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Análise diaria mercado agricola milho soja açucar

Publicado em 16/11/2020 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO 

A Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a segunda-feira contabilizando ganhos para os preços internacionais do milho futuro nesta segunda-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 3,50 e 5,75 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,16 com valorização de 5,75 pontos, o março/21 valeu US$ 4,24 com elevação de 4,75 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,28 com ganho de 4,25 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,29 com alta de 3,75 pontos.

       
miho  
       
  B3 (Bolsa)    
nov/20 80,8 0,62%  
jan/21 80,04 -0,35%  
mar/21 79,9 -0,37%  
mai/21 74,15 -0,34%  
Última atualização: 18:00 (16/11)  

Esses índices representaram elevação, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 1,46% para o dezembro/20, de 1,19% para o março/21, de 0,94% para o maio/21 e de 0,70% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, no fechamento das negociações do CME Group na segunda-feira, os futuros de milho fecharam em alta influenciados pelo mercado de ações.

“Os mercados de grãos estão mais altos  hoje  devido aos mercados externos. A Moderna Inc. divulgou notícias positivas sobre sua vacina covid-19 após seus últimos testes e os mercados também dispararam na semana passada, quando a Pfizer fez o mesmo. O mercado de ações voltou rapidamente às máximas dos contratos, elevando o petróleo e a maioria das commodities”, diz Matt Tranel da ever.ag.

Nesta segunda-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que os embarques semanais de milho dos EUA somaram 817,476 mil toneladas, dentro das expectativas de 650 mil a 1 milhão. Assim, o acumulado chega a 8,394,860 milhões de toneladas, volume que é 68% maior do que no mesmo período do ano passado.

Os preços futuros do milho operaram durante todo o dia com leves altas na Bolsa Brasileira (B3), mas perderam força na reta final da segunda-feira. As principais cotações registravam movimentações entre 0,50% negativo e 0,62% positivo por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 80,80 com ganho de 0,62%, o janeiro/21 valia R$ 79,99 com baixa de 0,41%, o março/21 era negociado por R$ 79,80 com queda de 0,50% e o maio/21 tinha valor de R$ 74,08 com perda de 0,43%.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
16/11/2020 80,54 -0,25% -1,65% 14,83  
13/11/2020 80,74 0,24% -1,40% 14,74  
12/11/2020 80,55 -0,04% -1,64% 14,74  
11/11/2020 80,58 0,49% -1,60% 14,88  
10/11/2020 80,19 -0,89% -2,08% 14,91  
           

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, um pouco do reflexo positivo dos preços nacionais é que o mercado externo também está em alta e isso dá fôlego às exportações brasileiras. Além disso, o país segue com demanda para o setor de ração.

“É a última demanda do ano, mais umas duas semanas que as indústrias de ração devem continuar a comprar e depois vão acomodar e entrar em férias coletivas.

Então aquele produtor que tem milho e espera vender ainda nesse ano, tem mais duas semanas, depois vai ter dificuldade porque a maioria dos consumidores vai esperar a safra de verão”, diz Brandalizze.

Ainda nesta segunda-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da segunda semana de novembro.

Somente nesses 9 dias úteis do mês, o Brasil exportou 2.271.076,1 toneladas de milho não moído. Este volume já é 44,04% de tudo o que foi embarcado durante o mês de outubro. Com isso, a média diária de embarques ficou em 252.341,8 toneladas,  22,79% maior do que as 205.514,2 do mês de novembro de 2019.

A segunda-feira (16) chega ao final com os preços do milho sem muitas movimentações no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações em Pato Branco/PR (0,72% e preço de R$ 69,70), Cafelândia/PR (0,74% e preço de R$ 68,50) e Ponta Grossa/PR (1,35% e preço de R$ 75,00).

