Foi com essa frase bíblica que o Presidente da República Jair Messias Bolsonaro abriu o seu discurso de posse com a promessa de fazer um governo decente e comprometido com a defesa da Constituição, da democracia e da liberdade, afiançando que não seriam palavras vãs de um homem, mas um juramento a Deus.
No último dia 03 [sábado], o Presidente Jair Bolsonaro [sem partido] teve um encontro com o Desembargador Kassio Nunes Marques. A reunião, que não constava na agenda do governo, ocorreu na casa do Ministro do STF Dias Toffoli, ocasião em que também se fazia presente o Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM).
Tal atitude conflita com suas promessas de governo feitas aos brasileiros, frustrando a base ultraconservadora. Isso porque, o Presidente da República talvez tenha perdido a chance de indicar um nome que estivesse de fato engajado com a agenda anticorrupção, além da reunião com companhias duvidosas, sendo o “morango com chantilly” a imagem repugnante e decepcionante de Bolsonaro e Toffoli abraçando-se afetuosamente.
Marques tem a aprovação do Centrão, o interesse de Alcolumbre, a chancela de Gilmar Mendes e Dias Toffoli, da OAB, há quem diga que está associado ao PT e tem o apoio do Senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que é investigado no caso envolvendo seu ex-assessor Fabricio Queiroz e as “rachadinhas” perante a Alerj e que pode chegar ao STF.
Com todas essas informações, surge o incômodo borbulhar da dúvida se o indicado a vaga ao STF é de fato linha-dura contra o crime. Essa escolha não admite erro, pois este erro custará caro aos brasileiros pelos próximos 40 (quarenta) anos!
Não quero fazer um pré-julgamento no que toca a indicação feita por Bolsonaro para uma vaga ao STF, assim como fiz em relação a saída de Moro do governo, mas creio ser imperioso que Marques defenda a Lava Jato, combata a corrupção e seja favorável com a execução da pena após julgamento em segunda instância.
Torço para que os brasileiros não se decepcionem com o nome recomendado.
Em que pese certas atitudes incoerentes de Bolsonaro, não é hora da direita se digladiar, pois estamos diante de um governo sem escândalo de corrupção há mais de 22 (vinte e dois) meses sob sua gestão.
É sempre bom lembrar que a esquerda usa a tática maquiavélica, ou seja, ela se aproveita dessas divisões para conquistar (divid et impera), por isso, mantenham-se firmes e sábios para impedir que os ruins retornem ao poder, pois como dizia Frederico II da Prússia “mais vale perder uma província que dividir as forças com as quais se espera a vitória”.
Nicoli Moré Menegotto
Escritora
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)