Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

Sexta alta da Selic onera investimento e dificulta saída de baixo crescimento

Publicado em 29/11/2013 Editoria: Economia Comente!


O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta última quarta-feira, 27 de novembro, por nova elevação da taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 0,5 pontos percentuais.

Foi a sexta alta consecutiva e estabelecerá a Selic em 10% ao ano. Para o Copom, essa decisão deverá contribuir para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC) considera que não houve surpresa na decisão do Copom, já que o cenário inflacionário do país é preocupante e necessita de atenção. Entretanto, o crescimento dos juros, apesar de previsível, não pode ser comemorado pelo setor produtivo, já que onera o investimento, dificultando ainda mais a saída do país do patamar de baixo crescimento que se encontra. Consideramos que outras medidas, como um verdadeiro ajuste fiscal e uma subsequente reforma tributária, seriam muito mais efetivos para combater ambos os problemas: baixo crescimento e inflação.

Os juros já aumentaram 2,75% desde a mínima de março de 2013 e chegam pela primeira vez aos dois dígitos desde janeiro de 2012. Desta vez o Copom não repetiu os comunicados que vinham sendo publicados desde que o ciclo de alta começou, o qual avaliava que “essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”. Limitou-se apenas a dizer que a decisão de elevação foi unânime.

Esta última alta pode indicar que nas próximas reuniões o ritmo de elevação possa ser diminuído a 0,25p.p. ou, até mesmo, não se elevar, pois talvez o Copom já considere a inflação sob controle. Entretanto, é difícil imaginar que a inflação esteja contida, pois mesmo depois de seis altas consecutivas as pressões inflacionárias persistem, especialmente pela depreciação do real, e encontram-se longe do centro meta; de fato a expectativa inflacionária está pior que a do início do ano.

O que se pode questionar diante dessa situação é a eficácia da elevação dos juros como instrumento de controle da escalada dos preços. Resta esperar a publicação da ata que sairá na próxima semana para uma maior clareza da visão do Copom. A próxima reunião será em janeiro de 2014.

 

 

› FONTE: Fecomércio SC

Comentários