A greve dos trabalhadores municipais de Florianópolis entrou em seu 26° dia nesta segunda-feira (7). Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) e da prefeitura ainda não conseguiram firmar acordo.
Na tarde de hoje, servidores da saúde que estão em greve prestaram atendimentos médicos à população no calçadão do Centro de Florianópolis com serviços de acupuntura, medição de pressão arterial, orientação sobre uso de plantas medicinais, e outras atividades artísticas. De acordo com a assessoria de comunicação do Sintrasem, a ação envolveu cerca de 50 profissionais e fez mais de 400 atendimentos. A atividade continua na manhã desta terça-feira (8). No mesmo dia, às 13h30 uma nova assembleia geral ocorre na Praça Tancredo Neves.
Além da manutenção do projeto de lei 17.484 – permite a contratação de Organizações Sociais para a gestão principalmente de serviços de saúde e educação – aprovado no dia 21 de abril pela Câmara de Vereadores e que já foi sancionado, os trabalhadores reivindicam reposição de perdas salariais acumuladas nas últimas décadas e ajustes em auxílio alimentação e outras gratificações.
Serviços
De acordo com matéria publicada no site do jornal Hora de Santa Catarina, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ingressou com uma ação civil pública determinando que o município de Florianópolis tome providências imediatas para garantir o acesso aos serviços na área da educação a todas as crianças e adolescentes. O que inclui a permissão para que o executivo municipal contrate profissionais habilitado em caráter excepcional.
Proposta
Na última sexta-feira (4), os trabalhadores rejeitaram a proposta feita pelo executivo municipal. De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, o servidor que voltasse ao trabalho nesta segunda-feira (7), teria uma folha complementar com o salário de abril pago integralmente.
“O desconto de cinco dias será feito parceladamente, um dia por mês, nos próximos cinco meses a partir de maio. O restante poderá ser compensado com reposição, sem afetar o ano letivo e sem gerar novos descontos”, disse a nota.
Os valores gerados pela multa aplicada ao sindicato, de R$ 100 mil por dia, a prefeitura propôs investir em viagens de estudo e pesquisa para os estudantes da rede municipal de ensino, além da capacitação dos servidores. A ideia é que é que o sindicato invista diretamente os recursos e faça a comprovação posterior.
Em relação à data-base, a prefeitura propôs a reposição da inflação, parcelado em dois meses, condicionados ao limite prudencial com a folha de pagamento. No vale-alimentação, o município aumentaria 5% já no próximo mês, equivalente ao dobro da inflação do período. Nas promoções, o município iniciaria pagamento, condicionado ao limite prudencial, e de acordo com a ordem cronológica dos pedidos. Com investimento previsto de R$ 100 mil por mês para as promoções.
Sobre o projeto de lei das Organizações Sociais, a prefeitura já deu sinais de que não irá negociar sobre a matéria.
O sindicato, por outro lado, contesta o desconto dos cinco dias como falta injustificada, já que eles estão em greve. Segundo a assessoria de comunicação do Sintrasem, há parcelas em atraso de acordo feito no ano passado sobre reajuste salarial, o que causa desconfiança por parte dos trabalhadores com novo parcelamento.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)