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Prefeitura vai fiscalizar pescados in natura e processados comercializados no município

Publicado em 04/12/2013 Editoria: Florianópolis Comente!


foto: Divulgação

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Identificação das amostras levará em conta código genético das espécies

 A Prefeitura de Florianópolis, através da Secretaria da Pesca e Maricultura e do PROCON, vai realizar projeto-piloto inédito no Brasil de  identificação de amostras de pescados por metodologia de Barcode de DNA. O trabalho tem por objetivo fiscalizar a ocorrência de fraudes e/ou substituições de pescados comercializados no município e tomar as providências cabíveis. Edital para contratação da empresa especializada que executará o serviço foi publicado no Diário Oficial do Município da última quinta-feira (28/11) e dá prazo até o dia 16 de dezembro para apresentação de propostas.

De acordo com o Secretário Adjunto da Pesca e Maricultura, Tiago Bolan Frigo, a expectativa é a de que o trabalho comece ainda na segunda quinzena deste mês e termine somente em fevereiro de 2014, de modo a beneficiar tanto a população local quanto os turistas de veraneio. Neste período, serão coletadas 10 amostras por mês, na Ilha e no Continente.

Ainda segundo Frigo, na prática, a metodologia de Barcode de DNA faz um comparativo. Ela verifica se determinada amostra de espécie de pescado à venda in natura, porém já manipulado em filé, por exemplo, em um mercado, ou já processado por um restaurante é a mesma anunciada ao consumidor -  levando em conta o banco de dados mundial genético das espécies de peixes.

 Pesquisa

 “A fraude por substituições intencional ou não por espécies de baixo valor comercial, ameaçadas de extinção ou que ameacem a segurança alimentar humana são importantes de serem identificadas por órgãos regulatórios”, dizem os autores de um artigo sobre uma pesquisa científica apresentado no XV Simpósio de Citogenética e Genética de Peixes ocorrido em outubro deste ano em Jequié, na Bahia.

A pesquisa de Danilo Alves Pimenta Neto e Denise Aparecida Andrade de Oliveira, do Laboratório de Genética da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, e de Daniel Cardoso de Carvalho, do Laboratório de Genética da Conservação, da PUC Minas, estimulou a administração pública de Florianópolis a desenvolver o projeto-piloto.

Afinal, a pesquisa “DNA Barcoding na identificação de espécies de peixes em produtos comercializados na Região Sudeste do Brasil” identificou que houve substituição em 25% das amostras analisadas, sobretudo de Merluza, Bacalhau, Panga e Salmão, nesta ordem. Além do que, o trabalho científico demonstrou que “a técnica do Barcode genético é uma ferramenta com possibilidades reais de implementação para a detecção de subsituições em pescado in natura e processado por órgãos regulatórios no Brasil”.

Edital

De acordo com o edital publicado, a contratação da empresa especializada se dará por licitação na modalidade Tomada de Preços, tipo Menor Preço. E a data-limite para entrega dos envelopes com as propostas na Secretaria da Administração é às 11 hs do dia 16 de dezembro.

 

 

 

 

› FONTE: Prefeitura de Florianópolis

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