Santa Catarina apresenta 48% de adoecimentos acima da média nacional. Estudo será divulgado amanhã, 3, às 9h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa, pela Frente Parlamentar em Defesa da Saúde do Trabalhador, presidida pelo deputado Neodi Saretta (PT), e em parceira com o Ministério Público do Trabalho.
Uma pesquisa inédita do Brasil, conduzida por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (FSC) e Universidade do Vale do Itajaí (Univali), revela o perfil de adoecimentos de trabalhadores nas 15 mais importantes atividades econômicas do estado. É a mais profunda e abrangente pesquisa sobre saúde dos trabalhadores realizada no território catarinense, a partir da análise de benefícios previdenciários concedidos no período de 2005 a 2011.
O número de profissionais empregados nos segmentos pesquisados foi de 452.129, o que equivale a 28% da população empregada no estado. "Termos números sobre as doenças que mais acometem nossos trabalhadores é importante para direcionarmos ações. Realmente, os números apontados preocupam", afirma Saretta.
Os dados são preocupantes. Com base nas análises ficou comprovado que Santa Catarina emprega 4,83% de toda a mão de obra no Brasil, apresenta 48% a mais de adoecimentos do que a média nacional. Das 15 atividades econômicas pesquisadas, considerando o auxílio-doença comum e o auxílio-doença acidentário, entre 2005 e 2011 verificou-se que 38% de todas as ocorrências são oriundas de 10 patologias:
1 - Dorsalgia (9,73%);
2 - Episódios depressivos (6,13%);
3 - Fratura ao nível de punho e mão (4,26%);
4 - Lesões de ombro (3,74%);
5 - Fratura de perna (2,80%);
6 – Varizes dos membros superiores ( 2,78%):
7 – Hemorragia no início de gravidez (2,57%);
8 - Sinovite e tenossinovite (2,37%);
9 - Transtorno depressivo recorrente (2,49%);
10 - Fratura do pé (2,04%).
Os adoecimentos no que ultrapassam a média nacional se referem às patologias diagnosticadas como distúrbios osteomusculares, transtornos mentais, ameaças e abortos e varizes dos membros inferiores.
› FONTE: ALESC