Na última sexta-feira (27), equipes da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) da prefeitura de Florianópolis realizaram nova vistoria conjunta nas ligações de esgoto dos imóveis do Campeche que estão prontas, mas que não podem ainda ser ligadas porque o Sistema ainda não está em operação.
Desta vez o caminhão hidrovácuo que acompanha os técnicos recolheu três cargas, um total de 36 mil litros de esgoto clandestino na rede que ainda não opera. Foram vistoriadas a servidão Família Nunes, a Avenida Campeche, a praia do Riozinho, a rua João Carlos de Menezes, a elevatória do Riozinho, as servidões das Pitangas e Dionízio Raphael Ignácio e a esquina da avenida Pequeno Príncipe com a rua da Capela.
Esta é a quinta ação do tipo e mais uma vez teve o apoio da comunidade. Os próprios moradores indicam aos técnicos os locais onde provavelmente as irregularidades serão encontradas, que são priorizados na fiscalização. Se a identificação é positiva, as ligações são lacradas e o infrator autuado pela prefeitura. Acompanham os trabalhos representantes da ONG SOS Praia Limpa e da Associação de Moradores do Campeche. Coordena os trabalhos o engenheiro do Setor de Operação de Esgotos da Casan, Gabriel de Lyra Pessina.
Além de ilegal, as infrações causam mau cheiro e extravasamento de esgoto em vias públicas e córregos de água da região, como o Riozinho. Por isso a ação também tem caráter educativo, com os técnicos conversando com a população e distribuindo folhetos informativos aos moradores das ruas visitadas.
A vistoria tem respaldo da Resolução 046 da agência reguladora ARESC, que permite à Casan aplicar sanções a usuários que estiverem realizando infração ou intervenção indevida no sistema público de esgoto.
O Campeche tem 42 quilômetros de rede de coleta implantada em meados da década passada, mas que não estão conectados à Estação de Tratamento, ainda em construção. Na época, moradores e entidades de pescadores da região se posicionaram contra a instalação de uma ETE, impedindo a conclusão do Sistema de Esgotamento Sanitário no Sul da Ilha – hoje a região com menor cobertura de esgotamento sanitário na Capital.
Orientações onde não há rede de coleta operando:
:: Moradores devem ter seu tratamento individual, com no mínimo com fossa séptica e sumidouro, de acordo com as Normas da ABNT 7229/1993, 13969/1997 e 8160/1999.
:: Faça periodicamente a manutenção de seu sistema individual. No caso de fossa, limpeza com auxílio de caminhão hidrovácuo ("limpa-fossa") devidamente regularizado.
:: A caixa de gordura também deve ser limpa periodicamente, no máximo a cada 6 meses, ou menos, dependendo do uso.
:: No caso de serviço por caminhões limpa-fossa, o prestador pode limpar também a caixa de gordura.
:: No caso de limpeza manual, o material sólido retirado da caixa de gordura deve ser colocado em um saco de lixo e descartado junto aos demais resíduos coletados pela Comcap.
:: No caso de estabelecimentos como restaurantes, a frequência de limpeza deve ser bem maior, em alguns casos até toda semana
› FONTE: Assessoria de Comunicação da Casan