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Mel do oeste catarinense é destaque em produtividade e qualidade

Publicado em 03/09/2018 Editoria: Esportes Comente!


Evolução foi de 100%, tanto na qualidade como na quantidade, em Quilombo

Evolução foi de 100%, tanto na qualidade como na quantidade, em Quilombo

O cenário da apicultura evoluiu exponencialmente nos últimos anos. Os apicultores aperfeiçoaram os processos produtivos, aplicaram tecnologias, padronizaram colmeias, buscaram qualificação e valorizam o associativismo. No município de Quilombo, por exemplo, desde 2011 o setor conta com o suporte de um projeto do SEBRAE/SC, em parceria com o Poder Público Municipal, e a liderança da Associação de Apicultores e Meliponicultores de Quilombo (AAMQ), Epagri, entre outras entidades.

De lá para cá, a evolução foi de 100%, tanto na qualidade como na quantidade, segundo o consultor credenciado ao SEBRAE/SC, Neuri Riboli, responsável pela assistência técnica aos 39 apicultores associados à AAMQ. Hoje, são 1.100 colmeias e as expectativas para a safra 2018 é de mais 30 mil quilos de mel, safra. "Antes, os apicultores não possuíam confiança para melhorar e investir na atividade. Hoje, percebemos grande avanço graças à parceria. Todos são beneficiados com assistência técnica direcionada à individualidade de cada família. A principal mudanças foi o melhoramento no processo produtivo", observa o técnico que oferece suporte em manejo de produção, melhoramento genético, formulação de novos apiários, revisões pontuais, alimentação, entre outros. 

Após a extração, o mel é envasado na Casa de Extração e Envase do Mel que foi construída e equipada com recursos do Governo do Estado. O veterinário da Inspeção municipal de Quilombo, Victor Garcia Gato, realça que uma das grandes conquistas foi legalizar a produção e aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) que autoriza a comercialização em todo o território brasileiro.  Além disso, destaca o rigoroso controle na análise do produto e da água, controles internos de produção, procedimentos sanitários, entre outros aspectos. "Conseguimos agregar valor na produção e hoje os apicultores sentem-se confiantes no trabalho e na busca de mercado", comenta, destacando que as parcerias foram estratégicas para os bons resultados na apicultura.

O presidente da AAMQ, Julcemar Toazza, complementa que a associação trabalhou forte a questão do associativismo e depois focou na legalização do produto. Para isso, segundo ele, as parcerias com o SEBRAE/SC, EPAGRI, SENAR/SC, CIDEMA, AMOSC, Secretaria Municipal de Agricultura e Instituto Saga, foram essenciais. "Agora, buscamos aumentar a competitividade no mercado. Temos um produto com marca, possuímos qualidade e regularidade na entrega aos mercados onde já atuamos. Possuímos excelentes resultados e desejamos que associados melhorem a qualidade de vida e a renda, além de salvar as abelhas que têm fator preponderante na autossustentabilidade do planeta".

A engenheira de alimentos Elisangela Wolski presta assistência técnica para a associação por meio do convênio que o Instituto Saga tem com o município de Quilombo. "Procuramos cumprir a legislação vigente para que a agroindústria atenda o mercado de forma legalizada. Desde o início orientamos sobre a estrutura física de acordo com a legislação, a questão da elaboração dos programas de controle de qualidade, materiais técnicos e documentos, além de treinamentos sobre os métodos e orientações durante visitas semanais, sempre verificando o processo tecnológico de produção e também o controle sanitário que está sendo feito, monitorado e que não ofereça risco ao consumidor".

Elisangela destaca, ainda, que há forte atenção em relação à legislação sanitária. Trabalhamos as práticas higiênicas dos funcionários, análises de limpeza e laboratoriais. "Dessa forma, através de um cronograma, coletamos amostras junto com o veterinário da inspeção municipal e encaminhamos para o laboratório credenciado. Com isso, obtemos um laudo para verificar se está dentro dos parâmetros exigidos pela legislação e, após, o produto é liberado pela expedição para ser comercializado".   

O apicultor Jaime Espedito Veber ressalta a expressiva evolução no trabalho após início do projeto. "Hoje é tudo padronizado e com o Sebrae/SC apendemos a aproveitar melhor a época da florada e outros requisitos que resultaram em melhoria da qualidade do produto e da renda. A safra passada foi muito boa e estamos nas expectativas para a próxima".

O coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani, enfatiza que o desafio só foi superado e o processo evoluiu graças à integração dos esforços dos parceiros (Governo Municipal, CIDEMA, SAGA, EPAGRI e SENAR). Agora, a consultoria tecnológica aplicada pelo SEBRAE/SC na melhoria do processo produtivo, processamento e envase, leva ao novo desafio, o de acesso ao mercado. "Já obtivemos bons resultados de vendas e estamos apoiando a revitalização de plataforma comercial integrada ao território da AMOSC, também em parceria, pois os resultados são consistentes e há espaço para crescer". 

As abelhas produzidas em Quilombo são as apismeliferas africanizadas. Responsáveis pela produção de mel, própolis, geleia real, pólen e cera, elas também servem como importantes polinizadoras em pomares de frutas cultivadas comercialmente, contribuindo para obter maior produtividade. Além de proporcionar produtos saudáveis à população, exercem papel significativo na preservação dos ecossistemas existentes.

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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