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Nova etapa da reforma da ponte deve começar em outubro

Publicado em 21/08/2017 Editoria: Florianópolis Comente!


Guindaste recebido em julho para auxiliar na restauração / Foto: James Tavares - Secom

Guindaste recebido em julho para auxiliar na restauração / Foto: James Tavares - Secom

As obras de restauração da Ponte Hercílio Luz, localizada em Florianópolis, estão avançando para uma etapa crucial. Nesta segunda-feira (21), foram apresentados para o governador Raimundo Colombo os detalhes técnicos da transferência de carga que será realizada em outubro, procedimento necessário para a troca das peças da atual estrutura. A apresentação foi realizada, em Florianópolis, pelo engenheiro Pedro Faro, da Teixeira Duarte, empresa responsável por este último ciclo de obras.

“Estamos entrando na fase mais importante, que é a transferência de carga, para depois começar a troca das barras de olhal. É uma ponte nova que está nascendo. Todos os cuidados possíveis estão sendo tomados, para preservar esse grande patrimônio e melhorar a mobilidade da região. Essa é uma das obras de maior complexidade do mundo”, destacou o governador Raimundo Colombo.

A transferência de carga está programada para ser realizada na primeira quinzena de outubro. “Será uma das etapas mais importantes da obra de restauração, todos os olhos da engenharia do mundo vão estar voltados para a Ponte Hercílio Luz”, acrescentou o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Wanderley Agostini. Com o procedimento concluído, o peso da ponte passará para a estrutura provisória construída abaixo da Hercílio Luz, a chamada ponte segura.

O engenheiro fiscal da obra, Wenceslau Diotallévy, explicou que o novo procedimento será um trabalho semelhante ao realizado em fevereiro deste ano, quando foram transferidos inicialmente cerca de 20% da carga da ponte. A primeira operação foi executada com sucesso em uma ação de quatro horas, entre a noite do dia 11 e a madrugada do dia 12 de fevereiro. Agora, serão transferidos os 80% restantes ao longo de um período previsto de 10 dias. “É uma operação única no mundo, por sua grandeza e complexidade. Vamos elevar os 4.400 toneladas que estão distribuídas nos 339 metros do vão central”, destacou o engenheiro.

Os trabalhos de transferência serão realizados sempre à noite, para evitar influências térmicas. A programação é de que sejam necessárias quatro noites, não necessariamente consecutivas. Em cada uma, serão transferidos cerca de 20% de carga, até totalizar 100%. Um completo sistema de monitoramento, distribuído ao longo de 200 pontos da atual estrutura, vai embasar cada passo do trabalho.

O engenheiro Pedro Faro, da Teixeira Duarte, explicou que depois da transferência de carga, o trabalho de desmontagem da atual estrutura vai abranger ainda a remoção das barras de olhal e o abaixamento do tabuleiro do vão central. Toda essa etapa de desmontagem deve levar cerca de quatro meses, entre outubro de 2017 e janeiro de 2018. Em seguida, serão realizados trabalhos intermediários e a montagem da nova estrutura, com conclusão prevista para o segundo semestre de 2018.

A ponte

Em 2015, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, Diogo Ringenberg, protocolou junto à Corte de Contas, uma representação referente ao desperdício de recursos públicos ocorrido durante os mais de 30 anos em que a Ponte Hercílio Luz está interditada.

Segundo Ringenberg, nesse período foi gasto quase meio bilhão de reais em possíveis soluções. Também foram requeridas medidas cautelares para que o Estado notificasse os moradores que vivem nas imediações da ponte sobre o risco de desabamento e a formação de um plano emergencial de contingência que preveja procedimentos em caso de queda do monumento.

Em janeiro deste ano, o Tribunal de Contas decidiu negar a cautelar que que exigia a elaboração de plano de contingência para o enfrentamento de possível colapso na estrutura da Ponte Hercílio Luz. A decisão do Tribunal de Contas levou em consideração esclarecimentos e documentos apresentados pela Secretaria de Estado da Defesa Civil.

O conselheiro, Adircélio de Moraes Ferreria Júnior, reconheceu que a Defesa Civil não elaborou um plano específico para a obra da ponte, mas valeu-se do Plano de Contingência do Município de Florianópolis, que tem o envolvimento de dirigentes e servidores de diversos órgãos municipais, estaduais, federais e da própria comunidade, além do acionamento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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