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Laudo pericial aponta sérios problemas de infraestrutura de escola no município de Penha

Publicado em 03/11/2017 Editoria: Esportes Comente!


Fachada da escola.

Fachada da escola.

Reformar sob o risco de problemas de infra-estrutura continuarem aparecendo ou reconstruir uma escola totalmente nova para o bairro Nossa Senhora de Fátima. Esse é o dilema que se encontra o governo municipal, após estudar o laudo pericial de 130 páginas apresentado pela empresa de engenharia e arquitetura Magnus, contratada para averiguar as condições do prédio da escola Antônio José Tiago, fechada neste ano por recomendação dos bombeiros militares, secretaria de planejamento e defesa civil do município, devido ao risco de desabamento da estrutura metálica de cobertura da instalação.

O laudo assinado pelo engenheiro Robson Carlos Santos reconhece que a degradação da estrutura metálica realmente oferece “alto risco” e deve ser completamente substituída. Ele também encontrou inúmeros outros problemas, como nos revestimentos (rebocos) internos e externos, juntas estruturais mal executadas, afundamento do piso em várias salas, trincas, fissuras e rachaduras nas paredes, madeira de má qualidade utilizada na construção, infiltrações e falta de impermeabilização, instalação elétrica comprometida, além da falta de sistema preventivo contra incêndio. Por fim, Robson recomendou a continuidade da interdição da escola até a completa reforma, reforçando a análise prévia feita pelos engenheiros da prefeitura no começo do ano.

Robson acredita que a edificação, apesar da deterioração, é passível de reforma, recuperação e futura ocupação. “A estrutura de concreto armado em geral, apesar dos problemas pontuais por aparentes falhas de execução e não cumprimento do projeto apresenta-se estável, no sentido de não haver aparente risco de colapso ou desmoronamento de qualquer peça”, diz o engenheiro no seu relatório. No entanto, ele não garante que novos problemas não possam aparecer. “A reforma não resolverá definitivamente as patologias apontadas, as quais, por questões construtivas ou devido a intempéries e Variações térmicas, poderão retornar”, admitiu.

“Muitos problemas não são visualmente detectáveis, e poderão surgir novas situações durante a execução da reforma”, explicou o engenheiro, que assinalou ainda no seu relatório que “o aparecimento de problemas patológicos nas edificações pode ter as mais diversas origens. O problema pode ter sua origem ainda na fase de projeto, durante a concepção da edificação, ou na fase de execução do edifício, ou ainda após sua conclusão”, apontou.

“Temos um verdadeiro dilema em mãos, que é arriscar reformar a escola e os problemas continuarem aparecendo, se transformando ela num ralo onde será sugado o dinheiro público, ou reconstruí-la totalmente, o que pode ser mais barato para a municipalidade a longo prazo, garantindo segurança e qualidade para os estudantes”, confessa o prefeito de Penha, Aquiles da Costa.  Segundo avalia o secretário de planejamento do município, Everaldo Lourival Francisco, “apenas as edificações de tijolo seriam aproveitadas, e nem isso é garantido”.

No entanto, o governo municipal não pretende tomar a decisão sozinho. “Vamos nos reunir com os pais, a apresentar o laudo, onde cada ponto da estrutura da escola foi minuciosamente averiguado”, disse Aquiles. O motivo desta reunião ainda não ter sido convocada é que o prefeito decidiu apresentar no encontro projetos para as duas alternativas: reforma ou reconstrução. “Queremos mostrar o projeto para os pais poderem ter a melhor opinião sobre a questão”, argumentou o prefeito.

Desde o início do ano letivo, os alunos da escola Antônio José Tiago estão estudando em dois locais diferentes: nas instalações da Educação para Jovens e Adultos (EJA), em Armação, e no salão paroquial da Igreja Cristo Rei, na Cohab. A secretaria municipal de educação está estudando reunir os estudantes num local só, saindo das instalações improvisadas na Cohab, enquanto a reforma ou reconstrução da escola é executada. Seja como for, o prefeito Aquiles garantiu a manutenção da unidade escolar no bairro Nossa Senhora da Paz: “É uma situação que não criamos, nós herdamos, mas não deixaremos o bairro sem escola, pelo contrário, queremos ampliar o atendimento na região, garantindo não só o acesso, mas também a qualidade de ensino”, finalizou o prefeito.

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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