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Dia Nacional de Doação de Órgãos é lembrado com tweetaço

Publicado em 27/09/2017 Editoria: Saúde Comente!


Hoje, 27 de setembro, é o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Para chamar atenção para a data, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) promoveu um “tweetaço” com a hashtag SouDoador. A ideia é mobilizar cada vez mais pessoas para que seja criado um emoji definitivo de doação e não apenas durante o chamado Setembro Verde (mês escolhido para o desenvolvimento da campanha).

Veja abaixo o vídeo sobre a campanha: 

Em seu twitter, o Ministério da Saúde divulgou uma animação que chama atenção para a data por meio de um curta animado. 

De acordo com o MS, no primeiro semestre deste ano, 1.662 famílias que perderam parentes próximos autorizaram a doação de órgãos, 16% mais que no mesmo período do ano passado. Contudo, o índice de recusas é alto, 43% das famílias ainda dizem não ao procedimento.

O relatório do Registro Brasileiro de Transplantes Estatística de Transplantes traz dados de janeiro a junho de 2017 e mostra que no Brasil, ainda há 32.956 pessoas na lista de espera por cirurgia. Em nível nacional, o órgão com maior demanda é o rim, com 20.523 pedidos, seguido pela córnea, com 10.254 indivíduos e o fígado com 1.253.

Santa Catarina

Dados deste ano consolidados até julho, revelam que o índice catarinense de doadores de múltiplos órgãos por milhão de população (pmp) é de 36,8, mais do que o dobro da média nacional, que é de 14,6.

SC Transplantes, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde, é quem administra o sistema catarinense. A rede catarinense atualmente trabalha com transplantes de órgãos como coração, fígado, rim, córneas e medula óssea, além de fazer transplante de pele e enxerto ósseo.

Segundo o coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade, um dos principais motivos do sucesso do sistema foi justamente a organização de uma rede de colaboradores dentro de todos os hospitais catarinenses, ampliando o alcance.

“Trata-se de uma pessoa que concilia a função executada dentro do hospital com o trabalho de captação junto às famílias”, explica.

O coordenador também destaca a importância da parceria com corporações como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que oferecem apoio com suas aeronaves.

Para atendimento no tempo necessário nas diferentes regiões do estado, o coordenador Andrade ressalta também a importância solidariedade das famílias ao transformarem um momento de perda em uma oportunidade para salvar vidas. E reforça a orientação para quem deseja ser doador: “A única forma legal de ser doador de órgãos é conversar com a sua família e manifestar esse desejo. Quando essa vontade fica clara, a família respeita e acata a decisão caso a pessoa venha a ser um potencial doador”.

Dados sobre transplantes no estado

Números da SC Transplantes

Total de pacientes em lista de espera
Dez/2012 – 1.401
Dez/2013 – 1.206
Dez/2014 – 850
Dez/2015 – 637
Dez/2016 – 535

Doadores efetivos de múltiplos órgãos (morte encefálica)

2012 – 165
2013 – 170
2014 – 202
2015 – 203
2016 – 251

Tire suas dúvidas sobre doação de órgãos

Como posso ser doador?
Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar sua família do desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização familiar.

Que tipos de doador existem?
Doador vivo - Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.
Doador cadáver - São pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.

Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador cadáver?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos e tendão.

Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Ministério Público.

Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
Não existe dúvida quanto ao diagnóstico. O diagnóstico da morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar.

Após a doação o corpo fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.

(Fonte: Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO)

 

 

Ações

No período de 11 a 15 de setembro, a SC Transplantes obteve a captação de 45 órgãos no território catarinense. Nos cinco dias, foram registradas 19 notificações de óbito, resultando em 15 doadores. O coordenador Andrade considera o resultado inédito no estado. “Em menos de uma semana conseguimos captar 27 rins, 12 fígados, três corações, dois pâncreas e um pulmão”, destaca.

Ao mesmo tempo, o Governo do Estado passou a oferecer um programa educacional para diferentes profissionais dos hospitais, que consiste em treinamento para identificação de potenciais doadores e abordagem junto às famílias. Hoje, são cerca de 800 profissionais atuando em todos os hospitais do estado, públicos e particulares, que já receberam esse tipo de treinamento. “São enfermeiros ou atendentes de UTI, por exemplo. E os resultados do respeito, da educação e de todo o cuidado no relacionamento com as famílias refletiram-se em um aumento expressivo das doações”, destaca. Em 2007, a média era de 70% de negativas nas entrevistas para doação. Em 2017, está em 30%.

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br) com informações da assessoria de comunicação do Governo de SC

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