Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

ONGs de Florianópolis são escolhidas como umas das 100 melhores do país

Publicado em 08/08/2017 Editoria: Florianópolis Comente!


Menina participante do Centro de Educação e Evangelização Popular (CEDEP), localizado no bairro Monte Cristo

Menina participante do Centro de Educação e Evangelização Popular (CEDEP), localizado no bairro Monte Cristo

A Rede do Instituto Vilson Groh (Rede IVG) e a Irmandade do Divino Espírito Santo (IDES) estão entre as 100 melhores ONGs do país. A premiação recebeu mais de 1.500 inscrições e é uma iniciativa do Instituto Doar e da Revista Época.

A IDES tem 244 anos de existência. Ela é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que tem por missão "Abrir portas, resgatar esperanças e encorajar crianças, adolescentes, jovens e suas respectivas famílias, para que sejam protagonistas de suas vidas, transformando a realidade e o meio em que vivem, a partir da promoção da cidadania e do desenvolvimento social."

Atualmente os programas da IDES atendem cerca de 750 crianças e adolescentes diariamente através dos seus três núcleos, onde são desenvolvidas atividades diferenciadas que possibilitam o exercício da autonomia, liberdade e criatividade.

Segundo o Vice Provedor (vice-presidente), Paulo Teixeira do Valle Pereira que esteve no evento de premiação em São Paulo no dia 7 de Junho, “este reconhecimento mostra como as doações são importantes e que um trabalho sério e de qualidade pode beneficiar toda a sociedade. Este prêmio nos dá ainda mais motivação para continuarmos investindo no futuro de crianças e adolescentes e transformando vidas na Grande Florianópolis”.

A Rede IVG tem apenas seis anos e congrega sete organizações que atendem crianças, jovens e adultos, atuando nas áreas de educação básica, serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (Contraturno Escolar), defesa e garantia de direitos, inserção social e laboral, assessoramento de organizações, acolhimento institucional e serviço especializado para pessoas em situação de rua

Para o presidente do IVG, padre Vilson Groh, “esse prêmio é um reconhecimento que veio em função do nosso trabalho de 35 anos, que sempre foi um trabalho transparente, de gerar oportunidades e de compreender a grande razão pela qual trabalhamos, que é abrir espaço para essa criançada ter espaços e dignidade de vida. A construção desta corrente é mostrar que é possível sim oportunizar a dignidade da vida para as pessoas. E mais, dentro dessa compreensão, mostrar a dimensão ética do investimento dos recursos e dos impactos que os recursos mobilizados pela Rede IVG causam nos territórios”.

E completa: “O maior e mais importante reconhecimento são as oportunidades que podemos gerar. Mas, além disso, mostrar que é possível construir políticas públicas com perspectiva de construção de vida”.

“Receber um elogio, uma distinção, como é o prêmio da revista Época, é sempre motivo de alegria e satisfação. Todavia, isto aumenta ainda mais a nossa responsabilidade em continuar com o nosso trabalho, na certeza de poder contribuir na possibilidade da criação de uma sociedade mais justa e fraterna”, destaca Leo Mauro Xavier Filho, diretor administrativo do Instituto Vilson Groh.

Para o Instituto Doar, que valoriza os bons exemplos através de um Selo de Qualidade chegou a hora de criar um estímulo para as ONGs e uma vitrine para os potenciais doadores. 

Além disso, o Instiuto acredita que mais do que um prêmio e seus vencedores, há um ecossistema que se beneficia do processo todo. Um Oscar não premia somente os ganhadores da estatueta, mas incentiva todo um setor, estimula uma competição saudável, não entre pessoas ou instituições, mas entre o que se é e o que se pretende ser.

Sendo assim, o objetivo da premiação é que não só as 100 primeiras, mas que o maior número possível de ONGs possa através desta parceria do Instituto Doar com a Revista Época, estabelecer padrões para a melhoria contínua. Aumentando sua legitimidade e reputação, aumentam os recursos de doadores a elas.

Processos administrativos, contábeis, financeiros, de comunicação, são verificáveis. Recomenda-se que sejam públicos e transparentes, já que os recursos são provenientes de doações e patrocínios e se espera o melhor uso desse dinheiro. Metodologias, pedagogias e procedimentos de cada ONG com seus públicos não podem nem devem ser comparáveis nem muito menos ranqueados. Entretanto, a gestão e a transparência dos recursos, sim.

Atualmente, existem no Brasil mais de 300 mil ONGs, entre associações de caridade, organizações da sociedade civil, institutos e fundações filantrópicas.  

Relatório Social 2017 da Rede IVG

No dia 19 de julho, a Rede do Instituto Vilson Groh (Rede IVG) lançou o Relatório Social referente às ações desenvolvidas em 2016.

No ano passado, 5.053 pessoas foram beneficiadas pela Rede; 847.430 refeições foram servidas e R$17.555.192,79 investidos em projetos sociais. Os números impactam ainda mais e apresentam para a sociedade o trabalho realizado.

Durante todo o ano de 2016 foram 123 alunos atendidos no curso pré-vestibular oferecido pelo IVG, e destes, 30% foram aprovados em vestibulares em universidades públicas e privadas com bolsas de estudos. Além disso, foram realizadas 583 horas de formações, custeadas 28 bolsas de estudos em universidades particulares e 353 jovens inseridos no mundo do trabalho e programas de aprendizagem.

Já no projeto Guiné Bissau, desenvolvido na África, de acordo com relatório, foram 1.224 crianças beneficiadas.

No projeto almoço solidário, realizado todos os domingos no Centro de Florianópolis, quando é ofertado almoço aos moradores em situação de rua, a média de refeições servidas a cada domingo é de 260. Vale destacar que todo o trabalho é realizado de forma voluntária, desde a doação dos alimentos, o preparo e a organização.

O investimento médio mensal por criança atendida nas instituições da Rede IVG em ações de convivência e fortalecimento de vínculos, é de R$ 471,80 e pode ser comparado ao custo de um adolescente em medida de redução de danos.

Por exemplo: segundo o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC), no ano de 2015, o custo de um adolescente em conflito com a lei cumprindo medida socioeducativa de semiliberdade foi de R$ 2.738,75; o custo de um jovem em conflito com a lei cumprindo medida socioeducativa de internação provisória em regime fechado foi de R$ 4.231,36; e o custo médio de um detento no sistema penal catarinense foi de R$ 1.544,41.

Notícia atualizada às 17h06min. 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

Comentários