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Análise diaria mercado agricola milho soja açucar

Publicado em 06/11/2020 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO 

Os preços internacionais do milho futuro contabilizavam poucas movimentações e operavam próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira. As principais cotações registravam movimentações máximas de 0,75 pontos por volta das 11h41 (horário de Brasília).

miho  
       
  B3 (Bolsa)    
nov/20 80,45 0,75%  
jan/21 80,69 0,49%  
mar/21 79,95 0,31%  
mai/21 74 -3,01%  
Última atualização: 18:00 (06/11)  
   

O vencimento dezembro/20 era cotado à US$ 4,09 com alta de 0,50 pontos, o março/21 valia US$ 4,15 com elevação de 0,75 pontos, o maio/21 era negociado por US$ 4,18 com valorização de 0,50 pontos e o julho/21 tinha valor de US$ 4,19 com ganho de 0,75 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os futuros do milho conseguiram ganhos fracionários no comércio da madrugada devido às preocupações com os atrasos do clima na próxima semana e ao aumento das perspectivas de demanda da China. Mas os ganhos foram limitados enquanto os mercados aguardam os resultados da eleição presidencial de terça-feira.

Um adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na China projeta importações chinesas de milho para 2020/21 em 866 milhões de bushels, excedendo a previsão original do USDA de 276 milhões de bushels em quase 591 milhões de bushels.  O funcionário do Foreign Agricultural Service (FAS) baseado em Pequim citou “estoques esgotados e altos preços internos” como os principais fatores para o aumento maciço nas importações de milho chinesas.

De acordo com a TF Agroeconômica, os preços do milho voltaram a subir no mercado internacional, muito na esteira da alta da soja e da queda do dólar. “E nos mercados à vista de milho, rumores de que a China estava procurando comprar etanol dos EUA e DDGS surgiram em meio a uma iminente escassez de milho no país, crescente demanda de ração e baixos estoques de etanol”, comenta. 

No entanto, esses rumores foram em grande parte desmentidos mais tarde, particularmente para o DDGS em meio a altos direitos anti-dumping impostos pela China. "Ouvi os rumores, mas o DDGS realmente não parece fazer sentido com as tarifas anti-dumping em vigor. O milho ainda é mais barato de usar", disse um corretor norte-americano para a TF. 

As ofertas no Golfo e na PNW ainda foram ouvidas em 145 c/bu sobre os futuros de março para embarque de dezembro, e 175 c/bu sobre os futuros de março para envio de março. “Ao sul, foi ouvido um negócio no Brasil para o embarque de agosto em 80 c/bu em relação aos futuros de dezembro de 2021, com compradores em grande parte olhando para embarque além de julho do próximo ano em meio a ofertas não competitivas, ouvidas em 190 c/bu sobre os futuros de dezembro para embarque de dezembro, queda de 5 c/bu no dia. E na Argentina, as ofertas para março caíram de 10 c/bu para 110 c/bu sobre os futuros de março, com alguns no mercado de olho em uma safra maior após as chuvas de meados de outubro, e outros ainda esperam que La Nina traga uma forte possibilidade de seca mais tarde”, completa. 

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
06/11/2020 81,32 0,06% -0,70% 15,09  
05/11/2020 81,27 -0,17% -0,76% 14,65  
04/11/2020 81,41 0,79% -0,59% 14,38  
03/11/2020 80,77 -1,37% -1,37% 14,05  
30/10/2020 81,89 -0,80% 28,70% 14,25  

“Na Ucrânia, os preços continuaram a se fortalecer com as ofertas para o carregamento de novembro a dezembro subindo para US $ 232-US $ 235/mt FOB HIPP, enquanto os lances dos compradores também estiveram mais altos, como os níveis foram ouvidos subindo para US$ 228-US $ 229 /t FOB HIPP para o mesmo período de carregamento”, conclui. 

Os preços futuros do milho operaram durante a maior parte do dia em baixa na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações entre 2,49% negativo e 0,25% positivo por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 79,84 com baixa de 0,01%, o janeiro/21 valia R$ 80,50 com elevação de 0,25%, o março/21 era negociado por R$ 79,84 com ganho de 0,18% e o maio/21 tinha valor de R$ 74,40 com desvalorização de 2,49%.

A sexta-feira (06) chega ao final com os preços do milho seguindo caminho de alta no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foi percebida desvalorização apenas na praça de Brasília/DF (4,41% e preço de R$ 65,00).

Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ubiratã/PR, Cafelândia/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS, Amambaí/MS, Oeste da Bahia e Porto de Santos/SP (4,76% e preço de R$ 88,00).

