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Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral

Publicado em 29/10/2018 Editoria: Geral Comente!


O neurocirurgião Willian Costa Baia Júnior atende pacientes com AVC em dois hospitais de Florianópolis / Foto: Luca Gebara/Agência AL

O neurocirurgião Willian Costa Baia Júnior atende pacientes com AVC em dois hospitais de Florianópolis / Foto: Luca Gebara/Agência AL

Conhecido popularmente como “derrame”, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é atualmente uma das maiores causas de morte e de incapacidade adquirida em todo o mundo. No Brasil, conforme o Ministério da Saúde, a doença é responsável por cerca de 10% de todos os casos de óbitos e de internações entre a população adulta.

Diante do quadro, em 2006, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a Federação Mundial de Neurologia, decidiu instituir o 29 de outubro como o Dia Mundial de Combate ao AVC, justamente para alertar a população e engajar os profissionais de saúde para os cuidados que devem ser adotados para prevenir a doença, bem como as formas de tratamento.

O neurocirurgião Willian Costa Baia Júnior, que atende a pacientes com AVC em dois hospitais em Florianópolis, ensina que em 80% dos casos, o problema ocorre quando uma obstrução em um dos vasos sanguíneos presentes no cérebro interrompe ou diminui a irrigação para os neurônios (isquêmica), que começam a morrer por falta de oxigênio e glicose. Ele observa que o AVC também pode se dar pelo rompimento de um vaso sanguíneo cerebral (hemorrágica), causa de cerca de 20% dos casos.

Em ambas as situações, ele observa, o tempo é crucial para a eficácia do tratamento. “Costumamos dizer que em questão de Acidente Vascular Cerebral tempo é cérebro, então quanto mais cedo chegarmos à artéria que está desobstruída, maiores as chances do paciente em termos de recuperação e redução das sequelas. Por isso, se suspeita que você, um familiar ou conhecido seu está tendo um AVC, que procure o quanto antes o serviço médico especializado mais perto.”

Um exemplo neste sentido é o de Darci Duarte Lopes Júnior, de 43 anos, que em dezembro de 2017 sentiu que estava tendo um AVC após realizar um treino de Jiu Jitsu. “Primeiro meu braço direito parou de mexer, depois foi a vez da perna direita e depois eu já não falava mais. Amigos chamaram uma ambulância e por volta de três horas e meia depois eu já estava realizando uma tomografia e sendo tratado.” O procedimento ágil, conforme o prescrito, fez a diferença e em três dias os movimentos dos membros foram recuperados. Já a fala voltou à normalidade após dois meses.

É possível prevenir
Conforme Baia Júnior, o AVC pode ocorrer em qualquer idade, com maior incidência a partir dos 45 anos. Já a partir dos 55 anos o risco do indivíduo apresentar o problema dobra a cada década de vida. Cerca de 80% dos casos, entretanto, podem ser prevenidos. “O principal fator de risco associado a essa patologia é a hipertensão arterial sistêmica, seguido de diabetes, colesterol alto e também fatores ligados ao estilo de vida, como tabagismo, álcoolismo, sedentarismo e estresse. Então, se a pessoa mantiver um acompanhamento médico e adotar uma vida mais saudável, terá chances muito maiores de prevenir o AVC.”


Como identificar

Em caso de reconhecimento de um ou mais dos sintomas abaixo, a recomendação do Ministério da Saúde é procurar imediatamente uma unidade de saúde especializada ou ligar para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), pelo número 192.

Perda súbita de força ou formigamento de um lado do corpo, face e/ou membro superior, inferior;

Dificuldade súbita de falar ou compreender;

Perda visual súbita em um ou ambos os olhos;

Súbita tontura, perda de equilíbrio e/ou de coordenação;

Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

 

 

› FONTE: Alexandre Back - AGÊNCIA AL

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