Debater o licenciamento de uma nova área de exploração mineral foi o foco da reunião ampliada realizada na última quinta-feira (5), na Escola João Gonçalves Pinheiro, no bairro Rio Tavares. A empresa de mineração, tem como proposta ampliar a área de lavra em aproximadamente quatro hectares, diante disso os moradores se posicionaram de maneira contrária.
A ideia defendida por parte dos moradores é de que os estudos ambientais feitos pela Pedrita necessitam de esclarecimentos. O primeiro é referente sobre as leis de Mata Atlântica e as espécies em extinção que podem sofrer com a exploração. Segundo manifestos, é necessário que a legislação garanta que não ocorrerá riscos na área.
Relatos apresentados pela população apontam que os danos causados a saúde respiratória daqueles que residem nas proximidades são constantes, bem como a degradação da natureza. O professor João de Deus Medeiros, reforçou que a empresa possui um licenciamento de exploração que já expirou. “Temos agora um novo empreendimento que vem com uma nova exploração, ou seja, tem que passar por um novo processo de estudo prévio, em que devem ser analisados os diversos riscos ambientais na área, como a extinção de espécies”.
O vereador Pedrão (PP), autor do requerimento para realização da reunião, apontou que a área de exploração faz limite com uma unidade de conservação. “É preciso chamar a atenção para o plano de recuperação de áreas degradadas, que não é executado. A proposta da reunião de hoje é ser um espaço de diálogo e para equacionar o conflito. Cabe a nós, como Câmara, defender o interesse da população e buscar o equilíbrio dessas relações”.
Para o vereador Afrânio Boppré (PSOL) é necessário mobilizar os órgãos da cidade para discutir esta situação. “É fundamental entrarmos nesse debate e também que o Conselho da Cidade faça parte da discussão”.
Os vereadores Marquito (PSOL) e Lino Peres (PT), reforçaram a importância em dialogar com a comunidade e ouvir todas as demandas que são apresentadas.
Todos os questionamentos levantados na reunião deverão ser respondidos pela empresa aos moradores. Foram solicitados também ao Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) e Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SMDU) um estudo de impacto de vizinhança. Por fim, foram encaminhados pedidos de manifestação do IBAMA e FLORAM.
› FONTE: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Florianópolis