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Análise diaria mercado agricola milho soja açucar

Publicado em 29/10/2020 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO 

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro registraram perdas nesta quinta-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,50 e 3,00 pontos ao final do dia.

miho  
       
  B3 (Bolsa)    
nov/20 81,3 -0,25%  
jan/21 81,95 -0,35%  
mar/21 81,1 0,12%  
mai/21 74,45 -2,68%  
Última atualização: 18:00 (29/10)  
   

“Os preços dos grãos tiveram sua primeira liquidação constante durante o dia inteiro na quarta-feira. Foram os fundos reduzindo as posições compradas antes da eleição da próxima semana e a liquidação pode estar ligada ao coronavírus. Os casos estão aumentando em todo o mundo, o que deixa muitos comerciantes preocupados com a possibilidade de vermos uma desaceleração econômica novamente”, disse Al Kluis da Kluis Advisors aos clientes em uma nota diária.

Com a competitividade crescente de seu produto, os EUA anunciaram novas vendas de milho nesta quinta-feira (29) de volumes bastante grande. De acordo com o anúncio diário do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) foram vendidas 1,572,550 milhão de toneladas. 

Do total, foram 1,432,550 milhão de toneladas de milho 2020/21 dos EUA para o México, sendo 891,450 mil toneladas da safra 2020/21 e 541,010 mil da safra 2021/22. 

"Além da enorme venda de milho para o México, usual comprador dos EUA, as vendas para a Coreia do Sul chamam atenção. Nesta semanam a maior fábrica de rações da Coreia comprou 207 mil toneladas de milho via tender, licitação de compra", explicam os analistas da Agrinvest Commodities. 

Assim, ainda segundo os especialistas, já é possível observar, com o novo anúncio desta quinta-feira, que o "milho americano está mais competitivo, o que deverá concentrar a demanda, reduzindo a pressão sobre o Brasil". 

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
29/10/2020 82,55 -0,15% 29,73% 14,35  
28/10/2020 82,67 1,46% 29,92% 14,4  
27/10/2020 81,48 2,27% 28,05% 14,36  
26/10/2020 79,67 1,08% 25,21% 14,16  
23/10/2020 78,82 1,93% 23,87% 14,01  

Os preços futuros do milho operaram durante todo o dia caindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 1,96% e 2,68% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 81,50 com perda de 2,04%, o janeiro/21 valia R$ 82,24 com baixa de 1,96%, o março/21 era negociado por R$ 81,00 com queda de 2,29% e o maio/21 tinha valor de R$ 74,45 com desvalorização de 2,68%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado de milho segue na calmaria com as grandes indústrias de ração esperando que apareçam novas ofertas de trigo de baixa qualidade para misturarem e fazer ração e de olho na Bolsa de Chicago (CBOT).

 

SUGAR - AÇUCAR
 

Uma grande aposta altista mantida por fundos de hedge e gestores de capital em contratos futuros do açúcar bruto negociados em Nova York está convencendo produtores globais a impulsionar a fabricação do adoçante, em movimento que, segundo analistas, pode acarretar um excesso de oferta em pouco tempo, devido à persistente fraqueza na demanda.

Especuladores possuem uma posição comprada de cerca de 200 mil contratos na ICE Futures, maior nível desde 2016. Os altos preços devem estimular a produção em países como o Brasil, maior fornecedor global da commodity, que pode desencadear uma nova safra recorde de 38 milhões de toneladas.

No entanto, analistas afirmam que as apostas especulativas dos fundos não estão alinhadas aos fundamentos do mercado de açúcar, que está passando de um déficit de oferta em 2019/20 para um excedente em 2020/21, devido especialmente ao aumento da produção no Brasil e na Índia.

Se a produção continuar aumentando, haverá ameaças de um excesso de oferta que pode, por sua vez, derrubar os preços.

Recentemente, a S&P Global Platts reduziu sua projeção para a demanda por açúcar em 2019/20 e 2020/21 em um total combinado de 4,5 milhões de toneladas por causa da pandemia de coronavírus, diminuindo a demanda geral prevista para 2020/21 para 183,5 milhões de toneladas.

As compras por fundos levaram os preços do açúcar ao maior nível em oito meses nesta semana, com fechamento de 14,85 centavos de dólar por libra-peso na quarta-feira. O movimento atraiu uma enxurrada de fixações de preços por produtores da Austrália, América Central e, particularmente, do Brasil.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
29/10/2020 100,39 0,03% 13,41% 17,46  
28/10/2020 100,36 1,20% 13,38% 17,48  
27/10/2020 99,17 0,21% 12,03% 17,48  
26/10/2020 98,96 1,58% 11,79% 17,59  
23/10/2020 97,42 1,53% 10,05% 17,31  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 99,26      
  valor saco $ 17,23      
  valor ton $ 344,65  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms  
           

Analistas disseram que fundos poderão liquidar as posições se a Índia confirmar as expectativas quanto aos subsídios para exportações, previstos em cerca de 5 milhões de toneladas, o que ampliaria a oferta.

Com os preços do açúcar acumulando alta de 60% em relação à mínima de 9,05 centavos de dólar verificada em abril, no ápice das medidas de restrição relacionadas ao coronavírus, a corretora Marex Spectron vê potencial para uma ampla liquidação quando a política da Índia for esclarecida.

Alguns especialistas do setor destacaram que quatro anos atrás os fundos construíram uma posição comprada de quase 340 mil contratos, o que levou os preços a quase 24 centavos de dólar. Assim que começaram a vender, o açúcar recuou 25% entre outubro e dezembro.

