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Empresários pedem atenção do poder público para o Centro Histórico de Florianópolis

Publicado em 07/06/2018 Editoria: Florianópolis Comente!


Rua Saldanha Marinho / Foto: Samantha Sant'Ana

Rua Saldanha Marinho / Foto: Samantha Sant'Ana

Os Centros Históricos das capitais são paradas obrigatórias daqueles que desejam conhecer a cultura e história local. Entretanto, as principais ruas do Centro Histórico Leste de Florianópolis definham a cada ano por falta de manutenção e cuidado.

A região, repleta de prédios históricos em obras como a Casa de Câmara e Cadeia e outros completamente abandonados e fechados há quase 10 anos, como a antiga escola Antonieta de Barros, mescla-se com a realidade de pessoas em situação de rua e construções de arquitetura recente. Preocupados com a situação crítica da área, empresários e moradores da região pedem a atenção do poder público para revitalizar as vias. 

Com uma breve caminhada pelas ruas do entorno da Praça XV de Novembro, é possível identificar os problemas existentes nas fachadas de estabelecimentos abandonados, pichados e degradados, vias desniveladas e paralelepípedos quebrados, ruas sujas com lixos expostos. Com falta de infraestrutura, donos de bares e restaurantes reclamam que são prejudicados, já que os problemas recorrentes afastam a maior fonte de renda dos comerciantes locais.

De acordo com a assessoria de comunicação da CDL, desde 2017, cerca de 50 empreendimentos fecharam as portas devido à falta de cuidado da região. Hoje, em média 100 estabelecimentos lutam para se manterem ativos no Centro Histórico de Florianópolis, mas com o fluxo de pessoas diminuindo gradativamente, os empresários temem o fechamento de mais portas e o abandono total. 

Segundo o diretor de desenvolvimento da CDL de Florianópolis, Rafael Salim, é preciso que o poder público cumpra com as responsabilidades para recuperar a área. "Visitar o Centro Histórico nos dias de hoje não é agradável. As ruas estão ruins e com mau cheiro, além de prédios degradados que dão a sensação de abandono. Apesar do grande potencial e gerador de riqueza, o entorno da Praça XV de Novembro vem se tornando um espaço desprezado, reduzindo gradualmente os recursos da economia para o município", alerta Salim.

Iniciativas

Para contribuir com os empresários da região, a CDL de Florianópolis mantém a Feira Viva a Cidade ativa todos os sábados das 9h às 14h com atividades, artesanato, brechó e antiguidades. E nas datas comemorativas, promove ações de interação e integração da comunidade com a feira. 

Ainda para melhorar a sensação de pertencimento dos espaços públicos, a entidade, por meio do Núcleo Regional do Centro Histórico, promoveu em 2017 o 1º Mutirão de Limpeza Voluntário. A ação contou com cerca de 200 voluntários que limparam as ruas, pintaram as fachadas, recolheram os lixos e deixaram a região mais bonita. Para este ano, está marcado o 2º Mutirão de Limpeza para o segundo semestre.

"É com a união e a conscientização de todos que mostramos que não estamos acomodados com a situação precária em que se encontra a região do Centro. Esperamos que o poder público olhe para nós e não deixe morrer a vitalidade desse lugar", pondera Salim.

Em novembro do ano passado, aproximadamente 40 empresários da parte leste do Centro Histórico organizaram um mutirão de limpeza na região para chamar a atenção do poder público. Na época, Salim ressaltou que o projeto de revitalização possui diversos aspectos e um deles é o projeto do Centro Sapiens – iniciativa que busca a inserção de startups na região e que apesar de já estar em desenvolvimento, apresenta resultados gradativos.    

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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