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a oferta de milho no mercado físico em São Paulo está relativamente maior nos últimos dias frente às semanas anteriores. Além disto, a colheita nos EUA caminha para a reta final e o dólar teve a maior queda desde agosto. Isto muda os fundamentos de oferta e demanda externas”.

No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, o preço médio do milho subiu 5,80% em relação a semana anterior e chegou em R$ 73,16 a saca, informou a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) em seu boletim semanal.
 

SUGAR - AÇUCAR
 

Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE fecharam em queda com a liquidação de algumas posições compradas.

O contrato março do açúcar bruto fechou em queda de 0,17 centavo de dólar, a 14,48 centavos de dólar por libra-peso, após tocar uma máxima de oito meses (15,23 centavos) na terça-feira.

Operadores disseram que têm permanecido em compasso de espera, no aguardo de notícias dos Estados Unidos e da Índia, grande produtora de açúcar, onde o governo adiou uma decisão sobre os subsídios às exportações do adoçante nesta temporada.

“Há pouquíssimas novidades fundamentais por aí”, disse um corretor.

O açúcar branco para dezembro recuou 1,9 dólar, para 389,90 dólares a tonelada.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$    
06/11/2020 103,21 0,94% 2,58% 19,16    
05/11/2020 102,25 0,09% 1,63% 18,43    
04/11/2020 102,16 1,31% 1,54% 18,04    
03/11/2020 100,84 0,23% 0,23% 17,53    
30/10/2020 100,61 0,22% 13,66% 17,5    
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .        
  media R$ 101,81        
  valor saco $ 18,89        
  valor ton $ 377,79  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180  
                          com 7% icms    

 

SOYBEAN - SOJA

O mercado da soja opera estável nesta manhã de sexta-feira (6) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta de 8h30 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 1,50 e 4,25 pontos, levando o novembro a US$ 11,04 e o janeiro a US$ 11,05 por bushel. 

SOJA - CME - CHICAGO  
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)  
nov/20 10,985 -3,25 -0,29  
jan/21 11,015 -2,25 -0,2  
mar/21 10,9925 1,25 0,11  
mai/21 10,97 3,25 0,3  
Última atualização: 17:00 (06/11)    
         

Os traders ajustam suas posições depois de uma semana tensa e intensa para o mercado, com atenção aos fundamentos, mas também monitorando o andamento das eleições norte-americanas. 

"O dia pode ser mais complicado, porque a corrida presidencial dos EUA pode ser definida nas próximas horas e sendo sexta-feira, o mercado será dividido entre os que vão adotar uma postura de garantia de lucros recentes e aqueles que serão tomados pela euforia da onda de otimismo altista dos últimos dias", explica Steve Cachia. 

Para o consultor de mercado da Cerealpar e da TradeHelp, "toda essa expectativa afetará não somente as commodities agrícolas, mas também o mercado financeiro internacional de modo geral, e obviamente o dólar".

  soja US$ 5,39  
         
  B3 (Bolsa)      
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR  
nov/20 24,18 130,3302 -0,08%  
     
Última atualização: 16:21 (06/11)  
         

Nos mercados à vista, compradores privados disseram ter comprado 7 cargos na quarta-feira dos EUA e pelo menos três na quinta-feira, embora os detalhes não pudessem ser confirmados. Foi isso que afirmou a TF Agroeconômica nesta manhã. 

O mesmo carregamento do Golfo foi oferecido a 250 c/bu sobre os futuros de janeiro, mas nenhuma oferta firme foi relatada. “Os prêmios para a safra nova brasileira CFR China também foram estáveis no dia, com o embarque de fevereiro oferecido em 228-231 c/bu sobre os futuros de março e o embarque de junho oferecido em 170-174 c/bu sobre os futuros de julho. Nos mercados FOB no Brasil papel Paranaguá houve vários negócios apontando para uma queda nos prêmios em toda a curva. Fevereiro negociado a 113 c/bu, papel de março a 80 c/bu, abril e maio em 73-75 c/bu, maio a 75 c/bu, junho a 90 c/bu e julho em 95 c/bu sobre os respectivos contratos futuros”, completa. 

“O movimento para cima em futuros, no entanto, fez com que os preços fixos aumentassem com os embarques de fevereiro e março em US$ 444/t e US$ 432/t, respectivamente, para mais US$ 3/t e US$ 5,5/t, respectivamente. Nos EUA, as licitações de barcaças CIF no Golfo caíram para 84 c/bu para dezembro, com cargas sendo oferecidas a 74 c/bu sobre isso. A temporada argentina de semeadura começou com 4% plantada na última semana - cerca de metade do volume do ano passado”, conclui. 

