interesse do mercado internacional pela soja brasileira.

Disputa entre alimento versus combustível, manterá a soja com preços elevados em Chicago, tanto nos EUA, como no Brasil. O programa de biocombustíveis do Brasil deverá contribuir fortemente para manter os preços da soja em alta no país. O mundo precisará aumentar em 3 a 4 milhões de hectares o plantio de soja para atender a estas duas fontes de demanda nos próximos anos, como disse esta semana o ex-presidente da Bunge no seminário da Platts.

 

FATORES DE BAIXA

Fundos estão aumentando suas posições vendidas, diante dos altos níveis atingidos pela soja, devendo ser mais cautelosos nas suas posições de compra;

Dólar está com tendência de baixa a curto, médio e longo prazos: fechou em queda de 1,61% nesta sexta, queda de 6,12% em novembro, embora ainda esteja 34,24% de alta no ano, embora com tendência de baixa, segundo analistas do BNP Paribas, que prevêem que uma apreciação do real é “inevitável” e o dólar poderá cair “mais perto de” 4 reais, 4,25 reais ao fim de 2021, considerando um manejo fiscal responsável. “O Brasil tem várias estrelas que estão se alinhando: (crescimento da) China, dólar fraco, retomada econômica global, gringo ainda ‘subinvestido’ no país.” O Brasil terá que elevar a Selic para refinanciar sua dívida e isto atrairá mais dólares, fazendo pressão sobre o real.

No Brasil os preços estão andando de lado há duas semanas consecutivas, após atingirem os mesmos níveis da importação, tanto do exterior, como de outros estados (MS, principalmente).

Como forma de atender a mistura obrigatória de biodiesel no diesel em momento de escassez de soja, a indústria brasileira deverá contar com importações do óleo vegetal derivado da commodity, que tinham disparado mais de 500% em outubro, antes mesmo do aval do governo para uso da matéria-prima importada na fabricação do biocombustível.

A autorização, publicada nesta quarta-feira pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, deve manter firmes as importações de óleo de soja, porque o

setor precisa do produto para participar do leilão de dezembro, que vai ofertar biodiesel para o primeiro bimestre de 2021, indicou a associação de produtores Ubrabio.

Quando a safra de soja brasileira começar a ser colhida, em janeiro, a expectativa é de que importações percam o interesse, já que a oferta interna deve aumentar fortemente.

"Diante do momento que estamos vivendo, o que deve ocorrer de fato é importação de óleo porque a importação de grão iria requerer processamento interno, o que demandaria mais tempo", disse a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), ao ser questionada pela Reuters.

As importações brasileiras de óleo de soja, que respondem por cerca de 70% da matéria-prima do biodiesel, já haviam disparado para 67,3 mil toneladas em outubro, ante 10,6 mil toneladas no mesmo período do ano passado.

Esses desembarques do mês anterior elevaram o total importado pelo país no acumulado do ano para 104,2 mil toneladas de óleo de soja, versus menos de 30 mil toneladas no mesmo período de 2019, com a Argentina e o Paraguai respondendo pela maior parte da oferta importada em 2020, com 81,3 mil e 22,8 mil toneladas, respectivamente, segundo dados do governo.

"Não estamos falando de importação de biodiesel, e sim de produção de biodiesel com matéria-prima importada", disse o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho, citado em nota da Ubrabio.

           
INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
23/11/2020 162,96 -0,40% -0,35% 29,97  
20/11/2020 163,62 -0,21% 0,05% 30,46  
19/11/2020 163,96 -0,98% 0,26% 30,87  
18/11/2020 165,59 0,07% 1,25% 30,98  
17/11/2020 165,47 0,46% 1,18% 31  
           

Além do aumento das importação do óleo vegetal, o Brasil já importou de janeiro a outubro 625,5 mil toneladas de soja, com países do Mercosul dominando a oferta --o Paraguai fornecendo 589 mil toneladas, seguido pelo Uruguai (36,3 mil tonelada). O volume total se compara a apenas 125 mil toneladas no mesmo período do ano passado, quando havia mais soja disponível a esta altura.

O uso do produto importado, antes vetado para garantir mercado à soja brasileira e pelas externalidades sociais do programa de biodiesel, ocorrerá

após o Brasil ter exportado grandes volumes em meses anteriores, com embarques concentrados que reduziram a volumes mínimos os estoques antes mesmo do final do ano.

Considerando as exportações de soja programadas até novembro, elas já somam 82,2 milhões de toneladas, versus 69,9 milhões no mesmo período do ano passado, segundo Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), com a forte demanda da China e o câmbio estimulando embarques.

Para a Ubrabio, entidade que representa produtores responsáveis por cerca de 40% da oferta do biocombustível no país e que defendeu anteriormente a medida, a liberação de matéria-prima importada irá aumentar a competição e contribuir de forma concreta para reduzir os preços, uma queixa do setor de distribuição de combustíveis, que precisa comprar o biocombustível e chegou a defender mesmo a importação de biodiesel.

A Ubrabio apontou ainda que a autorização para uso de matéria-prima importada deverá permitir o cumprimento do mandato de 12% de biodiesel no diesel no próximo leilão, após a mistura ter sido reduzida temporariamente recentemente.

"O Brasil já está importando soja, esta liberação para o uso na produção de biodiesel vai ajudar a ajustar um desequilíbrio que deve se estender até o início do ano que vem com o atraso na colheita de soja que deveria acontecer em janeiro", disse em nota o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski.

 

 

 

 

 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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