"Em 2016, tivemos uma situação semelhante, com fundos empurrando os preços para cima", disse Claudiu Covrig, analista de açúcar da S&P Global Platts. "Até que o mercado colapsou".

As cotações do açúcar cristal continuam avançando no mercado spot do estado de São Paulo. Nessa quinta-feira, 26, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou a R$ 100,39 por saca de 50 kg, e com isto superiou o patamar máximo nominal da série histórica (iniciada em 2003), que foi observado entre outubro e novembro de 2016, quando atingiu R$ 100/saca. Em termos reais, o Indicador é o maior desde julho de 2017 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI base setembro/2020). Segundo pesquisadores do Cepea, agentes de usinas paulistas consultadas pelo Cepea seguem firmes nos preços pedidos pelo açúcar cristal no spot.

 

SOYBEAN - SOJA 

Após a despencada da sessão anterior, os futuros da soja operam com estabilidade na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (29), porém, ainda do lado negativo da tabela. Perto de 7h30 (horário de Brasília), as cotações recuavam enbtre 3 e 4,75 pontos nos principais contratos. Assim, o novembro tinha US$ 10,52 e o janeiro, US$ 10,51 por bushel e ffecharam o dia com leves perdas de 0,50 a 5,50 pontos nos principais contratos. O novembro terminou o dia com US$ 10,51 e o janeiro, US$ 10,50. 

SOJA - CME - CHICAGO  
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)  
nov/20 10,5175 -5,5 -0,52  
jan/21 10,505 -4,25 -0,4  
mar/21 10,4025 -1,5 -0,14  
mai/21 10,3625 -0,25 -0,02  
Última atualização: 16:00 (29/10)    
         

Bons números da demanda vieram para amenizar as perdas registradas mais cedo e, principalmente, a despencada do pregão anterior, quando o mercado cedeu mais de 2% pressionado pelo pessimismo do financeiro. 

Na semana encerrada em 22 de outubro, as vendas semanais da oleaginosa pelos EUA foram de 1,620,7 milhão de toneladas, enquanto os traders esperavam algo entre 1 milhão e 2 milhões de toneladas. A China segue como maior compradora do produto norte-americano. Em todo ano comercial, as venda dos EUA chegam a 46,970,2 milhões de toneladas, bem acima do ano passado, nesse mesmo período, quando eram pouco mais de 19 milhões. O USDA estima as exportações totais da soja dos EUA em 59,88 milhões de toneladas. 

  soja US$ 5,76  
         
  B3 (Bolsa)      
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR  
nov/20 23,23 133,8048 -0,68%  
         
Última atualização: 13:42 (29/10)  

Os dados partem do boletim semanal de vendas para exportação divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), como acontece tradicionalmente às quintas-feiras. 

O mercado revê suas posições diante do pessimismo do financeiro global, mas seus fundamentos seguem bastante positivos e dando suporte a patamares importantes. No entanto, o melhor avanço do plantio no Brasil diante de condições de chuvas mais favoráveis também ajudam a pesar um pouco mais sobre os indicativos. 

Há ainda muita atenção sobre os efeitos da segunda onda do coronavírus e dos lockdowns na Europa, com o petróleo recuando mais de 3% nesta manhã de quinta-feira, depois da baixa intensa de mais de 5% ontem. 

SOJA - PREMIO  
CONTRATO VALOR  
out/20 200  
nov/20 210  
fev/21 115  
mar/21 85  
Última atualização: 26/10/2020  

Os preços da soja voltaram a subir em algumas praças do mercado brasileiro nesta quinta-feira (29). Em Jataí e Rio Verde, Goiás, as cotações subiram 3,3% para R$ 155,00 por saca. Em São Gabriel do Oeste, Mato Grosso do Sul, a alta foi de 2,41% para R$ 170,00 por saca. Onde as cotações não subiram, se mantiveram estáveis, inclusive nos portos. 

Os ganhos chegam acompanhando um novo momento de avanço do dólar frente ao real. Embora a moeda americana tenha cedido levemente nesta quinta, fechou com R$ 5,76. A aversão ao risco no cenário internacional é bastante severa e puxa muitos investidores para o dólar como uma forma de se exporem menos em tempos de tantas incertezas. 

               
Preço soja referência (chicago ):$/MT 463,61   29/out    
               
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 474,02   29/out    
               
Preço Brasil - MI - Paranaguá: $/MT 491,90   29/out    
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 170 por saca    
               

Os negócios, porém, são limitados. Com quase nenhuma oferta disponível ainda para ser comercializada da safra 2019/20, e o clima dando melhores condições de plantio da 2020/21, os produtores se focam nos trabalhos de campo e evitam novas vendas neste momento, apesar dos preços recordes. Há muito da nova temporada já comprometido com a comercialização e frente as incertezas promovidas, especialmente, pelo La Niña este ano para a safra brasileira, os sojicultores aguardam para retornarem às vendas. 

           
INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ  
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
29/10/2020 163,82 -0,32% 10,60% 28,49  
28/10/2020 164,34 -1,34% 10,95% 28,62  
27/10/2020 166,57 1,12% 12,46% 29,36  
26/10/2020 164,73 0,30% 11,21% 29,28  
23/10/2020 164,23 0,06% 10,88% 29,18  
           

"O mercado interno busca se sustentar em reais porque o dólar está forte. Houve uma pressão de baixa, porém, nesta quinta-feira, mas sem vendedores. No mercado de indústria, o comprador querendo soja a R$ 170,00, apontando que a alta do dólar não compensou a queda que se registra no mercado de farelo e óleo. Semana de calmaria, poucos negócios, com o produtor mais interessado em plantar", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. 

 


 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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