O Secretário de Estado da Segurança Pública, César Augusto Grubba determinou rigor na apuração e na identificação dos autores de atos racistas e de intolerância religiosa ocorridos nessa semana em Blumenau. Na madrugada da última segunda-feira (25), a cidade foi surpreendida com cartazes racistas, fascistas e de intolerância. Um dos cartazes foi colado na porta de casa e em um poste da rua onde mora o advogado blumenauense Marco Antônio André, integrante do movimento negro da cidade.
O anúncio foi feito na tarde de quarta-feira (27), durante audiência do secretário com representantes do movimento negro em Santa Catarina. O coordenador do Movimento de Consciência Negra de Blumenau Cisne Negro, Lenilson Silva, entregou ofício pedindo rápida investigação e identificação dos autores do crime. “Essa situação exige das autoridades uma resposta à altura, pois coloca em risco a integridade física e emocional/moral dos cidadãos negros de Blumenau”, disse Lenislon.
O delegado adjunto da Polícia Civil, Marcos Ghizoni, informou que as investigações já começaram e serão coordenadas pelo delegado Egídio Ferrari, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) e Blumenau, onde a queixa foi registrada.
O secretário Grubba também determinou que a equipe de videomonitoramento da SSP faça uma busca minuciosa nas imagens captadas pelas câmeras instaladas nos locais onde os cartazes foram colados. “É lamentável que isso ocorra em Santa Catarina em pleno século 21. Vamos investigar até chegar aos autores desta insanidade”, disse Grubba.
Participaram da reunião o delegado-geral adjunto, Marcos Ghizoni; Carlos Silva da Silva, do Núcleo de Estudos Afrobrasileiro da Furb; Maria Luci Bittencourt, do Centro de Defesa dos Direitos Humanos, núcleo Blumenau; Celso Marloch, presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB Blumenau; Paulino Cardoso, da Udesc; e Evanir Farais e Fabiana Vieira, do Conselho Estadual da População Afrodescendente.
Entenda o caso
O advogado, Marco Antônio André encontrou cartazes colados em um poste na rua na frente de sua casa. Ele mora no bairro Ponta Aguda, em Blumenau. O material continha símbolos de um grupo supremacista norte-americano e fazia uma ameaça pelo fato de ele ser negro e praticante do candomblé. André registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil da cidade. O caso ganhou repercussão nacional.
› FONTE: Assessoria de Comunicação do Governo de SC