Já as desvalorizações apareceram nas praças de Amambaí/MS (1,36% e preço de R$ 72,50), São Gabriel do Oeste/MS (1,39% e preço de R$ 71,00) e Brasília/DF (1,43% e preço de R$ 69,00).

miho  
       
Chicago (CME)  
CONTRATO US$/bu VAR  
DEC 2020 416,25 5,75  
mar/21 424,25 4,75  
MAY 2021 428,25 4,25  
jul/21 429,75 3,5  
Última atualização: 17:02 (16/11)  
       

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho esteve com poucos negócios, com o comprador recuado e o vendedor calmo.

A baixa do dólar no início desta semana chama atenção para as referências nos portos, que já estavam pressionadas para baixo nas semanas anteriores”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que as negociações de milho estão lentas no mercado brasileiro.

“Diante do elevado patamar de preço, compradores adquirem apenas pequenos lotes. Esses demandantes também se atentam à desvalorização do dólar, que pode diminuir a atratividade nos portos brasileiros. Muitos vendedores, por sua vez, seguem retraídos, à espera de que compradores voltem ao mercado de forma mais intensa para recomposição de estoques”.

Além disso, os pesquisadores apontam que os produtores estão preocupados com o clima adverso e com a possível redução na safra verão. “Nesse ambiente, os valores ainda apresentam movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, refletindo as diferentes condições de mercado”.


SUGAR - AÇUCAR

Mar NY world sugar 11 (SBH21) on Monday closed up +0.51 (+3.41%). Mar London white sugar 5 (SWH21) closed up +14.00 (+3.44%).

Sugar prices on Monday rallied sharply to 8-3/4 month highs on global sugar crop concerns. France&39;s Agricultural Ministry on Monday cut its 2020 France sugar-beet production estimate to a 19-year low of 27.2 MMT an Oct estimate of 30.5 MMT due to drought. France is the largest sugar producer in the European Union. Also, Maxar on Monday said that Hurricane Iota might bring as much as 24-36 inches of rain to Central America and damage sugar crops in Nicaragua, Honduras and Guatemala.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$    
16/11/2020 105,54 0,38% 4,90% 19,43    
13/11/2020 105,14 0,36% 4,50% 19,2    
12/11/2020 104,76 -0,36% 4,12% 19,17    
11/11/2020 105,14 0,82% 4,50% 19,42    
10/11/2020 104,29 1,03% 3,66% 19,39    
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .        
  media R$ 104,97        
  valor saco $ 19,30        
  valor ton $ 385,93  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180  
                          com 7% icms    
             

Sugar prices have trended higher over the past six weeks on concern that Brazil&39;s dry conditions may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. Maxar recently said that Brazil&39;s sugar-growing regions had received only 5%-25% of average rain in the past few months, leaving crops "extremely dry." Also, a La Nina weather pattern could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.

In another bullish factor, sugar mills in India have held back exports as they await news on government subsidies. The World Trade Organization (WTO) is expected to rule on the legality of India&39;s subsidies to its sugar exporters sometime this month after Brazil and Australia raised objections to the WTO about the subsidies. The ruling by the WTO has been delayed July due to the Covid pandemic.

Sugar prices are also seeing support the smaller sugar crop in Thailand, the world&39;s second-biggest sugar exporter, which has been decimated by drought. The Thailand Sugar Mills Corp said Oct 2 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production would fall -13% y/y to an 11-year low of 7.2 MMT as dry weather this year ravaged cane plantations.

As vendas externas de açúcar foram recorde em outubro de 2020, com aumento de 121%, passando de US$ 543,96 milhões em outubro do ano passado para US$ 1,20 bilhão no mesmo mês deste ano. A quantidade exportada de açúcar foi recorde para toda série histórica, com 4,2 milhões de toneladas.

A China foi a maior importadora, com registros de US$ 311,74 milhões em aquisições ou 25,9% do valor total exportado pelo Brasil de açúcar. Outros países que compraram o açúcar foram a Índia (US$ 107,82 milhões; +33,8%), Bangladesh (US$ 85,07 milhões; +94,1%) e os Estados Unidos (US$ 61,95 milhões; +202,3%).

