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Proliferação do mosquito Aedes aegypti exige atenção no estado

Publicado em 03/08/2017 Editoria: Saúde Comente!


O mosquito é vetor das três doenças, dengue, zika e chikungunya / Foto: Rafael Neddermeyer

O mosquito é vetor das três doenças, dengue, zika e chikungunya / Foto: Rafael Neddermeyer

Em Santa Catarina, o número de focos de 2017 é 24% maior quando comparado ao mesmo período do ano passado. No entanto, o número de notificações de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus diminuíram.

Em 2016, haviam sido identificados 6.095 focos em 131 municípios. Neste ano e no mesmo período de análise, já foram identificados 8.026 focos do mosquito Aedes aegypti, em 137 municípios.

As informações são do último boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica da Dengue, Febre de Chikungunya e Zika vírus. O período de observação é de 1º de janeiro a 15 de julho de 2017.

Segundo informações prestadas pelo Núcleo de Comunicação da Dive, o aumento na quantidade de focos também recebe influência do tempo. “Desde o ano de 2016, Santa Catarina vem apresentando um maior número de municípios infestados, nos quais a presença do vetor é maior. Essa situação acaba por refletir no número de focos identificados. Além disso, até o momento, não houve uma queda abrupta da temperatura, contribuindo para a proliferação do mosquito”.

Dengue

De acordo com o documento, na comparação com o mesmo período de 2016, quando foram notificados 12.816 casos de dengue, observa-se uma redução de 86% já que em 2017 foram 1.808 notificações.

Até o momento, somente nove casos de dengue foram confirmados no estado. No mesmo período, em 2016, haviam sido confirmados 4.365 casos. Dos confirmados, um é autóctone – com transmissão dentro de Santa Catarina –, cinco são importados – de transmissão ocorrida fora do estado – e três permanecem em investigação.

De acordo com o Núcleo de Comunicação da Dive, “De forma geral, o país apresentou uma redução significativa no número de casos. Dessa forma, o estado acaba sendo um reflexo do que ocorre no país”.

Febre de chikungunya

Até o dia 15 de julho deste ano foram notificados 236 casos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, 180 (76%) foram descartados e 32 (14%) permanecem como suspeitos. Até o momento, 23 casos confirmados são importados e um caso permanece em investigação.

Em 2016, com dados até o dia 23 de julho, havia 735 casos notificados no estado e 72 confirmados.

Todo caso suspeito de uma dessas doenças deve ser notificado. Assim, a notificação se refere a um caso suspeito, ainda não confirmado. O caso confirmado é aquele que possui exame laboratorial confirmando o agente etiológico ou que foi confirmado pelo critério clínico-epidemiológico (durante períodos epidêmicos).

Zika vírus

No período de 1º de janeiro a 15 de julho de 2017, foram notificados 60 casos de febre do zika vírus em Santa Catarina, sendo que 45 casos (75%) foram descartados e oito (13%) permanecem em investigação e 6 (10%) estão inconclusivos. Até o momento, um caso importado foi confirmado, com residência no município de Florianópolis.

Novamente até o dia 23 de julho de 2016, havia 423 casos notificados de zika vírus e 52 confirmações.

Confira o resumo na tabela abaixo:

 

2016

2017

Focos do mosquito

6.095 em 131 municípios

8.026 em 137 municípios

Dengue

12.816 notificados

4.365 confirmados

1.808 notificados

9 confirmados

Zika vírus

423 notificados

52 confirmados

60 notificados

1 confirmado

Febre de chikungunya

735 notificados

72 confirmados

236 notificados

24 confirmados

 

Evite a proliferação do Aedes aegypti

- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;

- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

- Mantenha lixeiras tampadas;

- Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

- Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana;

- Mantenha ralos fechados e desentupidos;

- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

- Retire a água acumulada em lajes;

- Dê descarga, no mínimo, uma vez por semana em banheiros pouco usados;

- Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;

- Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.

- Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;

- Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para atendimento.

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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