foto: Divulgação
Filha única de catarinenses de uma tradicional família local, Paula Paes contrariou tudo e todos em busca do amor pelo samba. Apaixonada pelo carnaval carioca, a loura formada em odontologia, colocou abaixo todas as barreiras e em 2002, começou a desfilar pela Mangueira, agremiação na qual se manteve até 2011.
Há 6 anos, viu nascer a União da Ilha da Magia, em Florianópolis, e percebeu que ali era seu lugar. Dito e feito. Há 5 carnavais, Paula Paes se divide entre a dedicação à verde e branco de Floripa e seu trabalho como dentista, o que inclui uma promissora Ong que leva serviços odontológicos à comunidades carentes.
“Quando cheguei na União da Ilha da Magia, algumas crianças da bateria mirim já eram meus pacientes e comecei a levá-los para apresentações de teatro da ONG. Percebi que o samba me aproximava cada vez mais das comunidades e que poderia passar para elas a importância de cuidar dos dentes. Vejo que além de deixar sorrisos tecnicamente saudáveis, com o samba podemos fazer o sorriso vir da alma dessas pessoas”, conta Paula Paes, que idealizava melhorar a saúde através da educação e trazer a figura da dentista como uma personagem que mudasse a idéia de que o profissional “é um vilão”.
Assim nasceu a personagem “Dra. Onça” e Paula Paes decorou sua clínica toda em estampa de oncinha, inclusive cadeira odontológica. Na ONG Onça Sorriso, através de oficinas de teatro, música e dança a profissional ajuda a melhorar a saúde bucal de crianças, adultos e idosos em Santa Catarina.
A vontade de se aperfeiçoar na folia, a trouxe de volta ao Rio de Janeiro, e a loura procurou por Carlinhos Salgueiro.
“Ele é uma referência em samba no pé e tem me ajudado muito. Além disso, a aproximação com a Viviane Araújo, a rainha das rainhas, foi um dos maiores privilégios que o samba me proporcionou. Hoje posso afirmar que meu coração no Rio de Janeiro é do Salgueiro”, destaca.
› FONTE: Flávia Cirino
