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Colégio municipal de Florianópolis participa de final do Prêmio Professores do Brasil

Publicado em 19/12/2017 Editoria: Florianópolis Comente!


Pablo, Ruth, Elisângela e Rosângela / Foto: Divulgação PMF

Pablo, Ruth, Elisângela e Rosângela / Foto: Divulgação PMF

Representantes da Escola Básica Municipal de Florianópolis Intendente Aricomedes da Silva (EBIAS), da Cachoeira do Bom Jesus, participaram em São Paulo, da final do Prêmio Professores do Brasil, organizado pelo Ministério da Educação. A escola ganhou uma placa e a professora Elisângela Marina de Freitas, concorrente com o projeto "História na ponta dos dedos: a acessibilidade ao conteúdo de pré-história”, recebeu um troféu.

Acompanharam Elisângela até a capital paulista o diretor da EBIAS, Pablo Jesus Liz, e as professoras de educação especial da unidade, Rosângela Kittel e Ruth Mary Pereira dos Santos.

A comitiva fez parceria com os patrocinadores do prêmio para recebimento de livros, revistas e material audiovisual. Além disso, concretizaram uma rede de conhecimentos pedagógicos entre os professores premiados para formação sobre a educação especial.

Os professores da prefeitura de Florianópolis ficarão envolvidos até esta quarta-feira (20) em uma extensa programação, com workshop, entrevistas e gravação de programas para TV Escola.

Pelo projeto de Elisângela, o desafio, alcançado, era dar acesso ao estudante cego, Vinycius Dandoline, 11 anos, ao conteúdo de história, que é altamente visual e orientado por livros didáticos em tinta: pautado em imagens, como as artes rupestres, seus desenhos e pinturas, e as representações dos primeiros hominídeos.

Por ter vencido a etapa regional, categoria do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, que reuniu trabalhos do sul do país, Elisângela já havia garantido R$ 7 mil e uma viagem de capacitação para a Irlanda, com o apoio da Capes- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A escola terá equipamentos de informática com conteúdo educativo.

O secretário de Educação de Florianópolis destaca que Elisângela é um orgulho para a toda a rede municipal de ensino e um exemplo para o país. Maurício Fernandes Pereira frisa que a professora e os demais profissionais da EBIAS, no dia a dia, realizam um trabalho árduo, sério e competente.

O desafio

Como tornar tudo isso acessível para a ponta dos dedos do estudante cego, Vinycius Dandoline? A resposta veio através da parceria com as professoras da Educação Especial, Rosângela Kittel e Ruth Mary Pereira dos Santos.

Planejar junto, adequar metodologias, promover acesso ao conhecimento por meio de diferentes fontes e dividir espaços na docência, foram os passos que compuseram essa jornada do trabalho colaborativo entre ensino regular e educação especial.

Dessa forma todos os estudantes aprenderam juntos, pois ancoravam seus aprendizados em diferentes estratégias pedagógicas. Transformaram os lugares da escola em "saídas de campo" criando um sítio arqueológico no bosque, onde aconteceram as escavações dos objetos que representam os períodos pré-históricos. Também confeccionaram um grande painel tátil simbolizando a arte rupestre em relevo, utilizando tinta, massa corrida e areia.

Com essas atividades pedagógicas, os estudantes conseguiram assimilar os conteúdos do período pré-histórico, identificando as características que marcam esse momento da humanidade, mas, sobretudo, aprenderam que na convivência com a diversidade todos se beneficiam, relata a professora Elisangela.

Por meio das produções, expostas no Corredor Cultural da escola, eles socializaram seus conhecimentos com os demais colegas, em uma ação de protagonismo estudantil onde atuaram como atores e autores da sua história escolar e do seu processo de aprendizagem.

› FONTE: Assessoria de Comunicação da PMF

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