Ainda no setor, houve aumento das exportações de álcool, que chegaram a US$ 184,87 milhões (75,4%). Os principais importadores de álcool brasileiro foram os Estados Unidos (US$ 63,91 milhões; -1,1%), a Coreia do Sul (US$ 45,79 milhões; +53,6%) e a União Europeia (US$ 45,75 milhões; +3.681%).

A gerente comercial da USJ acredita que a temporada 2021/22 deve envolver uma moagem de cana-de-açúcar um pouco menor, mas com fixação recorde de preços do adoçante. Segundo ela, o preço do etanol precisa subir consideravelmente para que a arbitragem de preço passe a favorecer o biocombustível. “É difícil imaginar uma safra que não seja tão açucareira e voltada para a exportação como a que estamos tendo”, considera.

Quanto ao tipo de açúcar, Portellinha visualiza uma participação elevada do branco. Ainda que a produção não seja necessariamente tão alta quanto a que está sendo registrada nesta safra, o volume deve se manter bastante firme, de acordo com ela.

 

SOYBEAN - SOJA
 

Com as notícias positivas ainda sobrepondo as pontuais situações negativas do mercado da soja, os futuros da oleaginosa terminaram o dia com novas altas na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (16). As posições mais negociadas subiram entre 5,50 e 6,50 pontos, com o janeiro/21 sendo cotado a US$ 11,53 e o março/21, US$ 11,54 por bushel. 

SOJA - CME - CHICAGO  
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)  
jan/21 11,535 5,5 0,48  
mar/21 11,545 6,5 0,57  
mai/21 11,53 7,25 0,63  
jul/21 11,485 6,5 -  
Última atualização: 18:07 (16/11)    
         

Como explica o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities, a demanda muito intensa pela commodity continua no centro das atenções dos traders, em todas as esferas. Na China, o número de matrizes de suínos chega a 40 milhões de cabeças, contra 30 milhões do mesmo período de 2019, o que se traduz em mais milho e soja para ser processado em ração e alimentar os animais. 

"O controle sanitário da Peste Suína Africana faz com que a China retome seu plantel de suínas e, como maior produtor de suínos, isso é importante para a continuidade da demanda por commodities agrícolas. E no curto prazo, o grande fornecedor são os Estados Unidos", diz Araújo. 

Do mesmo modo, números da NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA) mostraram um esmagamento recorde no país em outubro - 5,04 milhões de toneladas - acima das expectativas do mercado. 

"O esmagamento acumulado próximo a 60 milhões de toneladas acaba gerando uma disputa muito grande entre mercados interno e externo, consequentemente, uma pressão sobre os estoques americanos, o que repercute positivamente nos preços em Chicago", explica o analista. 

  soja US$ 5,44  
         
  B3 (Bolsa)      
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR  
nov/20 25,45 138,448 0,08%  
     
Última atualização: 14:58 (16/11)  
         

Araújo complementa dizendo ainda que o ritmo de exportações de soja norte-americanas está bastante acelerado nesta temporada, bem como os embarques do país, traduzindo essa necessidade maior da nação asiática e a falta de oferta no Brasil neste momento, além das preocupações com o atraso na chegada da nova oferta sul-americana em função das adversidades climáticas. 

"Algumas estimativas falam que de março para frente a China vai precisar cobrir pelo menos 40% da sua demanda, então ela vai continuar ativa no mercado. E claro que esse clima adverso na América do Sul faz com que a China tenha que comprar uma soja para segunda quinzena de janeiro, primeira de fevereiro, nos EUA, já que será uma briga muito grande entre o mercado local e o externo por essa primeira soja", acredita Marcos Araújo. 

SOJA - PREMIO  
CONTRATO VALOR  
nov/20 250  
dez/20 250  
fev/21 110  
mar/21 80  
Última atualização: 11/11/2020  
     

A Argentina deve receber três complexos de suinocultura chineses que vão funcionar em formato integrado para exportação. As unidades serão construídas na Província de Chaco com um investimento previsto de US$ 129 milhões. Os estabelecimentos estarão localizados em áreas estratégicas do território provincial: um no nordeste, outro no centro e o terceiro no sudoeste.

