De acordo com Márcio R. Andrade, especialista em técnicas de sobrevivência urbana, “não dá pra viver em uma área de risco sem um plano de contingência caso a natureza se torne perigosa. Muitos órgãos governamentais estão trabalhando no monitoramento destas áreas, mas quais atitudes tomar caso um alerta seja dado”?
Uma das primeiras ações que moradores em área de risco devem tomar é formar um grupo de “ajuda mútua” com seus vizinhos. Este grupo local vai atuar em várias frentes, desde manter sempre um olho aberto em uma ameaça direta, até ajudar a remover possíveis vítimas.
Uma outra opção é manter um kit de emergência em casa. Estes kits, também chamados de “bolsa de evacuação” ou “kit 72 hs”, consiste em itens que auxiliam a sobrevivência de uma família que tenha que abandonar sua casa as pressas.
Nestas bolsas devem conter: lanternas, pilhas, papel higiênico, capas de chuva, uma muda de roupa e cópias dos principais documentos, um bom conjunto de curativos e uma porção dos remédios que algum membro da família faça uso. Garrafas extras de água e até alguma comida não perecível, principalmente em casas que tem crianças, também são itens que devem fazer parte do kit.
Muitos preparadores adicionam algumas ferramentas, rádios à pilha, cobertores aluminizados e até um pouco de dinheiro. A ideia é manter a mochila em local acessível, sempre pronta para uso. A mochila é a primeira coisa a ser pega ao primeiro sinal para evacuação. Esta preparação básica garante que a vítima não fique só com a “roupa do corpo” e também trará algum conforto até que a ajuda chegue.
Vale lembrar que em cenários de alagamentos, deslizamentos e outras catástrofes naturais, todo o suprimento de água local se funde com esgoto, lixo e terra. Na medida do possível é sábio ter por perto instrumentos para desinfecção como álcool, água sanitária e um recipiente para ferver toda a água que for ser consumida e que não esteja em garrafas lacradas.
Para Márcio, “ o sobrevivencialismo além de ser uma preparação para segurança da família é também um estudo de autossuficiência e resgate histórico de habilidades que o homem deixou de usar devido às facilidades tecnológicas.
O trabalho que desenvolvo tem como objetivo minimizar o impacto de situações adversas sobre um elemento ou grupo de pessoas e explorar o aspecto de conforto moral, em casos onde os indivíduos não tem controle sobre os eventos causados. Não se tratam de catástrofes somente, mas sim da segurança em sentir-se preparado para resistir às adversidades que o mundo moderno pode apresentar.”
› FONTE: OPS! Comunicação & Marketing