Faltando quase sete meses para a Copa do Mundo de 2014, o Ministério do Esporte divulgou balanço que mostra que o custo dos 12 estádios construídos para o torneio ficará acima do previsto no fim de 2012, mas afirma que todas as arenas estarão prontas no mês que vem. A obras de mobilidade urbana, por outro lado, ainda patinam.
Segundo o levantamento, o investimento nos estádios nas 12 cidades-sede da Copa deve chegar a R$ 8,005 bilhões, sendo R$ 3,882 bilhões em financiamentos (esse total não inclui os gastos com o estádio de Curitiba). Esse valor é quase R$ 1 bilhão maior do que o divulgado no fim de 2012, quando se estimava um gasto de R$ 7,107 bilhões.
O custo da arena de Brasília foi bem maior que o projetado. A previsão era de uma despesa de R$ 1,015 bilhão e, em setembro, esse número saltou para R$ 1,403 bilhão. Também tiveram um investimento superior ao previsto no levantamento anterior os estádios do Rio de Janeiro, Manaus, Cuiabá, Salvador e Recife.”
Do total de 45 empreendimentos de mobilidade urbana para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo, apenas três obras estavam concluídas até setembro. Além disso, muitos dos empreendimentos deixaram de estar na lista da matriz de responsabilidade da Copa, que tem condições especiais de financiamento.
De acordo com documento do Ministério do Turismo, 11 projetos foram transferidos para a carteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em muitos dos casos, a retirada da matriz de responsabilidade foi solicitada pelas prefeituras, que não conseguiam executar os projetos. As obras de mobilidade urbana, que deveriam ser o legado da Copa, envolvem investimentos de cerca de R$ 8 bilhões. No levantamento, a previsão é que os empreendimentos fiquem prontos até maio de 2014.”
“O balanço aponta ainda que os hotéis de seis Estados (Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte) contrataram R$ 1,034 bilhão em linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ProCopa-Turismo, que tem a finalidade de financiar a construção, reforma, ampliação e modernização de hotéis, para aumentar a capacidade e qualidade de hospedagem no Brasil. A maior parte desse valor, R$ 905,8 milhões, foi solicitada pelo Rio.
O balanço prevê investimento total da ordem de R$ 25,6 bilhões na Copa, valor destinado a estádios (R$ 8 bilhões), mobilidade urbana (R$ 8 bilhões), aeroportos (R$ 6,3 bilhões), portos (R$ 600 milhões), segurança (R$ 1,9 bilhão), telecomunicações (R$ 400 milhões), infraestrutura de turismo (R$ 200 milhões) e instalações complementares (R$ 200 milhões).
O Ministério do Esporte divulgou ainda um balanço sobre o impacto da Copa das Confederações, realizado no meio do ano, para a economia. Por exemplo, o setor de turismo movimentou R$ 740 milhões. O gasto médio do turista estrangeiro foi de R$ 4,8 mil, e do brasileiro, R$ 1 mil.
› FONTE: Vejamos