A Escola Básica Municipal de Florianópolis, Virgílio dos Reis Várzea, em Canasvieiras, aproveita a Copa do Mundo de Futebol para gerar conhecimentos. A professora de educação física Renata Rossi idealizou um projeto que consiste em pesquisas sobre o evento que ocorrerá na Rússia de 14 de junho a 15 de julho.
Observando o envolvimento das crianças com o álbum de figurinhas da competição, a professora captou a importância de trabalhar o assunto dentro da sala de aula, levando o estudante a explorar em vários aspectos essa manifestação esportiva.
"As atividades desenvolvidas trazem aprendizado e diversão para os estudantes", diz a professora. Está sendo feito uma linha do tempo com o 5º ano da tarde. Trazendo a história de todas as copas e respondendo questionamentos: quem criou o evento e em que ano? Precisou ser suspensa em alguma oportunidade e qual foi o motivo? Quais são os jogadores escalados do Brasil para 2018?
Os alunos farão uma viagem pelo Mapa Mundi, procurando o país que irá sediar a Copa, estádios e cidades que terão o evento, e os países participantes.
E não para por aí, será montado uma tabela, para que a garotada acompanhe e complete os resultados dos jogos à medida que forem acontecendo. E, para finalizar, Renata ajudará as crianças a construírem uma bola de futebol de papel com pentágonos e hexágonos.
Do 6º ao 9º ano, nos dois turnos, vespertino e matutino, ocorrerão debates. Um dos temas é o consumismo com "Copa do Mundo- será que é só o futebol que está em jogo?". "A quantidade de marcas de patrocínios estampadas nos estádios e nas roupas dos jogadores mostram que o futebol é um grande comércio", alerta Renata.
Alimentação, preparação física, saúde mental e repouso dos jogadores é outro assunto que estará em pauta. Não faltará discussão a respeito do comportamento de torcidas organizadas, racismo, preconceito, discriminação e o doping, que é o uso de qualquer droga ou medicamento que possa aumentar o desempenho dos atletas em uma competição.
Dois lados
Para a professora Renata, apesar de o evento ter muitas falhas, como desvio de dinheiro nas construções dos estádios einversão de prioridades de atendimentos básicos para a população, ela não poderia ficar alheia à Copa.
Por isso, em sua avaliação, propor debates com os alunos é importante, uma vez que tudo que acontece tem lado bom e lado ruim. "Para que os estudantes possam ter suas próprias opiniões, como incentivadora dos esportes, é minha função fazê-los conhecer a competição, sua história, seu andamento, suas possibilidades".
De acordo com o secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, o evento é uma excelente oportunidade para desenvolver conteúdos dentro da sala de aula. "Trabalhar conceitos e matérias que têm relação com a Copa faz com que o estudante tenha uma visão diferenciada. Isso é uma parte importante da educação", completa.
Tudo começou com Jules Rimet
A Rússia tem uma parte de seus domínios na Europa, e a outra, no continente asiático. O maior país em extensão territorial do mundo receberá 32 seleções classificadas para a Copa, incluindo a Alemanha, campeã em 2014, no Brasil.
A competição foi criada pelo francês Jules Rimet, em 1928, após ter assumido a Federação Internacional de Futebol. A primeira competição foi realizada em 1930, no Uruguai. O Brasil é o país que mais participou do evento, indo para a Copa de número 21. Pentacampeã, é a equipe que possui mais títulos.
› FONTE: Assessoria de Comunicação da PMF