O acordo bilateral foi assinado entre a Argentina e a empresa de capital sino-argentino Feng Tian Food (FTF). As estruturas irão usar os produtores locais como parceiros estratégicos. Cada um dos complexos vai demandar 32,3 mil toneladas de soja e 87,4 mil toneladas de milho por ano para alimentar os suínos, abastecidos pela produção local.

A empresa Feng Tian Food já tem parcerias comerciais entre os dois países e passará imediatamente a desenvolver contatos diretos com investidores chineses. Segundo autoridades locais o impacto econômico com a construção será gigantesco. Cada complexo será formado por cinco fazendas de 2.400 matrizes cada; um refrigerador de exportação; uma usina de biodiesel; um biodigestor com geração de energia; e uma planta alimentar equilibrada.

             
Preço soja referência (chicago ):$/MT 515,70   16/nov  
             
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 504,66   16/nov  
             
Preço Brasil - MI - Paranaguá: $/MT 496,32   16/nov  
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 162 por saca  
             

O embarque de soja brasileira em março foi oferecido a 161 c/bu sobre os futuros de março na CFR China versus ofertas abaixo de 150 c/bu sobre os futuros de março –5-6 c/bu de queda no dia – atingindo quase dois meses de baixa, segundo fontes do mercado. O resto da curva também caiu 4-5 c/bu no dia com o embarque de maio oferecido a 151 c/bu  sobre os futuros de maio contra lances abaixo de 145 c/bu e envio de agosto oferecido em 174-175 c/bu sobre os futuros de julho versus lances em 165 c/bu sobre os mesmos futuros.

A estatal Sinograin comprou um carregamento de soja brasileira para abril a 142 c/bu sobre os futuros de maio mais cedo nesta sexta-feira. Enquanto isso, os prêmios para a soja dos EUA também caíram, com o embarque de janeiro fora do Golfo dos EUA abaixo de 235 c/bu em relação aos futuros de janeiro e níveis negociáveis abaixo de 230 c/bu em relação aos futuros de janeiro – o menor nível desde meados de setembro deste ano.

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
16/11/2020 164,72 -0,33% 0,72% 30,32  
13/11/2020 165,27 1,85% 1,06% 30,18  
12/11/2020 162,27 -5,09% -0,78% 29,69  
11/11/2020 170,97 0,90% 4,54% 31,58  
10/11/2020 169,44 3,77% 3,61% 31,5  
           

No Brasil, a volatilidade trouxe um pouco mais de liquidez com o papel de fevereiro negociado a 105 c/bu sobre os futuros de março, com março a 33 c/bu inverso.  

No Brasil, o mercado da soja está bem menos agitado. Com o clima ainda muito irregular, assim como as lavouras, o produtor segue evitando novas vendas. Dessa forma, os preços permanecem muito sustentados e registrando níveis recordes. Boa parte desta sustentação vem dos patamares elevados na Bolsa de Chicago, bem como dos fundamentos de oferta e demanda.

Depois de subirem com força nas últimas semanas, os preços internos da soja recuaram nos últimos dias, pressionados especialmente pelo retorno das chuvas em regiões produtoras do Brasil, o que pode melhorar a situação das lavouras.

De acordo com o boletim informativo do Cepea, a desvalorização do dólar frente ao Real também influenciou as baixas internas. Entre 6 e 13 de novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá (PR) caiu 2,6%, a R$ 165,27/sc na sexta-feira, 13. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná recuou 2,2% no mesmo comparativo, a R$ 165,08/sc de 60 kg na sexta. Embora o déficit hídrico tenha retardado o semeio da oleaginosa no Brasil, as chuvas em novembro têm favorecido o cultivo – em algumas regiões, inclusive, os trabalhos estão mais adiantados do que no ano passado.

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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