As obras de restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, estão avançando para uma nova etapa. Já foram concluídos os cortes dos 28 cabos pendurais do lado continental e do lado insular. Na próxima segunda-feira (6), começam a ser cortados os cabos das barras de olhal. A primeira operação dos novos cortes está programada para começar às 22h, junto ao maciço de ancoragem do lado continental.
O engenheiro fiscal da obra, Wenceslau Diotallévy, explica que a nova operação não exigirá alteração de trânsito nas rodovias. Será fechado apenas o tráfego de embarcações abaixo da ponte. A operação só será cancelada em caso de ocorrência de chuvas ou ventos fortes.
Após os cortes dos cabos, começarão a ser retiradas as próprias barras de olhal, processo que vai transformar o visual do cartão postal catarinense. Os trabalhos de restauração da Ponte Hercílio Luz estão sendo realizados pela empresa Teixeira Duarte, contratada pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) do Governo de Santa Catarina.
“Estamos muito satisfeitos com os avanços até agora. Cada nova etapa é um passo importante. Esta é uma obra de grande complexidade. Mas temos o envolvimento de uma equipe profissional competente e com tecnologia de ponta, o que nos dá muita confiança”, destaca o governador Raimundo Colombo.
Depois da retirada das peças antigas, ainda serão realizados trabalhos intermediários e, então, a montagem da nova estrutura. A ponte receberá cerca de 2 mil toneladas de metal novo, o que representa aproximadamente 40% da atual estrutura. Muitas das novas peças, fabricadas no Brasil e no exterior, já foram compradas e estão em depósitos no canteiro de obras. A conclusão da restauração está prevista para o final de 2018.
“Todos os envolvidos estão trabalhando para entregar o quanto antes esta importante obra, que além de resgatar um patrimônio histórico, vai proporcionar um extraordinário ganho em mobilidade urbana”, acrescentou Colombo.
A ponte
Em 2015, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, Diogo Ringenberg, protocolou junto à Corte de Contas, uma representação referente ao desperdício de recursos públicos ocorrido durante os mais de 30 anos em que a Ponte Hercílio Luz está interditada.
Segundo Ringenberg, nesse período foi gasto quase meio bilhão de reais em possíveis soluções. Também foram requeridas medidas cautelares para que o Estado notificasse os moradores que vivem nas imediações da ponte sobre o risco de desabamento e a formação de um plano emergencial de contingência que preveja procedimentos em caso de queda do monumento.
Em janeiro deste ano, o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) decidiu negar a cautelar que exigia a elaboração de plano de contingência para o enfrentamento de possível colapso na estrutura da Ponte Hercílio Luz. A decisão do TCE/SC levou em consideração esclarecimentos e documentos apresentados pela Secretaria de Estado da Defesa Civil.
O conselheiro, Adircélio de Moraes Ferreria Júnior, reconheceu que a Defesa Civil não elaborou um plano específico para a obra da ponte, mas valeu-se do Plano de Contingência do Município de Florianópolis, que tem o envolvimento de dirigentes e servidores de diversos órgãos municipais, estaduais, federais e da própria comunidade, além do acionamento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br) com informações da assessoria de comunicação do Governo de SC