Em Santa Catarina, o número de focos de 2017 é 24% maior quando comparado ao mesmo período do ano passado. No entanto, o número de notificações de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus diminuíram.
Em 2016, haviam sido identificados 6.095 focos em 131 municípios. Neste ano e no mesmo período de análise, já foram identificados 8.026 focos do mosquito Aedes aegypti, em 137 municípios.
As informações são do último boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica da Dengue, Febre de Chikungunya e Zika vírus. O período de observação é de 1º de janeiro a 15 de julho de 2017.
Segundo informações prestadas pelo Núcleo de Comunicação da Dive, o aumento na quantidade de focos também recebe influência do tempo. “Desde o ano de 2016, Santa Catarina vem apresentando um maior número de municípios infestados, nos quais a presença do vetor é maior. Essa situação acaba por refletir no número de focos identificados. Além disso, até o momento, não houve uma queda abrupta da temperatura, contribuindo para a proliferação do mosquito”.
Dengue
De acordo com o documento, na comparação com o mesmo período de 2016, quando foram notificados 12.816 casos de dengue, observa-se uma redução de 86% já que em 2017 foram 1.808 notificações.
Até o momento, somente nove casos de dengue foram confirmados no estado. No mesmo período, em 2016, haviam sido confirmados 4.365 casos. Dos confirmados, um é autóctone – com transmissão dentro de Santa Catarina –, cinco são importados – de transmissão ocorrida fora do estado – e três permanecem em investigação.
De acordo com o Núcleo de Comunicação da Dive, “De forma geral, o país apresentou uma redução significativa no número de casos. Dessa forma, o estado acaba sendo um reflexo do que ocorre no país”.
Febre de chikungunya
Até o dia 15 de julho deste ano foram notificados 236 casos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, 180 (76%) foram descartados e 32 (14%) permanecem como suspeitos. Até o momento, 23 casos confirmados são importados e um caso permanece em investigação.
Em 2016, com dados até o dia 23 de julho, havia 735 casos notificados no estado e 72 confirmados.
Todo caso suspeito de uma dessas doenças deve ser notificado. Assim, a notificação se refere a um caso suspeito, ainda não confirmado. O caso confirmado é aquele que possui exame laboratorial confirmando o agente etiológico ou que foi confirmado pelo critério clínico-epidemiológico (durante períodos epidêmicos).
Zika vírus
No período de 1º de janeiro a 15 de julho de 2017, foram notificados 60 casos de febre do zika vírus em Santa Catarina, sendo que 45 casos (75%) foram descartados e oito (13%) permanecem em investigação e 6 (10%) estão inconclusivos. Até o momento, um caso importado foi confirmado, com residência no município de Florianópolis.
Novamente até o dia 23 de julho de 2016, havia 423 casos notificados de zika vírus e 52 confirmações.
Confira o resumo na tabela abaixo:
|
2016 |
2017 |
Focos do mosquito |
6.095 em 131 municípios |
8.026 em 137 municípios |
Dengue |
12.816 notificados 4.365 confirmados |
1.808 notificados 9 confirmados |
Zika vírus |
423 notificados 52 confirmados |
60 notificados 1 confirmado |
Febre de chikungunya |
735 notificados 72 confirmados |
236 notificados 24 confirmados |
Evite a proliferação do Aedes aegypti
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Dê descarga, no mínimo, uma vez por semana em banheiros pouco usados;
- Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
- Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.
- Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
- Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para atendimento.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)