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IFSC abre turma de curso de programação gratuito para meninas

Publicado em 09/11/2017 Editoria: Educação Comente!


O curso é voltado para meninas do 3º ao 6º ano do ensino fundamental, o conteúdo será ministrado por alunas e alunos do IFSC. As inscrições assim como as aulas são gratuitas e podem ser feitas pelo site http://programe.legal. Todas as oficinas serão no IFSC Câmpus Florianópolis - Centro, laboratório de Eletrônica Geral. O cronograma letivo também pode ser conferido no portal do programa.

Desde 2015, o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Câmpus Florianópolis oferece oficinas de programação para crianças, tanto em suas dependências quanto em escolas da região, além de uma parceria com o Núcleo de Altas Habilidades e Superdotação (NAHS) da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). No entanto, essa é a primeira vez que uma turma é aberta apenas para meninas.


Por que só para meninas?

Um artigo de Carolina Brito e Daniela Pavani, da UFRGS, publicado em 2015, mostra que, segundo relatório técnico de Educação Superior do INEP de 2012, o percentual de concluintes em cursos de graduação nas diferentes áreas do conhecimento.

A mesma tabela aponta o seguinte cenário: o percentual de mulheres na área de Ciências Sociais, Negócios e Direito é de 23% e dos homens é de 17%, enquanto que em Engenharia, Produção e Construção o percentual de mulheres é de 5% e dos homens é de 13%. A mesma tendência é observada na área de Ciências, Matemática e Computação onde a relação é de 2,5% de mulheres para 5,3% de homens. Ou seja, as mulheres seguem concentradas em algumas áreas e permanecem quase inexpressivas em outras. Em especial nas áreas de Humanas, existem muito mais mulheres do que na área de Exatas, onde o percentual delas é metade do percentual masculino.

Estes levantamentos estatísticos sugerem que as mulheres passaram de uma acentuada exclusão para uma inclusão progressiva caracterizada pela segregação, com interdição ou desestímulo ao acesso feminino a certas áreas do conhecimento e profissões que se mantiveram como redutos masculinos.

Segundo os coordenadores do projeto, a baixa representatividade de mulheres nas áreas de Ciência e Tecnologia limita o potencial de inovação e deve ser vista como resultado final de um processo que impõe mais obstáculos paras a mulheres que para os homens.

A procura de homens e mulheres por carreiras nas áreas de C&T no Brasil é mais baixa que em países desenvolvidos, sendo de grande interesse estratégico ao desenvolvimento do país maior procura e diversidade nesta área. O idealizador do projeto desde 2015, Felipe Mesquita, aluno de Engenharia Mecatrônica, explica que meninos inscritos também poderão participar, mas o foco é conscientizar de que a programação, robótica e engenharias também são &39;lugar de menina&39;.

› FONTE: Assessoria de Comunicação do IFSC

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