“Além disso, fontes falaram de mais 3-4 carregamentos nos EUA, mas novamente os detalhes foram escassos. Os compradores chineses continuaram a licitar a soja dos EUA e do Brasil para a qual os prêmios CFR China permaneceram em grande parte estáveis, apesar do rali nos futuros de CBOT. Os interesses de compra para o envio de janeiro da PNW foram ouvidos em 235 c/bu sobre os futuros de janeiro e as ofertas foram mostradas em 240 c/bu sobre os futuros de janeiro”, comenta. 

SOJA - PREMIO  
CONTRATO VALOR  
nov/20 290  
fev/21 120  
mar/21 90  
mai/21 90  
Última atualização: 06/11/2020  
     

No Brasil, os preços sobem para R$ 172,00 no porto, próximo dos preços da soja importada, no Rio Grande do Sul, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os preços subiram R$ 2,50/saca para R$ 172 no porto gaúcho de Rio Grande, para pagamento em novembro, bem próximo dos preços da soja importada, o que significa pouco espaço para novas altas daqui para frente”, comenta. 

“Em Canoas o preço também subiu R$ 2,50/saca para R$ 171,50 para pagamento em novembro. Em Ijuí e em Cruz Alta o preço subiu R$ 2,00/saca depois de permanecer inalterado por 3 dias consecutivos para R$ 172,00, para final de novembro. Em Passo Fundo também subiu R$ 2,00/saca para R$ 172,00, para final de novembro. Em Santa Rosa, os preços permaneceram inalterados em R$ 174,00/saca. Soja futura, o preço recuou R$ 1,00/saca para R$ 143,00 entrega e pagamento em maio de 2021, o que equivale a aproximadamente R$ 137,00 no interior, no mercado de lote no interior e R$ 131,00 para o agricultor”, completa. 

               
Preço soja referência (chicago ):$/MT 510,19   06/nov    
               
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 524,92   06/nov    
               
Preço Brasil - MI - Paranaguá: $/MT 479,28   06/nov    
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 155 por saca    
               

No Paraná, os preços permaneceram inalterados nos níveis recuados do dia anterior. “No mercado de balcão o preço oferecido ao agricultor na região de Ponta Grossa continuou recuado em R$ 10,00/saca em R$ 140,00”, indica. 

“No mercado de lotes, para entrega imediata e pagamento em dezembro os preços mantiveram-se em R$ 158,00/saca, em Ponta Grossa. No interior dos Campos Gerais, o preço manteve pelo quarto dia consecutivo os R$ 160,00, retirada imediata, mas pagamento no início de janeiro. Em Paranaguá a cotação do mercado disponível manteve pelo terceiro dia consecutivo R$ 155,00, entrega no mês e pagamento final de outubro, cotação apenas nominal, porque não há negócios. Para a safra 2021, os preços continuaram inalterados em $ 138,00/saca, em Ponta Grossa, entrega e pagamento abril/abril”, conclui. 

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
06/11/2020 169,76 0,47% 3,80% 31,51
05/11/2020 168,97 0,26% 3,32% 30,46
04/11/2020 168,53 1,98% 3,05% 29,77
03/11/2020 165,26 1,05% 1,05% 28,74
30/10/2020 163,54 -0,17% 10,41% 28,45
         

A comercialização da safra de soja 2020/21 do Brasil atingia até esta sexta-feira 55,1% da produção projetada, indicou a consultoria Safras & Mercado, reportando um avanço de 2,2 pontos percentuais em relação à sua estimativa de outubro.

Os números continuam superando significativamente os registrados em safras anteriores. Em igual período do ano passado, 34,6% da safra havia sido negociada, enquanto a média histórica para este momento é de 30,3%, de acordo com a Safras.

"Levando-se em conta uma safra estimada em 133,517 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 73,557 milhões de toneladas", afirmou a consultoria em comunicado.

Em relação à safra 2019/20, a comercialização avançou de 98,4% para 98,7%, ante nível de 95,2% na safra anterior e 93,7% na média normal para o período.

Considerando uma projeção de 125,339 milhões de toneladas, o total já negociado por parte dos produtores chega a 123,667 milhões de toneladas, disse a Safras.

Os produtores brasileiros aproveitaram condições favoráveis às exportações, como a desvalorização do real frente ao dólar e a firme demanda da China, para embarcar mais de 80 milhões de toneladas da oleaginosa para o mercado externo neste ano.

Isso tem contribuído para uma escassez da commodity no mercado doméstico, que para regular a oferta e tentar evitar novos aumentos nos preços locais está importando soja até mesmo dos Estados Unidos, além dos volumes comprados nos vizinhos do Mercosul.

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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